Ao contrário do que seria de esperar tenho uma grande consideração pelos “boys”, os meus sentimentos de solidariedade levam-me a ter estima pelo mais fracos, pelos que mais sofrem e os chamados “boys” estão nesta situação, na nossa classe política são a “casta” mais baixa.
Ao contrário do que parece não é fácil ser boy e mais difícil ainda é manter-se boy pois nada garante que de um dia para o outro o autarca ou o governante em que apostamos faz xixi fora do penico e é forçado a abandonar o cargo. Veja-se o que sucedeu na autarquia da capital, as dezenas de assessores da JSD que viviam felizes viram-se de repente no desemprego, sem perspectivas de voltar à autarquia ou a um gabinete governamental e ainda por cima tudo mudou na liderança nacional e distrital do partido. Num dia estavam felizes, eram assessores e amigos de um qualquer António Preto ou Marques Mendes, no outro estavam desempregados e sem amigos no poder.
A vida difícil dos boys começam antes de o ser, tudo tem início quando têm que apostar em que partido e em que políticos desse partido devem apostar. Se apostam no partido errado estão tramados, mas se apostarem no partido vencedor nada garante que não terão melhor sorte pois o político a quem andaram a dar graça pode ficar-se por um lugar de deputado na última fila ou de vereador sem pelouro.
Os boys são dos que mais sofrem no nosso mercado de trabalho político, são dos mais estão sujeitos à mobilidade pois se não souberem mudar de partido a sua longevidade pode ser curta, são dos que mais sofrem com a precaridade laboral, sofrem de doenças profissionais com destaque para os bicos-de-papagaio provocados pelos maus tratos a que a coluna vertebral é forçada, são obrigados a desempenhar funções pouco dignas como, por exemplo, a de pitbull do dono.
Também não é verdade que sejam uns privilegiados, há boys de primeira e boys de segunda, muitos deles são como as raparigas do shopping, para se vestirem como balconistas do Millennium mal ganham para as sopas. Há boys de primeira e boys de segunda, há os que chegam a administrador de institutos, mas também os que não passam de humildes assessores de vereadores da província, os que têm direito a viatura de serviço e os que sofrem apalpões nos autocarros da Carris.
Ao contrário do que parece não é fácil ser boy e mais difícil ainda é manter-se boy pois nada garante que de um dia para o outro o autarca ou o governante em que apostamos faz xixi fora do penico e é forçado a abandonar o cargo. Veja-se o que sucedeu na autarquia da capital, as dezenas de assessores da JSD que viviam felizes viram-se de repente no desemprego, sem perspectivas de voltar à autarquia ou a um gabinete governamental e ainda por cima tudo mudou na liderança nacional e distrital do partido. Num dia estavam felizes, eram assessores e amigos de um qualquer António Preto ou Marques Mendes, no outro estavam desempregados e sem amigos no poder.
A vida difícil dos boys começam antes de o ser, tudo tem início quando têm que apostar em que partido e em que políticos desse partido devem apostar. Se apostam no partido errado estão tramados, mas se apostarem no partido vencedor nada garante que não terão melhor sorte pois o político a quem andaram a dar graça pode ficar-se por um lugar de deputado na última fila ou de vereador sem pelouro.
Os boys são dos que mais sofrem no nosso mercado de trabalho político, são dos mais estão sujeitos à mobilidade pois se não souberem mudar de partido a sua longevidade pode ser curta, são dos que mais sofrem com a precaridade laboral, sofrem de doenças profissionais com destaque para os bicos-de-papagaio provocados pelos maus tratos a que a coluna vertebral é forçada, são obrigados a desempenhar funções pouco dignas como, por exemplo, a de pitbull do dono.
Também não é verdade que sejam uns privilegiados, há boys de primeira e boys de segunda, muitos deles são como as raparigas do shopping, para se vestirem como balconistas do Millennium mal ganham para as sopas. Há boys de primeira e boys de segunda, há os que chegam a administrador de institutos, mas também os que não passam de humildes assessores de vereadores da província, os que têm direito a viatura de serviço e os que sofrem apalpões nos autocarros da Carris.