domingo, janeiro 06, 2008

Semanada


Da tasca da Fuzeta ao Casino Estoril

Tal como o Casino Estoril a tasca da Fuzeta é um espaço fechado, um espaço muito menos fechado do que o casino mas ainda assim fechado. O dono da tasca da Fuzeta tentou aplicar lei mas tramou-se, esqueceu-se do autocolante e foi autuado pela GNR. No Casino do Estoril o inspector-geral da ASAE apreciava a passagem do ano e mal deu pelo facto de essa passagem ter colocado em vigor uma lei cuja aplicação lhe cabe assegurar, entre champanhe e a visão de pernas bonitas deliciava-se com uma cigarrilha, coisa fina que não se fuma na tasca da Fuzeta onde predominarão os mata-ratos.

O dono da tasca da Fuzeta tramou-se, para ser mais preciso lixou-se, vai ter que andar às voltas com a justiça. O dono da tasca, não foi nomeado por José Sócrates, não tem um departamento jurídico pago com dinheiro dos contribuintes para o ajudar nos argumentos, não é convidado para ver as cuecas das bailarinas em noite de mudança do ano, nem pode mobilizar batalhões de polícias e jornalistas para se ir exibir na localidade. Melhor sorte tem o senhor da ASAE, por isso enquanto o dono da tasca está tramado o senhor da capital ainda vai conseguir uma excepção à lei só par que a sua inocência seja garantida.

Overdose de PSD

Parece que Luís Filipe Menezes descobriu a forma de levar os portugueses a repararem nele, está a dar-lhes uma overdose de PSD, nem descansou no Natal e na passagem do ano, desde jornais a manifestações ou ao BCP tudo serviu para que Menezes tente marcar a agenda política. Numa semana exigiu a ida do governador do BdP e dois ministros ao parlamento, foi dizer disparates à Madeira o lado de um Alberto que aproveitou a companhia de Menezes para se armar no Kadafi do Atlântico, exigindo indemnizações por conta do colonialismo, foi para a manif da Anadia e ainda deverá ter tido tempo de gerir a autarquia de Gaia o que, aliás, não deverá ser difícil pois com as dívidas que a CM de Gaia tem pouco mais terá de fazer do que assinar letras.

A vitória mais fácil do terrorismo

A Al-Qaeda conseguiu anular o Dakar sem mexer um dedo, bastaram alguns telefonemas escutados pela secreta francesa e um comunicado mal escrito para levar à suspensão da prova, assegurando a sua soberania sobre o Magreb. A partir de agora Bin Laden, que estará escondido algures um casebre das montanhas do Paquistão, pode suspender qualquer acontecimento no Ocidente sem ter que mandar para o inferno um dos seus militantes, poupa nas bombas, basta-lhe escrever um comunicado.

Dois coelhos com uma cajadada

De uma cajadada o PS deu um passo de gigante no sector financeiro de onde andou arredado há décadas, consegue colocar os seus na gestão de um banco onde era preciso exibir marcas de auto-flagelação para aceder aos altos cargos e livra-se dos governantes do PSD que tinham sido colocados na CGD pondo fim à “brilhante” carreira bancária de Celeste Cardona, a super-mulher de Paulo Portas. Em contrapartida, Rudolfo Lavrador, o vaidoso chefe de gabinete de Sousa Franco sobe na vida.

Ferro Rodrigues foi mordido pelos pitbulls de Sócrates

Parece que neste PS a tolerância foi parra que já deu uvas e nem sequer os ex-líderes do partido se livram da velha máxima do Coelhone, quem se mete com o PS leva. Foi o que sucedeu a Ferro Rodrigues que mal tinha acabado de falar e já estava a levar as palmatoadas de Vitalino Canas. Alguns dirigentes deste PS são incapazes de ouvir uma crítica, chamaram a si a função de protecção canina do líder e comportam-se como pitbulls.