Foto Jumento
Bairro da Bica, Lisboa
Jumento do dia
Carlos Moedas
Esta espécie de secretário de Estado, antigo empregado da Goldman Sachs, não tem dimensão intelectual, técnica ou política para chamar triste ao manifesto de setenta personalidades que ao seu lado são gigantes.
«Falando à imprensa após uma conferência na representação diplomática portuguesa junto da União Europeia, Carlos Moeda justificou ainda a sua mudança de opinião sobre o assunto, sustentando que quando escreveu, em 2010, que o único caminho que restava a Portugal era o da reestruturação da dívida, o país vivia um contexto completamente diferente, que, felizmente, inverteu.
"Aquilo que escrevi em 2010 foi escrito num contexto em que o país estava a atravessar uma crise e em que se não fizesse nada teria que ir por esse caminho. Felizmente, o país escolheu outro caminho, e este caminho não é o caminho da reestruturação da dívida", disse.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro reforçou que, em 2010, "era uma pessoa da sociedade civil, que olhava para um país em que a sua divida externa se estava a acumular a 10% ao ano" e que, se não fizesse nada, cairia numa "situação de bancarrota".» [DN]
O tiro ao manifesto
O pior que poderia suceder a um governo que já tinha festejado o crescimento económico antes de tempo e que se prepara para montar a encenação de uma falsa saída limpa que apenas serve para encobrimento da incompetência dos extremistas governamentais e dos técnicos incompetentes da troika que os apoiaram, era um manifesto juntar tanta gente dos mais diversos quadrantes políticos e das mais diversas formações, tendo em comum a defesa do interesse nacional, o primado da inteligência e a competência.
Aquilo que se passou a seguir foi uma verdadeira guerra suja contra as setenta personalidades que assinaram o manifesto, não há caniche do governo ou serventuário eleitoral, já sem contar com o pessoal da Quinta da Coelha, que não ofenda a dignidade dos que ousaram ter uma opinião, Multiplicam-se as insinuações, as acusações e insinuações de baixo nível, até as demissões forçadas de cargos públicos de quem ousou opinar.
Esperemos que este manifesto não dê lugar a um outro manifesto, desta vez pela defesa da democracia e pela realização antecipada de eleições legislativas e europeias.
O filme de um imbecil
Carlos Moedas
Esta espécie de secretário de Estado, antigo empregado da Goldman Sachs, não tem dimensão intelectual, técnica ou política para chamar triste ao manifesto de setenta personalidades que ao seu lado são gigantes.
«Falando à imprensa após uma conferência na representação diplomática portuguesa junto da União Europeia, Carlos Moeda justificou ainda a sua mudança de opinião sobre o assunto, sustentando que quando escreveu, em 2010, que o único caminho que restava a Portugal era o da reestruturação da dívida, o país vivia um contexto completamente diferente, que, felizmente, inverteu.
"Aquilo que escrevi em 2010 foi escrito num contexto em que o país estava a atravessar uma crise e em que se não fizesse nada teria que ir por esse caminho. Felizmente, o país escolheu outro caminho, e este caminho não é o caminho da reestruturação da dívida", disse.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro reforçou que, em 2010, "era uma pessoa da sociedade civil, que olhava para um país em que a sua divida externa se estava a acumular a 10% ao ano" e que, se não fizesse nada, cairia numa "situação de bancarrota".» [DN]
O tiro ao manifesto
O pior que poderia suceder a um governo que já tinha festejado o crescimento económico antes de tempo e que se prepara para montar a encenação de uma falsa saída limpa que apenas serve para encobrimento da incompetência dos extremistas governamentais e dos técnicos incompetentes da troika que os apoiaram, era um manifesto juntar tanta gente dos mais diversos quadrantes políticos e das mais diversas formações, tendo em comum a defesa do interesse nacional, o primado da inteligência e a competência.
Aquilo que se passou a seguir foi uma verdadeira guerra suja contra as setenta personalidades que assinaram o manifesto, não há caniche do governo ou serventuário eleitoral, já sem contar com o pessoal da Quinta da Coelha, que não ofenda a dignidade dos que ousaram ter uma opinião, Multiplicam-se as insinuações, as acusações e insinuações de baixo nível, até as demissões forçadas de cargos públicos de quem ousou opinar.
Esperemos que este manifesto não dê lugar a um outro manifesto, desta vez pela defesa da democracia e pela realização antecipada de eleições legislativas e europeias.
O filme de um imbecil
«O que está em aberto é demasiado importante e duradouro para que possa ser usado como arma de arremesso nas querelas político-partidárias." (1)
"A dívida pública tornar-se-á insustentável na ausência de crescimento duradouro significativo: seriam necessários saldos orçamentais primários verdadeiramente excepcionais, insusceptíveis de imposição prolongada." (2)
"Pressupondo um crescimento anual do produto nominal de 4% e uma taxa de juro implícita da dívida pública de 4%, para atingir, em 2035, o valor de referência de 60% para o rácio da dívida, seria necessário que o Orçamento registasse, em média, um excedente primário anual de cerca de 3% do PIB. Em 2014, prevê-se que o excedente primário atinja 0,3% do PIB." (3)
"A nossa dívida tem picos violentos. De agora até 2017, o reembolso da dívida de médio e longo prazo atingirá cerca de 48 mil milhões de euros. [...] Nenhuma estratégia de combate à crise poderá ter êxito se não conciliar a resposta à questão da dívida com a efectivação de um robusto processo de crescimento económico e de emprego num quadro de coesão e efectiva solidariedade nacional." (4)
"Será decisivo para que, no período "pós-troika", se possa conciliar o respeito pelas regras europeias de equilíbrio orçamental e a redução do desemprego, o crescimento dos salários e das pensões, a melhoria da qualidade dos serviços públicos, como a educação e a saúde, e a resposta que ao Estado cabe dar no combate à pobreza e à exclusão social. [...] É essencial proceder à correção de injustiças acumuladas no período de execução do programa de ajustamento." (5)
"Portugal, por mais que cumpra as boas práticas de rigor orçamental de acordo com as normas constitucionais - e deve fazê-lo sem hesitação, sublinhe-se bem -, não conseguirá superar por si só a falta dos instrumentos que lhe estão interditos por força da perda de soberania monetária e cambial." (6)
"A situação portuguesa melhorará se a União Europeia for mais ativa e eficiente na promoção do crescimento económico e na criação de emprego, incluindo uma efetiva coordenação das políticas económicas dos Estados membros." (7)
"A estratégia de saída sustentada da crise exige a estreita harmonização das nossas responsabilidades em dívida com um crescimento duradouro no quadro de reforçada coesão e solidariedade nacional e europeia." (8)
"O debate sobre o caminho a seguir deveria ser realizado com serenidade e com rigor, mantendo os portugueses informados sobre as consequências de cada uma das opções em causa e que irão, de todo o modo, condicionar o nosso futuro muito para além do tempo de uma só legislatura." (9)
"O nosso alheamento pode vir a ser fatal para o interesse nacional." (10)
1, 3, 5, 7, 9: Cavaco Silva, prefácio a Roteiros VIII, 9/3/2014; 2, 4, 6, 8, 10: manifesto dos 70, 11/3/2014.» [DN]
Fernanda Câncio.
Foi reposta a normalidade na família tuga
«A Assembleia da República chumbou esta sexta-feira a proposta do PS que visava permitir a coadoção por casais do mesmo sexo, numa votação em que a grande diferença face a maio do ano passado esteve no quórum de deputados em plenário. Desta feita, estiveram presentes 224 parlamentares - Assunção Esteves declarou, ao iniciar a deliberação, que prescindia de votar -, que reprovaram o projeto de lei socialista.
Os artigos do diploma foram votados na especialidade em dois blocos - não houve votação final global porque na especialidade todos os artigos foram chumbados. O primeiro conjunto de normas teve 111 votos contra, 107 a favor e cinco abstenções, enquanto no segundo se verificaram 112 contra, 107 favor e quatro abstenções.» [DN]
Parecer:
Também nisto somos mais celtas do que gregos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se em cima desses ultra conservadores que andam disfarçados de social-democratas.»
«A deputada do PSD Teresa Leal Coelho admite ter ficado "desiludida" e "desanimada" com alguns parlamentares que mudaram a votação sobre a coadoção entre a votação na generalidade, em maio passado, e na especialidade, que esta sexta-feira chumbou o diploma.
"Houve deputados na minha bancada que votaram em sentido diverso daquela que foi a votação que tiveram na votação em generalidade. Os motivos por que alteraram a sua posição, terá de perguntar-lhes, eu não sei quais foram", declarou a deputada do PSD.
Questionada pelos jornalistas sobre se ficou surpreendida com tais mudanças no sentido de voto, respondeu: "Surpreendeu-me e fiquei desiludida. Fiquei pelo menos desanimada. Isto porque, como é do conhecimento de todos, a eliminação desta restrição e a proteção das crianças em causa é urgente. Mas não é só na minha perspetiva: é na perspetiva da Unicef, do Instituto do Apoio à Criança, do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos", elencou.» [Expresso]
E ainda há quem fique admirada com essa gente.
Gente sem vergonha
«A deputada do PSD Teresa Leal Coelho admite ter ficado "desiludida" e "desanimada" com alguns parlamentares que mudaram a votação sobre a coadoção entre a votação na generalidade, em maio passado, e na especialidade, que esta sexta-feira chumbou o diploma.
"Houve deputados na minha bancada que votaram em sentido diverso daquela que foi a votação que tiveram na votação em generalidade. Os motivos por que alteraram a sua posição, terá de perguntar-lhes, eu não sei quais foram", declarou a deputada do PSD.
Questionada pelos jornalistas sobre se ficou surpreendida com tais mudanças no sentido de voto, respondeu: "Surpreendeu-me e fiquei desiludida. Fiquei pelo menos desanimada. Isto porque, como é do conhecimento de todos, a eliminação desta restrição e a proteção das crianças em causa é urgente. Mas não é só na minha perspetiva: é na perspetiva da Unicef, do Instituto do Apoio à Criança, do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos", elencou.» [Expresso]
Parecer:
E ainda há quem fique admirada com essa gente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»