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Sintra
Jumento do dia
Maia Luís Albuquerque, ministra das Finanças
O mínimo que se espera da ministra das Finanças é que ouça as entrevistas do seu primeiro-ministro, dessa forma poderia alinhar os que diz com as verdades ou as mentiras do chefe. Ainda há quatro dias Passos Coelho dizia que "Não está na nossa agenda com a troika a discussão de um programa cautelar", agora vem a ministra dizer que a discussão no Eurogupo está agendada para Janeiro.
«Maria Luís Albuquerque não confirma se haverá ou não um programa cautelar, mas refere que essa e outras possibilidades não são descartadas à partida pelo Executivo.
"Relativamente à questão do programa cautelar há uma indicação de que na agenda do Eurogrupo do próximo ano, em janeiro, se começa a discutir a saída do programa". Esta discussão será feita, no entanto, "sem especificar o programa cautelar", afirmou a ministra das Finanças.» [Expresso]
A cabeça rolou ou o dono vendeu-a
O ministro disse que tinham de rolar cabeças e rolou ado director nacional da PSP a troco de 12.000 euros mensais.
Maia Luís Albuquerque, ministra das Finanças
O mínimo que se espera da ministra das Finanças é que ouça as entrevistas do seu primeiro-ministro, dessa forma poderia alinhar os que diz com as verdades ou as mentiras do chefe. Ainda há quatro dias Passos Coelho dizia que "Não está na nossa agenda com a troika a discussão de um programa cautelar", agora vem a ministra dizer que a discussão no Eurogupo está agendada para Janeiro.
«Maria Luís Albuquerque não confirma se haverá ou não um programa cautelar, mas refere que essa e outras possibilidades não são descartadas à partida pelo Executivo.
"Relativamente à questão do programa cautelar há uma indicação de que na agenda do Eurogrupo do próximo ano, em janeiro, se começa a discutir a saída do programa". Esta discussão será feita, no entanto, "sem especificar o programa cautelar", afirmou a ministra das Finanças.» [Expresso]
A cabeça rolou ou o dono vendeu-a
O ministro disse que tinham de rolar cabeças e rolou ado director nacional da PSP a troco de 12.000 euros mensais.
«o "novo paradigma" para o qual nos querem conduzir é um modelo de sociedade à medida dos poderosos da finança e da economia e gerador de desigualdades
Por estes dias de quadra natalícia, em que se evoca, mais do que em outra altura do ano, a solidariedade, os telejornais vão transmitindo pequenos retratos da nossa triste e chocante realidade social. Por todo o país, sobretudo nas grandes cidades, associações de solidariedade organizam jantares de Natal para gente sem-abrigo, de-sempregados, e outros desprotegidos. Comparecem aos milhares, a lembrar a pobreza e a miséria do século XIX, tão bem descrita por Victor Hugo. Não há mãos a medir nas muitas iniciativas destas associações: angariação e distribuição de alimentos pelos muitos milhares que deles precisam, vendas para angariação de fundos de solidariedade, jantares e muitas outras acções. Nos jantares de Natal, as vítimas beneficiárias desta solidariedade assistencialista, fazem declarações arrepiantes. A jornalista pergunta: "Por que motivo está aqui?" E ele responde, com um ar tão triste, como envergonhado: "Era operário da construção civil. Tenho 43 anos, estou desempregado há quase 3 anos. Não tenho dinheiro, nem para comer." E a jornalista insiste: "Então, do que vive?" A resposta vem rápida: "Da ajuda das pessoas." E em cada uma das outras pequenas entrevistas, repetem-se os mesmos dramas, o mesmo sofrimento, a mesma miséria. Infelizmente, este quadro que os telejornais nos dão não peca por excesso, antes por defeito: milhares e milhares de famílias com salários mínimos, trabalhos precários e reformas de fome ou desempregados vão-se arrastando, no seu quotidiano de miséria, longe das câmaras de televisão.
Dizem-nos os novos "mestres pensadores" - usando uma designação feliz de André Glucksmann -, gente muito chegada às "tramitações financeiras", aos "equilíbrios orçamentais" e às alcatifas que o poder político ou económico lhes estende, que esta realidade social, que antes era residual, e hoje se generaliza, levando para a miséria grande parte da classe média, é o resultado "inevitável" de um "ajustamento necessário à nossa sobrevivência". Às vezes, mais eufóricos, usando palavreado mais "culto", informam-nos, com ar sério, que se trata de um "novo paradigma " da sociedade do futuro, ao qual não há volta a dar: há que trabalhar mais horas, ganhar muito menos salário, ter menos direitos laborais, e menos "protecção" do Estado (como se o Estado fosse deles) na Saúde, na Educação e na Segurança Social.» [i]
Tomás Vasques.
Chuva de empregos em Viana do Castelo
«O presidente da Martifer, empresa que garantiu a subconcessão dos terrenos, infraestruturas e equipamentos dos Estaleiros de Viana do Castelo, garantiu hoje a criação de 400 postos de trabalho e encomendas com a América Latina e África.
Em entrevista publicada hoje no "Diário Económico", Carlos Martins explica que está a desenvolver parcerias com dois estaleiros fora de Portugal, um na América Latina e outro no norte de África, para construção e reparação naval.
Apesar de se escusar a revelar o montante das encomendas, o empresário adianta que com os novos contratos podem criar "mais de mil postos de trabalho num prazo de cinco anos". "Estamos em fase final de novos contratos, que nos permitem uma carteira de encomendas confortável e que nos permite garantir de imediato a criação de 400 postos de trabalho", explica. » [Expresso]
Parecer:
Que grande empresa, essa Martifer!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
«No entanto, a verdade é que os juízes do Palácio Ratton têm nas mãos a chave para o sucesso da décima avaliação, que o vice-primeiro-ministro classificou hoje de "positiva" e que a ministra das Finanças diz ter decorrido de forma "muito tranquila".
O TC vai anunciar até sexta-feira a decisão sobre o diploma de convergência das pensões. Se chumbar, o Executivo está obrigado a apresentar medidas alternativas à ‘troika', antes de ver desembolsada a próxima tranche da ajuda externa, no valor de 2,7 mil milhões de euros.
Quando questionado sobre a possibilidade de um chumbo interferir com o sucesso desta avaliação, Paulo Portas disse que "o fecho formal desta avaliação só acontece em Fevereiro", escusando-se a avançar mais pormenores.» [DE]
Enquanto o canalha faz chantagem a toika eslarece:
«O Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que o governo reafirmou, durante a décima avaliação, o seu compromisso em identificar e implementar medidas de compensação de "alta qualidade" para cumprir a meta acordada do défice para 2014, caso o Tribunal Constiticional venha a chumbar uma ou mais medidas de austeridade previstas para o próximo ano. No comunicado sobre a 10ª avaliação, o Fundo alerta contudo que essas medidas poderão implicar riscos para o crescimento, o emprego e reduzir as perspectivas de um regresso sustentado de Portugal aos mercados financeiros.
O FMI reafima a necessidade do governo prosseguir com os esforços de reformas estruturais, que serão uma peça chave para uma estratégia credível de crescimento sustentado nos próximos anos. O Fundo insiste numa maior flexibilidade no mercado laboral e no produto, de forma a promover a realocação de recursos dos sectores não transaccionáveis (energia, banca, serviços) para os transaccionáveis (indústria e exportações). E sublinha a importância de racionalizar e tornar mais eficiente a administração pública. O FMI assinala a melhoria do sentimento dos mercados em relação a Portugal e deixa a mensagem. Desde que as autoridades mantenham a preserverança em implementar o programa, os membros da zona euro estão prontos para apoiar Portugal até que o país consiga o acesso pleno aos mercados. » [i]
Colocar a avaliação da troika nas mãos do TC é uma canalhice inaceitável, um truque de um político sem escrúpulos.
Falta de sentido de Estado
«No entanto, a verdade é que os juízes do Palácio Ratton têm nas mãos a chave para o sucesso da décima avaliação, que o vice-primeiro-ministro classificou hoje de "positiva" e que a ministra das Finanças diz ter decorrido de forma "muito tranquila".
O TC vai anunciar até sexta-feira a decisão sobre o diploma de convergência das pensões. Se chumbar, o Executivo está obrigado a apresentar medidas alternativas à ‘troika', antes de ver desembolsada a próxima tranche da ajuda externa, no valor de 2,7 mil milhões de euros.
Quando questionado sobre a possibilidade de um chumbo interferir com o sucesso desta avaliação, Paulo Portas disse que "o fecho formal desta avaliação só acontece em Fevereiro", escusando-se a avançar mais pormenores.» [DE]
Enquanto o canalha faz chantagem a toika eslarece:
«O Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que o governo reafirmou, durante a décima avaliação, o seu compromisso em identificar e implementar medidas de compensação de "alta qualidade" para cumprir a meta acordada do défice para 2014, caso o Tribunal Constiticional venha a chumbar uma ou mais medidas de austeridade previstas para o próximo ano. No comunicado sobre a 10ª avaliação, o Fundo alerta contudo que essas medidas poderão implicar riscos para o crescimento, o emprego e reduzir as perspectivas de um regresso sustentado de Portugal aos mercados financeiros.
O FMI reafima a necessidade do governo prosseguir com os esforços de reformas estruturais, que serão uma peça chave para uma estratégia credível de crescimento sustentado nos próximos anos. O Fundo insiste numa maior flexibilidade no mercado laboral e no produto, de forma a promover a realocação de recursos dos sectores não transaccionáveis (energia, banca, serviços) para os transaccionáveis (indústria e exportações). E sublinha a importância de racionalizar e tornar mais eficiente a administração pública. O FMI assinala a melhoria do sentimento dos mercados em relação a Portugal e deixa a mensagem. Desde que as autoridades mantenham a preserverança em implementar o programa, os membros da zona euro estão prontos para apoiar Portugal até que o país consiga o acesso pleno aos mercados. » [i]
Parecer:
Colocar a avaliação da troika nas mãos do TC é uma canalhice inaceitável, um truque de um político sem escrúpulos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o canalha à bardameda.»