quinta-feira, julho 26, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Cegonha, Algarve (Foto de A. Moura/Quebeque9

IMAGEM DO DIA

[Sebastião Moreira / EFE]

«Caída de caballo. El guatemalteco Otto Perez se cae de su caballo El paladino durante la prueba de hípica del pentatlón moderno de los Juegos Panamericanos de Río de Janeiro.» [20 Minutos]

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

O Jumento conseguiu saber a razão porque a ministra da Educação não tomou qualquer medida contra Margarida Moreira, a até agora directora da famosa DREN. A governante optou por não prejudicar a carreira política da zelosa funcionária num momento e que esta se demitiu de todos os cargos do PS e entregou o cartão do partido.

Que se tranquilizem os nossos políticos, Margarida Moreira não vai candidatar-se a nenhum cargo com o estatuto de independente, vai aderir ao PSD a tempo de pagar a jóia e a primeira quota para se poder candidatar nas próximas directas para a escolha do líder.

No seu currículo Margarida Moreira tem o facto de até ao momento ter sido quem fez melhor oposição a José Sócrates, lá do seu obscuro gabinete conseguiu infligir mais prejuízos ao primeiro-ministro do que todas as intervenções de Marques Mendes nos debates mensais com o governo e nos almoços de sábado, só ele fez mais pela oposição do que Marques Mendes, os assessores de Cavaco Silva, Luís Filipe Menezes e Paulo Portas juntos.

JUMENTO DO DIA

O idiota de serviço

Ao chamar a si a resposta ao artigo de Manuel Alegre o ministro do Trabalho, Vieira da Silva desempenhou o papel de "idiota de serviço". Antes de mais porque, tanto quanto se sabe os seus pergaminhos políticos não são suficientes para responder Alegre e porque ouvi-lo dizer que o governo se rege por «rigor, exigência e reforço democrático» só merece uma estrondosa gargalhada.

Há muito que o governo deixou de invocar as virtudes republicanas, transformou-se numa máquina desrespeitadora de valores que se julgavam defendido, fez figuras tristes que há muito estavam banidas das práticas do Estado, como foi o caso da perseguição política do professor Charrua.

A posição do ministro é um mau sinal, revela aquilo que todos sabemos, Sócrates e uma boa parte dos seus ministros não têm um pingo de humildade, consideram a maioria absoluta como um cheque em branco de arrogância, são incapazes de reconhecer os erros e, portanto, de mudar de atitude. É isso que esta resposta idiota sugere.

O SOLITÁRIO E A BICHA SOLITÁRIA

A polícia portuguesa revelou uma grande eficácia ao prender o solitário, a mesma eficácia que não revela para apanhar a bicha solitária que consome uma boa parte da riqueza do país impedindo-o de se desenvolver. Não faltam os magistrados que se dizem especialistas em tratar a bicha solitária da corrupção, mas a verdade é que esta não para de crescer.

INCOMPATIBILIDADES

António Vitorino renunciou ao mandato que havia suspenso quando o PSD questionou a compatibilidade do cargo com o de membro de um escritório de advogados que defende a GALP. Não sei quantos advogados ficariam no hemiciclo se o mesmo critério fosse seguido por todos os deputados. Mas agora que Vitorino renunciou talvez seja o momento adequado para questionar se não há incompatibilidade entre Guilherme Silva ser deputado da República e ao mesmo tempo ser consultor do governo regional da madeira que se recusa a aplicar as leis dessa mesma república.

"NÃO BAIXAREI OS IMPOSTOS A NÃO SER QUE A SITUAÇÃO O IMPONHA COMO ÓBVIO"

Foi com estas palavras que Sócrates respondeu aos jornalistas da SIC se este baixaria os impostos no fim da legislatura. Sócrates fez questão de dizer que nunca baixaria os impostos para efeito eleitorais e sublinhou que "não baixarei os impostos a não ser que a situação o imponha como óbvio".

Fiquei sem saber se Sócrates se referia à situação económica ou à situação eleitoral, domínios em que essa decisão pode ser vir a ser imposta como óbvia. Aliás, se a situação económica impor uma baixa dos impostos é porque o crescimento será tão baixo que será óbvio que Sócrates não renovará a maioria absoluta, já que com Marques Mendes a vitória está quase assegurada.

ABORTO NA MADEIRA: UMA PERGUNTA A MARQUES MENDES

O que é mais importante para Marques Mendes: o apoio político de Alberto João Jardim, a opinião expressa pelos portugueses em referendo ou a sua opinião contra o aborto? Marques Mendes pode adoptar uma atitude manhosa ou cobarde, mas mais cedo ou mais tarde terá que apoiar ou desaprovar o Alberto João e a canhalha do PSD-Madeira.

AÍ ESTÃO OS PREDADORES

«Há duas semanas tive oportunidade de ler o discurso de Francisco Balsemão, no jantar da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, em que apostrofou o ministro Santos Silva. É um documento discutível. Menos num dos princípios: o da liberdade de expressão. Aí, o velho capitão de jornais permanece devotadamente fiel aos ânimos da juventude. Tudo o que agrida a livre enunciação das ideias encontra nele um tenaz adversário. Sei do que falo: trabalhámos juntos, durante anos, dando corpo a um projecto grandioso: o Diário Popular. A esmagadora maioria da Redacção era de Esquerda ou, pelo menos, desafecta ao regime. Trinta e cinco jornalistas, 150 mil exemplares diários de venda. A tese era a seguinte: "Neste jornal ninguém corta nada a ninguém." O estrondoso êxito do vespertino é devido, acima de tudo, a essa caução de liberdade.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Baptista Bastos elogia Balsemão para chamar predadores aos representantes das associações patronais que pediram à democracia o que a ditadur não ousou dar-lhes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CONTRA O MEDO, LIBERDADE

«Nasci e cresci num Portugal onde vigorava o medo. Contra eles lutei a vida inteira. Não posso ficar calado perante alguns casos ultimamente vindos a público. Casos pontuais, dir-se-á. Mas que têm em comum a delação e a confusão entre lealdade e subserviência. Casos pontuais que, entretanto, começam a repetir-se. Não por acaso ou coincidência. Mas porque há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE. Casos pontuais em si mesmos inquietantes. E em que é tão condenável a denúncia como a conivência perante ela.

Não vivemos em ditadura, nem sequer é legítimo falar de deriva autoritária. As instituições democráticas funcionam. Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê? Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual.

Sottomayor Cardia escreveu, ainda estudante, que "só é livre o homem que liberta". Quem se cala perante a delação e o abuso está a inculcar o medo. Está a mutilar a sua liberdade e a ameaçar a liberdade dos outros. Ora isso é o que nunca pode acontecer em democracia. E muito menos num partido como o PS, que sempre foi um partido de homens e mulheres livres, "o partido sem medo", como era designado em 1975. Um partido que nasceu na luta contra a ditadura e que, depois do 25 de Abril, não permitiu que os perseguidos se transformassem em perseguidores, mostrando ao mundo que era possível passar de uma ditadura para a democracia sem cair noutra ditadura de sinal contrário.

Na campanha do penúltimo congresso socialista, em 2004, eu disse que havia medo. Medo de falar e de tomar livremente posição. Um medo resultante da dependência e de uma forma de vida partidária reduzida a seguir os vencedores (nacionais ou locais) para assim conquistar ou não perder posições (ou empregos). Medo de pensar pela própria cabeça, medo de discordar, medo de não ser completamente alinhado. No PS sempre houve sensibilidades, contestatários, críticos, pessoas que não tinham medo de dizer o que pensam e de ser contra quando entendiam que deviam ser contra. Aliás, os debates desse congresso, entre Sócrates, eu próprio e João Soares, projectaram o PS para fora de si mesmo e contribuíram em parte para a vitória alcançada nas legislativas. Mas parece que foram o canto do cisne. Ora o PS não pode auto-amordaçar-se, porque isso seria o mesmo que estrangular a sua própria alma.
Há, é claro, o álibi do Governo e da necessidade de reduzir o défice para respeitar os compromissos assumidos com Bruxelas. O Governo é condicionado a aplicar medidas decorrentes de uma Constituição económica europeia não escrita, que obriga os governos a atacar o seu próprio modelo social, reduzindo os serviços públicos, sobrecarregando os trabalhadores e as classes médias, que são pilares da democracia, impondo a desregulação e a flexigurança e agravando o desemprego, a precariedade e as desigualdades. Não necessariamente por maldade do Governo. Mas porque a isso obriga o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) conjugado com as Grandes Orientações de Política Económica. Sugeri, em tempos, que se deveria aproveitar a presidência da União Europeia para lançar o debate sobre a necessidade de rever o PEC. O Presidente Sarkozy tomou a iniciativa de o fazer. Gostei de ouvir Sócrates a manifestar-se contra o pensamento único. Mas é este que condiciona e espartilha em grande parte a acção do seu Governo.

Não vou demorar-me sobre a progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde, com, entre outras coisas, as taxas moderadoras sobre cirurgias e internamentos. Nem sobre o encerramento de serviços que agrava a desertificação do interior e a qualidade de vida das pessoas. Nem sobre a proposta de lei relativa ao regime do vínculo da Administração Pública, que reduz as funções do Estado à segurança, à autoridade e às relações internacionais, incluindo missões militares, secundarizando a dimensão administrativa dos direitos sociais. Nem sobre controversas alterações ao estatuto dos jornalistas em que têm sido especialmente contestadas a crescente desprotecção das fontes, com o que tal representa de risco para a liberdade de imprensa, assim como a intromissão indevida de personalidades e entidades na respectiva esfera deontológica. Nem sobre o cruzamento de dados relativos aos funcionários públicos, precedente grave que pode estender-se a outros sectores da sociedade. Nem ainda sobre a tendência privatizadora que, ao contrário do Tratado de Roma, onde se prevê a coexistência entre o público, o privado e o social, está a atingir todos os sectores estratégicos, incluindo a Rede Eléctrica Nacional, as Águas de Portugal e o próprio ensino superior, cujo novo regime jurídico, apesar das alterações introduzidas no Parlamento, suscita muitas dúvidas, nomeadamente no que respeita ao princípio da autonomia universitária.

Todas estas questões, como muitas outras, são susceptíveis de ser discutidas e abordadas de diferentes pontos de vista. Não pretendo ser detentor da verdade. Mas penso que falta uma estratégia que dê um sentido de futuro e de esperança a medidas, algumas das quais tão polémicas, que estão a afectar tanta gente ao mesmo tempo. Há também o álibi da presidência da União Europeia. Até agora, concordo com a acção do Governo. A cimeira com o Brasil e a eventual realização da cimeira com África vieram demonstrar que Portugal, pela História e pela língua, pode ter um papel muito superior ao do seu peso demográfico. Os países não se medem aos palmos. E ao contrário do que alguém disse, devemos orgulhar-nos de que venha a ser Portugal, em vez da Alemanha, a concluir o futuro Tratado europeu. Parafraseando um biógrafo de Churchill, a presidência portuguesa, na cimeira com o Brasil, recrutou a língua portuguesa para a frente da acção política. Merece o nosso aplauso.

Oque não merece palmas é um certo estilo parecido com o que o PS criticou noutras maiorias. Nem a capacidade de decisão erigida num fim em si mesma, quase como uma ideologia. A tradição governamentalista continua a imperar em Portugal. Quando um partido vai para o Governo, este passa a mandar no partido, que, pouco a pouco, deixa de ter e manifestar opiniões próprias. A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude.

Admito que a porta é estreita e que, nas circunstâncias actuais, as alternativas não são fáceis. Mas há uma questão em relação à qual o PS jamais poderá tergiversar: essa questão é a liberdade. E quem diz liberdade diz liberdades. Liberdade de informação, liberdade de expressão, liberdade de crítica, liberdade que, segundo um clássico, é sempre a liberdade de pensar de maneira diferente. Qualquer deriva nesta matéria seria para o PS um verdadeiro suicídio.

António Sérgio, que é uma das fontes do socialismo português, prezava o seu "querido talvez" por oposição ao espírito dogmático. E Antero de Quental chamava-nos a atenção para estarmos sempre alerta em relação a nós próprios, porque "mesmo quando nos julgamos muito progressistas, trazemos dentro de nós um fanático e um beato". Temo que actualmente pouco ou nada se saiba destas e doutras referências.

Não se pode esquecer também a responsabilidade de um poder mediático que orienta a agenda política para o culto dos líderes, o estereótipo e o espectáculo, em detrimento do debate de ideias, da promoção do espírito crítico e da pedagogia democrática. Tenho por vezes a impressão de que certos políticos e certos jornalistas vivem num país virtual, sem povo, sem história nem memória.

Não tenho qualquer questão pessoal com José Sócrates, de quem muitas vezes discordo mas em quem aprecio o gosto pela intervenção política. O que ponho em causa é a redução da política à sua pessoa. Responsabilidade dele? A verdade é que não se perfilam, por enquanto, nenhumas alternativas à sua liderança. Nem dentro do PS nem, muito menos, no PSD. Ora isto não é bom para o próprio Sócrates, para o PS e para a democracia. Porque é em situações destas que aparecem os que tendem a ser mais papistas que o Papa. E sobretudo os que se calam, os que de repente desatam a espiar-se uns aos outros e os que por temor, veneração e respeitinho fomentam o seguidismo e o medo.

Sei, por experiência própria, que não é fácil mudar um partido por dentro. Mas também sei que, assim como, em certos momentos, como fez o PS no verão quente de 75, um partido pode mobilizar a opinião pública para combates decisivos, também pode suceder, em outras circunstâncias, como nas presidenciais de 2006 e, agora, em Lisboa, que os cidadãos, pela abstenção ou pelo voto, punam e corrijam os desvios e o afunilamento dos partidos políticos. Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura.

Por isso, como em tempo de outros temores escreveu Mário Cesariny: "Entre nós e as palavras, o nosso dever falar." Agora e sempre contra o medo, pela liberdade.» [Público assinantes]

Parecer:

Um artigo de Manuel Alegre que vai tirar o sono a Sócrates.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE ESTÃO MAIS CAROS

«O objectivo era baixar os preços. Mas, dois anos depois de o primeiro-ministro ter anunciado que os medicamentos não sujeitos a receita passariam a ser vendidos fora das farmácias, estes remédios estão mais caros. Em média 3,5%. A conclusão é de um estudo da Deco Protest, que avaliou as vendas nas lojas e também nas farmácias. E, de acordo com esta análise, é nas farmácias que os preços mais subiram desde que foram liberalizados.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Ao que parece as farmácias aproveitaram a embalagem das lojas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se um comentário ao ministro da Saúde, que há uns meses atrás disse que isso não era verdade.»

LISBOA CHUMBOU EM TESTE DE HONESTIDADE

«A armadilha em Lisboa foi montada por jornalistas da Reader's Digest, que esperaram, escondidos, que as pessoas encontrassem os telemóveis, e que depois lhes ligaram. O objectivo era saber se concordavam em devolver os aparelhos, se faziam alguma chamada enquanto os tinham em sua posse e se, efectivamente, os entregavam. Nalguns casos, os aparelhos foram desligados de imediato. Noutros, a pessoa chegou a marcar um encontro para a entrega, mas nunca apareceu. Mas também houve bons samaritanos. E muitas vezes pessoas aparentemente mais fáceis de tentar, como um desempregado de 44 anos que correu a devolver o telemóvel a uma repórter que o tinha deixado no banco de um centro comercial. Porém, do 30 telemóveis de média gama, abandonados em vários pontos da cidade, só 15 foram devolvidos. Uma "taxa de honestidade" de 50%, bastante abaixo da média global, que se cotou nos 67%. » [Diário de Notícias]

Parecer:

A verdade é que Lisboa começa a chumbar em muitos testes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um teste à higiene.»

GESTOR DO CDS ACUSADO PELO MP

«Em 1 de Março de 2005, a PJ interceptou uma conversa entre Abel Pinheiro, então director financeiro do CDS/ /PP, com um quadro do Grupo Espírito Santo (GES), Vítor Neves, onde o ex-dirigente partidário foi citado como tendo dito: "E fazendo as contas nós metemos na mão da sua gente mais de quatrocentos milhões de euros nas últimas três semanas." » [Diário de Notícias]

Parecer:

O mais curioso é que Paulo Portas ainda fala de galo e lançando a suspeita de que anda a ser perseguido.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Persigam-se os responsáveis de então do CDS.»

UMA DEPUTADA MAL EMPREGADA

«Os deputados da Madeira decidiram ontem discutir e votar os dois projectos sobre a aplicabilidade da Lei da Intervenção Voluntária da Gravidez (IVG). Rejeitada a proposta do BE, que propunha a adaptação do diploma ao Serviço Regional de Saúde da região, saiu vencedor o projecto do PSD. Neste é pedido pareceres jurídicos sobre a constitucionalidade da lei de 2007 e respectiva portaria e ainda dos deveres de audição do parlamento regional sobre esta matéria.

A deputada do PSD Rafaela Fernandes foi a estrela da manhã parlamentar, responsável pela defesa da proposta. Segundo a jovem advogada social-democrata, "o aborto não será, com certeza, a primeira decisão de uma mulher porque é contra-natura. A função das mulheres é, precisamente, a da procriação", disse.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Espero bem que a deputada já tenha procriado, se não fez pelo menos que tente, estou certo de que vai mudar de opinião.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à deputada regional que ensaie umas tentativas de procriação.»

O BES ESTÁ EM TODAS

«Nos últimos dois anos e meio o nome do Banco Espírito Santo tem vindo a emergir uma e outra vez, sempre pelas piores circunstâncias para uma entidade bancária. Em Janeiro de 2005, o juiz chileno Sergio Muñoz que instruía o processo dos assassínios de opositores políticos ordenados por Augusto Pinochet, deparou-se com indícios da existência de várias contas em nome do ditador sediadas em off- shores e outros bancos no estrangeiro, como o BES Miami. Na altura, um porta-voz do banco recusou-se a comentar a notícia, escudando-se atrás da confidencialidade devida a todos os seus clientes.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Digamos que o lema "BES 360º" não surgiu por acaso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se Ricardo Salgado onde se inspirou.»

O PSD NO SEU MELHOR

«Os insultos regressaram ontem ao parlamento da Madeira. Jaime Ramos, líder do grupo parlamentar do PSD, acusou, Edgar Silva, deputado do PCP, de ter "roubado" dinheiro das Igrejas, "nunca ter pago impostos", chamando-lhe "desgraçado", "chulo da sociedade", "vadio" e "desempregado". Esta foi a reacção do dirigente social-democrata à intervenção do ex-padre Edgar Silva no âmbito da discussão sobre o projecto do PSD de alteração ao regime de incompatibilidades dos deputados regionais mas só para entrar em vigor em 2011 e sem tocar no Estatuto Político-Administrativo. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Este Jaime Ramos é um bom exemplo da cultura actual do PSD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marques Mendes se já mandou os parabéns a Jaime Ramos, a sua brilhante intervenção merece o gesto.»

APOIO ESTA PROPOSTA DO PCP

«Num projecto de resolução entregue no Parlamento, o PCP quer a "disponibilização em formato aberto de toda a informação e documentação publicada nos sítios Internet e Intranet da Assembleia , permitindo aos seus utilizadores o acesso a todos os conteúdos de forma não condicionada ao uso de software proprietário". O PCP defende ainda a instalação em todos os postos de trabalho dos grupos parlamentares e dos vários serviços da Assembleia de um "pacote informático de ferramentas de produtividade em software livre, compatíveis e complementares face aos sistemas actualmente utilizados, que inclua nomeadamente programas de processamento e texto, folha de cálculo, gestão de apresentações, navegação na Internet, correio electrónico e gestão de agenda e leitura de ficheiros multimédia".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Duvido que com o país transformado numa Microsoftlândia a proposta venha a passar

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «.Vote-se a favor.»

BCP-BPI: AMOR COM AMOR SE PAGA

«Em dois dias, antes da assembleia geral, o Banco BPI comprou 45 milhões de acções do Banco Comercial Português, passando a deter 8,51% do capital do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto. Ao preço de fecho de hoje o investimento foi de 169 milhões de euros.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Se o BPI não lançar uma opa sobre o BCP pelo menos vai ganhar algum comprando acções que ficaram baratas devido às guerras entre aqueles que há pouco tempo tentaram comprar o BPI a preço de saldo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Emita-se a devida gargalhada, está na hora de rir à conta dos ricos.»

FOI INÉDITO, DIZ O GOVERNO

«"A cerimónia decorreu no CCB, que não é uma escola", disse fonte do gabinete ao JN. que alega que os alunos estão em férias, pelo que uma das empresas fornecedora dos equipamentos informáticos decidiu recorrer a uma agência de "casting". A sessão foi organizada pelo Ministério da Educação (ME), sem José Sócrates saber dos alunos a fingir - garante-se - e daí a sua surpresa. Diz a mesma fonte que este "foi um caso inédito" neste Governo, mas serve "para se aprender". » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Foi tão inédito como ver os velhotes do Alandroal a festejar a vitória de António Costa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Sócrates quantas coisas inéditas ainda vão suceder.»

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA

«O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou esta tarde a prisão preventiva da inspectora coordenadora da Polícia Judiciária (PJ), Ana Paula Matos, suspeita de ser a autora do desvio de, pelo menos, 100 mil euros apreendidos a traficantes de droga. A inspectora está neste momento a caminho do Estabelecimento Prisional de Santarém.» [Público]

Parecer:

Esta história merece ser aprofundada para melhor se perceberem os métodos usados com combate ao tráfico de estupefacientes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»

A PIADA DO DIA

«O ministro Vieira da Silva refutou hoje as críticas de Manuel Alegre ao Governo e ao PS, feitas num artigo de opinião publicado na edição de hoje do PÚBLICO, afirmando que o executivo tem norteado a sua acção com base em critérios de "rigor, exigência e reforço democrático".» [Público]

Parecer:

Este ministro Vieira da Silva tem um sentido de humor notável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro se não tem mais anedotas para contar.»

QUEM SÃO OS TRAFICANTES

«Os arguidos — Manuel Velez, guarda no estabelecimento prisional junto à Polícia Judiciária, em Lisboa, e o empresário Carlos Ferreira, do Cadaval — foram condenados por tráfico mas acabaram por ser absolvidos das acusações de associação criminosa e de branqueamento de capitais.» [Público]

Parecer:

Começa a ser evidente que há polícias que também são "ladrões" o que leva o cidadão a questionar de que lado das grades se está mais seguro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investiguem-se as relações entre o mundo dos bons e o mundo dos maus.»

RÚSSIA ORGANIZA EXPEDIÇÃO PARA REIVINDICAR O PÓLO NORTE

«A Rússia está enviando um minissubmarino para explorar o leito do oceano sob o Pólo Norte e encontrar evidências que apóiem sua reivindicação por território no Ártico.

Entre a equipe que planeja mergulhar a 4,2 mil metros de profundidade no Oceano Ártico no domingo, estão dois parlamentares. Um deles é o explorador veterano Artur Chilingarov.» [BBC Brasil]

MANCHESTER CONTRATA CRIANÇA DEPOIS DE VER VÍDEO NO YOUTUBE

«Sin moverse de casa, desde Australia, el pequeño Rhain Davis de tan solo 9 años, ha fichado por las categorías inferiores del Manchester United gracias a un video colgado en Youtube en el que se recogían sus exhibiciones en partidos disputados en campos australianos.» [20 Minutos]

PRIMEIRO-MINISTRO CHINÊS TORNA-SE POPULAR GRAÇAS A UM GUARDA-CHUVA

«En el autoritario régimen chino, rara es la ocasión en la que los ciudadanos chinos elogian espontáneamente a sus líderes, pero el primer ministro chino, Wen Jiabao, lo ha conseguido este mes gracias a un simple paraguas.

Los foros de internet del país estos días se han desecho en elogios sobre la sencillez y "cercanía al pueblo" del mandatario, sólo por el hecho de que hace una semana apareció portando un paraguas abierto en una zona afectada por las inundaciones, según cuenta el diario 'China Daily' [20 Minutos]

O "BUNGEE JUMPING" PODE PROVOCAR CEGUEIRA

«Hasta ahora se creía que el único riesgo del bungee jumping estaba en la cuerda; sin ir más lejos, la mayoría de accidentes producidos con este arriesgado hobby es elegir una cuerda demasiado larga.

Sin embargo, el bungee jumping conlleva otro peligro desconocido hasta el momento: según publica The New England Journal of Medicine (NEJM), esta práctica puede producir también hemorragia ocular.» [20 Minutos]

CRIANÇA DE 7 ANOS TEM O NOME NA LISTA DOS TERRORISTAS DO IRA

«Su nombre es similar al de un terrorista irlandés del IRA y figura en la lista de personas que no pueden subir a un avión. La Administración para la Seguridad en el Transporte asegura que esa lista no tiene que ser tenida en cuenta para menores de 8 años» [20 Minutos]

DISNEY PROÍBE CIGARROS NOS SEUS FILMES

«Los más fervientes partidarios de desterrar de las grandes pantallas la típica imagen de un personaje fumando un cigarro están de enhorabuena, porque los estudios Walt Disney han anunciado hoy su intención de prohibir que se fume en pantalla en todas las películas familiares que lleven su sello. Es más, esta iniciativa podría aplicarse en aquellas producciones que la compañía adquiera para su distribución mediante sus sellos Touchstone y Miramax.» [El Pais]

ILUSÃO

KOROVIN IGOR

LIYA

IGAEV

ALEKSANDR MARINICEV

BIRGER HOGLUND

VÉNIA

DESCANSO

NESCAFÉ

[2][3]

Advertising Agency: McCann Erickson Berlin (M.E.C.H.), Germany
Creative Director: Thorsten Adenauer
Art Director: Johannes Heldrich
Copywriter: Tilo EndertPhotographer: Kajetan Kandler

ARNO

[2]

Advertising Agency: Publicis, Brazil
Creative Director: Guilherme Jahara
Art Director: Murilo Melo
Copywriter: Gabriel Sotero
Photographer: Augusto Nóbrega

PROCKEY PEN

[2][3]

Advertising Agency: Ogilvy, Bangkok, Thailand
Executive Creative Directors: Wisit Lumsiricharoenchoke
Art Director: Gumpon Laksanajinda
Copywriters: Kulvadee Doksroy, Khanitta Wichitsakonkit