Nesta semana ficámos a saber que o parlamento não é um bordel de meninas de bigode mas sim uma verdadeira escola de virtudes. Um deputado sonsinho entretém-se a provocar o ministro com mentiras descaradas e requentadas, pouco se importando que esteja a perturbar um outro deputado que está a intervir, até conseguir levar o ministro ao desespero. Toda a gente viu o gesto do ministro, ninguém reparou na desonestidade e deselegância do admirador da Coreia do Norte.
Entretanto, nem a Manuela Moura Guedes, que tanto investiga o caso Freeport, deu por uma notícia saída no Expresso segundo a qual a investigação se tinha desviado de Sócrates, é evidente que o caso Freeport só tinha interesse enquanto falsas declarações gravadas num DVD ainda não tinham sido investigados. Entretanto Dias Loureiro foi constituído arguido mas os nossos jornalistas devem ter confundido, acreditaram nas declarações do velho amigo de Cavaco Silva e convenceram-se de que o DIAP tem uma capela onde os mais devotos recebem a primeira comunhão.
Enquanto por cá ficámos a saber que Dias Loureiro foi fazer a primeira comunhão ao DIAP, nos Estados Unidos Madoff foi condenado a 139 anos. Podemos concluir que enquanto na América levam-se cinco meses par condenar um burlão a cinco anos, por cá levam-se cinco meses a divulgar as peças de um processo em segredo de justiça e mais s 139 anos para o investigar, isto sem contar o tempo que o Ministério Público tardou para ouvir Dias Loureiro mesmo descontadas as semanas em que este esteve sob a protecção de Cavaco Silva.
Muito menos tempo se levou para apanhar Manuela Ferreira Leite, uma cristã nova em matéria de política de verdade, a ser apanhada numa mentira quanto à venda da rede fixa à PT. A nossa especialista em verdade esqueceu-se de que com a internet o Google está para a mentira como o algodão está para as nódoas na parede, mais do que nunca agra apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.