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Nunca na história da democracia portuguesa um Presidente da República respondeu poucas horas depois em nota oficial a uma intervenção de um deputado e muito menos de um deputado do BE, ainda por cima para dar uma cambalhota num veto presidencial.
Marcelo Rebelo de Sousa não tem argumentos para alterar a sua posição, nada de substancial mudou na banca portuguesa num ano, o que o Presidente da República percebeu é que a sua posição era insustentável e ao sentir-se na posição de defensor de um sigilo que apenas protege quem foge ao fisco, apressou-se a dar a sua cambalhota, antes que diminuíssem os likes.
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«A reacção dos habitantes do bairro berlinense de Kreuzberg aos planos do Google para instalar na zona um novo campus não deixa margem para dúvidas. “Fuck off Google” é apenas um dos muitos escritos nas paredes do bairro que indiciam que, ao contrário do que sucedeu noutras cidades onde já se instalou – como Londres, Madrid, Varsóvia, Telavive, Seul ou São Paulo –, na capital alemã a gigante norte-americana não terá vida fácil.
A contestação ao projecto que visa criar uma nova comunidade de empreendedores tem crescido nos últimos meses e a abertura do campus, que chegou a estar prevista para Setembro de 2017, foi entretanto empurrada para o Outono de 2018. Desde que foi anunciado, os habitantes deste bairro da antiga Berlim Ocidental – tido como um dos emblemáticos e criativos, onde coabitam estudantes e artistas, punks e antifascistas e a maior comunidade turca da cidade – recusaram receber o Google de braços abertos e no último ano organizaram-se para evitar que isso aconteça.
Desde palestras e manifestações à distribuição de jornais “Contra o Google, o desalojamento e o domínio da tecnologia”, há uma série de entidades locais activamente envolvidas no que dizem ser uma “ameaça ao seu modo de vida”, escreve o Guardian. Numa reportagem onde recolheu depoimentos que explicam o porquê da antipatia pela empresa californiana presidida por Sundar Pichai, o jornal britânico recorda que o preço das casas na capital alemã é um dos temas mais sensíveis do momento, tendo em conta que 85% dos habitantes vivem em casas arrendadas.» [Público]
Parecer:
De resto, em Lisboa as casas já são caras e a verdade é que muitos lisboetas que as vendem ou alugam até agradecem.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Proponha-se Lisboa.»
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«O número de trabalhadores por conta de outrem que ganham três mil euros ou mais líquidos por mês disparou 30% no primeiro trimestre deste ano face a igual período de 2017 e atingiu o maior valor das séries do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este grupo de trabalhadores mais abonados tem agora 37,5 mil pessoas.
Um reforço que ajudou a que o salário líquido médio da economia subisse 3,5%, fixando-se em 876 euros mensais, o maior aumento em sete anos. Os salários mais baixos (menos de 600 euros) estão a perder peso.
De acordo com o primeiro inquérito trimestral ao emprego deste ano, ontem divulgado pelo INE, somam-se os sinais de que as condições do mercado de trabalho estão a melhorar. A taxa de desemprego total baixou para 7,9% da população ativa, o registo mais baixo em dez anos; o desemprego jovem, embora continue entre os maiores da Europa, caiu para 21,9%, também o valor mais baixo da série do INE que remonta ao início de 2011. O número de desempregados que procuram emprego há um ano ou mais (longa duração) recuou mais de 28%.» [DN]
Parecer:
Estes dados poem fim à lenga lenga dos maus empregos.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
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«Teodora Cardoso dá nota positiva à política orçamental de Mário Centeno traduzida no Programa de Estabilidade (PE) 2018-2022. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que a estratégia do Governo no documento entregue em Bruxelas foi uma "opção correcta" por quebrar com más práticas do passado. No entanto, nos pormenores, o CFP deixa mais avisos do que elogios.
O Bloco de Esquerda não queria um défice de 0,7% este ano, a meta actualizada por Centeno no Programa de Estabilidade. A vontade dos bloquistas não foi em frente e, para o CFP, essa foi uma "opção correcta" para o futuro do país. "O Programa de Estabilidade adopta a opção correcta em matéria de política orçamental, ou seja, uma postura globalmente contra cíclica que implica a redução do défice e do rácio da dívida nas fases favoráveis do ciclo económico", lê-se na análise do Conselho às contas do PE2018.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
A Dra. Teodora até já elogia Centeno.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
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«O conselho de remunerações do BCP vai levar à assembleia-geral de 30 de Maio uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos actuais administradores executivos do banco.
Uma decisão que está a ser aproveitada pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) para reclamar a "imediata restituição dos valores retidos dos vencimentos dos trabalhadores do BCP".
Em comunicado, o sindicato valoriza "que o Conselho de Administração tenha um sentimento de optimismo tão relevante sobre a actual e futura situação do BCP", pelo que entende que a restituição dos vencimentos dos trabalhadores também deve ser deliberada na AG, bem como uma contribuição de 4.920.236 euros "para o Fundo Complementar de Pensões dos trabalhadores do BCP, cuja contribuição se encontra suspensa".
"Entendemos que argumentos mais válidos existirão para a atribuição de tais "prémios" aos trabalhadores, os quais, em primeira instância, estiveram sempre na linha da frente e a defender a imagem do BCP, muito antes da actual administração estar em funções", afirma Paulo Marcos, presidente do SNQTB, citado no comunicado.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Parece que os administradores do BCP se querem abotoar sozinhos.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
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«A jornalista Manuela Moura Guedes apelou ao Ministério Público para que abra um inquérito ao comportamento do ex-Procurador-Geral da República Pinto Monteiro por este ter alegadamente "abafado investigações" ao antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Manuela Moura Guedes acusou Pinto Monteiro e Cândida Almeida de "terem feito tudo para abafar" os casos que envolviam o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que acusou de "controlar a Justiça" e solicitou uma investigação ao Ministério Público.
"José Sócrates conseguiu controlar a Justiça. O Procurador-Geral da República é indicado pelo primeiro-ministro e nomeado pelo Presidente da República. Indicou Pinto Monteiro que tudo fez para abafar os casos complicados de José Sócrates, ele e Cândida Almeida, que estava no DCIAP, com a ajuda de quem estava a investigar em Setúbal o caso Freeport, a inspectora Alice", disse Manuela Moura Guedes, em entrevista, na quarta-feira, à Edição da Noite da SIC Notícias.» [Público]
Parecer:
Tenho ideia de já a ter visto... mas parece que teve um acidente e ia no banco da frente.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
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«O Tribunal na Relação de Lisboa decidiu esta tarde de quinta-feira enviar o processo do ex-vice-presidente Manuel Vicente para Angola. Vicente foi acusado em Portugal do crime de corrupção ativa de uma magistrado do Ministério Público, Orlando Figueira, que está a agora a ser julgado no Campus de Justiça. Mas a defesa recorreu, alegando que o arguido não foi constituído arguido nem notificado da acusação. Além disso, gozava de imunidade política.
O Ministério Público (MP) acusou Manuel Vicente dos crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento no âmbito da Operação Fizz. Mas, no início do julgamento, o tribunal decidiu separar os indícios recolhidos contra ele para um processo autónomo. O julgamento dos restantes arguidos avançou e conta já com mais de 40 sessões, com o magistrado Orlando Figueira, acusado de ter sido corrompido por Manuel Vicente para arquivar os processos que tinha em mãos contra ele, e com o advogado Paulo Blanco e o representante legal de Vicente em Portugal, Armindo Pires, acusados também do crime de corrupção por terem alegadamente intermediado os dois.» [Observador]
Parecer:
Esta decisão coloca a PGR numa posição difícil, depois de quase serem destruídas as relações com Angola o processo vai mesmo para Luanda.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à PGR.»