Passados anos uma parte da população refugiada não conseguiu regressar a casa, a juventude que nasceu e cresceu durante a ocupação indonésia não fala outra língua para além da que lhes foi ensinada, não há emprego e a classe política é a herdada dos tempos da ocupação. Isto é, Timor pouco mais é do que um país desenhado no mapa da ONU.
O petróleo só veio agravar uma situação difícil, estimulando o interesse de potências sem recursos energéticos como é o caso da Austrália, mais preocupada com o acesso aos recursos nacionais do que com a segurança dos timorenses. Os acontecimentos recentes, em que um bandoleiro decidiu decapitar o regime são uma demonstração de que o futuro de Timor está longe de ser pacífico.
Timor carece de ajuda massiva capaz de transformar aquele território num país, não bastando manifestações de intenção em momentos de exaltação nacionalista. Não basta segurança junto às instalações administrativas de Dili, além da segurança é necessária ajuda económica para que os timorenses consigam construir o seu país e afirmarem-se enquanto nação.