terça-feira, janeiro 06, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Torre de Belém, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Paulo Macedo, o ministro "exterminador" do SNS

Nunca durante o mandato de um ministro da Saúde de Portugal morreu tanta gente à espera de cuidados médicos, em 2012 morreu uma jovem em Guimarães onde esperou 7 horas, em Évora morreram dois doentes que não foram atendidos pelo 112, recentemente morreu um doente no Hospital de Amadora-Sintra, agora morre um doente em Santa Maria da Feira.

O que têm em comum estes casos? Todos eles aponta para a responsabilidade política do ministro da Saúde e em todos os casos o ministro ficou escondido, não tendo a coragem de dar a cara. Em vez disso faz como sucedeu com o caso do Amadora-Sintra, lança notícias que não terão qualquer consequência prática mas que sugerem que a culpa é de outros, neese caso foi das empresas que colocam os médicos nas urgências.

Com este cortejo de mortes atrás de si está na hora de Paulo Macedo se deixar de truques de propaganda e dar a cara pelas consequências da sua gestão e das políticas que tem adoptado, porque não é só para ouvir elogios encomendados a jornalistas simpáticos e totós que um governante deve aparecer em público.

Em poucos dias três portugueses morreram nos serviços de urgência de hospitais portugueses, num serviço que por ser de urgência não é admissível que alguém morra por falta de tratamento ao fim de cinco, seis ou sete horas de espera, quantos mais terão de morrer para que Paulo Macedo venha a público assumir a sua responsabilidade política? A ambição pessoal parece estar a turavr a vista do opus ministro ambicioso, impedindo-o de perceber que perante a ausência e as manobras de porpaganda para desviar as atenções a sua responsabilidade começa a ser mais do que política.

«Um homem morreu no serviço de urgências do Hospital de Santa Maria da Feira, neste domingo. A notícia avançada pela SIC Notícias foi confirmada pela directora do gabinete de relações públicas do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), Sílvia Silva, que não esclareceu qual a causa da morte do doente.

“O hospital confirma a morte de um doente no serviço de urgências. O Conselho de Administração do CHEDV vai abrir um processo de averiguações”, disse ao PÚBLICO, justificando não estar autorizada a dar mais informações até estar concluído o inquérito: nem a hora a que o doente deu entrada – e que a família diz ser 16h30 – nem a hora a que morreu – que os mesmos familiares dizem ter sido às 21h30.

“O utente em questão foi admitido no serviço de urgência do hospital, tendo sido triado com a prioridade de amarela de acordo com o protocolo de triagem de Manchester”, informa o hospital em comunicado. A pulseira amarela é a terceira numa escala de prioridade com cinco cores. “Perante o agravamento do seu estado de saúde foi feita nova triagem, tendo então sido atribuída a cor laranja. Nesta situação o utente foi imediatamente observado por um médico especialista de medicina interna", acrescenta a nota do hospital.

Na passada segunda-feira, também o Hospital de São José em Lisboa anunciou a abertura de um inquérito à morte de um doente que terá estado à espera seis horas na madrugada de sábado, 26 de Dezembro. Na altura, a  administração hospitalar estava a aguardar o resultado da realização de uma autópsia anátomo-clínica.  

"Poucos médicos para tanta gente"
De acordo com familiares do doente falecido neste domingo no Hospital de São Sebastião, ouvidos pela SIC Notícias, o homem deu entrada às 16h30 quando o seu estado foi avaliado por uma enfermeira, que lhe deu a pulseira amarela. Ângelo Pereira, irmão da vítima, disse que uma médica anunciou a morte do familiar cinco horas depois de o doente ter dado entrada. Nessa altura, Ângelo Pereira preparava-se para apresentar queixa no livro de reclamações. “A médica disse que até agradecia, dizendo que são poucos os médicos para tanta gente”, contou, em declarações à SIC Notícias. » [Público]

«A demora na assistência aos doentes que deram entrada nas urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde nas últimas semanas do ano poderá ter provocado mais mortes do que os dois casos noticiados, diz ao Expresso o Bastonário da Ordem dos Médicos. José Manuel Silva não hesita no prognóstico: "Há urgências do Serviço Nacional de Saúde que não estão a cumprir as boas práticas clínicas. Em última instância, estas mortes são da responsabilidade do Ministério da Saúde".

Na opinião do bastonário, especialista em medicina interna, "só não foram noticiadas mais mortes, resultantes da assistência indevida, porque as famílias, provavelmente, não se aperceberam". Por outras palavras, terão ocorrido óbitos por atraso no atendimento mas que não chegaram aos media porque os acompanhantes desses doentes não terão associado a morte a uma falha mas ao próprio desfecho da emergência que os levou ao hospital.

Para já, são conhecidos dois casos, que o Ministério da Saúde garante estarem a ser investigados. Na madrugada de 27 de dezembro, num sábado, um homem de 80 anos esteve mais de seis horas à espera de ser atendido na Urgência do São José, em Lisboa, na sequência de um AVC e acabou por ser encontrado morto, numa maca, pelo filho. Dois dias depois, em declarações à SIC, o filho do doente contou que lhe terão pedido para deixar o pai a aguardar pelo médico e que quando regressou, ao fim de seis horas, estava morto e "sem assistência médica", porque, diz, junto dele estava "uma ficha em branco".» [Expresso]

 Se não te portas bem ficas de castigo!

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A crer no título da notícia do CM o inspector Teixeira mais o Super Alex estão fazendo tudo para libertar José Sócrates mas este anda a portar-se mal e a fazer tudo para o impedir. Isto é, Sócrates deixou de estar em prisão preventiva por causa dos crimes que a acusação imagina que ele cometeu para passar a funcionar como raspanete pelo seu comportamento enquanto detido preventivamente. Enfim, ou te portas bem ou ficas cá dentro!


 Até tu Hollande
   
«A pressão sobre a Grécia continua: fontes do Governo de Berlim citadas pela revista Der Spiegel dizem que Angela Merkel vê como “inevitável” uma saída da Grécia do euro se as eleições antecipadas de 25 de Janeiro derem a vitória ao Syriza, partido que defende a reestruturação da dívida. E que a chanceler alemã pensa que uma saída da Grécia, que conta com apenas 2% da economia europeia, seria “possível de gerir”.

O Presidente francês afirmou nesta segunda-feira que países como a Espanha e a Grécia pagaram um preço elevado para permanecer no euro e que cabe aos gregos decidir se querem continuar com a moeda única. Mas defendeu que um futuro governo grego deve manter os compromissos já assumidos.

Numa longa entrevista à rádio francesa France Inter radio, em que abordou vários temas, François Hollande disse ainda que não cabe ao resto da Europa avançar hipóteses sobre a saída da Grécia com base em possíveis resultados eleitorais. “Neste momento, não devemos teorizar sobre se, com base na votação grega, vão continuar ou não como membro da zona euro. Os gregos são livres de decidir o seu destino. Mas, tendo dito isto, há alguns compromissos que foram feitos e esses têm de ser respeitados, claro”.» [Público]
   
Parecer:

Que a senhora Merkel faça ameaças veladas à Grécia até se compreende pois é a grande inspiradora das políticas de austeridade, mas que o Hollande que ganhou eleições opondo-se à austeridade venha fazer chantagem sobre os gregos já é demais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 Está explicado o discurso de Cavaco Silva
   
«À saída de um encontro com uma delegação do PSD, Costa falou de diálogo, convergência e estratégia comum. Mas só para depois das eleições. PSD acusa socialistas de adiarem o entendimento necessário.

“Convergência”, “diálogo” e “estratégia comum para o futuro”. É o que António Costa quer, mas só para depois das eleições. Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com o PSD, o líder socialista criticou a “crispação” que diz que tem existido entre os partidos ao longo dos últimos anos, nomeadamente entre PS e PSD, e pediu para “virar a página nesse sentido”.

Para António Costa, que se reuniu esta manhã com uma delegação do PSD como parte de um conjunto de encontros previstos com os representantes dos vários partidos, além das eleições legislativas que vão decorrer este ano, onde os portugueses serão chamados a fazer uma escolher, 2015 será necessariamente um ano de entendimentos, diálogo e convergência numa “estratégia comum para o país”, disse.» [Observador]
   
Parecer:

Quem duvidava da intenção de Cavaco Silva ao sugerir aos partidos a discussão de convergências antes das eleições percebe agora a inspiração desta posição. Cavaco mais não vez do que ser porta-voz do PSD, talvez porque o Marco António estava de férias natalícias.

É cada vez mais óbvia a sintonia de posições entre Cavaco e o seu PSD, tão óbvia que já não parece coincidência, estamos perante uma estratégia concertada. Cavaco não quer que seja António Costa a presidir às cerimónias fúnebres do seu funeral político.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Quanto se gastou em TGV
   
«O investimento público no projeto de uma rede alta velocidade ferroviária (TGV) ascendeu a cerca de 153 milhões de euros, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas divulgado nesta segunda-feira. A maior fatia, de 120 milhões de euros, corresponde à contratação externa de estudos e consultorias ao longo de 12 anos. A este montante somam-se 32,9 milhões de euros de custos de funcionamento da Rede de Alta Velocidade Ferroviária (RAVE), empresa pública criada para desenvolver o projeto e que se encontra em liquidação. Esta soma ainda não inclui o pagamento dos pedidos de indemnização dos privados.

Para além desta fatura, o Estado foi ainda confrontado com pedidos de indemnização por parte de grupos privados que participaram em concursos entretanto anulados. Os pedidos de indemnização dos concorrentes privados ao TGV somam cerca de 200 milhões de euros. Até agora o Estado pagou cerca de 12,2 milhões de euros, o que eleva os custos com o TGV a 165 milhões de euros.» [Observador]
   
Parecer:

O estudo abrangeu doze anos, mas se tivesse abrangido mais um ano teria aopanhado o actual presidente do Tribunal de Contas como ministro das Finanças.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Guilherme d'Oliveira Martins se foi gasto dinheiro depois do seu governo.»

 O BdP também tem o seu Garganta Funda
   
«Só 15 dos 17 interessados no Novo Banco que manifestaram interesse até 31 de dezembro deverão passar à fase seguinte, adianta o Jornal de Negócios. A Associação de Cidadãos Nacionais para a compra do Novo Banco (ANANOB) e outra entidade deverão ser excluídas pelo Banco de Portugal. Segundo o jornal, neste processo estão envolvidas entidades provenientes da Europa, da Ásia e dos EUA, ou seja, não há instituições com sede em Angola ou em outros países africanos entre os interessados.

O Jornal de Negócios escreve esta segunda-feira que, entre os interessados há bancos e fundos de “private equity”. Um destes fundos será o norte-americano Apollo Global Management. A este juntam-se bancos europeus, entre os quais o BPI, o Santander Totta e o Banco Popular, entidades que já indicaram que poderão estar interessadas. Da Ásia poderá ter vindo a Fosun, a empresa chinesa que comprou a seguradora Fidelidade à Caixa Geral de Depósitos.» [Observador]
   
Parecer:

É uma vergonha, o BdP deve ser o único banco central do mundo que deixa passar tanta informação sigilosa para a comunicação social.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao governador que se demita.»
  
 Piedoso, diz ele
   
«"A dimensão humana do novo Cardeal português, o seu contributo nos domínios da ciência e da cultura, e a sua experiência no exercício do magistério episcopal dão pública e inequívoca prova de que estamos perante uma personalidade que se distingue notavelmente pela doutrina, pela piedade e pela prudência", lê-se numa mensagem de felicitações enviada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, ao patriarca de Lisboa.

Na mensagem, divulgada hoje no 'site' da Presidência da República, Cavaco Silva sublinha que o anúncio da nomeação de Manuel Clemente como cardeal confirma a singularidade do relacionamento histórico entre Portugal e a Igreja Católica.


"Nesta ocasião, apresento ao senhor D. Manuel Clemente as minhas mais respeitosas felicitações por esta marca de distinção e apreço de Sua Santidade o Papa Francisco", é ainda referido.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

O que será isso de o futuro cardeal se destacar pela piedade.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se Cavaco que tal como D. Manuel Clemente também O Jumento se destaca pela piedade, uma piedade sem limites pelo próprio destinatário da informação. Entretanto aproveite-se para dar mais umas gargalhadas à conta da criatura e para umas rezas a fim de pedir ao Senhor que também tenha piedade dele.»
  
 PSD esquece o CDS
   
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«O PSD propôs esta segunda-feira, num encontro com a nova direção do PS, liderada por António Costa, a criação de uma "plataforma de diálogo permanente" entre os dois partidos "que fixasse uma agenda comum e que permitisse imediatamente iniciar um trabalho de fixação de objectivos e de uma estratégia relativamente ao futuro do país". A iniciativa, que Costa recusou, foi revelada pelo vice-presidente do PSD, Marco António Costa, que adiantou ainda que o CDS,p arceiro de coligação dos sociais-democratas, não está incluído na proposta para essa plataforma estratégica.

Questionado pelos jornalistas na sede do PSD, no final da reunião com a delegação socialista, o número dois social-democrata confirmou que a iniciativa que apresentou seria apenas "com o PSD e o PS". Quanto a outros partidos, poderiam aderir se quisessem. "Essa matéria objectivamente é alargada a todos os que quisessem participar nesse diálogo", admitiu Marco António, dando um sinal de abertura que coloca ao mesmo nível o CDS ou quaisquer outros partidos.» [Expresso]
   
Parecer:

Isto está bonito, está.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela resposta de Paulo Portas.»

 vamos ter militares mais velhos do que jogadores da selecção
   
«Os militares que tenham menos de 20 anos de serviço, quando o novo Estatuto entrar em vigor, só poderão deixar as Forças Armadas após 40 anos de tempo de serviço e não metade, como até agora.

A informação é dada esta segunda-feira - quando o primeiro-ministro e o ministro da Defesa almoçam em São Bento com as chefias militares - pelas associações de Oficiais (AOFA), de Sargentos (ANS) e de Praças (AP), numa nota informativa conjunta sobre a revisão do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR).» [DN]
   
Parecer:

Já imagino a nossa brigada do reumático a combater o EI na Síria.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

   
   
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