domingo, abril 06, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Amoreiras, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Mandel Ngan/Agence France-Presse]

«A worker cleaned the red carpet before President Bush arrived at the office of the president in Zagreb, Croatia. » [The New York Times]

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

Fiel ao seu desejo de ser parecido com Sarkozy o líder do PSD mandou licitar a fotografia de um nú de Carla Bruni que vai ser leiloado em Nova Iorque.

JUMENTO DO DIA

Um Branquinho muito sujo

O deputado Branquinho, arauto da liberdade no PSD, vai questionar a RTP por ter contratado um jornalista externo para um programa da RTP2. O gesto não mereceria qualquer reparo se essa fosse uma prática regular do Branquinho, sucede que não tenho memória de que o deputado se tenha preocupado no passado com as contratações de jornalistas externos pela RTP, prática que tanto quanto julgo não é inédita nem na RTP nem nos outros canais de televisão.

Só que neste caso se trata Fernanda Câncio que por ser ou dizer-se que é namorada de José Sócrates só consegue justificar a sua actividade profissional devido a obscuras pressões do primeiro-ministro. É assim que deve pensar o deputado Branquinho ao questionar a RTP.

Ao fazê-lo Branquinho já está a insinuar, é esse o seu objectivo, que a divulgação como notícia do gesto que adoptou se transforme em insinuação. Digamos que este branquinho está um pouco sujo. Se assim não fosse primeiro questionava e se da resposta resultasse que havia abuso denunciava, é isso que sucede com a esmagadora maioria dos pedidos de informação dos deputados, é assim que actuam as pessoas honestas.

PS: Rui Luís Gomes, um santanista que parece ser a sombra de Menezes, encontrou uma justificação para a actuação de Branquinho, queixou-se de Fernanda Câncio andar frequentemente a "zurzir" no PSD. Estaremos perante um golpe baixo ou uma perseguição política?

ESMERALDA RECUSOU ENCONTRO COM O PAI

Esta foi a manchete de muitos jornais o que prova que um qualquer sargento sabe mais de comunicação social do que o assessor pago por Luís Filipe Menezes, até porque enquanto as afirmações de Menezes são escalpelizadas o sargento nem precisou de falar, bastou-lhe o gesto infantil, a presença dos jornalistas e de uma pequena manif de apoio.

Os nossos jornalistas não devem ter filhos nem perceber nada de crianças pois nenhum se questionou sobre o gesto e nem se deram ao trabalho de consultar um psicólogo para comentar o gesto. Se tivessem filhos e fossem pais separados já teriam passado por essa experiência, talvez pudessem interrogar-se sobre o gesto da criança. Aliás, quando falam de pais separados os nossos jornalistas nunca se esquecem de se referir às manipulações a que os filhos são sujeitos.

Mas no caso da Esmeralda que tem sido sujeita a um processo de adopção forçada conduzido de forma brilhante por dois cidadãos que não querem respeitar as regras, que aceitam uma criança oferecida numa mercearia e que desrespeitam os tribunais, os nossos jornalistas estão convencidos de que estão perante pais exemplares, cheios de amor, que não têm manipulado e, porventura, destruído os sentimentos de uma criança que não lhes pertence e que à luz das leis dos países civilizados nunca lhes poderia pertencer.

A imagem que os candidatos à adopção forçada quiseram dar foi que o amor da criança por eles é superior à força da lei e dos tribunais, mesmo que esse amor resulte da manipulação de anos. E os nossos jornalistas engoliram a estratégia destes cidadãos "exemplares", uma senhora que andou escondida para desrespeitar as decisões dos tribunais e um senhor militar que gosta de aparecer fardado mas que se recusou a cumprir a lei.

COINCIDÊNCIAS

Agora que o julgamento do Processo Casa Pia entra na recta final o Ministério Público faz sair um relatório sobre pedofilia em que não se diz nada de novo.

BARCELONA SEM ÁGUA

«Há quem diga que a água vai ser o petróleo do séc. XXI, porque as mudanças climáticas vão obrigar muitas zonas do mundo a viver à míngua do precioso líquido. Espanha começa a ter um problema grande, em Valência e Barcelona. Na Catalunha, sobre o Mediterrâneo, zona que costumava ter bons índices de pluviosidade, o caso é mesmo sério. Água transportada por comboio e por barcos (incluindo de Marselha, do outro lado do mar) vai ajudar a minorar as dificuldades.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Manuel Queiroz.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O TRANSCENDER DO TRANSCENDENTE

«O Homem não se contenta com o dado. Quer mais, ser mais, numa abertura sem fim. Exprimindo esta abertura ilimitada, há uma série de expressões famosas: citius, altius, fortius (mais rápido, mais alto, mais forte), que é o lema olímpico; o Homem é bestia cupidissima rerum novarum (animal ansiosíssimo por coisas novas), dizia Santo Agostinho; Max Scheler definiu-o como "o eterno Fausto", e Nietzsche, como "o único animal que pode prometer"; Unamuno escreveu: "Mais, mais e cada vez mais; quero ser eu e, sem deixar de sê-lo, ser também os outros." Mesmo na morte, o Homem não está acabado, pois é o animal do transcendimento e sempre inconcluído. Precisamente a inconclusão mostra que a sua temporalidade e o seu ser têm uma estrutura essencialmente aberta. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Pelo padre Anselmo Borges.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

UMA SOCIEDADE SEM DEVERES

«Começo por apresentar o meu cadastro ‘fracturante’: fui sempre a favor da despenalização do aborto, porque nunca entendi que a maternidade pudesse ser imposta como um castigo a quem engravidou sem querer, ou o aborto, nessas circunstâncias, fosse tratado como um crime; sou a favor da equiparação de direitos entre as uniões de facto e os casamentos - mas sou contra a transposição integral dos direitos do casamento para as uniões de facto, que é um regime onde apenas existem direitos e não existem deveres; sou a favor do casamento entre homossexuais, exactamente porque a simples união de facto, ainda que com deveres consagrados legalmente, não lhes permite aceder a um regime em que possam ter todos os direitos conjugais e respectivos deveres, apenas porque é diversa a sua orientação sexual; sou contra a adopção legal por casais homossexuais, porque apenas cura do interesse dos adoptantes sem curar dos do menor, cuja vontade presume indiferente; sou contra ‘o fim do divórcio litigioso’, tal como previsto no projecto chumbado do BE e a ser retomado em breve pelo PS, em moldes semelhantes. Em matérias ditas fracturantes, estou assim completamente fracturado. Mas tenho a presunção de manter alguma coerência neste ziguezague ideológico: defendo os regimes em que existem direitos a que correspondem obrigações. Rejeito aqueles em que apenas existem direitos sem deveres.

A lei actual prevê que, não havendo acordo para um divórcio por mútuo consentimento, o cônjuge que se ache não culpado da situação de ruptura conjugal possa intentar contra o outro uma acção de divórcio litigioso, com fundamento em qualquer facto que, pela sua gravidade, comprometa a possibilidade de continuidade da vida comum, designadamente a violação dos deveres de coabitação, assistência e fidelidade. Num mundo perfeito e numa situação serena, esta possibilidade deveria manter-se letra morta, porque um divórcio litigioso nunca aproveita a ninguém: nem ao requerente, nem ao requerido, nem, sobretudo, aos filhos comuns. Mas, apesar de tudo, há alguma salvaguarda que a lei garante ao cônjuge declarado não culpado de um divórcio litigioso - na partilha de bens, por exemplo - e é legítimo que quem não teve culpa no divórcio possa reclamá-la para si. E, acima de tudo, existe uma razão de ordem pessoal e íntima para que alguém recuse divorciar-se contra sua vontade ou, no limite, só aceite fazê-lo de forma litigiosa e pedindo ao tribunal que declare então o outro culpado pela ruptura: acontece com os que pensam que o casamento é um contrato inquebrável, até à morte, e que defendê-lo sempre, por mais difíceis que sejam as circunstâncias, é um dever e um direito que lhes assiste. Eu não penso assim, mas não me sinto no direito de impor o que penso aos casamentos alheios.

Isto quer dizer que não há actualmente, na nossa lei civil, a possibilidade de requerer o divórcio, mesmo que o outro não queira, dizendo simplesmente que se deixou de o amar. Dito desta maneira, pode parecer muito chocante, nas sociedades urbanas e sentimentalmente libérrimas em que vivemos, mas convém olhar as coisas com mais cautela. Em primeiro lugar, embora o princípio legal vigente seja este, existe uma excepção que tudo muda: a lei prevê que possa ser fundamento de divórcio litigioso a separação de facto existente - dantes, ao fim de seis anos, agora de três e em breve de um ano apenas, que é quase o mesmo que nada. Ou seja, não apenas o cônjuge abandonado pode invocar tal facto como fundamento de divórcio, como também aquele que abandonou o pode fazer: sai de casa, espera um tempo e obtém o divórcio contra a vontade do outro e sem culpa do outro. Parece que já chegava e sobrava como defesa suficiente da instabilidade sentimental. Mas não: pretende-se também acabar de vez com a possibilidade de alguém obter em tribunal a declaração de que não foi culpado no divórcio. E, na reveladora justificação do líder parlamentar do PS, consagrar um regime legal que estipule que ‘o casamento baseia-se nos afectos e não nos deveres’.

Eu sou contra isto. Contra uma sociedade que, em todos os domínios da vida, acha que faz parte dos direitos fundamentais do indivíduo nunca ter deveres. Pegando num exemplo recente, são os pais que acham que não têm o dever de educar os filhos e que basta dar-lhes telemóveis e iPod’s para que eles não chateiem; são os filhos que acham que não têm o dever de obedecer e respeitar os professores na escola; os professores e os conselhos directivos que acham que não têm o dever de impor disciplina e respeito, custe o que custar; e os teóricos da educação que acham que não têm o dever de castigar a sério os alunos mal-educados, pondo-os a fazer trabalhos para a comunidade nos dias de folga, em lugar de os suspender ou transferi-los de escola. Esta teoria chega agora ao casamento e ao direito de família, pela mão da modernidade imbecil do PS e do Bloco de Esquerda. Estão convencidos de que assim mostram a sua abertura de ‘esquerda’, mas estão completamente enganados: fora dos meios urbanos, ricos e cultivados das grandes cidades, no país pobre, interior e onde a família conjugal é, a maior parte das vezes, a única defesa contra a solidão, a doença e as agruras da vida, o fim instantâneo do casamento por simples vontade de uma das partes vai traduzir-se apenas na vontade do mais forte contra o mais fraco. Mas talvez isto seja demasiado complicado para explicar àquelas cabecinhas pré-formatadas dos socialistas e dos bloquistas.

O PSD levou a sua liderança bicéfala ao ‘Alentejo profundo’ - o que quer dizer Alqueva. E quando um político vai ao Alqueva, é fatal que oiça queixas. Tantos anos a reclamar a barragem e, afinal, depois de pronta, depois dos milhões a perder de vista investidos na albufeira e nos sistemas de irrigação agrícola, quando seria de esperar que estivessem agradecidos ao esforço financeiro do país, é o contrário que se passa. Porque, como explicou um autarca local a Luís Filipe Menezes, “temos água com fartura, mas não temos mais nada”. A Aldeia da Luz queixa-se que (depois de lhes terem feito uma aldeia nova, inteirinha) ainda não fizeram o centro de dia; a Aldeia da Estrela queixa-se que tem a água à porta, mas não tem um pontão para barcos; outros queixam-se do “olival intensivo dos espanhóis” (a quem eles venderem as terras por um preço dez vezes acima do que vigorava antes do Alqueva); e outros ainda queixam-se porque “o Governo não previu os efeitos económicos das alterações climáticas” e eles venderam aos espanhóis o girassol (que serve para fazer biocombustíveis) a 250 euros a tonelada e agora vale 620. Menezes ouviu tudo e concordou: "o governo fez questão de não apostar no empreendedorismo local". Eis um retrato do Portugal profundo: todos têm direitos inesgotáveis, sem deveres alguns. Nem ao menos o de aproveitarem as oportunidades que lhes caiem do céu. Menezes, como está na oposição, chama a isto “empreendedorismo”. Eu chamo-lhe a atitude de estar sentado no café à espera do subsídio e a dizer mal de tudo.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Miguel Sousa Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ESTADO VAI ADOPTAR PRÉ-REFORMAS

«O Governo vai abrir uma nova porta para os funcionários saírem do Estado: as pré-reformas. Esta figura, muito utilizada no sector privado, está prevista na proposta de Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, a que o DN teve acesso, que o Governo se prepara para entregar aos sindicatos. Este diploma vem adaptar cerca de 150 normas do Código do Trabalho (CT) à realidade da administração pública, substituindo a Lei 23/2004. E ao contrário da lei em vigor, a proposta do Governo prevê o recurso dos organismos públicos à pré-reforma, figura jurídica que, até agora, era exclusivamente utilizada no sector privado, designadamente em multinacionais, grandes empresas nacionais (como a EDP e a PT) e no sector da banca. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Parece que o governo percebeu que se quer reduzir o número de trabalhadores deve adoptar soluções consensuais e deixar de se comportar como um pato-bravo da construção civil, que é como se tem comportado ao longo desde que tomou posse. Lamenta-se que em vez de terem pensado em soluções socialmente aceitáveis o ministro das Finanças tenha optado pela tentativa ridícula de despedir funcionários à custa de truques como o dos disponíveis.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

ERROS DE PREVISÃO E ALTERAÇÃO DO TRAÇADO DAS AUTO-ESTRADAS FICAM CAROS

«As empresas concessionárias de auto-estradas pedem ao Estado 1,1 mil milhões de euros a título de indemnizações por alterações aos traçados, atrasos nas expropriações de terrenos ou por perdas de receitas. Até ao fim de 2007, o Governo já aceitou reclamações de oito concessionárias, no valor de 457 milhões de euros, de acordo com uma auditoria às parcerias público-privadas (PPP), ontem divulgada pelo Tribunal de Contas. Os pedidos de mais dinheiro por parte das concessionárias igualam o montante já liquidado pelo Estado desde 2003, a título de compensações por ausência de portagens - caso das Scut (auto-estradas sem custos para o utilizador) - e por complementos nas vias com portagens.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Há algo de errado em tudo isto pois estamos perante as consequências de erros e de processos de decisão pouco adequados para grandes investimentos. O preço a pagar é inaceitável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Seja-se mais exigente.»

AFINAL EM PORTUGAL AINDA NÃO SE VIVE NO FASCISMO

«Segundo o Democracy Index lançado pelo The Economist em 2007, Portugal é o 19.º país mais democrático do mundo, integrando o grupo das full democracies (democracias plenas). No plano mundial, Portugal está bem, mas no plano da UE-27 já nem tanto: 12.ª posição. Ligeiramente acima do meio da tabela, portanto. E já tem à frente pelo menos dois países muito recentes na União Europeia: Malta e a República Checa. Ainda no plano da UE, verifica-se que vários países não conseguem atingir a categoria de "democracias plenas". A Itália, a Hungria e a Polónia, por exemplo, são consideradas "democracias frágeis" (flawed democracies). » [Diário de Notícias]

Parecer:

O que se tem visto desde que Jerónimo de Sousa adoptou na última Festa do Avante a estratégia de lutar pela democracia é uma vergonha, um partido que luta por uma ditadura e gente de direita a quem nunca vimos a lutar pela democracia armam-se em arautos da liberdade tentando insinuar que vivemos numa democracia adoentada.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao senhor Sousa.»

O PSR MORREU NO DIA DAS MENTIRAS

«A certidão de óbito do PSR foi publicada a 1 de Abril no Diário da República. A poucos meses de completar 35 anos, o partido trotskista dissolveu-se, de papel passado.A notícia do fim do PSR não é mentira, mas também não é exactamente verdadeira. O PSR deixa de ser partido, mas continua como associação política que manterá a prática de liturgias como o envio de jovens para o acampamento de Verão da IV Internacional (este ano vai ser na Catalunha), a Escola de Formação Marxista, que se realiza aproveitando os feriados da Páscoa, e a actualização do site www.combateinfo.pt» [Diário de Notícias]

Parecer:

Foi uma data adequada para o fim de um partido que viveu na mentira de tentar vender a ditadura do proletariado na versão de Trotsky, o velho chefe do Exército Vermelho que por ter sido vítima do seu camarada Estaline se escapou ao julgamento da história. Agora dos trotskistas escondem-se atrás de causas marginais para encontrarem o espaço que os velhos dogmas de Lenine e Trotsky não lhes proporciona.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Registe-se como uma mentira pois o BE apenas tornou um PSR mais abrangente, incluindo estalinistas e maoistas arrependidos.»

MENEZES DISPUTA PROTAGONISMO A SANTANA LOPES

«Luís Filipe Menezes prepara-se para ir para o terreno, a partir do próximo fim-de-semana, durante todo o ano e em todos os distritos do País. A iniciativa do presidente do PSD irá chamar-se "Ouvir Portugal" e começa em Bragança, no dia 12. "A ideia é fazer uma análise e um diagnóstico ao país profundo", dizem fontes ouvidas pelo DN. "Ouvir Portugal" é a fórmula que Menezes encontrou para fazer a sua volta do líder, depois de algumas semanas em que os problemas de agenda foram mais que evidentes. Esses problemas fizeram-se sentir mais a partir do momento em que o staff de Menezes encarregue de organizar a volta foi confrontado com a presença no terreno de Pedro Santana Lopes, com as suas "presidências abertas" do grupo parlamentar. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Isto começa a ser ridículo, Menezes diz que quer ser primeiro-ministro e nem sequer consegue fazer sombra a Santana Lopes. Quase que aposto que Santana se vai retirar das aldeias e aumentar o protagonismo do grupo parlamentar agora que Menezes vai andar perdido pelas estradas municipais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Santana qual o próximo truque que vai usar.»

JORGE COELHO: UMA VERGONHA

«Jorge Coelho atribuiu mais de mil milhões de euros em concessões rodoviárias a consórcios liderados pela Mota-Engil enquanto ministro. E agora prepara-se para liderar aquela que é a maior construtora portuguesa. Ilegal? Não. Mas levanta questões de ética e de potenciais conflitos de interesses.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Dizer que Jorge Coelho está afastado do governo à sete anos para justifica a sua entrada na Mota-Engil só merece uma gargalhada, o ex-dirigente tem mais força nas decisões do executivo do que a maioria dos seus ministros.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se.»

MINISTRA DA EDUCAÇÃO RECORRE À CHANTAGEM

«“É muito importante as escolas terem presente quais as consequências se não aplicarem a avaliação de desempenho dos docentes”, avisa a ministra da Educação em declarações ao Expresso. Maria de Lurdes Rodrigues sublinha as repercussões que o processo tem na progressão na carreira, na remuneração e na contratação de professores.

Deste modo, reitera a mensagem transmitida pelo secretário de Estado-adjunto, Jorge Pedreira, durante uma reunião com os presidentes dos conselhos executivos dos agrupamentos de Coimbra, Leiria e Castelo Branco, na quarta-feira. Pedreira afirmou que se escolas não avançarem com o processo este ano, os sete mil docentes contratados não verão renovados os respectivos contratos e ficarão na mesma os que têm as carreiras congeladas há dois anos.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Não tenho a certeza de que esta seja uma estratégia inteligente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra se está apostada em que todos os professores se transformem em militantes do PCP.»

SARKOZY PÕE CONDIÇÕES PARA NÃO BOICOTAR ABERTURA DOS JOGOS

«A França impõe três condições para o presidente Nicolas Sarkozy participar na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, nomeadamente a abertura ao diálogo com o Dalai Lama, indicou uma fonte do governo francês, noticia a agência Lusa.

Em entrevista ao jornal Le Monde publicada este sábado, a secretária de Estado dos Direitos Humanos, Rama Yade, referiu que Sarkozy «tomará uma decisão consoante a evolução dos acontecimentos e após consulta com os parceiros europeus, porque nessa altura se exprimirá como presidente em exercício da União Europeia». » [Portugal Diário]

Parecer:

Mais um que não respeita a sua bandeira como o nosso ministro Silva Pereira?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ministro Pereira.»

PSD VOLTA À INSINUAÇÃO

«O PSD vai apresentar na próxima semana na Assembleia da República um requerimento dirigido à RTP para questionar os critérios e os custos da «contratatualização externa» de um programa com a jornalista Fernanda Câncio, refere a Lusa.

O porta-voz do PSD para a comunicação social, Agostinho Branquinho, disse que os sociais-democratas vão apresentar, no início da próxima semana, um requerimento dirigido ao director de programas da RTP e ao conselho de administração da estação pública, questionando os critérios e os custos desta contratação. » [Portugal Diário]

Parecer:

Porque razão o PSD nunca questiona a RTP sobre quem faz os seus programas e agora que participa Fernanda Câncio ficou tão incomodado? Todos sabemos porquê, a insinuação é evidente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se ao deputado Branquinho que tenha vergonha, por este andar ainda se lembra de quem foi a ideia se a RTP dedicar algum programa aos gays.

O OPORTUNISMO SEGUNDO MENEZES

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, considerou hoje que os crescentes protestos populares em várias áreas da sociedade e o encerramento de empresas, com o consequente aumento do desemprego, reflectem a “falência de um projecto de governação”.» [Público]

Parecer:

Menezes tenta fazer surf nas iniciativas do PCP e na crise internacional.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se acha que é com este discurso rasca que vai ser eleito primeiro-ministro.»

CASAL ARGENTINO CONDENADO POR ADOPÇÃO DE CRIANÇA DURANTE A DITADURA

«Un tribunal de Argentina sentenció hoy a penas de 8 y 7 años de cárcel a un matrimonio por el robo de bebés durante la última dictadura militar , al término del primer juicio en el país en el que una hija de desaparecidos se querella contra las personas que se apropiaron de ella.

Además de a la pareja que integran Osvaldo Rivas, condenado a 8 años, y María Cristina Gómez Pinto, condenada a 7 años, la justicia sentenció a 10 años al militar retirado Enrique Berthier, quien en 1978 entregó al matrimonio a la actual querellante, María Eugenia Sampallo Barragán.» [20 Minutos]

O EXPRESSO DESCOBRIU QUE AS ALFÂNDEGAS EXISTEM

«São cerca de 1800 os funcionários desta estrutura do Ministério das Finanças, responsável pela cobrança de 20% das receitas do Orçamento do Estado. Ou seja, estamos a falar de mais de €7 mil milhões, em 2007. Fazendo as contas aos €53,2 milhões de meios financeiros disponibilizados aos serviços aduaneiros, no ano passado, podemos dizer que é uma actividade rentável para o Estado. O imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos representou 43,49% do total cobrado. Em segundo, fica o IVA na importação, com uma fatia de 18,23%, e em terceiro o imposto sobre o consumo de tabaco (IT), que representa 17% das receitas.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Esperemos que o ministro das Finanças leia o artigo, sempre fica a conhecer melhor o ministério.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se cópia para o ministro das Finanças.»

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. O "Wilson" gostou de ver a montagem de um Space Shuttle.
  2. O "PS Lumiar" partilha uma dúvida d'O Jumento.
  3. O "Um dia talvez chova" e o "Malcata" foram incluídos na lista de links.
  4. O "Orelha do ano" também acha que a ASAE aproveitou o caso da Depuralina para dar nas vistas.

SOFIG

MACACO VERSUS CÃO

GATOS

COMICS MUSEUM