domingo, julho 08, 2007

Semanada


Mais uma a justiça

Fontão de Carvalho foi acusado, abandonado e enxovalhado com base numa acusação ridícula. A acusação a Fontão de Carvalho faz-me pensar que alguém estava convencido de que o ex-vereador de Lisboa será um grande criminoso como nada se conseguia apurar decidiu-lhe acabar com a carreira recorrendo a uma acusação menor. O processo não é novo, Al Capone foi condenado por evasão fiscal.

Em Portugal parece haver uma entidade que em vez de produzir prova para condenar os criminosos em tribunal, produz argumentos para destruir personalidades públicas na comunicação social. Os arquivos estão cheios de arguidos condenados até à eternidade porque a justiça não tem tempo de lhes dizer que foram considerados inocentes, a justiça não tem tempo porque, entretanto, está a produzir novos arguidos, de preferência gente com notoriedade política.


Governo preocupado com juntas médicas

O mesmo governo que através dos seus directores-gerais nomeados por serem da sua confiança política cometeu atrocidades, tratando de forma desumana funcionários que sofriam de doença em fase terminal, está agora preocupado com o funcionamento das juntas médicas.

Mas não assume a responsabilidade política e moral por uma política em que tratar os funcionários públicos com humanidade está abaixo da sua preocupação com o défice. O Governo assume implicitamente a culpa, mas o ministro das Finanças não tem a coragem política de assumir as responsabilidades e a dignidade de pedir desculpa às famílias das vítimas.

Há muitos anos que Portugal não tinha governante com tão pouca formação democrática.


Afinal quem quer ficar na EU?

O ministro da Agricultura perguntou aos sindicalistas dos pescadores porque não pedem para sair da EU, um gesto condenável porque em Portugal a política tem regras de boas maneiras que proíbem que se diga o que se pensa.

Na verdade são muitos os que nunca aceitaram a adesão à CEE (na época até havia uma um céu na terra chamado COMECOM) mas que não têm a coragem de o assumir, em vez disso contestam tudo e exigem referendos por tudo e por nada.


Falta de educação parlamentar

Num parlamento onde tanto se protesta por ficar à margem do debate europeu a comissária europeia que pretendia ouvir os deputados portugueses deu com quatro deputados à espera, dos que mais contestam as decisões da EU (CDS, PCP e BE) nem um.