domingo, dezembro 08, 2013

Semanada

Mandela merecia melhor do que aquilo a que estamos assistindo em Portugal, ainda que a distância entre a dimensão do líder sul-africano e a pequenez de algumas personagens nacionais não permite espera muito mais. A sua morte serviu para se perceber que estamos perante alguém cujos ideais e percurso de vida se manterão vivos durante muito tempo, já em relação a Cavaco Silva assiste-se a um funeral permanente da sua imagem e se não fosse o mandato presidencial estar definido constitucionalmente já se teriam mandado as carpideiras de regresso a casa. É triste, senão mesmo degradante, ver um Presidente da República falar de quem o critica da forma que o fez, ou dizer que ele é que conheceu pessoalmente Mandela como se este um dia tivesse sentido necessidade de ir a Boliqueime ou à quinta da Coelha conhecer um tal Silva que vive por lá. Como é feio ver um Presidente deixar no ar que a decisão de votar contra a moção que exigia a libertação de Mandela foi responsabilidade de um diplomata, feio e pouco digno.
 
Nuno Crato, um dos mais incompetentes e nefastos membros deste governo, levou uma valente pisadela, ele que tanto elogiava o PISA, o relatório de avaliação do ensino feito pela OCDE, desta vez calou-se. Há qualquer coisa de doentio num governante que se cala porque Portugal atingiu bons resultados, isso significa que este senhor veio para ministro para promover os maus resultados e tem sido evidente o seu esforço de destruição do sistema público de ensino.
 
Outro ministro que em vez e caneta parece desempenhar o seu mandato de picareta em punho é um tal Aguiar-Branco, antigo opositor de Passos Coelho na luta pela liderança do PSD, que agora se sabe ter sido levado ao colo pelos Goebelzinhos do Dr. Miguel Relvas. O homem decidiu matar vários coelhos com uma cajadada e ao fim de dois anos de tudo fazer para levar os estaleiros de Viana do Castelo à falência chegou à conclusão de eu era hora de despedir os trabalhadores e ceder o património da empresa a uma empresa simpática que parece estar associada ao governo na comprar de empresas estatais.
 

O famoso da semana foi um tal Maçãs, rapaz com cara de ser pouco apreciado pelas raparigas, que ficou com a alcunha do alemão por ter ido à Grécia defender as teses mais fundamentalistas do liberalismo dominante. Ainda assim teve sorte, podia ter ficado com a alcunha de Boche ainda que a cara do rapaz sugira outro nome.