quarta-feira, dezembro 03, 2008

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Aves de Lisboa: Corvos-marinhos-de-face-branca (Phalacrocorax carbo)
junto ao Cais das Coluna, na Praça do Comércio

Se um dias destes virem um concentração de gente munida de binóculos, telescópios e máquinas fotográficas junto ao Cais das Colunas não se admirem, no molho contíguo que ali foi construído é possível observar várias espécies de aves marinhas, algumas bem raras na margem lisboeta do Tejo, como o Maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos) , a Rola-do-mar (Arenaria interpres) e várias espécies de gaivotas, só para referir as espécies que me foi possível identificar nos poucos minutos que lá estive. A teleobjectiva atraiu alguns turistas e em poucos minutos a vedação que separa os transeuntes do cais transformou-se numa sessão de fotografia da vida animal.

Fotografar Corvos-marinhos no Tejo não é tarefa fácil a não ser para sul do Rio Trancão e mesmo aí em condições difíceis. Mas quem for agora ao Cais das Colunas depara-se com uma verdadeira colónia deles. O Cais das Colunas tem de forma inesperada mais um motivo de interesse.

IMAGEM DO DIA

[Vadim Ghirda/Associated Press]

«Romanian marines were excited when a woman walked by before the National Day military parade in Bucharest. Romanians celebrated 90 years since the unification of Transylvania, Walachia and Moldova into one state in 1918.» [The New York Times]

JUMENTO DO DIA

Teixeira dos Santos, ministro das Finanças

O ministro das Finanças encontrou uma boa desculpa para ajudar o BPP sem dar nas vistas, em vez de dar o aval directamente ao banco, avalizou os bancos que avançaram com a liquidez, a desculpa foi o risco sistémico. O receio do ministro está na possibilidade de uma falência do BPP prejudicar os outros bancos, os mesmos que se recusaram a investir no BPP e que agora o fazem com o aval do Estado.

Ora, se há coisa que existe me toda a economia é o "risco sistémico", não é exclusivo dos bancos e tanto quanto se sabe o Governo não interveio em nenhum sector com este argumento.

JÁ COMPROU O SEU "CAGANER"? [Link]

Os portugueses têm "os das Caldas" e os catalães divertem-se com os "caganer" cuja época é precisamente a quadra natalícia, daí imagem dos "caganer" de Barack Obama, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e Gordon Brown tenham tido destaque na imprensa internacional. A seguir pode ver o caganer de Carla Bruni:

Como já imitamos os americanos a festejar o Halloween não viria mal nenhum ao país a imitação dos "caganer", até porque por cá não faltam os cagões, quer no sentido da vaidade, quer no da defecação em cima da coisa pública, para não falar de uma variedade muito nacional dos caganer, aques que são tão maus cagadores que até as calças os empatam.

«In Catalonia, as well as in the rest of Spain and in most of Italy and Southern France, traditional Christmas decorations consist of a large model of the city of Bethlehem, similar to the Nativity scenes of the English-speaking world but encompassing the entire city rather than just the typical manger scene. The caganer is a particular feature of modern Catalan nativity scenes, and is also found in other parts of Spain and southwestern Europe, including Salamanca, Murcia (cagones), Naples (cacone or pastore che caca) and Portugal (cagöes). Accompanying Mary, Joseph, Jesus, the Shepherds and company, the caganer is often tucked away in a corner of the model, typically nowhere near the manger scene. There is a good reason for his obscure position in the display, for "caganer" translates from Catalan to English as "pooper", and that is exactly what this little statue is doing — defecating.» [Wikipedia]

INTIMIDAÇÃO

Quando Mário Nogueira assegura que a greve será a maior de sempre, antecipando resultados acima dos 90 de adesão (que serão um excelente negócio para Teixeira dos Santos) o que está a fazer é pressão sobre os professores que não tencionam aderir à greve, muitos deles optão por faltar mas recorrendo ao art.68.º.

Quando Mário Nogueira diz que qualquer professor com "P" grande faz greve está a insinuar que os que não aderirem são professores de "p" pequeno, expondo-os à chacota.

Tudo isto são manobras inqualificáveis e inaceitáveis numa classe onde a tolerância e o respeito pela liberdade deveriam ser uma regra. Que a adesão à greve seja de 100%, mas com respeito pela liberdade individual de cada professor, princípio que se exige a quem tem por função educar os mais jovens. Ora, por aquilo que tenho visto e ouvido anda por aí muita gente que deveria mudar de profissão, começando pelo próprio Mário Nogueira que há muito vive à custa do sindicalismo, não passando por nada que os professores passam no dia a dia.

CONTRA O PALEOPALEIO NACIONAL

«Uma reportagem (no Público) diz-me que o restaurante em Foz Côa vindo com a miragem das gravuras paleolíticas fechou. Chamava-se Restaurante Paleocôa. Reabriu. Chama-se, agora, Snack-Bar Dois Manos. São notícias destas que me fazem acreditar no homem, a que alguns (entre os quais, pelos vistos, os donos do Restaurante Paleocôa) chamam Homo sapiens Lin., da classe dos Mamíferos, subclasse dos Placentários. E chamam isso não em reuniões sábias, a que não me oporia, mas ao pequeno-almoço. E ao almoço o que serviria o Restaurante Paleocôa? Bife de mamute? Batatas fritas fossilizadas?... Aquele restaurante fruto do Parque Arqueológico do Vale do Côa é a imagem perfeita do jeito português para lhe fugir o pé para a complicação pedante. Num museu português ler uma legenda obriga a curso de semiótica. Um estilista português entrevistado é ainda mais complicado que as suas patilhas. Uma escola portuguesa que ensina a melhorar o corpo chama-se inevitavelmente Faculdade de Motricidade Humana. Ponham os olhos no Snack-Bar Dois Manos: voltou a ter clientes e não só porque as suas francesinhas são boas. Tem um nome com que não nos engasgamos.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A LÓGICA CONSPIRA CONTRA DIAS LOUREIRO

«D epois de uma audiência com Dias Loureiro, o Presidente da República declarou aos jornalistas que o seu ex-ministro, apoiante, amigo e actual conselheiro de Estado lhe garantiu "solenemente que não cometeu qualquer irregularidade nas funções que desempenhou" enquanto administrador da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do BPN. Mas nem isso nem o seu extenso comunicado autojustificativo acalmaram as conversas - e as notícias - quanto ao papel de Dias Loureiro em todo o processo. Não por qualquer devaneio conspirativo ou prazer obscuro em sujar o nosso imaculado Presidente, receio bem, mas porque duas ou três gotas de perfume não conseguem disfarçar o desagradável odor que este caso liberta. É que, para haver uma solene inocência de Dias Loureiro, seria necessário que:

(...)» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Miguel Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

QUANDO A ORTODOXIA RENDE

«Se havia algumas veleidades sobre a viabilidade de próximos entendimentos políticos à esquerda, o congresso do PCP dissipou-as. Pelo contrário, houve a deliberada preocupação de hostilidade militante face às demais forças de esquerda, em especial contra o PS. Forte na sua resistência ao declínio político por que passaram nas últimas décadas quase todos os partidos comunistas por esse mundo fora, o PCP faz gala da sua excepcionalidade, acentuando a ortodoxia doutrinária, a intransigência dogmática e o sectarismo político.

Não deixa de ser surpreendente, dez anos depois do soçobrar do comunismo soviético, uma tão grande afirmação de fé nos dogmas do "marxismo-leninismo" e nas virtudes do "socialismo real", lá onde ele persiste. O PCP não renuncia nem cede em nenhum dos temas centrais da doutrina que Lenine elaborou para a revolução russa e para o "socialismo soviético". Recusando-se a ver na queda do Muro de Berlim mais do que um triunfo da "contra-revolução imperialista", o PCP revela-se como uma espécie de abencerragem da grande desilusão do século XX, que a implosão da União Soviética há 20 anos encerrou.

No entanto, ao invocar como testemunhos do futuro da humanidade os diversos resquícios do comunismo histórico, como a Coreia do Norte ou o Vietname, a China ou Cuba - cujo único traço comum é o poder absoluto dos respectivos partidos comunistas -, o PCP revela um notável pragmatismo, visto que consegue vislumbrar radiosas perspectivas lá onde, como na China e no Vietname, está em curso um acelerado processo de restauração capitalista, ou onde, como em Cuba e na Coreia do Norte, os regimes comunistas agonizam numa triste decadência.

Por mais que o PCP proclame que tais experiências não são modelos para Portugal - o que de resto também disse frequentemente do modelo soviético, cuja queda nunca deixou de lamentar -, a verdade é que continua a manter um misterioso silêncio sobre as diferenças, tanto quanto ao modelo como quanto aos meios para o realizar. E o simples facto de achar tais países politicamente recomendáveis mostra até que ponto o partido se mantém fiel ao programa marxista-leninista, cuja linguagem e mitologia, aliás, fez questão de acentuar neste congresso.

O mesmo sucede, aliás, com outro dos dogmas doutrinários do leninismo, a saber, o "centralismo democrático", no que respeita à organização e funcionamento do partido, que não passa de uma receita para o controlo hierárquico do partido pela direcção autonomeada, que se auto-reproduz e se coopta sem alternativa. Isso mesmo se verificou mais uma vez neste congresso. O próprio comité central cessante aprovou, sob proposta da direcção, a proposta das "teses" a submeter ao congresso, bem como a lista única para o novo comité central (votando portanto a sua própria continuidade...). No congresso não há lugar para teses nem listas alternativas. Os delegados - em geral também designados sob proposta de cima, igualmente sem alternativa - limitam-se a ratificar as propostas oficiais, normalmente por unanimidade ou quase. Pode haver sugestões de pequenas alterações, mas que só são adoptadas se previamente validadas e incorporadas nas propostas oficiais, únicas a serem votadas no final. "Centralismo" é seguramente; "democrático" é que se não vê como possa ser.

Decididamente, o PCP continua a rejeitar as comuns regras de funcionamento democrático das organizações colectivas. E a verdade é que, com excepção do voto secreto nas eleições - aliás, considerado como uma "imposição antidemocrática" -, a lei dos partidos renunciou a impor o respeito de tais regras, em nome da autonomia organizatória dos partidos políticos, como se num Estado democrático não fosse exigível que eles cumpram pelo menos os mais elementares procedimentos democráticos, como sejam a liberdade de candidaturas e de propostas alternativas. Se um partido não respeita tais regras internamente, como é que se pode esperar que depois a respeite, se chegar ao poder?

Sem surpresa, o congresso do PCP transformou-se essencialmente numa liturgia de execração política do PS, como responsável e culpado por todos os males do país, e também do Bloco de Esquerda, que disputa com os comunistas as mesmas causas, em especial na exploração dos protestos contra o Governo. Nem sequer escaparam aos ataques os que na esquerda do PS tentam cultivar pontes e lançar iniciativas comuns com outras forças de esquerda, incluindo os comunistas.

De estranhar seria que assim não fosse. Primeiro, o PCP sempre teve uma concepção puramente instrumental das alianças e da cooperação entre forças de esquerda. Segundo, historicamente o PS é o "inimigo principal", especialmente quando está no Governo e importa explorar ao máximo os protestos sociais ou profissionais contra as políticas governamentais. Terceiro, o PCP não está minimamente disponível para abandonar a sua condição de partido de protesto e de contrapoder, em favor de uma prática de cooperação e de co-responsabilidade política. Nestas circunstâncias não há saída do tradicional maniqueísmo comunista: ou se está com o PCP contra o PS, ou se é cúmplice da "política de direita" governamental.

Se houve alguma coisa que este congresso tornou de novo muito claro é que o PCP não muda nada e não cede em nada. Pelos exemplos alheios por esse mundo fora, receia que mudar pode significar morrer depressa. Por isso prefere não mudar, na esperança de adiar continuamente o fim, ou morrer devagar.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vital Moreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A FORÇA DO "PÊ CÊ" E O CORO DA ESQUERDA CONTRA OS NEO-LIBERAIS

«Leia-se, com atenção, as seguintes tomadas de posição:

1. A nova versão do código laboral correspondeu a "uma revisão neoliberal".

2. "Contra o dogmatismo neoliberal do desmantelamento do Estado social, da privatização dos serviços públicos, da obsessão orçamental, da diminuição dos direitos de reforma, da flexibilização como sinónimo de mais despedimentos e de um mercado de trabalho assente em mão-de-obra não qualificada, é possível fazer a diferença."

3. "O sistema é que faliu. O sistema económico que eles têm, a globalização neoliberal, a chamada democracia liberal faliu."

4. "O desenvolvimento económico não pode ser sacrificado à ânsia do lucro imediato ou à especulação sem escrúpulos. É preciso, pois, construir uma alternativa democrática à presente hegemonização do mundo pela actuação sem controlo de empresas multinacionais e pela ideologia neoliberal de combate aos Estados."

À primeira vista o que se acaba de citar são excertos de intervenções ou documentos do congresso do Partido Comunista que ontem terminou em Lisboa.

Não é verdade. A declaração 1. foi retirada de uma notícia de jornal onde se dava conta da reacção dos TSD - Trabalhadores Sociais-Democratas ao novo Código do Trabalho. Para quem não saiba trata-se de uma organização do PSD - sim, do PSD. A declaração 2. encontrámo-la num artigo, reproduzido no site do PS, assinado por Manuel Alegre. A declaração 3. corresponde a uma frase extraída de uma recente entrevista de Mário Soares ao Correio da Manhã. Por fim, a declaração 4., porventura a mais elaborada, pode ser encontrada na Declaração de Princípios do Partido Socialista, declaração que foi aprovada no congresso de 2002 e nunca foi alterada. Está no site do partido, entre os seus documentos programáticos.

Estas frases estão longe de exemplos isolados no discurso de responsáveis do PS e, como vimos, até do PSD: em Portugal ninguém que se preze pode deixar de arremeter contra o "neoliberalismo", culpando-o de todos os males da humanidade. Nos últimos tempos isso tem estado até na ordem do dia, pelo que não surpreende que, no sábado, o anterior secretário-geral comunista tenha arrancado uma estrondosa salva de palmas, quando, depois de recordar algumas reviravoltas recentes do Governo, tenha concluído: "Afinal, o PCP sempre tinha razão e as suas propostas ditas irrealistas são agora retomadas pelos doutos sacerdotes do neoliberalismo."

Fosse alguém capaz de definir com precisão o que é o "neoliberalismo", e porventura Carvalhas até poderia ter acertado no alvo. Mas como o pecado do "neoliberalismo", seja ele qual for, é a muleta política mais útil por estes dias - pois serve para explicar a chuva e o bom tempo, dependendo apenas do lado que soprar o vento -, cabe conhecer o porquê deste enjoativo abusar de um termo mal-amado? E, de passagem, perguntar a quem o utiliza por que o faz sempre em tom de insulto - se bem que ainda ninguém se tenha insurgido contra o "antineoliberalismo" primário... -, pois a "força do 'pê cê'" que tanto inquieta os socialistas pode não derivar apenas das suas sólidas bases sindicais e do peso da sua história.

Na verdade, o PCP, que é o mais influente partido comunista ortodoxo da Europa Ocidental (os comunistas cipriotas, que partilham o poder, estão filiados no Partido da Esquerda Europeia, criticado nas teses deste congresso do PCP), não poderia defender ao mesmo tempo o marxismo-leninismo (como Jerónimo de Sousa fez) e continuar, pelo menos nas sondagens, a subir nas intenções de voto, se não fosse... português.

Nos dias que correm, os cidadãos comuns não andam pelos cafés a discutir ideologia. Em contrapartida, sempre que lhes dão uma oportunidade, pedem mais Estado e mais governo. Seja para tapar um buraco na estrada ou para tratar da saúde a uma instituição bancária. Seja quando uma empresa encerra, ou quando lhe tiram o centro de saúde da esquina ao lado de casa.

É certo que poucas coisas haverá mais indigentes e subservientes que a esmagadora maioria dos nossos capitalistas. É, de resto, um mal antigo, pois desde o reinado de D. Manuel que encontrar verdadeiros empreendedores num país habituado a viver das rendas das colónias - e agora dos fundos europeus - sempre foi como encontrar agulha num palheiro. Mas é ainda mais certo que, por paternalismo, por cobardia, por dirigismo ou até por algum bem-intencionado desígnio, raríssimos têm sido os políticos portugueses que, mesmo correndo riscos, se têm empenhado em lembrar aos "doutores de café" que aquilo que o Estado faz fá-lo com os nossos impostos, e que, se não houver quem produza para que possam pagar impostos, bem pior ficaremos.

Mas se os tempos não estão de feição para não atirar pedras ao "neoliberalismo", ao menos que quem gosta de espadeirar à esquerda e à direita se recorde, ao menos, que o fará lado a lado com Carlos Carvalhas e Jerónimo de Sousa e que, quando chegar o momento de votar, de pouco servirá dizer que eles são amigos da Coreia do Norte, porque a memória dos eleitores é curta, vai fazer 20 anos que caiu o Muro de Berlim e, mesmo não se sendo marxista, sempre se pode recordar que foi Marx que disse que a história se repetia sempre: "Primeiro como tragédia, depois como farsa."

Lendo as citações que abrem este texto, estará chegada a hora da farsa?» [Público assinantes]

Parecer:

Por José Manuel Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CHOVEM PROCESSOS CONTRA VALE E AZEVEDO

«O calvário de João Vale e Azevedo nos tribunais portugueses está longe do fim. Além dos processos já julgados, o antigo presidente do Benfica ainda está a ser investigado em três inquéritos por ter alegadamente apresentado falsas garantias bancárias e vai a julgamento pelas transferências dos jogadores Scott Minto, Gary Charles, Amaral e Tahar el Khalej. Deste último processo saiu mais uma investigação: uma alegada burla num negócio de direitos de transmissão televisivos.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Este vai arrepender-se de ter sido presidente do Benfica.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela justiça.»

PROFESSORES PODEM SUSPENDER A GREVE (?)

«A greve nacional de professores de amanhã ainda pode ser desconvocada, caso o Ministério da Educação apresente durante o dia de hoje propostas para desbloquear o impasse na avaliação. Depois das declarações de Filipe do Paulo, presidente da Pró-Ordem dos professores, a colocar em causa a realização da greve, outros dirigentes da Plataforma reconheceram que ainda seria possível sus- pender o processo, mas apenas se o Governo se mostrar disponível para "um diálogo franco e transparente".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Duvido, os rapazes do PCP (protestos formais) e do BE (blogues dos "independentes") nunca estarão dispostos a perder este filão eleitoral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esperemos para ver.»

"FRUTA DA ÉPOCA"

«O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses alertou para a falta de meios em corporações do interior para lidar com quedas de neve intensas, assunto que vai levar ao secretário de Estado da Protecção Civil.

Em declarações à Agência Lusa, Duarte Caldeira afirmou que o mau tempo do último fim de semana "tornou visível" a falta de meios como motas de neve e fatos térmicos em corporações dos distritos de Viseu, Guarda e Vila Real, onde não neva sempre, mas onde "o risco existe".» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É uma tradição portuguesa, sempre que sucede uma desgraça, mesmo pequena, aprece logo alguém a aproveitar a ocasião para pedir uns dinheiritos ao Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses porque não se lembrou antes de nevar.»

O PRIMEIRO MILHÃO DE DIAS LOUREIRO

«Entrou na política a ganhar quarenta contos e só lucrou quando saiu. Ficou rico com a valorização do grupo de José Roquette e declarou rendimentos superiores a Belmiro de Azevedo. Gosta de poker e diverte-se a ganhar dinheiro. Será pecado?

A revelação pode ser insuficiente para mandar pintar novamente o tecto da Capela Sistina, mas este exorcismo em curso no Banco Português de Negócios (BPN) ameaça tornar-se na revisitação do "apocalipse cavaquista". Se isto for verdade, estará Dias Loureiro condenado a tocar contra a sua vontade a primeira trombeta por causa do dinheiro que tem e dos negócios em que se envolveu depois de sair da política? » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Há homens de sorte e engenho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Dias que publique um livro para ensinar os portugueses a enriquecer como ele, pois pelos números é cois que não se aprende nem no MIT.»

NEM TODOS OS PROFESSORES SÃO CONTRA A AVALIAÇÃO

««Eu sou a favor da avaliação em qualquer profissão e sempre fui contra a progressão na carreira exclusivamente pelo tempo de serviço. Acho que a avaliação deve ser um dos elementos, e não o único, a ter em conta na progressão, mas as posições neste momento estão tão extremadas que não quero deitar mais achas para a fogueira», confessou. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Só teme a avaliação que a receia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se a professor pelo seu trabalho, igual ao de muitos professores portugueses.»

AMERICANOS ABANDONAM CAVALOS DEVIDO À CRISE

«Authorities in Nevada say an increasing number of domestic horses are being abandoned by their owners because of the worsening economy.

The horses are being turned loose to fend for themselves, but lack of survival skills and often end up being killed by predators, hit by cars or dying of starvation, said Darrell Peterson, a brand inspector for the Nevada Department of Agriculture.» [UPI]

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. O "Mala Aviada" oferece um sofá ao Avô Boca Doce para que espere sentado até que o povo português decida que deve governar o país.
  2. "A Minha Matilde & Cª" também acha que os portugueses são uns invejosos.
  3. O "PS Lumiar" gostou da escolha de Manuela Ferreira Leite para Jumento do Dia.
  4. Obrigado ao "Exilezone" pelo "Prémio Dardos".
  5. O "Câmara de Comuns" sugere o post "o enterro do cavaquismo".
  6. O "Ponto por Ponto" tem uma dúvida interessante: "Já não sei o que será melhor para os professores: a demissão da Ministra ou de Mário Nogueira."
  7. NO "Inquietações Pedagógicas" as dúvidas de uma professora:

    «O sindicalista Mário Nogueira, no Programa Prós e Contras, declarou que na 6ª feira apresentaria na reunião com a Ministra da Educação uma proposta porque não pretendia que, este ano, com a suspensão deste modelo se pudesse cair no vazio.
    Na minha opinião o Ministério da Educação fora sensível aos problemas que lhe foram transmitidos e tomou decisões que simplificam procedimentos e retiram sobrecargas. Assim, as críticas feitas de boa fé às condições de concretização do modelo obtiveram, no essencial, acolhimento.
    Mas o sindicato tinha, ainda, espaço de negociação. E foi isso que prometeu fazer na 6ª feira. Fiquei expectante: o que é que a Fenprof iria propor?
    E qual não foi, hoje, o meu espanto! A proposta (?) é a suspensão da avaliação, a demissão da Ministra e o incitamento à greve!
    Isto não é sério!
    Não me reconheço neste sindicato a que pertenci até há 2 meses. O sindicato de que fui delegada durante muitos anos. O sindicato com quem discuti, em muitas reuniões, soluções alternativas.
    É disso mesmo que estou a falar! Soluções alternativas, é isso que compete ao sindicato apresentar.
    Lastimo porque acredito que um sindicato sério é indispensável à democracia.
    E este já não é sério!
    Armandina Soares»

VENDAS NOVAS SOS

Num comentário ao último post um velho amigo deste blogue chamou a atenção para um blogue de Vendas onde se denunciam situações de desmazelo autárquico. Visitei-o e gostei, com o simples recurso a uma câmara fotográfica denuncia-se a incompetência na gestão da Câmara Municipal de Vendas Novas.

Vale a pena a visita, talvez esta iniciativa se multiplique ao ponto de todos os autarcas começarem a olhar a gestão das autarquias com maior seriedade.

Aqui fica a sugestão, cada visita ao "Vendas Novas SOS" será mais uma preocupação para os autarcas daquela cidade!

BOMBAIM DEPOIS DOS ATENTADOS [imagens]

ALEX GOLDENSHTEIN

JOGADOR DE FUTEBOL EXPULSO POR RASTEIRAR ADEPTO

BASEBALL

RETOQUES

TÍTULO 51 [Link]

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