sábado, janeiro 19, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Alfama, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[STRINGER / REUTERS]

«Un vigile éloigne un enfant faisant la manche devant une pharmacie de Manille, Philippines, le 17 janvier 2008.» [20 Minutes]

JUMENTO DO DIA

Vítor Constâncio foi ao Parlamento

Enganou-se na porta, deveria ter ido ao ministério das Finanças comunicar a sua decisão de se demitir.

CHUVA DE JANEIRO

«Por outro lado, o Governo teve a coragem de mudar de posição com base num estudo credível. Num ambiente onde se procuram obsessivamente sinais de recuos ou de incumprimento de promessas, não é pouco. De passagem, desautorizou a teoria da conspiração que havia sido propalada quando em Junho passado foi pedida esta avaliação comparativa. » [Diário de Notícias]

Parecer:

António Vitorino explica a decisão governamental de escolher Alcochete para o novo aeroporto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SARKOZY-POINT

«Entre o enlevo dos que vêem "um caso de amor", aclamando o discurso presidencial da "ruptura com uma tradição de hipocrisia" (referindo-se aos seus antecessores, que se desmultiplicavam em affaires extraconjugais, com filhos "ilegítimos" e tudo, mantendo a aparência sonsa da seriedade intocável) e a irritação dos que o acusam de infantil révanche face ao abandono de Cécilia e de instrumentalização da vida privada para dividendos políticos, o caso Sarkozy/Carla Bruni transformou-se numa espécie de Benfica/Sporting. Ségolène Royal, a opositora socialista da corrida à presidência, comparou-o ao Rei-Sol, incluindo-o na tradição monárquica da indistinção entre privado e público. Mas é a mesma "Ségo" que anunciou a sua separação do líder do PS francês (cujo lugar pretende ocupar) acusando-o de infidelidade. E Sarkozy é o mesmo que enviou a mulher em missão oficial à Líbia e que saiu a meio de uma entrevista televisiva quando lhe perguntaram se se ia separar, resmungando: "Que pergunta é essa?" » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Fernanda Câncio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

DARWIN E O BCP

«A saga do Millennium BCP é um relevante tema político e social. Para o confirmar, bastaria a leitura da excelente crónica de Ferreira Fernandes, no DN da passada quarta-feira, relatando como um taxista estava atento ao resultado da eleição do conselho de administração do BCP, seguramente mais ainda do que estaria se fosse o resultado do Benfica-Sporting.

Esta eleição foi, além disso, trazida para a primeira linha do combate político-partidário e até religioso (pois alguns o apresentaram como um conflito entre a Opus Dei e a Maçonaria), em termos tais que seguramente constituem mais uma originalidade deste belo país que tão generosamente nos acolhe no seu seio, para citar o imorredoiro A. B. Kotter.

Quero começar por fazer alguns registos de interesse: não sou filiado em nenhum partido, não sou membro da Opus Dei nem da Maçonaria, tenho relações de amizade com muitos dos mais activos players neste processo (situa-dos em vários lados das várias barricadas), representei vários accionistas nas sucessivas assembleias gerais de 2007 e na última realizada há dias, e até detenho 1000 acções do BCP.

Como aconteceu durante a "luta" entre Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto, muita coisa ocorreu nestes últimos episódios que me desagradou e surpreendeu. A menor delas não é por certo a tentativa de politizar a questão.

Admito que muita gente não esteja inocente, mas acho que Luís Filipe Menezes foi disso o primeiro e principal responsável. Creio que o fez de forma pensada, cirúrgica e estratégica. A mais fácil forma de lutar contra um Governo sustentado numa maioria absoluta costuma ser apostar na crítica aos riscos de totalitarismos, de asfixia das liberdades, de abusos, de favoritismo, de controlo da sociedade civil. Foi assim que o PS atacou Cavaco Silva durante 8 anos, pelo que não se deve admirar que lhe dêem a beber do mesmo. Os governos erram sempre alguma coisa, e para além deles existem os pequenos tiranetes ("cavaquinhos" lhes chamava eu na altura...) que gostam de armar ao pingarelho e de se colocar em bicos de pés, quanto mais não seja julgando que assim ficam referenciados pelo líder e prometidos para carreiras brilhantes.

A escolha de Santos Ferreira para dirigir o BCP e o rápido consenso que à sua volta se fez, e a escolha por este de Armando Vara para o acompanhar, foram o pretexto usado para uma hábil manobra política, que constitui - há que dizê-lo - o primeiro sucesso do líder do PSD na sua oposição ao Governo. Por todo o lado, vi cordatas pessoas a revelar a sua indignação e, curiosamente, exigindo ou pedindo delicadamente que sobre o tema tivesse opinião e a exprimisse. Durante a assembleia, foi patente que a maioria dos accionistas presentes (que representavam pouco mais de 2% do capital, é certo, ainda que isso para este raciocínio seja irrelevante) assinaria por baixo a tese de que o PS, a Maçonaria ou o Governo (se não mesmo todos eles, mancomunados) enviaram Armando Vara para o BCP com os piores desígnios.

Só que, curiosamente, a generalidade dos críticos ressalvava a personalidade de Santos Ferreira, a sua competência e independência. Ora, isso é talvez o maior dos absurdos que fui capaz de encontrar neste processo que deve muito ao surrealismo. É realmente uma contradição absoluta nos termos pensar que Vara é uma arma de domínio do PS e considerar que Santos Ferreira é inocente. Vara foi escolhido por ele e, se o não tivesse sido de livre e espontânea vontade, seria Santos Ferreira quem demonstraria subordinação a interesses estranhos, participação em conspiração ou rematada ingenuidade e incompetência - tudo atributos que não o tornariam adequado para liderar o maior banco privado português.

Sejamos sérios: a escolha de pessoas filiadas em partidos ou em organizações de cariz mais ou menos secreto ou discreto para dirigir instituições privadas não começou com o BCP, no final de 2007. Neste banco, ao longo da sua história, como na generalidade dos grandes grupos portugueses, foram eleitos magotes de personalidades que antes de serem chamados a lugares governamentais eram ilustres desconhecidos. Muitos deles, seguramente, sem uma carreira política nunca teriam alcançado - pelo menos tão depressa - os lugares que obtiveram e que de um modo geral tinham qualidades para alcançar, como vieram a confirmar posteriormente.

Estou à vontade sobre isso, porque nunca desempenhei esse tipo de cargos. Acho que o combate político é uma forma por excelência de selecção dos mais aptos, visto que o subsistema político é o mais competitivo que se conhece. Todas as características que definem - para o bem e para o mal - os gestores de alta direcção empresarial se encontram no mundo político.

Por isso penso que marcar com um ferrete os que passam pelos partidos é injusto e, mais do que isso, é inconveniente. Vara é um bom ou mau exemplo do que acabo de afirmar? Ninguém melhor do que Santos Ferreira o sabe. E, parece, mais de 97% do capital do BCP acha que não seja impossível que constitua uma boa escolha. Para conspiração maçónica, estratégia socialista ou direcção governamental, parece gente a mais para ser plausível.» [Público assinantes]

Parecer:

Nesta análise que José Miguel Júdice faz da situação no BCP gostei particularmente a referência aos "pingarelhos". Encaixa-se perfeitamente a alguns pingarelhos que conheço.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

RIBAU JÁ É ESCRITOR

«A Câmara de Ílhavo assumiu integralmente os custos de publicação e lançamento do livro “10 Anos de Mudança – Município de Ílhavo”, escrito pelo autarca Ribau Esteves, secretário-geral do PSD.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Ganda Ribau!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se um exemplar autografado e pergunte-se ao autor se já está a trabalhar na tradução para outras línguas ou se já alguém apresentou a sua candidatura ao Nobel da Literatura de cordel.»

DISCOTECAS TAMBÉM JÁ SE SAFARAM

«O fumo vai ser permitido nas discotecas, sem imposição de quotas máximas de espaço para fumadores, desde que em áreas expressamente previstas para o efeito, com sinalização e sistemas de extracção e ventilação autónoma, directamente para o exterior. A polémica em volta do tema, que chegou a suscitar uma petição a favor do tabaco naqueles espaços de diversão, teve ontem uma reviravolta feliz para o sector, embora surpreendente.» [Diário de Notícias]

Parecer:

No final a lei só se vai aplicar aos edifícios públicos...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

POUCO E MAU EMPREGO

«Acontece que a maior parte das ofertas que dão entrada diz respeito a postos de trabalho indiferenciados, requerendo poucas qualificações e oferecendo baixos salários que, em média, rondam os 520 euros, apurou o JN. Compreende-se, por isso, que sejam pouco atractivos, inclusive para pessoas que estejam desempregadas, mas que tenham um grau de qualificação ou experiência que "exclua" a sua colocação nesse emprego. É pelo menos essa a norma, nas novas regras de atribuição do subsídio de desemprego os postos de trabalho oferecidos têm de ser compatíveis com o nível salarial e de qualificações dos desempregados.» [Diário de Notícias]

Parecer:

parece que para além de novas oportunidades também serão necessários novos empregos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao governo o que está fazendo em matéria de políticas de emprego.»

OS ACCIONISTAS DO BCP ESTÃO MENOS RICOS

«O BCP manteve ontem a tendência de queda na Bolsa, com as acções a "afundar" quase 3%. Desde a assembleia-geral de terça-feira, que elegeu Carlos Santos Ferreira para a presidência executiva do maior banco privado português, o BCP acumulou uma perda de 11%, pondo o banco a valer cerca de menos mil milhões de euros.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Perder mil milhões de euros em poucos dias é obra!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vendam-se as acções do BCP antes que o Vara pegue na esferográfica.»

TANTO CARINHO COM A BRAGAPARQUES

«A única coisa que a acusação do Ministério Público não afirma é que Carmona Rodrigues e os restantes arguidos obtiveram algum benefício pessoal com a permuta e venda dos terrenos do Parque Mayer e da antiga Feira Popular a uma empresa do grupo Bragaparques. Fora isso, é toda a sua intervenção neste processo, ao longo de três anos, que é apresentada como obedecendo a um único objectivo, concertado entre eles: beneficiar a empresa Parque Mayer, SA, detida pela Bragaparques.» [Público assinantes]

Parecer:

Assim vale a pena negociar com as autarquias.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo fim do processo»

MENEZES DÁ RESPOSTA A SARKOZY E À BRUNA

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, anunciou ontem a criação dentro do partido do Movimento das Mulheres Sociais-Democratas, adiantando que os seus órgãos deverão ser eleitos num congresso a realizar no dia 25 de Abril. Menezes esteve reunido na sede do PSD com dezenas de mulheres do partido, entre as quais deputadas e autarcas. A dirigente social-democrata Zita Seabra adiantou que objectivo do encontro é começar a preparar as listas eleitorais de 2009, tendo em conta a lei da paridade que obriga à presença de um terço de mulheres. » [Público assinantes]

Parecer:

Digamos que Sarkozy tem a Bruna e Menezes teve que se contentar com a Zita...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estou ansioso por ver Menezes entre as mulheres, com a tendência que tem para chorar vai despertar muito instinto maternal.»

ITÁLIA: MODELOS DE NUS QUEREM MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO

«Modelos que posam nus para artistas das universidades e escolas italianas deram início nesta semana a uma série de protestos por melhores condições de trabalho.

Com a palavra de ordem “permanecer nus, mas não invisíveis”, os modelos, homens e mulheres, estão reivindicando salário mensal, contrato anual e estabilidade no emprego, direitos restritos hoje a apenas 50 profissionais da categoria em todo o país. » [BBC Brasil]

O JUMENTO NOS OUTRO BLOGUES

  1. A minha amiga "Blogotinha" ficou a saber que a ASAE prendeu D. José Policarpo.
  2. O "No Meu Quintal" pescou um artigo de Vital Moreira publicado pelo Público.

ERIC CLAPTON - TEARS IN HEAVEN

GAD BOLESLAVSKY

VICTOR OANCEA

SHAYTAN

ELENA MIRNAYA

PATRYK OSMOLA

KAMASUTRA PARA INFORMÁTICOS

WC EM MADRID

PAPAGAION QUE "FALA" EM QUINZE LÍNGUAS

BURGER KING

We have it your wayPickle in? Pickle out? Only you decide how you want your burger.

[2][3][4][5]

Advertising Agency: .start, Munich, Germany
Creative Directors: Marco Mehrwald, Thomas Pakull
Art Director: Roland RaithJunior Art: Nina Zinnhobler
Copywriter: Bernd Nagenrauft
Illustrator: Christoph Hoppenbrock

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA

[2][3]

Advertising Agency: Master, São Paulo, Brazil
Creative Directors: Luciano Toaldo, Claudio Freire
Art Director: André Macena
Copywriter: Marcelo Romko
Photographer: Fernando Ziviani

TECNOGRAD MAC SUPORT

[2][3][4]

Advertising Agency: 2008scandinavia, Oslo, Norway