UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA

 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

Há dois princípios básicos na nossa democracia, que a separação de poderes deve ser respeitada pelos órgãos de soberania e que a iniciativa da investigação criminal é da iniciativa do Ministério Público. O governo recebeu um relatório que concluiua por indícios de crime e fez o que devia fazer, remeteu-o para o Ministério Público.

Perante a notícia do Público o Governo disse o qe tinha a dizer, que tinha feito o que tinha a fazer, remetendo-se ao silêncio respeitando os princípios da justiça portuguesa. O Presidente pouco mais tem a fazer que o mesmo, o que não pode fazer é fazer sugestões, mesmo que de forma indireta ao Ministério Público.

O Marcelo professor podia emitir pareceres, o Marcelo comentador podia opinar, o Marcelo Presidente deve respeitar a separação dos poderes e assegurar o regular funcionamento das instituições.

«O Presidente da República defendeu hoje que, "se houver matéria criminal" relativamente à eventual destruição de documentos da Proteção Civil sobre os incêndios em Pedrogão Grande, tal deve "entrar na investigação em curso".

O relatório de uma auditoria interna da Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre o combate ao fogo de Pedrógão Grande, em junho de 2017, aponta "falhas graves" e admite que houve documentos apagados ou destruídos, noticia hoje o jornal Público.

"Relativamente aos incêndios, há uma parte que compete à investigação criminal. Se houver matéria criminal nesse domínio, naturalmente deve entrar na investigação que está em curso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas durante uma visita ao Mercado Temporário do Bolhão, no Porto.» [DN]

 Jornalismo de sargeta

Quem ler com cuidado a notícia do Público que acusa o Governo de ter esquecido um relatório da Proteção Civil percebe que esse relatório chegou às mãos da jornalista do Público. Na posse do relatório a jornalista percebeu que a notícia seria mais interessante se em vez de divulgar o que constava no relatório conseguisse provar que este tinha sido abafado. Assim, poderia sugerir que ao esconder as conclusões o Governo seria o responsável pelos fatos que escondia.

Se a jornalista do Público teve acesso ao relatório saberia pela mesma fonte que o mesmo teria sido enviado pelo MP e assim sendo os seus fatos estariam estariam sob investigação e, em consequência, o próprio relatório estaria em segredo de justiça. Mesmo assim, a jornalista insistiu na mentira.

 Rui Gomes da Silva presidente do SLB

Quando esta invenção desastrada de Santana Lopes chegar a presidente do SLB passo a ser adepto do Boavista.

 Proteção Civil

Gente incompetente, licenciaturas da treta, nomeações duvidosas, escolhas partidárias, o   espetáculo que nos tem proporcionado pelos diversos atores da Proteção Civil roça o miserável e ajuda a explicar uma parte dos acontecimentos, aquela que não se explica pelas circunstâncias especiais em que decorreram os incêndios.

Tive um irmão oficial da Armada que há muitos anos deu aulas a comandantes de bombeiros, na ocasião deu-me uma imagem preocupante da competência no setor. Por aquilo que se tem visto pouco melhorou. Os incêndios são um imenso negócio e é óbvio que os maiores ganhadores se calhar não são os madeireiros, mas sim os figurões do setor.

      

 Motivo de vergonha

   
«O líder parlamentar do PS, Carlos César, afirma que o partido "sente-se envergonhado" em relação ao ex-ministro Manuel Pinho, caso sejam confirmadas as suspeitas de que é alvo.

"O Partido Socialista sente-se, como os partidos, a confirmar-se o que é dito, envergonhado", diz Carlos César no programa "Almoços Grátis", da TSF. "A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável", considera

Aos microfones da rádio, Carlos César refere que o caso "tem de ser esclarecido e punido" até porque não há razão para não avaliar o caso Manuel Pinho como já se avaliaram "os casos de vários ministros e responsáveis que na banca ou na política que tiveram comportamentos desviantes, irregulares ou até de alçada criminal."» [DN]
   

Parecer:

Não se pode ter vergonha dos atos praticados por alguém violando a lealdade que se esperava de quem aceitava o cargo.
   

Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

  

 Federação dá ajuda ao SCP

   
«Bruno de Carvalho não irá marcar presença no banco de suplentes do Sporting no jogo com o Benfica do próximo sábado, por ter sido suspenso pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), adianta o jornal Record.

A suspensão do dirigente "leonino" tem a duração de seis dias e deve-se às declarações de Bruno de Carvalho no seu Facebook sobre António Salvador, presidente do Sporting de Braga, e que levaram primeiro a uma análise por parte da Comissão de Instrutores da Liga e depois a uma decisão ao CD da FPF, que determinou a referida suspensão de seis dias.» [Público]
   

Parecer:

A ausência do presidente do SCP no banco é um incentivo aos jogadores do SCP e menos um estímulo para os do SLB.
   

Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Uma pergunta a Medina

   
«Perto das 2h00 da madrugada de 17 de maio de 2016, Pedro Delgado Alves seguia num Seat Ibiza cinzento quando perdeu o controlo do carro na Avenida Gago Coutinho. Apesar de haver três vias, o deputado não conseguiu evitar bater num camião de recolha do lixo que se encontrava parado na faixa do BUS e feriu gravemente uma cantoneira que se encontrava no estribo. Passaram dois anos e Lúcia Santos, que quase perdeu a perna, nunca mais conseguiu emprego e acusa a Câmara Municipal de Lisboa de a ter abandonado. Já Pedro Delgado Alves viu a imunidade parlamentar levantada para que seja constituído arguido e está indiciado num inquérito que decorre no DIAP por um crime de ofensa à integridade física por negligência que, se for grave, pode ir até “pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias”.» [Observador]
   

Parecer:

A acusação que é feita à CML tem fundamento?
   

Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao presidente da CML.»