António Borges – quase ninguém deu pela sua presença na vice-presidência do PSD, cargo que assumiu numa fase de desemprego, depois de ter sido “dispensado” pela Goldman Sachs. Ainda fez umas aparições ao lado de Manuela Ferreira Leite, que imagino terem sido um imenso frete, foi um dos responsáveis pelo programa eleitoral zippado do PSD, lançou a preocupação nacional com o endividamento externo e desapareceu. É provável que apareça quando o PSD voltar a ter a oportunidade de assaltar o poder, o que é pouco provável pois a sua carreira política nunca parece ter sido muito convidativa para quem tem ocupado cargos bem remunerados.
Miguel Portas – no BE temos assistido a um fenómeno típico das lideranças comunistas, à medida que aumenta o culto da personalidade do líder as segundas figuras desaparecem de cena, ninguém pode fazer sombra a Louçã. As figuras mais mediáticas do BE desapareceram dando lugar a gente cinzenta, incapaz de ofuscar o brilhantismo do líder, no caso de Joana Amaral Dias o afastamento foi um pouco violento, no caso de Miguel Portas foi mais suave, parece que anda apaixonado lá para os lados de Estrasburgo.
Os assessores de Belém – Durante vários anos Belém parecia a Branca de Neve e os Sete Anões, Cavaco no papel da Branca de Neve e os assessores no de laboriosos anões, andavam por todo o lado, uns mais zangões do que os outros, ajudaram a eleger Manuela Ferreira Leite, colaboraram no seu programa zippado (talvez por terem sido estes anões a ajudar o programa eleitoral terá ficado tão pequeno), conspiraram contra o governo eleito pelos portugueses. De repente, sabe-se lá porquê, desapareceram, nem mesmo os jornalistas do Público deverão saber por onde andam.
O senhor Palma – Foi um dos protagonistas políticos mais activos de 2009 mas de repente desapareceu, ninguém mais o ouviu a exigir meios para as investigações da Face Oculta. Será que depois de ouvir a história dos robalos de Vinhais chegou à conclusão de que o processo começava a cheirar mal e receou sair escamado?
Paulo Rangel – aquele que parecia ser o fenómeno da vida política portuguesa, apelidá-lo-ia mesmo de simplesmente O Fenómeno, foi para Bruxelas e quase desapareceu, ainda apareceu na campanha eleitoral convencido de que podia ajudar Ferreira Leite com uma intervenção chorosa, aparece de vez em quando para defender os seus interesses na corrida à liderança do PSD mas quase desapareceu. O mais curioso é que no PSD não parece fazer-se sentir a sua falta.