FOTO JUMENTO
Ourique
IMAGEM DO DIA
[Jonathan Ernst / Reuters]
«George W. Bush se chupa los labios antes de comenzar un discurso en Washington, DC, EE. UU.» [20 Minutos]
JUMENTO DO DIA
Solidariedade
O folhetim das precipitações do director nacional da PJ teve hoje um episódio singular, passada uma semana desde que Alípio Ribeiro disse o disparate o número dois da PJ, seu subordinado e homem de confiança, veio esclarecer a comunicação social dando a sua interpretação das palavras do seu director. É evidente que se trata de um interpretação pessoal e o esclarecimento foi tão espontâneo que nenhum dos jornalistas presentes chegou a pensar que o director nacional estava a par deste esclarecimento.
Só que o mais grave da intervenção de Alípio Ribeiro não estava na afirmação mas sim no facto de ter feito afirmação sobre um processo em curso que está a ser conduzido pelo Ministério Público. Para esta precipitação do director o número dois da PJ não teve explicações.
Já quanto aos fracos resultado do combate ao tráfico de droga o homem teve uma explicação muito lógica, os traficantes deixaram de usar Portugal. Enfim, os traficantes são os únicos que deverão levar a sério a competência de Alípio Ribeiro e do seu número dois.
O APOIO AOS CLIENTES DA NETCABO
O atraso na publicação deste post resultou da interrupção do serviço da NETCABO, mas mais grave do que a avaria é a forma manhosa como a empresa atende os cliente. Fiz um primeiro telefonema e o operador chegou à conclusão de que o problema estava na minha máquina sugerindo-me que recorresse aos serviços de uma empresa associada. Experimentei um segundo computador e como o problema permitiu liguei de novo, desta vez chegaram à conclusão de que o problema estava no modem e informaram-me de que iria ser contactado pela assistência. Entretanto reparo que o modem estava a dar sinais diferentes denunciando mexidas ao nível do servidor, logo de seguida passei a ter acesso à net.
A NETCABO parece que não gosta de assumir as suas avarias e ainda sugere aos clientes que vão pagar serviços a terceiros só para encobrir as suas responsabilidades.
O QUE SE PASSA NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL NO PORTO
Começa a ser óbvio que há demasiados crimes sem castigo no Porto, é conhecida a impunidade histórica dos senhores da bola, o espectáculo triste no caso dos recentes homicídios e agora chegou-se à conclusão que as investigações à agressão ao ex-vereador Ricardo Bexiga foram do tipo do "faz de conta".
Ou estou muito enganado ou para além do Douro só investigam os que não têm ouro.
O LNEC É QUE SABE
Porque será que Sócrates não manda todas as suas reformas e até a última remodelação governamental para apreciação do LNEC? Se um laboratório de engenharia opina sobre questões de ambiente e de economia também o pode fazer sobre reformas do ensino, da justiça ou da Administração Pública, porque não?
AS EXPLICAÇÕES DE JAIME SILVA PARA O AUMENTO DO PEÇO DO TRIGO
As explicações de Jaime Silva a propósito do aumento do preço do trigo estão longe de ser rigorosas, assim como os comentários que teceu a esse propósito. Não é verdade que estejamos perante movimentos especulativos, não se pode confundir os futuros das bolsas de valores com os contratos de futuros na bolsa de Chicago. O aumento dos preços prende-se com a inexistência de stocks à escala mundial e ao aumento da procura internacional.
Também não é verdade que a existência de stocks estratégicos resolvam o problema a não se que se proíbam as exportações pois a causa do aumento dos preços situa-se no aumento da procura por parte de alguns países como a China. Além disso é duvidoso que esses stocks estratégicos respondessem a situações prolongadas como a actual, que já dura duas campanhas de comercialização.
Por fim, ao contrário do que o ministro disse não é só o preço do leite que vai aumentar, igual aumento de preços vão registar as carnes de bovino, de suíno e de aves de capoeira.
CALUNIAI, CALUNIAI
«"Sá Fernandes, graças ao excelente entrevistador que é Mário Crespo e após alguma hesitação, também denunciou que o Restaurante Eleven..., com uma localização de sonho no topo do Parque Eduardo VII, desfrutando daí de uma vista única sobre Lisboa e o Tejo, em terrenos da câmara, paga de renda 500 (quinhentos) euros por mês e o contrato nem meia dúzia de anos terá.
Um dos sócios, José Miguel Júdice, por nomeação do actual Governo, dirige ou algo parecido, tipo administra, manda o que quiserem no desenvolvimento da zona ribeirinha da cidade e depois não querem que o bastonário da Ordem dos Advogados se desboque!" in Expresso on-line.
Os factos, em primeiro lugar. De um lado, este texto colocado no Expresso on-line, que exprime sem dúvida o que muitas pessoas pensaram depois de declarações televisivas do vereador Sá Fernandes e, ainda mais, depois de uma insinuação reles da deputada Teresa Caeiro logo a seguir.
Do outro lado, a realidade. O então presidente João Soares abriu um concurso público para um restaurante no alto do Parque Eduardo VII, um concorrente ganhou, e assumiu em tal vitória - pois creio que até resultava do caderno de encargos do concurso - o compromisso de construir um edifício de qualidade arquitectónica que, no final da concessão de 20 anos, reverte para a câmara.
Não soube de tal concurso, não concorri a ele, não conhecia sequer a empresa concorrente (ou os seus accionistas), não soube do resultado do concurso. Meses depois, através de um amigo, o meu filho mais velho soube que o accionista que controlava a empresa vencedora do concurso estava interessado em ceder as acções da sociedade, desde que fosse ele - que é arquitecto - a fazer o projecto. Juntei um grupo de amigos dispostos a dar a Lisboa um restaurante de grande qualidade (e realmente um ano depois de abrir ganhou uma estrela Michelin, ainda hoje a única em Lisboa), que aceitaram investir e correr o risco (e que mais de três anos depois não receberam um euro de resultados, apesar do sucesso financeiro que também felizmente tem tido, pois foi elevado o endividamento para a construção), e comprámos a posição do accionista da sociedade que fora vencedora do concurso. Com isso investimos quase dois milhões de euros num edifício que reverterá para o município no final da concessão, valorizado.
Entre esta realidade dos factos e o facto do comentário citado acima estão três outros factos: o vereador Sá Fernandes, não tendo feito bem o trabalho de casa, lançou uma atoarda sobre João Soares e a sua vereação, sobre os responsáveis que definiram as condições do concurso, sobre a empresa que o ganhou e até sobre os seus 11 actuais accionistas. Para quem o ouviu, a Câmara de Lisboa fizera um favor: por 500 euros mensais dera um espaço e um edifício no alto do Parque Eduardo VII. Segundo facto: a deputada Teresa Caeiro, tentando defender o seu correligionário Telmo Correia, avançou com o meu nome, insinuando que, embora não acreditasse na teoria da conspiração, achava tudo isto estranho. Terceiro facto: o jornalista Mário Crespo não se lembrou de perguntar, nem a um nem a outro, se achavam que a Câmara de Lisboa tinha feito um favor aos donos do Eleven, e à deputada Caeiro não se lembrou de perguntar sequer se achava que este vosso amigo escrevinhador tinha recebido favores ou se era homem para os receber ou para corromper seja quem for para os obter.
O que tem de relevante esta história - para além de me ter estragado dois dias de umas curtíssimas férias... - é o que sociologicamente revela sobre o estado de Portugal. Como dizia Molière, o país encanalhou. Para muitos portugueses, tudo e todos recebem favores, são corruptos; se têm algum sucesso não é por mérito, jeito, trabalho ou sorte, antes isso é prova irrefutável de desonestidade. Quem tem responsabilidades políticas diz tudo o que lhe vem à cabeça ou lhe convém, pouco importando se com isso ficam enxovalhadas pessoas e entidades inocentes. E os media nem se lembram muitas vezes de admitir a hipótese de que quem faz afirmações não esteja a falar verdade, desse modo assumindo como natural e normal a desonestidade. Como dizia um amigo, pelo qual soube do que se passara meia hora antes, "fiquei indignado pela forma como tu e o Eleven estavam a ser sumariamente crucificados".
Esta atmosfera miasmática faz apodrecer a sociedade portuguesa. E está na base da surpreendente atitude dos portugueses que muitas vezes apoiam em eleições os que são acusados (ou até pronunciados e condenados) por crimes de corrupção ou outros semelhantes, porque no fundo os consideram vítimas de um sistema em que todos são desonestos e apenas aqueles são transformados em bodes expiatórios.Claro que é possível dizer que quem actua da forma que me vitimou se autodefine: pensa dos outros o que seguramente deverá pensar de si próprio. Talvez por isso eu prefira sempre assumir, até prova em contrário, que as pessoas são sérias, honestas, e obtêm com esforço e mérito o que alcançam.
Magra consolação é, porém, esta quando olho para o meu país, que se afunda neste ambiente deletério. Não se pode viver assim. Não se pode exigir aos que são crucificados na praça pública que sejam eles que tenham de se esforçar para demonstrar a sua seriedade. Não se pode tratar desta maneira o bom nome de pessoas cuja única falha é terem visibilidade, dedicarem algum do seu tempo a causas públicas, terem opiniões. Não se pode continuar a enxovalhar pessoas de um modo que é sempre irreparável, porque no futuro vezes sem conta outros repetirão a atoarda. A não ser que seja por causa da próxima comemoração do centenário da República, para recordar o político que terá dito "caluniai, caluniai, que da calúnia fica sempre alguma coisa".» [Público assinantes]
Parecer:
José Miguel Júdice desmonta a atoarda do Zé a propósito do restaurante do Parque Eduardo VII.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
NÚMERO DE ABORTOS ESTÃO AQUÉM DAS PREVISÕES
«O número anual de interrupções voluntárias da gravidez (IVG) não deverá ultrapassar 60% do volume inicialmente previsto. Entre 15 de Julho e 31 de Dezembro passado, quase seis meses, registaram 6099 abortos a pedido nos hospitais públicos e privados habilitados para o efeito. O que, extrapolando a um ano, rondará pouco mais de 12 mil IVG.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Recordo-me de que os defensores do não consideravam que as previsões eram más porque o número de abortos iria ser muito maior.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Peça-se um comentário aos defensores do não.»
PREÇO DO TRIGO BATE RECORDES
«O preço do trigo tem subido regularmente, desde Setembro de 2006, entre 60 e 100%, seguindo a tendência internacional dos restantes cereais, mas em 2008 a situação poderá ficar "mais equilibrada". Segundo explicou à Lusa Bernardo Albino, presidente da Associação Nacional de Produtores de Cereais, os preços têm registado subidas acentuadas nos últimos meses, reflectindo o aumento dos valores dos factores de produção, com acréscimos na mesma proporção.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Por enquanto estamos a falar de contratos de futuros, nada garante que os preços não venham a aumentar ainda mais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
JOÃO SOARES E ÂNGELO CORREIA INDIGNADOS
No seu tempo de antena exclusivo na SIC João Soares e Ângelo Correia manifestaram-se indignados porque alguns cidadãos de Sintra têm parte do seu vencimento penhorado pelo fisco. Não percebi muito bem porque o vereador e o presidente da Assembleia Municipal de Sintra só estavam preocupados com os concidadãos daquele concelho, mas se estão assim preocupados porque os que não pagaram os impostos são obrigados agora a fazê-lo têm uma boa solução, que os paguem do seu bolso.
É tempo de dizer a estes políticos oportunistas e populistas que há muitos cidadãos que não foram sujeitos a quaisquer penhoras, enquanto os que agora são alvos do abuso do fisco levavam boa vida estes cidadãos tiveram que poupar ou fazer sacrifícios para pagarem os seus impostos. Porque será que destes nenhum político tem pena?