FOTO JUMENTO
Navio da Armada Russa no Tejo (imagem enviada por A.C.)
IMAGEM DO DIA
[Rafiq Maqbool - AP]
«A girl waits for relief distribution outside her makeshift home in Kabul. Heavy snow, avalanches and cold weather have killed at least 85 people in western Afghanistan in recent days.» [Washington Post]
O CARTOON DO DIA
JUMENTO DO DIA
Macário, o "engatatão"?
O facto de Macário Correio ter sido constituído por assédio sexual a uma jurista da autarquia de Tavira não me surpreende, foi evidente que quando as acusações saíram a público o autarca quase desapareceu apesar de ser porta-voz da candidatura de Marques Mendes. A forma como levou a funcionária a uma junta médica devido a alegados problemas psicológicos pareceu uma jogada evidente, diria mesmo um golpe baixo desastrado, tão desastrado que o resultado da junta só o prejudicou. Até trânsito em julgado Macário deve ser considerado inocente, mas tenho razões pessoais para ver a carreira política deste personagem acabar com a condenação por "engatatão". Sempre vai ter mais direitos de defesa do que os que ele aceitava quando era líder dum pequeno grupo da extrema-esquerda.
A MORTE DO ISLÃO
«A verdade é que, no mesmo ano da conquista de Granada, os Reis Católicos lançaram-se na aventura das Índias e, meia dúzia de anos depois, os portugueses lançaram-se à descoberta do Brasil e da rota marítima para a Índia. E esse foi apenas o começo de uma civilização que, desde então, não parou de avançar e de descobrir coisas novas, desde vacinas e tratamentos de doenças até à lua e ao espaço, da construção de cidades e países inventados no outro extremo do mundo até aos computadores e às telecomunicações instantâneas. E o que fez o mundo árabe durante todos esses séculos? Descobriu que tinha petróleo...» [ Link]
Parecer:
Um artigo interessante de Miguel Sousa Tavares onde o autor troca as datas da história pois a busca d caminho marítimo para a Índia pelos portugueses é anterior á aventura americana dos reis católicos. Quando Colombo partiu na sua primeira viagem, em 1492, já Bartolomeu Dias tinha ultrapassado o Cabo da Boa Esperança quatro anos antes.
Para se perceber a nostalgia de muitos árabes pelo El Andaluz é bom lembrar que durou sete séculos, demasiado tempo para esquecer aquele que foi o ponto mais lato da história dos árabes. Quando a Al-Qaeda fala do Al Andaluz está a tentar (e consegue) mexer no sentimento de muitos árabes. Convém também não esquecer a ocupação de algumas praças marroquinas por parte de Portugal e Espanha, algumas das quais ainda subsistem.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
A NOVELA VENEZUELANA
«Eu não sei se são incompatibilidades, se são prevenções, mas mais vale começar por aqui do que ficar sujeito àqueles "hum, bem te entendo, não gostas dos tipos e depois dizes isto...", tão português e tão cúmplice do "são todos iguais". Na verdade, se houvesse alguma memória, nem sequer era preciso dizer "isto", tão antigo, público e documentado está. É só ir à Internet e aos arquivos dos jornais, muito anteriores à "novela venezuelana" e, no entanto, a encaixar-se perfeitamente nela. Mas isso dá trabalho e obscurece a novidade jornalística que tem que nascer todos os dias como o sol.
O "isto" são três coisas: uma é que acho que Menezes é um desastre para o PSD, disse-o solitário e em bom tempo e os factos encarregam-se do o mostrar; segundo, que Cunha Vaz, que encontrei uma única vez e ainda por cima para o defender (de Carrilho), já teve ocasião, numa carta insultuosa, de explicar que não tem por mim "estima e consideração, nem mesmo respeito pessoal", jurando aliás que"o dr. Luís Filipe Menezes não tem agência". "O dr. Luís Filipe Menezes teve a colaboração da minha agência durante a campanha eleitoral interna para a liderança do PSD. Neste momento, ou melhor, desde que o congresso do seu partido terminou, a Cunha Vaz & Associados não trabalha com o PSD, com o seu líder ou com qualquer outra estrutura político-partidária. Nunca o fez. Nunca trabalhou com qualquer governo ou instituto público, nunca serviu qualquer partido."
E a terceira e mais importante, porque penso de há muito e já várias vezes o escrevi, que a relação entre políticos e agências de comunicação, publicitários e técnicos de marketing é um dos sintomas da degradação da política contemporânea. Acrescento a este último ponto que o problema é em primeiro lugar dos políticos; os outros vão para onde estiver o mercado e, quando muito, defendem o alargamento do mercado mostrando a indispensabilidade dos seus serviços e protegendo os políticos que os empregam, em detrimento dos antiquados que desconfiam da "comunicação" profissional. Para não me estar a repetir mais uma vez, aqui fica o que escrevi a propósito de Cunha Vaz e o PSD em Novembro de 2007:
"Continuo a achar que não se deve substituir a política por técnicas de comunicação, nem as comissões políticas por agências de comunicação. Mas esta crítica é aos políticos e não às agências."
Por tudo isto, a "novela venezuelana" de que Menezes fala a propósito das aventuras da agência de comunicação que trata da sua "imagem" é exemplar da política dos dias de hoje e merece atenção muito para além dos seus "protagonistas". A interessante designação de "novela venezuelana" é mais certeira do que parece. Menezes queria referir-se às interpretações que os jornais e os seus críticos fazem da bicefalia com Santana Lopes, mais uma vez a funcionar mal, acabando-se sem saber se a Cunha Vaz & Associados vai fazer a "comunicação" do grupo parlamentar ou arrumar os arquivos, tarefa que deve ficar um pouco cara de mais para entregar aos profissionais de uma agência de comunicação. Menezes, que diz que não se importa "de arrostar com as críticas mais vis" por razões patrióticas, nem mais nem menos que "em nome de Portugal e dos portugueses", quer convencer-nos que está tudo bem entre ele (e Cunha Vaz), e Lopes (sem Cunha Vaz). E, como é uma "novela venezuelana", há também um terceiro homem, Ribau (e Cunha Vaz). Não está. E basta ler comparativamente o blogue de Santana Lopes e a página pessoal de Menezes para se perceber o que partilham, mas também as diferenças entre ambos e os seus projectos. Espero que, ao falar sobre, isto não esteja a violar nenhum boudoir, dado que ambos, dentro do espírito da "novela venezuelana", consideram que isto é matéria de intimidade. Esqueceram-se foi de dizer isso a Cunha Vaz.
A página pessoal de Menezes (http://www.luisfilipemenezes.com/) é claramente pensada pelos profissionais da agência e substitui o seu antigo blogue, feito por um assessor da Câmara da Gaia, que copiava e assinava em nome de Menezes textos da Wikipédia sobre Bergman e Antonioni para dar um tom cultural à coisa. O blogue de Lopes, a quem a forma de blogue calha bem com a personalidade, é essencialmente sobre aquilo que ele pensa que é. E ninguém melhor que o próprio para lhe dar o tom narcísico absoluto da personagem dentro daquilo que é a sua ecologia do gosto. A página de Menezes é sobre aquilo que Cunha Vaz acha que Menezes deve parecer que é. E por isso é muito mais de plástico.
A página de Menezes é pessoal e não partidária, como a de Lopes. Ambas estão intituladas com o nome próprio: "Pedro Santana Lopes" é o nome do blogue e "Luís Filipe Menezes" é o nome da página e ambas têm a fotografia, Lopes sorrindo prazenteiro, Menezes esboçando um sorriso forçado, esmagado pela dignidade do Estado. Na página de Menezes, não há a mínima referência ao PSD no layout feito por uma empresa profissional, a 4Best, presumindo-se que seja paga pelo próprio, visto que a página tem copyright e pertence-lhe pessoalmente e não ao partido. O PSD, a sua cor, a sua bandeira, são cuidadosamente omitidos e a palavra PSD só aparece na primeira página (no momento em que a estou a ver) num título lateral de material de arquivo sobre as eleições de Setembro de 2007. Menezes aparece contra um fundo evanescente das quinas da bandeira de Portugal, num tom vermelho escuro e negro, ao lado do artigo inaugural escrito pelo príncipe Hamlet e que diz "mudar ou não de opinião: eis a questão". Como diria o José Magalhães, eis uma página grávida de interesse nacional, mas estéril quanto ao PSD. Metem-se comigo por causa das bandeirinhas ao contrário, mas aqui é muito mais grave: Menezes (e Cunha Vaz) dizem aos portugueses que para se ser bom homem de Estado e candidato a primeiro-ministro, o PSD deve ser escondido cuidadosamente como uma mulher de má fama ou um parente louco. Em Menezes isto não soa a falso, soa a falsíssimo.
Esta página de Menezes mostra o problema de a política se subordinar a tecnologias de comunicação e não o contrário. A esquizofrenia que daqui vem resulta numa coisa contraproducente, num híbrido construído em laboratório, nem carne, nem peixe. Desse ponto de vista percebe-se bem a recusa de serviços de Cunha Vaz por Santana Lopes, porque híbrido ele não é. E já percebeu na pele que, quando o tentou ser, como no discurso de posse, dá sempre para o torto. Mas Menezes não é Santana Lopes e isso é que é a essência da "novela venezuelana" ou da shakespeareana questão com que ele inaugura a página: mudar ou não de face, eis a questão. Só que não dá e a "novela venezuelana" vai acabar mal para Menezes, Ribau e Cunha Vaz, enquanto Lopes, que atingiu uma stasis que lhe permite passar pelos intervalos da chuva, vai ainda passar para o próximo episódio. O problema é que também não dá para o PSD, a oposição e, imaginem, o país das quinas que esvoaçam atrás de Menezes.
Há aqui também um outro problema de incompatibilidades de que não se falou até agora. Quando vi na televisão Cunha Vaz a abrir a porta ao carro em que Carlos Santos Ferreira chegava a uma reunião no BCP, perguntei-me como é que este mesmo homem e a sua empresa podem garantir uma boa "comunicação", ou seja, sucesso nas suas "mensagens", ao mesmo tempo ao atirador e ao alvo, a Menezes, crítico da solução CGD-PS no BCP, e a Carlos Santos Ferreira que Cunha Vaz, solícito, acompanhava e a quem a estratégia do PSD de o acusar de partidarizar o BCP para o PS não interessa de todo. Como é possível aconselhar estratégias eficazes a um e a outro sem se sofrer de doença bipolar, presumindo que nenhum problema ético está presente (e obviamente tem que estar)?» [Público assinantes]
Parecer:
Depois deste artigo de Pacheco Pereira o líder do PSD vai exigir que o Público convide um crítico do PS a escrever no jornal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
DEFESAS OFICIOSAS E NEM TANTO
«A população portuguesa tem razões para estar descontente quanto ao sistema de defesa oficiosa nos nossos tribunais. A Portaria 10/2008, publicada no passado dia 3, não abona a favor da lisura e do bom senso na actuação do Governo, o que muito se lamenta.
A questão da lisura põe-se no facto de o Governo, estando obrigado a ouvir a Ordem dos Advogados antes da aprovação da legislação em causa por imperativo legal, ter objectivamente decidido não ouvir a Ordem.
Explica-nos o Conselho Geral da Ordem dos Advogados que, no dia 21 de Dezembro, sexta-feira, o Ministério da Justiça enviou a proposta da portaria à Ordem e, na segunda-feira, dia 24, véspera de feriado de Natal, a portaria foi assinada pelo secretário de Estado sem esperar por resposta da Ordem dos Advogados.
E, assim, no texto da portaria, em vez de constar a expressão habitual "foi ouvida a Ordem dos Advogados", consta a fantástica manifestação de criatividade que se passa a citar: "foram promovidas as diligências necessárias à audição da Ordem dos Advogados"! Diligências necessárias mas claramente insuficientes, acrescente-se.
No que toca ao bom senso, prefiro não tomar expresso partido, por - declaração de interesses - ser advogado. O que me parece é que as críticas que são feitas ao novo sistema de remuneração das defesas oficiosas merecem ponderação. Segundo a advogada bracarense Raquel Costa, "feita a média com a tabela anterior, o ministério passa a pagar um quarto dos honorários anteriormente fixados". Sendo certo que, embora possa haver distorções, o sistema anterior não era particularmente generoso no pagamento às defesas oficiosas.
Verdade seja dita, também, que urge erradicar do nosso sistema, exceptuando em casos delimitados, a defesa oficiosa consubstanciada no mero proferir do sacramental e inútil "peço justiça".
Uma defesa oficiosa que respeite a nossa Constituição e a Convenção Europeia dos Direitos do Homem tem de ser eficaz, não pode ser uma mera formalidade. Um direito que não tem condições para ser exercido não é um direito. Será, quanto muito, uma expectativa.
A defesa oficiosa sob a forma do patrocínio por advogado nos tribunais de um crime, obriga, pelo menos, a uma consulta prévia do processo, ao contacto com o arguido e ao estudo das disposições legais em causa. Nos tribunais cíveis, muitas vezes, as questões são mais complexas e exigem maior estudo prévio.
Claro que o trabalho, tanto na quantidade como na qualidade, dos defensores oficiosos não varia obrigatoriamente em função da sua remuneração, mas não parece absurdo que se pretenda um mínimo no campo de remunerações. Segundo a mesma advogada, "nem uma mulher de limpeza, com todo o respeito por ela, recebe tão pouco" pelo seu trabalho. Pretende o Governo, inclusive, que os defensores oficiosos paguem dos seus bolsos sem retorno as despesas que tiverem com o processo. Fotocópias ou deslocações, por exemplo, passam a ser suportadas, presume-se que alegremente, pelos advogados oficiosos. O bastonário da Ordem dos Advogados falou mesmo do "fim do apoio judiciário".
Convinha talvez que o Governo e a Ordem dos Advogados na reunião da próxima semana descobrissem a forma de ultrapassar este conflito, que não parece particularmente necessário e oportuno.
Mas o patrocínio oficioso prestado pelos advogados tem também momentos de grande valor e que mostram a importância de um apoio judiciário efectivo a arguidos carenciados como forma de realização da justiça para todos e não só para alguns.As aventuras judiciais que terminaram com a condenação do Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem protagonizadas pelo advogado, a exercer o patrocínio oficioso, Joaquim Loureiro são contadas no seu livro Agente Infiltrado? Agente Provocador? de uma forma concisa, informada e juridicamente precisa.
Tudo começa em 31 de Dezembro de 1992, quando o advogado é chamado para fazer uma "oficiosa". Quatro pessoas detidas a quem imputavam a prática de tráfico de estupefacientes (haxixe e heroína).
A forma triunfante e a total insensibilidade dos agentes da PSP quanto ao facto de terem armado uma ratoeira aos arguidos, provocando-os ao crime, chocaram o sentido de justiça e do direito do advogado, que veio judicialmente exigir a libertação dos arguidos detidos, só dois, porque os outros dois nunca foram incomodados.
Não teve sorte na 1.ª Instância, nem no Tribunal da Relação ou no Supremo Tribunal de Justiça. Nem com os habeas corpus no Supremo. Em resumo: "Não é fácil raciocinar quando, ao cabo de um longo esforço de 1,5 anos, o resultado obtido fora de seis sentenças contrárias à defesa que, oficiosamente, nos fora confiada"...
Mas o advogado perseverou e foi até ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que, em 9 de Junho de 1998, condenou o Estado português a pagar a um dos detidos cerca de ? 50.000 pelos danos causados e de ? 9000 pelas despesas tidas com o processo. Uma leitura/aventura que vivamente se aconselha.
Para não fugir ao tema do patrocínio do judiciário, também se aconselha conhecer a campanha publicitária da advogada Corri Fetman, a Lawyer of Love, mas também conhecida pelo slogan da campanha publicitária, Life is short, get a divorce, com fotografias, no mínimo, ousadas no mundo da Justiça, já tem a sua coluna na Playboy on-line. Posou para as já clássicas fotografias dessa revista cultural e tem o seu clube on-line, onde se pode ter acesso às ousadas fotografias. Na coluna on-line, responde a questões cobertas pelo tema Law & Love. Afirma ter corpo e cérebro e não somente cérebro e que tal facto não a impede ser advogada. Parece que não.» [Público assinantes]
Parecer:
O advogado Francisco Teixeira da Mota desfaz o novo regime das defesas oficiosas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PSP SEM DINHEIRO PARA REPARAR VEÍCULOS DE GRANDE CILINDRADA
«Cinco dos melhores carros ao serviço da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa estão parados há meses. Tudo porque a empresa que faz a manutenção não procede à reparação dos mesmos antes de ter a certeza de que vá receber o dinheiro. Em causa estão um Subaru Impreza, dois Nissan Primera e dois Seat Leon – potentes veículos descaracterizados da PSP que estavam equipados com o sistema ProVida e são muito usados, por exemplo, para apanhar street-racers.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Quem não tem dinheiro não tem luxos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apure-se a causa da necessidade de tão grandes reparações.»
ZANGADOS COM AS NOVAS REGRAS DOS CERTIFICADOS DE AFORRO
«Leonor Coutinho, da SEFIN, afirma que o Estado só se prejudica a si mesmo “ao mudar as regras a meio do jogo”. Para a SEFIN, isto vem “frustar as expectativas das pessoas que detinham certificados de aforro numa altura de crise económica”. A ex-secretária de Estado da Habitação considera que apesar de muitos aforrados serem idosos com pouca formação para investir na Banca que tentam ter um pouco mais de rendimento, “não resta outra alternativa. Com isto o Estado perde dinheiro.” A associação considera estar-se perante a morte lenta dos certificados.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Pois, quem não gosta de conseguir juros acima dos praticados pelo mercado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Manifeste-se a compreensão para com Leonor Coutinho, uma "camarada" da Evita de Gaia que há poucos dias prometeu desmantelar o Estado em seis meses.»
BANCOS ANULAM JUROS Á POUPANÇA À HABITAÇÃO
«A maior facilidade de movimentação das contas poupança habitação (CPH), introduzida pelo Governo no início deste ano, afinal, está a ser penalizadora para os portugueses. Socorrendo-se da legislação existente para estas aplicações, os bancos estão a reter parte da remuneração destes depósitos.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Não deixa de ser curioso que quando a lei exigia que o dinheiro fosse aplicado na habitação os bancos dada faziam e promoviam estas poupanças, agora que a lei não estabelece tais exigências os bancos aproveitam para reduzir os juros.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Vítor Constâncio ainda que isso não sirva de nada.»
MACÁRIO CONSTITUÍDO ARGUIDO POR ASSÉDIO SEXUAL
«Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Tavira, foi constituído arguido em Dezembro passado por alegado crime de abuso sexual, de que se queixa a chefe dos serviços jurídicos da autarquia, Teresa Sequeira, de 43 anos. O DN sabe que o autarca foi ouvido no dia 18 de Dezembro, da parte da tarde, depois da queixosa ter sido ouvida logo de manhã. Macário Correia abandonou as instalações do Ministério Público de Tavira já na condição de arguido.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Compreende-se agora porque razão Macário se apagou da função de porta-voz de Marques Mendes e que desde então quase tenha hibernado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela conclusão do processo.»
FOME DE PODER ENTRE OS ENJEITADOS POR SÓCRATES
«Manuel Alegre tem vindo a ser pressionado, por elementos que integraram a Comissão de Honra e a Comissão Política da sua candidatura, a criar um novo partido político que concorra às legislativas de 2009 e possa roubar a maioria absoluta ao PS de Sócrates. O modelo que alguns apontam é o espanhol, onde há meses foi fundado o partido União Progresso e Democracia, liderado pelo filósofo Fernando Savater e pela ex-eurodeputada do PSOE Rosa Díez - da esquerda moderada que combate as concessões de Rodríguez Zapatero aos movimentos separatistas.» [Diário de Notícias]
Parecer:
De tanta fome de poder estes enjeitados, que fazem lembrar o PRD, ainda vão entregar o governo a Luís Filipe Menezes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Manuel Alegre que assuma de vez as suas pequenas ambições.»
O BdP ANDA A FAZER PERGUNTAS AO BPN
«A primeira tem a ver com o facto de o BPN - SGPS, entidade que detém o banco BPN, ser por sua vez controlado por uma «holding», a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), SGPS, o que torna mais difícil de esclarecer quem são efectivamente os accionistas de referência da instituição. O único que aparece de forma destacada é o presidente, José Oliveira e Costa (com cerca 4%). Depois, conhecem-se os accionistas que fazem parte do Conselho Superior, entre os quais se encontram o presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD), Rui Machete. E pouco mais.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Eu também gostava de saber as respostas do BP às perguntas do Banco de Portugal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas respostas.»
JARDIM GONÇALVES CONTINUA USAR AVIÃO DO BCP
«Jardim Gonçalves abandonou o BCP em 31 de Dezembro, mas assegurou certas mordomias. Entre elas o direito a utilizar, por algumas horas mensais, o avião que o BCP tem à disposição dos seus dirigentes.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Assim também eu era supra-numerário.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao BCP que pague a Jardim Gonçalves o bilhete em companhias de low cust.»
PSD COM DÚVIDA QUANTO AO INQUÉRITO PARLAMENTAR AO BdP
«Uma semana depois de Vítor Constâncio ter sido ouvido na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, o PSD continua mergulhado em dúvidas quanto a avançar ou não com um inquérito parlamentar à supervisão do Banco de Portugal no caso BCP. Pedro Santana Lopes, o líder parlamentar, e Ângelo Correia, influente conselheiro do líder do partido, foram dos primeiros a mostrar-se favoráveis ao inquérito, mas o facto de quase todos os ex-ministros das Finanças em governos sociais-democratas já terem vindo a público dizer que a medida é irresponsável está a engrossar os argumentos dos que entendem que Luís Filipe Menezes só tem a ganhar em conter o partido.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Pois, nunca se sabe o que poderão encontrar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Recorde-se ao PSD que Cavaco Silva foi funcionário do BdP, ministro das Finanças e primeiro-ministro, isto é, foi o homem que mais influenciou o banco desde o 25 de Abril.»
DURÃO BARROSO TENTA SOBREVIVER EM BRUXELAS
«Quanto a um eventual interesse em qualquer destes cargos, Barroso não vai além de se declarar “satisfeito” e “motivado” com o que faz, o que tem sido interpretado como um sinal de disponibilidade para permanecer mais cinco anos em Bruxelas. Já em relação à possibilidade de trocar o actual lugar pelo de presidente do Conselho, que terá como funções preparar e dirigir as cimeiras europeias e representar a União no exterior, as opiniões dividem-se. Uma fonte comunitária diz que “é natural que, pelo menos, pense nisso”. Já um diplomata europeu diz ao Expresso que “para o que realmente conta, o lugar de presidente da Comissão é mais importante que o de presidente do Conselho”, pois “uma coisa é perorar sobre a política externa da Síria, outra é ter poder sobre fundos comunitários, política agrícola ou emissões de CO2”. Para o mesmo diplomata, “Barroso só não será presidente da Comissão se não quiser e este é o dado a partir do qual os outros lugares serão decididos”.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Senão conseguir sempre pode ir concluir o seu doutoramento nos EUA ou arranjar um cargo de assessor no BES.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o ministro do Trabalho que pode ficar descansado, não vai ter que pagar subsídio de desemprego, com ou sem flexisegurança, a tão distinto desempregado.»
DIFICULDADES EM CRIAR TENDÊNCIAS NO CDS
«Não está fácil a constituição de tendências no CDS. A possibilidade de formalização de “correntes de opinião” foi uma das bandeiras de Paulo Portas quando, há cerca de um ano, se apresentou a disputar a liderança do partido a Ribeiro e Castro. A ideia, incluída no programa de Portas, seria sufragada em directas e em congresso. Logo na altura, António Pires de Lima anunciou uma corrente liberal. Mas, passado este tempo, ainda não existem tendências.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Pudera, todos juntos mal dão para criar uma tendência. A unica tendência criada desde que Portas lidera o CDS é a tendência para os fatos às riscas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Portas que crie a tendência ecológica, poderia dar o exemplo poupando nas fotocópias..»
UM BASTONÁRIO DADO À TRETA
«Em declarações à SIC, o bastonário dos Advogados disse ter uma «lista de 16, 17 casos que saltam aos olhos, que estão mal explicados» e citou alguns: «Houve um ministro que atribuiu, por concessão, um importante serviço público a uma empresa privada. Hoje esse ministro é presidente dessa empresa; um membro do governo que adjudicava obras públicas a certas empresas de construção e está hoje numa dessas empresas». » [Portugal Diário]
Parecer:
Para vir com estes exemplos seria melhor que o bastonário tivesse calado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao advogado que não nos incomode.»
SINDICALISTAS OPÕEM-SE AO SANEAMENTO DE DIRIGENTES DA CGTP
«A continuação de Carvalho da Silva como secretário-geral da CGTP e o direito deste ter uma palavra a dizer sobre a escolha da sua equipa são defendidos por um grupo de importantes dirigentes sindicais, representativos dos sectores não--comunistas da central, num documento ao congresso, que decorre a 15 e 16 de Fevereiro, a que o PÚBLICO teve acesso.
O documento surge na sequência das pressões feitas pelo PCP para que haja renovação etária na direcção da CGTP, fazendo sair alguns dos mais próximos colaboradores de Carvalho da Silva com o argumento de que têm mais de 60 anos de idade. Isto levou a que um grupo de figuras prestigiadas do sindicalismo viessem a PÚBLICO tomar posição sobre os rumos a imprimir à CGTP depois do Congresso. Este documento responde assim às pressões para limitar Carvalho da Silva e até afastá-lo.» [Público assinantes]
Parecer:
O PCP parece não perceber que a CGTP é o que é graças ao prestígio de Carvalho da Silva.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa se quer destruir a CGTP.»
CONFUSÃO ENTRE ESTADO E PARTIDO
«"Se a administração do HIP [Hospital Infante D. Pedro] se conduzisse por princípios éticos, deveria, face a estes acontecimentos, imediatamente solicitar a sua demissão." É esta a opinião do presidente da concelhia de Aveiro do PS, Raul Martins, em relação aos últimos episódios que têm sido registados naquele hospital, mais concretamente, no seu Serviço de Urgência. Contactado pelo PÚBLICO, Luís Carlos Delgado, presidente do conselho de administração do HIP, escusou-se a comentar a tomada de posição do dirigente socialista.
Perante a morte de dois pacientes, no espaço de pouco mais de duas semanas, que afluíram às Urgências do hospital aveirense, Raul Martins defende que o caminho a seguir pelos gestores da unidade de saúde só podia ser o de "solicitarem a demissão". Depois de concluídas as "necessárias averiguações", acrescenta, caberia ao ministro da tutela determinar "se aceitava ou não a dita demissão".» [Público assinantes]
Parecer:
Este senhor acha que a administração do hospital deve pedir a demissão antes das averiguações e depois destas o ministro concluiria se as aceitaria ou não. Nem na URSS fariam melhor.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor se militou nos pioneiros.»
STEVE JOBS TEVE UM AUMENTO DE ORDENADO DE UM DOLAR POR ANO
«Al hombre de los negocios de 2007, según la revista Fortune, no debe faltarle el dinero. Steve Jobs, cofundador de la empresa informática Apple, ha recibido una compensación en su salario anual de 1 dólar. De esta manera, su sueldo no ha variado prácticamente desde 1997.
Así lo ha hecho constar la compañía en un comunicado en el que ha publicado los honorarios de sus directivos. Entre ellos, los salarios del director de operaciones, Timothy Cook, y del financiero, Peter Oppenheimer, no se han modificado respecto al años 2006. Ambos, obtienen un beneficio de 700.000 y 600.000 dólares anuales, respectivamente, según recoge Silicon News.» [20 Minutos]
Parecer:
Terá sido Teixeira dos Santos a decidir?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Não metam esta notícia na recolha de imprensa do ministro das Finanças.»
JÁ VIRAM A MADDIE NO CHILE
«La policía chilena afirmó este sábado que busca en el país a la niña británica Madeleine McCann, desaparecida en Portugal hace ocho meses, tras recibir una denuncia sobre el avistamiento de la pequeña en la norteña ciudad de Vicuña. La información, que recogen varios periódicos locales, fue confirmada a Radio Cooperativa por el jefe nacional de la Brigada de Ubicación de Personas (Briup) de la Policía de Investigaciones, el subprefecto Segundo Leyton. » [20 Minutos]
UMA SAÍDA À AMARAL TOMAZ
Só quem não conhece Amaral Tomaz esperava uma saída tranquila do por enquanto secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Como não podia deixar de ser a saída de Amaral Tomaz provocou confusão, foi noticiada com antecedência muitos amigos, foi divulgada numa entrevista no dia antes de ir ao parlamento e confrontou Sócrates com o facto consumado, facto que estaria consumado há muito tempo.
Entretanto, com saída de Amaral Tomaz os boys do PSD do fisco estão ainda mais nervosos do que quando Pedro Santana Lopes, é que nem no tempo dos governos laranja a DGCI foi tão dominada com gente do PSD, não só conseguiram ocupar todos os altos cargos como até têm beneficiado de louvores graças ao trabalho alheio. Não admira que gente que no tempo do PSD era mais comedida e que com o PS até se deram ao luxo de perseguir gente associada ao governo ande agora com os nervos à flor da pele. Dois anos de Santana Lopes ter ido andar por aí os boys do PSD repararam finalmente que o PSD perdeu as últimas eleições legislativas.
UMA HISTÓRIA COM FINAL FELIZ EM CINCO IMAGENS [Link]
PSD A ESPERANÇA DOS PORTUGUESES
PRODUTO SEGURO
Ainda melhor do que o anterior.
BRUXELAS: ERRO NUMA DEMOLIÇÃO
PATOS NA ESCADA ERRADALEVI'S
Advertising Agency: BBH Tokyo, Japan
Executive Creative Director: Steve Elrick
Creative Director: Graham Kelly
Art Director: Yohey Adachi
Copywriters: Graham Kelly, Satoko Takada
Designer: Seiya Yamada
Photographer: Simon Harsent
FAMILY VIOLENCE PATNERSHIP
Advertising Agency: SERVE, Milwaukee, USA
Creative Director / Copywriter: Gary Mueller
Art Director: Giho Lee
Photographer: Jeff Salzer
Other additional credits: Sarah Salzer
CATHAY PACIFIC HONG KONG
Advertising Agency: McCann Erickson Hong Kong
Creatives: Carol Lam, Sylvester Song, Don Ellis
Photographer: Jean Leprini