domingo, abril 13, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Elevador de Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Jens Meyer/Associated Press]

«Nazi concentration camp survivors Emil Alperin, left, and Viktor Karpus attended commemoration ceremonies in the former Buchenwald camp near Weimar, Germany. The ceremonies on the 63rd anniversary of the liberation of Buchenwald will take place this weekend. More than 250,000 people were held captive in the camp from 1937 to 1945, and more than 50,000 of them died during that time.» [The New York Times]

JUMENTO DO DIA

Seus invejosos!

No caso da ida de Jorge Coelho começa a haver a impressão que os que vivem da sua profissão e critica o gesto do ex-ministro é que são uns malandros, o político que nunca geriu uma mercearia e que de repente vai parar à presidência de uma das maiores empresas de obras públicas é que é o exemplo de ética. O culminar desta estratégia foi a entrevista de Jorge Coelho ao "Correio dos Senadores" (Correio da Manhã) onde acusa os que o criticam de inveja.

Tem razão, quando alguém vive bem por ser competente na sua profissão tenho admiração, mas quando alguém que nunca se esforçou muito fica rico por ter ganho o Euromilhões sinto inveja. É o que sinto em relação a Jorge Coelho, faço parte da esmagadora maioria dos portugueses a quem nunca sairá o Euromilhões e têm inveja dos sortudos que gastam dois euros e ficam ricos.

DEUS, PÁTRIA E AUTORIDADE

Depois de organizar manifestações espontâneas para chamar fascista a Sócrates junto às sedes do PS o PCP tinha que completar o quadro ideológico do PS, o partido português que mais odeia. Desde sempre o fascismo português foi associado à Igreja Católica, portanto, o PS tem de ser uma emanação desta Igreja. É o que explica a última edição do Avante:

«A comunicação social elegeu como tema de sensação os atritos que eventualmente poderão vir a confrontar o PS e os bispos católicos. A questão vale o que vale e não deve servir para distrair a opinião pública do essencial. No fim de contas, o PS no poder é um partido atravessado, em todos os níveis, pela influência determinante da Igreja. É não só o Opus Dei de Jaime Gama mas, também, a Comunidade de Santo Egídio de Mário Soares, as Misericórdias do padre Melícias, os salesianos de Guterres, os Jesuítas, os Franciscanos, etc., etc... Em suma, é frequente a articulação PS/sociedade civil/Igreja. Nos momentos de crise à vista intervêm mecanismos de segurança. Podemos, pois, ficar certos de que um bom entendimento entre as partes será encontrado.»

Está na hora de o Avante criar uma secção de humor, onde esta idiotice de um Messias ficaria melhor.

JÁ EXISTE PROJECTO PARA A ESTÁTUA DO ALBERTO JOÃO

Não se perdeu tempo, depois de o PND ter proposto que fosse construída uma estátua em cobre do Alberto João junto ao porto do Funchal, já existe um projecto para a mesma. Resta agora saber se Luís Filipe Menezes aprova o projecto e exige a sua imediata construção com fundos nacionais em sinal de agradecimento pelo contributo do Alberto para a qualidade da nossa democracia, ou se vai exigir que sejam feitos estudos sobre a localização e posição.

Ainda não se sabe se a estátua vai ficar virada para o Funchal para que os madeirenses sinta sempre a presença protectora do Alberto, ou se ficará a olhar para o mar e neste caso tanto pode ficar na direcção de Bruxelas, como quem está a olhar para os cofres dos fundos comunitários, ou em direcção ao "Contenente", em direcção aos cofres do dinheiro roubado pelos colonialistas à colónia do Atlântico Sul.

O TELEMÓVEL

«Um telemóvel esteve no centro do momento público mais dramático da educação portuguesa nos últimos tempos. Uma semana antes do telemóvel, foi uma manifestação de professores. Uma semana depois da manifestação, uma senhora magra e baixa de gabardina branca, pequena e frágil, a lutar contra uma adolescente gigante, feita de cereais matinais e vestida de escuro. Na mão das duas, agarrado pelas duas, está um objecto que não existia há dez anos, um telemóvel pequeno que cabe num bolso dumas calças de ganga. No episódio a que me refiro, e que passou na televisão centenas e centenas de vezes, não há um, mas dois telemóveis, um que está no centro da luta, outro que filma. À volta do telemóvel que filma está uma turma do ensino secundário, está uma escola da cidade do Porto, está Portugal, está a Europa, está o mundo inteiro. Está o YouTube.

O pequeno objecto é o mais ubíquo de todos os objectos que existem hoje em Portugal, mais visível do que outro objecto tão omnipresente como o telemóvel e tão subversivo socialmente como o telemóvel: o relógio de pulso. Telemóvel e relógio são instrumentos de poderosas transformações sociais que eles revelam tanto como potenciam. Não são eles por si só que produzem essas transformações, porque nenhuma tecnologia por muito nova e revolucionária exerce efeitos sociais sem a "sociedade" estar preparada para a usar, sem que corresponda ao tempo e ao modo, à forma, às correntes de mudança da sociedade que já estão em curso e "descobrem" o objecto acelerando o seu curso com ele.

É o caso do relógio que saiu do laboratório das excentricidades, um pouco como precursor de um Meccano ou um Lego moderno, ou de um jogo de habilidade mecânica, ou de um objecto de luxo tão curioso como inútil, para se transformar numa necessidade tão vital que biliões de homens o trazem no pulso. Se exceptuarmos o uso dos relógios nos navios para calcular a longitude, os relógios não serviam para nada quando a esmagadora maioria das pessoas trabalhava de sol a sol, ou ao ciclo das estações, e estas dependiam de um calendário que estava escrito nos astros. Calendários eram precisos, relógios não eram precisos, até ao momento em que a Revolução Industrial apareceu e mudou quase tudo por onde passou. Milhões de pessoas vieram dos campos para as cidades, para as fábricas e para as minas, e precisavam de horas. O relógio subiu primeiro para as torres ou para o centro da fachada neoclássica das fábricas e lá continuou, passando depois para dentro, e depois para o bolso dos ricos e por fim para o pulso de todos. Hoje o relógio ordena o nosso tempo com um rigor muito para além do biológico e manda no nosso corpo, como nenhum objecto do passado. É tão presente que parece invisível, nem damos por ela que está lá, é parte do nosso corpo, mais do que objecto estranho. Um figurante do Ben Hur esqueceu-se dele, e nos filmes há quem vá para a cama sem ser para dormir, só vestido no pulso.

O telemóvel é o objecto que mais mudou os nossos hábitos sociais desde que existe. Não é o computador, nem a Internet, nem o cabo, é o telemóvel. E continua a mudar sem darmos muito por isso, porque a mudança se faz de forma desigual, quer no que muda, quer em quem muda. Dito de outra maneira, muda certas coisas nos jovens e muda outras nos adultos e os seus efeitos estão longe de ter terminado ou sequer de se saber até que ponto de transformação vão. Uma coisa é certa, o telemóvel, ou seja um instrumento de contacto instantâneo e portátil entre mim e todos e todos e mim, que usa predominantemente a voz e, daqui a poucos anos, usará a voz e a imagem, emigrará para ainda mais perto de mim, para a minha roupa, para os meus ouvidos, como já emigrou para as paredes do meu carro. O que ele transporta não é uma ficção, não é um avatar ou um nick mais ou menos anónimo, não é a minha prefiguração virtual como no Second Life ou nas caixas de comentários ou nos blogues anónimos, é a minha voz, a minha imagem, ou seja, eu. Não seria tão poderoso se fosse um instrumento do meu teatro virtual. Bem pelo contrário, é uma encarnação da minha persona, é o meu lugar na sociabilidade dos outros.

Por isso, luta-se por um telemóvel, porque num telemóvel de um adolescente está muito do seu mundo: telefones dos amigos, telefone dos namorados, passwords, fotografias, mensagens, vídeos, o equivalente a um diário pessoal, em muitos casos mais íntimo que um diário à antiga, com a sua chavinha de brincar que dava a ilusão de que ninguém o lia. À medida que se caminha pela idade acima o conteúdo do telemóvel muda, mas continua pessoal e intransmissível, com os SMS comprometedores que arruínam muitos casamentos, até se tornar quase um telefone de emergência que os filhos dão aos pais com os números deles já gravados e os das emergências: "é só carregar aqui e eu atendo, se houver qualquer problema, assim não se sente sozinho." Sente.

Mas as mudanças não se ficam por aqui. Já escrevi sobre algumas, como a presentificação obrigatória, a obrigação socialmente exigida de se estar sempre presente, porque o corpo e o telemóvel vão juntos. Deixou de se poder estar longe de um telefone, já para não dizer que se deixou de poder não ter telemóvel. A recusa de dar um número de telemóvel é tida como uma má educação ou uma insensata e insociável vontade de não estar disponível. Com o telemóvel está-se sempre disponível, ficam sempre os recados, queira-se ou não recebê-los, e o novo código do telemóvel exige que haja sempre resposta. Por que razão tenho eu que receber recados que não solicitei, e dar respostas que posso não ter tempo ou disponibilidade ou vontade para dar? Não posso, porque a máquina não aceita um não por resposta, ela vive do tráfego, e deseja mais tráfego. Por isso oferece-me voice-mail, e-mail no telemóvel, mensagens, sem eu o pedir.

Nos mais jovens o telemóvel é apenas mais um instrumento para a completa insensibilidade à perda de privacidade e intimidade. Crescendo num mundo que não preza e não educa para esses valores, um mundo que incentiva a exposição pública, o telemóvel fornece um meio de registo, incorporando a máquina fotográfica e o vídeo, no qual qualquer fronteira entre o que é público e privado se esbate. Qualquer um é um paparazzi de si próprio e dos outros e o rapaz que filmou o vídeo em glória do 9.º C da escola Carolina Michaëlis estava a pensar nessa dimensão lúdica e social do YouTube onde a vã glória de maltratar uma professora ou de uma fight na turma iriam dar fama na rede de chats e no Hi5 onde milhares de raparigas, adolescentes ou já nem tanto, se mostram em poses provocadoras, já para não falar no resto. Não sei se quando crescerem se vão arrepender, mas então já será tarde, porque uma vez na rede sempre na rede.

Por último há o controlo, o magnífico instrumento de controlo que é o telemóvel, pessoa a pessoa, numa rede que prende os indivíduos numa impossível fuga àquilo que é o objecto sempre presente, sempre ligado (os telemóveis desligados são de desconfiar), no qual a primeira pergunta é sempre "onde tu estás?", uma pergunta sem sentido no telefone fixo, esse anacronismo. Adolescentes jovens ou tardios, casais, maridos, mulheres, amantes, namorados, patrões e empregados, jogam todos os dias esse jogo do controlo muito mais importante do que a necessidade de falar ao telemóvel. Na verdade a esmagadora maioria das chamadas de telemóvel não tem qualquer objecto ou necessidade de ser feita, ninguém as faria num mundo de telefones fixos, que não seja pelo controlo, pela presentificação do indivíduo no seu jogo de inseguranças, solidões, afectos, e medos, através da caixa electrónica que se segura numa mão.

Não é a necessidade que justifica a presença quase universal dos telemóveis desde as crianças de seis anos até aos velhos, os milhões de chamadas a qualquer hora do dia, em qualquer sítio, da missa à sala de aulas, do carro à cama, é o complexo jogo de interacções sociais que ele permite, sem as quais já não sabemos viver. Viver num mundo muito diferente e cada vez mais diferente.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Pacheco Pereira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

POMPAS FÚNEBRES

«Como qualquer arqueólogo sabe, a maneira como se tratam os mortos diz muito sobre os vivos. Já aqui falei do fascínio da cultura da imortalidade em que vivemos, pela visão crua do cadáver: um fascínio em princípio absurdo, mas no fundo inteiramente lógico. Agora aparece em Portugal, como um eco deformado e distante de Evelyn Waugh, o enterro de luxo. O primeiro serviço abriu em Elvas (para explorar o mercado espanhol) e é anunciado como um hotel de cinco estrelas, num panfleto que o DN publicou. O "complexo" da Servitur (nome da empresa) é um "espaço" rico e agradável, "onde predominam os sofás de pele e o interior de madeira" e que oferece confortos como lojas (de quê, meu Deus?), telefone, computadores, ligação à Internet e, principalmente, ecrãs de plasma (suponho que para o CSI e a A Patologista). Cá fora, uma paisagem "arranjada", com oliveiras, pequenas pedras brancas, espelhos de água, relva muito verde e "um horizonte natural a perder de vista", traz "tranquilidade e paz". Melhor ainda: as crianças têm um sala especial com televisão, legos, PlayStation e "pinturas".

Tudo isto se destina, como nota argutamente o director da Servitur, a atrair a família e os conhecimentos do "ente querido". O velório deixa de ser uma maçada e passa a ser uma festa. Pena que a Servitur não forneça também um restaurante e quartos. Se fornecesse, a morte de um "ente querido" começava com certeza a entrar no calendário social. Tanto mais que a Servitur pensou, e pensou bem, que as pessoas, não o querem aturar - ao morto, como é óbvio. Neste admirável arranjo "funerário", "o caixão nunca se cruza com os presentes", cujo convívio por isso não perturba. Circula para a capela e o crematório por "um corredor de apoio", estritamente reservado a funcionários. Mesmo no velório, o morto fica numa sala discreta, "climatizada" a cinco graus centígrados e com paredes de vidro, onde a assistência só entra se lhe apetecer. E na Sala da Última Despedida, a do crematório, um vidro "fosco" põe a operação numa discreta penumbra. Nada deve abalar o repouso dos vivos. Apenas, para almas de uma delicadeza rara ou de irreprimível inclinação turística, a Servitur fabrica diamantes com os cabelos do "ente querido" em várias cores de requintado gosto (âmbar, amarelo canário, verde e azul). Com esta extraordinária sofisticação, a Servitur transformou a morte - pelo menos, do próximo - num acontecimento banal. A morte da Servitur é o retrato da dessacralização da vida.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PORTUGAL É DOS PAÍSES EUROPEUS COM MAIS AUTO-ESTRADAS

«Portugal é um país periférico mas mesmo assim os dados do Eurostat mostram que Lisboa ultrapassa em auto-estradas regiões que se encontram no coração da Europa como Bremen ou Hamburgo. E se compararmos os quilómetros de auto-estrada com o número de habitantes ultrapassamos países como a Holanda. Nos dados publicados em Março e relativos a 2005, o gabinete de estatísticas europeu salienta que, embora a acessibilidade física seja um factor de atracção de empresas, não existe uma relação directa com a rede de auto-estradas. E que o Produto Interno Bruto de uma região não está directamente ligado ao número de quilómetros de betão. Aliás entre as 20 maiores regiões em termos de PIB apenas três (Dusseldorf, Madrid e Colónia) também fazem parte das 20 maiores em termos de quilómetros de auto-estradas.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Estão a transformar-se num vício nacional, um vício tão grande que um dia destes as empresas de obras públicas têm mais políticos do que os partidos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a conhecer ao ministro das Obras Públicas.»

BANCA CHEIA DE EX-GOVERNANTES

«A banca é, e tem sido ao longo dos últimos anos, um dos sectores que mais tem acolhido nos seus quadros e conselhos de administração ex-governantes, especialmente ex-ministros das Finanças. Nomes relevantes como os dos socialistas Vítor Constâncio (BPI) e António Vitorino (Santander-Totta) e dos sociais-democratas Fernando Nogueira (BCP), Mira Amaral (BPI/CGD), Miguel Beleza (BCP), Manuela Ferreira Leite (Santander-Totta), Miguel Cadilhe (BCP), Manuel Dias Loureiro (BPN) e Carlos Tavares (CGD/BPSM/BTA) ou Bagão Félix (BCP) foram ou são ainda membros de órgãos sociais da banca privada portuguesa. Ocupam cargos que vão desde administradores, a consultores, directores-gerais e responsáveis por áreas de negócio. Há casos em que chegam mesmo a posições tão relevantes como a de presidente do maior banco privado, como aconteceu com Paulo Teixeira Pinto, ex-secretário de Estado da Presidência e porta-voz de Cavaco Silva. O inverso também acontece, os Governos vão muitas vezes à banca buscar quadros. Há promiscuidade entre as duas esferas.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Digamos que na banca é onde mais cheira a palha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se.»

PRESO POR TER CÃO E POR NÃO TER CÃO

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, considerou que o acordo entre professores e Ministério da Educação «é mais um sinal de recuo e da capitulação do Governo», noticia a agência Lusa.

«Estamos na fase do recua, recua, recua, depois da fase do fecha, fecha, fecha», disse, em Alfândega da Fé, onde iniciou o segundo dia do "Roteiro Mudar Portugal" pelo Distrito de Bragança

Para o líder social democrata, «o Governo recua na OTA, recua agora nos professores, recua em tudo aquilo que do ponto de vista político eleitoral não sirva os interesses do Partido Socialista». » [Portugal Diário]

Parecer:

Menezes ao usar a estratégia do preso por ter cão e preso por não ter cão perde uma boa oportunidade de se afirmar, em vez de apresentar propostas viáveis prefere opor-se a tudo e acusar todas as decisões de Sócrates de serem oportunistas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se tem visto as sondagens.»

MAIS UMA DA DREN

«A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) enviou uma queixa ao Ministério Público e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra a forma como alguns órgãos de informação difundiram o vídeo que documenta o incidente entre uma aluna e uma professora da Escola Secundária de Carolina Michaëlis, no Porto, em Março passado.» [Público assinantes]

Parecer:

A verdade é que sem o vídeo o assunto tinha sido abafado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se a directora da DREN.»

PROCUROU PARCEIROS SEXUAIS NO FACEBOOK E ...

«Tiene 23 años, se llama Laura Michaels y ha abierto un grupo en Facebook donde ha escrito escuetamente: "I need sex". La mujer dice haber tenido relaciones con al menos 50 hombres desde que se promociona por este canal, informa metro.co.uk.

Laura "invita a los hombres que quieran a contactar con ella". Después, si le gusta la foto, quedará con ellos. » [20 Minutos]

RTECUSAM-SE A VIVER NUMA TERRA CHAMA "VAGINA"

«Los vecinos de un pueblo en el condado de Merseyside, al sur de Inglaterra,están considerando cambiar el nombre de su pueblo para frenar a los vándalos que lo alteran en las diferentes señalizaciones, según informa bbc.com.

Lunt, que se remonta a tiempos medievales, ha sido el blanco de 'humoristas' que frecuentemente sustituyen la "l" inicial por la "c". La palabra "cunt" tiene una carga sexual en inglés: significa vagina. » [20 Minutos]

KATARZYNA RZESZOWSKA

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