domingo, janeiro 18, 2015

Semanada

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Parece que as leituras do livro sobre Salazar que ele leva debaixo no rabo quando viaja estão a dar resultado, Passos Continua a querer dar a ideia de que é a versão moderna e democrática de Salazar como se tal fosse possível. No último debate parlamentar assumiu a sua versão pessoal do velhinho e salazarento “orgulhosamente só” quando disse sem qualquer pejo que “Já percebi isso e até o ajudo nesse seu objectivo, porque o Governo não se importa de estar isolado se com isso estiver a servir o país. Eu sei que muitos outros políticos ficam preocupadíssimos, ansiosíssimos quando se sentem isolados, mas é preciso ter a coragem de não ter medo de ficar isolado para se chegar onde é preciso chegar”
  
Pires de Lima, que começou por se afirmar como a santinha milagreira da Rua da Horta Seca que vinha destronar a santinha da Ladeira acaba de abandonar a sua versão de santa para passar a assumir-se como o palhaço ambulante do Circo da Horta Seca. Depois do espectáculo dado pelo perfumado Pires de Lima no parlamento,, quando deu um ar da sua graça brincando às taxas e taxinhas, o país assistiu agora a mais um espectáculo de palhaços, como o cabeça raspadinha dos Transportes a juntar ao chefe para fazerem um dupla de palhaços que deixou o país a rir com a figura triste que deram a propósito das negociações sindicais na TAP:
  
De um dia para o outro todos os jornalista deram um banho deontológico nas páginas do Charlie Hebdo e fora, de seguida, tirar a fotografia que provará para a posteridade que são todos Chalies. Desde os palermas que perseguem quem toca à campainha do estabelecimento prisional de Évora, aos jornalistas de investigação que são porta-vozes das polícias em processos de investigação que envolvem políticos de que não gostam, agora são todos exemplares e corajosos Charlies. 
  
O Opus Macedo começou 2015 com azar depois de os últimos meses de 2014 lhe terem corrido às mil maravilhas. Graças ao ébola o Opus Macedo desdobrou-se em encenações  e chegou mesmo a contracenar com a Catarina Furtado. Depois veio a legionella e o Opus Macedo voltou a brilhar, o director-geral de Saúde trabalhava e ele desdobrava-se em intervenções televisivas, sem nada fazer o Opus Macedo passava a imagem de um ministro da Saúde digno do governo de Marquês de Pombal. Mas 2015 começou mal, desta vez o país não assistia às realizações publicitárias do Opus Macedo, conhecia a realidade, as consequências da competência do Opus Macedo e essas competências são um autêntico rasto de morte à porta dos hospitais. Portugal assiste a uma epidemia de mortos por abandono dentro dos hospitais do Opus Macedo.