PS: A Fomentivest onde a então assessora de Miguel Relvas que decidiu o processo é agora administradora, é a holding das empresas de Ângelo Correia, precisamente a mesma onde Passos Coelho fez carreira como gestor.
Recorde-se que a Fomentivest ficou famosa quando no tempo de Durão Barroso era a testa de ferro de um dos negócios mais imaginativos de que há memória em democracia. A Fomentivest de Ângelo Correia integrava o consórcio Luso-Oil em parceria com a Carlyle e, segundo o que na época corria e Louçã denunciou no parlamento, esse consórcio pretendia comprar a CALP com dinheiro emprestado pela CGGD.
Note-se que a Carlyle é uma financeira americana que na época tinha à frente o ex-embaixador Frank Carlucci, que tinha estado em Portugal nos anos quentes de 70. A Carlyle tem fortes ligações à direita americana, começando pelos Bush e os seus representantes na Europa costumam ser figuras da direita europeia, no Reino Unido era representada por Major, o primeiro-ministro conservador que sucedeu a Teatcher.
Em Portugal a Carlyle é representada por um tal Martins da Cruz, o compadre de Durão Barroso que ficou famoso graças à filha, o então ministros dos Negócios Estrangeiros ganhou notoriedade quando se soube que a sua filha tinha entrado no curso de Medicina graças a uns truques que levaram à demissão do ministro Pedro Lynce, mas isso sucedeu ainda no tempo em que os ministros podiam ser demitidos, ao que parece agora só serão demitidos se forem acusados de homicídio do primeiro-ministro ou do Presidente da República. Dizem que é a troika que assim o deseja.
Enfim, a meada dos meandros dos negócios políticos em Portugal, para além de muitas vezes passarem por figuras do cavaquismo ou por Bruxelas, envolvem muita gente. Até parece que por cá temos uma família real, uma família de reais sacanas oportunistas.
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O Branquinho lava mais branco.