O regresso às manifestações espontâneas
De vez em quando o PCP volta às manifestações espontâneas conseguindo desta forma aproveitar e amplificar o descontentamento em elação às políticas do governo. Desta vez foi mais sofisticado e ao interferir na actividade interna do PS foi longe demais, o PCP já não respeita o funcionamento dos partidos.
Foi porque estava em causa a actividade interna do PS que desta vez não vimos os sindicalistas do costume (até porque estavam ocupados no congresso da CGTP), a FENPROF teve o cuidado de dizer que se desmarcava desta iniciativa e passou a ideia de que a convocatória foi feita por sms. Foi tudo tão espontâneo que até haviam porta-vozes da manifestação que não se identificaram.
O congresso da CGTP
Num congresso onde o PCP impôs um limite de idade aos dirigentes da CGTP, limite que não impõe aos seus próprios dirigentes, Carvalho da Silva fez duas excelentes intervenções, talvez das melhores análises que se fizeram da situação social em Portugal. Sem recorrer aos chavões do costume Carvalho da Silva analisou o problema do desemprego como ninguém o tinha feito até agora e estabeleceu uma relação entre o subdesenvolvimento e a corrupção.
Mais uma semana negra para a Justiça
Os magistrados do Ministério Público do Porto ficaram muito ofendidos com as declarações do ex-vereador Bexiga m é uma evidência que para os lados do Porto há muita impunidade, diria mesmo demasiada impunidade. Ao mesmo tempo que os crimes ficam por esclarecer assistimos a manifestações de indignação e a levantamentos de rancho por parte dos magistrados. Parece que tudo estava bem no Porto até que Carolina Salgado decidiu falar e os gangs decidiram impor a sua lei numa aparente impunidade.
Enquanto a Justiça se vai desmoronando parece que o Procurador-Geral fica feliz por aparecer muitas vezes nas televisões, a importância dada pelo MP ao espalhafato televisivo vai tão longe que até acusou uma funcionária da PJ de Faro de violação do segredo de justiça por esta ter lido um comunicado oficial. Parece que há quem avalie o seu desempenho pelo tempo de antena que consegue, sinal de que o inspector-geral da ASAE, que já tinha imitado o Paulo Macedo, começa a ter seguidores.
Quem se tramou foi o presidente do INEM
Ficou evidente que o elo mis fraco da emergência médica são os bombeiros as gravações que foram divulgadas provaram isso, há muitas corporações de bombeiros não passam de associações recreativas cujos membros andam fardados, financiadas pelo negócio o transporte de doentes, negócio onde as corporações de bombeiros aparecem como empresas de transporte que praticam concorrência desleal pois não estão sujeitas a regras.
Mas a ministra optou pelo populismo e fez o que os bombeiros queriam, demitiu o presidente do INEM. A ministra começou muito mal.
O Casino Estoril pagou o edifício do novo espaço de jogo
Depois de uma primeira atrapalhação de Telmo e Paulo Portas s sociedade Casino Estoril veio “esclarecer” que o edifício não foi oferecido mas sim comprado à Parque Expo. A partir daí Telmo, Portas e algumas personalidades do PSD usaram este argumento até à exaustão.
Só que o problema não estava em saber a quem pertence ao edifício, era o que faltava que fosse o governo a construí-lo, o que a lei estabelecia era que o edifício reverteria a favor do Estado no termo da concessão e só poderia reverter a favor do Estado algo que não lhe pertencesse.
Entretanto. Menezes também ficou nervoso ao ficar a saber-se que foi o governo do seu Santana Lopes que promoveu a balda. É curioso que Santana Lopes foi andar por aí e não deu a cara sobre esta questão.
Santana Lopes foi conhecer o país real
Pelos vistos só agora percebeu que o país real não está nas pistas de dança das discotecas de Lisboa.
A cunha
Se alguém tinha dúvidas sobre a importância da cunha neste país ficou a saber que não é importante apenas para conseguir um consulta mais rápida ou empregar um filho, a canonização da Irmã Lúcia vais ser mais rápida graças à cunha de um cardeal português. Digamos que a Igreja Católica abençoou este hábito tão português.
Santana Lopes fez uns biscates de advocacia
Enquanto os portugueses estavam entretidos a admirar as obras de arte arquitectónica desenhadas pelo jovem engenheiro técnico José Sócrates ficou-se a saber que Santana Lopes fez uns biscates de advocacia para uma empresa que o seu governo privatizou. Digamos que cada um faz ou fez pela vida com o que sabe, um assinou projectos, o outro assinou pareceres que ninguém deve ter lido.