terça-feira, dezembro 10, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Alcácer do Sal
  
 Jumento do dia
    
Vicente Ferreira,presidente da Empordef

Agora que Aguiar-Branco estava nas cordas aparece um dos seus funcionário a lançar as culpas do negócio dos estaleiros de Viana do Castelo para os Açores. Um empregado exemplar.

«O presidente da Empordef, Vicente Ferreira, afirmou hoje, em entrevista à Lusa, que o processo que envolveu a rejeição, pelos Açores, da encomenda de dois 'ferryboats' aos Estaleiros de Viana representou a "certidão de óbito" da empresa.

"Foi a certidão de óbito dos estaleiros. Desde dezembro de 2009 passou-se a viver numa situação desesperada e só graças a fundos públicos é que ela [a empresa] se sustentou até meados de 2011", apontou, recordando a impossibilidade de injetar mais financiamento estatal na empresa, face às regras comunitárias da concorrência.» [Notícias ao Minuto]
 
      
 Mandela e o medalhão de D"Alembert
   
«Em 1746, o grande génio matemático e filosófico, d"Alembert (1717-1783), um dos mais ativos enciclopedistas das Luzes, aceitou o convite do rei da Prússia, Frederico II, para integrar a Academia de Berlim. Na estratégia de sedução do sábio francês, Frederico enviou-lhe um medalhão com a sua imagem. Na resposta, d"Alembert confessou que usaria o medalhão na roupa, durante o dia, e à noite deixá-lo-ia exposto na banca de cabeceira, como os devotos fazem aos santos da sua devoção... Este episódio caricato condensa tudo o que se pode dizer sobre as relações tortuosas entre os intelectuais e a política nos últimos três séculos. Alguém escrevia, recentemente, que a presença de intelectuais neste Governo ainda acentuava mais a medíocre tragédia de uma política de naufrágio nacional. Um grande especialista em educação deixará o seu nome ligado ao maior ataque de sempre à escola pública (o único "elevador social" criado pelas três Repúblicas). A presença de um perito em temas europeus no Executivo não impediu que a posição do Governo perante a crise da zona euro continue a ser a perspetiva embaciada que se vislumbra quando se olha para o mundo de cócoras. Há quem censure os coladores de cartazes, que da tarimba dos partidos se alcandoram ao Parlamento ou aos ministérios. Mas mais grave me parece ser essa espécie de suspensão do juízo crítico, por tantos intelectuais que se apressam a trocar a exigência de racionalidade e lucidez pelo primeiro medalhão de glória política. Na procura do bem público todos podemos errar, mas como nos ensinou Mandela, muitas vezes a grandeza de um homem reside mais naquilo que deliberadamente recusa do que no que aceita sem esforço ou exigência.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho Marques.
     

   
   
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