Esta foi a semana começa com o famoso pontapé do Zeca Mendonça, um segurança que descobriu ter vocação para relações públicas, talvez inspirado pelo discurso em que Passos Coelho mostrava as virtudes de dar pancada aos portugueses, o Zeca decidiu estrear o novo discurso da ideologia social-democrata no primeiro fotógrafo que se aproximou da divindade Miguel Relvas. Mas iludam-se o que pensam que o Zeca é violento ou que gosta de dar pancada, o antigo segurança do PSD é uma excelente pessoa que até pede desculpa em quem bate.
Durão Barroso anda há meses a dizer aos líderes europeus “agarrem-me senão vou-me embora, acontece que ninguém o agarrou a não ser Passos Coelho. Enquanto o Cherne divida aos portugueses quanto lhe deviam, Passos Coelho subiu ao púlpito do partido europeu onde o Portas o ajudou a entrar, para meter uma cunha, sugerindo um tachito europeu. Pelos vistos mais mesmo surfar numa candidatura presidencial de Marcelo e já percebeu que os portugueses não estarão muito disponíveis para pagar a dívida a Durão Barroso em votos.
Paulo Rangel está mesmo convertido a Passos Coelho e volta a ser candidato ás europeias ainda eu o rapaz seja tão pequenino que se julga num filme de banda desenhada. De certa forma o Rangel tem razão, aquele ar de porta-chaves faz dele mais um boneco da banda desenhada do que um político a levar a sério. Não admira portanto que a sua candidatura seja a conversão.
O país assistiu a mais um caso de sucesso judicial que devemos a Paula Teixeira da Cruz, graças à promessa de que acabaria com a impunidade o senhor Rangel do BCP já foi condenado a ir para casa descansado, graças a uma prescrição não terá de pagar a multa de um milhão de euros. A impunidade foi de tal forma que até o advogado do arguido ficou triste pois perdeu o direito a provar a inocência do seu constituinte em tribunal. O fim da impunidade tem destas coisas, até os arguidos ficam tristes p+or não terem sido julgados.
Se a semana começou com pancada acabou por terminar de forma pacífica com os polícias a reunirem-se nas escadarias do parlamento para uma demonstração de uma nova modalidade desportiva conhecida por empurrão. O jogo decorre numa escadaria, de um lado ficam polícias fardados que tentam descer, do outro estão polícias fardados que forçam a subida. Como era de esperar a demonstração decorreu de forma pacífica, sem incidentes de maior. A crer em Ângelo Correia só correu mal o pequeno incidente provocado por um grupo de guardas prisionais de uma determinada prisão. Que se desiludam os civis, este jogo está reservado a polícias.