FOTO JUMENTO
Arraiolos
IMAGEM DO DIA
[Maxim Shipenkov/European Pressphoto Agency]
«WAITING THEIR TURN: Two teenagers ate fast food as birds waited for crumbs in Moscow Monday.» [The Wall Street Journal]
JUMENTO DO DIA
Manuela Ferreira Leite
Em mais uma lamentável intervenção Manuela Ferreira Leite tentou desvalorizar a aposta do governo na modernização, referindo-se a ele em termos depreciativos. Goste-se ou não de José Sócrates é um facto que nenhum governo fez uma aposta tão grande na modernização do país nos mais diversos domínios Manuela Ferreira Leite não tem autoridade moral para fazer este tipo de críticas, o seu governo não só foi um zero neste domínio, como ainda participou numa fantochada realizada em Óbidos onde prometeu milhões e milhões para a investigação que ninguém chegou a ver.
Mas a intervenção de Ferreira Leite no jantar de Natal dos deputados tinha que ficar para a história pelo ridículo, Ferreira Leite começou por falar em corrigir a democracia, começou a gaguejar quando se apercebeu da asneira e acabou por admitir que não sabia o que estava escrito. Não só mostrou que não sabe o que diz, como ainda por cima até para um mero jantar de Natal alguém lhe tem de escrever o discurso ou, pior ainda, já está num estado que nem consegue ler o que escreve.
UMA M Á SEMANA PARA PINTO DA COSTA
Depois de ter visto o Porto ser derrotado e banalizado no Estádio da Luz o presidente do FCP viu escolher o golo que Cristiano Ricardo marcou o ano passado ao Porto, quando jogou pelo Manchester United na Liga dos Campeões. Só pode ser uma provocação, na ocasião Ronaldo afirmou que gostava de marcar golos, uma afirmação que irritou Pinto da Costa, que respondeu ser pena que não os marcasse na Selecção. Agora a FIFA escolheu o golo irritante para atribuir o prémio Puskas para o melhor golo de 2009. Uma semana irritante para Pinto da Costa.
UM POST DO VISITANTE BETTENCOURT DE LIMA
Na Assembleia ou crinas ao vento.
Sentia os pés frios. “Que desconforto”, pensou. A noite anterior também não ajudara, o irmão, de quem gostava tanto, ao jantar não parara de falar do Sporting. Aquilo era Sporting para cá, Sporting para lá, enfim... Agora, entalada entre o Branco e o Branquinho, olhou em redor. O Primeiro-Ministro falava, o Portas saltava da cadeira e, no mesmo segundo, sorria conspicuamente, assumia um ar ofendido, uma pose de Estado ou estalava os dedos pedindo a palavra ao Presidente da Assembleia. Nunca aceitara aquele estalar de dedos para chamar a atenção do Presidente da Assembleia. Parecia-lhe algo displicente, para não dizer outra coisa. Louçã alongava a voz... os baanncoos, sempre os baaancos… o segredo baaancário. Olhou-o de soslaio. As filas atrás estavam bem recheadas de deputados, e pensou: “Como seria um governo dele? Neste mundo, nesta Europa. Enfim!... «Diga, diga», Sr. Deputado... E Jerónimo de Sousa brandia uma multidão de desempregados e assaltava padarias. «Não, não vá por aí», respondia o Primeiro-Ministro. Olhou para ele, não o suportava, … novo, acutilante, arrasador... de verbo fácil, sempre disponível para recordar a passagem dela por outros governos… como se atrevia! Eu tenho um currículo de elevada qualidade, não andei por aí nessas universidades de crá-cá-cá. Voltou a olhar de soslaio, a voz dele ribombava... «porque o PSD»… dizia… que raiva… concentrou-se nos seus pensamentos e, lentamente, a assembleia desvaneceu-se…
...os cavalos corriam desabridamente, músculos tensos rodavam violentamente debaixo da pele grossa, ventas abertas ao vento. Com uma mão nas rédeas da quadriga, a outra volteava o gládio sobre a cabeça. A longa túnica branca esvoaçava, os lábios apertados, e aquele olhar de predadora preparada para a exterminação. Era a quarta vez que passava por ele. A quadriga rasgava velozmente a areia do Circo Máximo. Nas primeiras passagens, ele perdera a rede, o escudo e o tridente. Só lhe restava o dardo. Vê-o a retesar o braço e a arremessar o dardo com violência, inclina-se para a direita, o ferro rasga-lhe o ombro superficialmente. Um rasto de sangue tinge a túnica. Desfere o golpe fatal, a cabeça dele volteia no ar e ela grita...«. Zás!.. Zás!»...
… Uma voz à sua direita diz-lhe: “Zás?” Era o Branco. À sua esquerda, Branquinho repete incrédulo: “Zás?” e acentuou,«gritou Zás, Dra.?!” Toda a assembleia a encarava estupefacta. Do alto do Olimpo, o Presidente projectou o nariz e ficou de boca aberta a olhar para ela. Sentiu que uma enorme e estranha paz se apoderava de si. No tribunal do seu pensamento, todavia algo estranho ainda a perturbava, e, num súbito impulso, disse: “Sr. Presidente, peço a palavra.” “Com que finalidade, Sra. deputada?” “Defesa da honra.” “Da honra?”, retorquiu ele. “Sim da honra, confirmo.” “Da sua bancada?”, perguntou o Presidente. “Não, do Primeiro-Ministro!”, respondeu-lhe.
Nunca na assembleia se tinha passado tal coisa! Não estava previsto no regimento. Sem deixar que a interrompessem, disse: “Este primeiro-ministro pertenceu a um governo, como ministro, cujo segundo mandato se caracterizou pela indecisão,» e continuou, «Sendo um homem decidido, quando concorre para o actual cargo, os seus adversários logo viram que não era fácil abatê-lo politicamente, e que muito iria mudar. O que se seguiu a essa constatação é conhecido de todos, desde então tem sido insultado, injuriado e vilipendiado. Quando forma governo, decide enfrentar o longo braço das corporações: férias a mais, processos que se arrastam, avaliações que não se fazem, medicamentos vendidos a peso de ouro. Enfim, um volumoso bouquet de insuficiências, de abusos, de incompetências». «Era preciso abatê-lo, repito, mas,» continuou, «lentamente a economia cresceu, o deficit baixou, a confiança, embora titubeante, voltou e o povo começou a acreditar. Eis que, surgida das cloacas de Wall Street, se abate sobre o mundo a mais devoradora crise de que há memória desde os idos anos vinte.” “Tem de terminar”, disse o Presidente. “Termino já”, assegurou. “Sr. Presidente, eu quero afirmar que no lugar dele não teria feito melhor!» Pronto, pensou, está feito. E encheu os pulmões profundamente. Curioso, sentiu os pés confortavelmente quentes e a sua estreita consciência espantosamente tranquila.
Não houve tumulto na assembleia. Um silêncio gélido percorreu as bancadas. O Presidente pensou, meneando a cabeça… “Nunca ao longo da minha carreira assisti a uma coisa destas.” E, sentindo necessidade de pôr termo àquilo, disse. “Está encerrada a sessão. Os nossos trabalhos continuarão amanhã após o jogo da selecção.” Um pensamento percorreu todos deputados: …. Com o Brasil é chato, mas os outros estão no papo… e saíram com um sorriso de Estado nos lábios.
Bettencourt de Lima
FOTOGRAFIAS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Uma garça-branca-pequena e uma garça-cinzenta fotografadas por A.C. no sapal do Montijo.
Afinal, é possível fotografar aves sem equipamentos fotográficos, basta paciência e vontade de fotografar.
CONTO DE NATAL
«Apesar de minúscula, essa presença era controversa. Alguém dizia: "E isto não é o pior. Na parada da tarde vem um homem com uma cruz às costas, chicoteado por soldados." À minha volta muitos protestavam contra isso. Que acontecera a toda a riqueza milenar do culto litúrgico, arte sacra, doutrina teológica, caridade cristã? Como os vi a protestar, perguntei se eram protestantes. Alguns disseram que sim, mas a maior parte eram católicos.
Afastei-me confuso. Então o velho explicou-me: "O cristianismo é mesmo só is-to: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no seu centro livros, cultos, éti- ca, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Por isso ser cristão não é, antes de mais, aprender dogmas, rezas, ofertas ou mandamentos, mas viver uma relação pessoal de amizade, contínua e permanente com Alguém. Tudo o resto, e é muito e importante, são apenas ajudas para o essencial. Ele mesmo o disse: ser cristão é nascer de novo (Jo 3, 3). É ser corpo de Cristo (1 Co 12, 27). O cristão vive a vida toda com Cristo e em Cristo, no meio do povo que é a Igre- ja. Muitos cristãos tratam a sua fé como uma religião e vêem o cristianismo como regras, orações, obrigações. Mas a verdade da fé não é fidelidade. É intimidade. Viver sempre na presença de Cristo próximo." » [Diário de Notícias]
Parecer:
Parece que há um sério conflito entre a Igreja Católica tal como ela é e aquela que César das Neves e aquela que ele imagina, os seus cortejos estão longe da simplicidade que imaginou no seu conto. Um pequeno reparo, referir-se a protestantes como sendo os que protestam é uma forma muito pouco ecuménica de se referir a uma das mais importantes correntes do cristianismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PESADELO DE HAIDAR ACABOU SONHO SARAUÍ FICA ADIADO
«Aminatou Haidar estava disposta a morrer pelo direito a regressar à sua terra e ganhou. Há quem diga também que os 33 dias de fome nas Canárias, após expulsa pelas autoridades marroquinas, foram um grito pela independência do Sara Ocidental. Nesse caso, a "Gandhi sarauí" viveu um pesadelo por um sonho que parece irrealizável. Demasiados erros foram feitos nas últimas décadas para que seja provável a autodeterminação do antigo Sara Espanhol, apesar de a ONU prever esse direito e quase toda a África reconhecer uma República Sarauí cujos líderes vivem num campo de refugiados na Argélia. A 'Real Politik' joga a favor de Marrocos, que controla a parte útil das suas "províncias sarianas" e cujo muro defensivo - betão, arame e minas - torna oca a ameaça da Polisario de regresso à guerrilha.
A maior fatia de erros foi cometida por Madrid, que abandonou o Sara nos meses finais do franquismo em 1975. Desconcertados pela dupla pressão da Polisario e da entrada a pé de milhares de súbditos de Hassan II (a célebre Marcha Verde), os espanhóis entregaram a soberania a Marrocos e à Mauritânia. Novo erro foi cometido pela Espanha democrática, que ignorou as responsabilidades históricas (ao contrário de Portugal em Timor) e procurou a acomodação com Marrocos. Tinha muito a perder se enfrentasse o vizinho: além dos laços económicos, Madrid depende de Rabat na luta contra a imigração ilegal e o tráfico de haxixe e teme um conflito em Ceuta e Melilla. Mas outros países também erraram, como a Argélia, que acolheu os sarauís em Tindouf mas usou a Polisario como arma na velha rivalidade com a monarquia alauita. Por fim, França e Estados Unidos. As potências mais influentes junto de Hassan II e agora Mohammed VI não hesitaram nunca em apoiar a tese dos direitos históricos marroquinos. Até porque o esquerdismo da Polisario sempre gerou desconfianças.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Leonídeo Paulo Ferreira.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
OS VOTOS DE CAVACO SILVA
«"Natal é tempo de esperança. Penso que não devemos perder a esperança de que o ano 2010 fique marcado na Assembleia da República por frutuosos entendimentos interpartidários. O país rejubilaria", afirmou Cavaco Silva, nas palavras que dirigiu ao Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Jaime Gama, os vice-presidentes da Assembleia da República, os membros da mesa da Assembleia e os líderes parlamentares apresentaram hoje os tradicionais cumprimentos de Natal ao Presidente da República, numa curta sessão no Palácio de Belém que durou menos de 10 minutos.» [Diário de Notícias]
Parecer:
De um Presidente que quase nunca se deu ao trabalho de ir ao parlamento quando era primeiro-ministro, que vetou vários diplomas aprovados por grandes maiorias parlamentares, o desejo de entendimentos frutuosos na Assembleia da República cheira a cinismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso amarelo.»
CONGRESSO DO PSD VAI DISCUTIR O FIM DAS DIRECTAS
«Pedro Santana Lopes quer um congresso extraordinário para debater a situação crítica do País e do PSD, mas não só. No pedido de convocação da reunião magna extraordinária, que terá que ser subscrito por 2500 militantes, já está prevista a "discussão e votação de propostas de alteração de Estatutos". O que abre a porta à discussão sobre o fim das directas na escolha da liderança. Tanto mais que no partido, mesmo alguns dos que foram grandes defensores deste tipo de eleição, gostariam agora de regressar ao velho modelo dos congressos electivos.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Pois, o PSD imitou o PS convencido de que as directas eram a poção mágica mas enganou-se, foi um desastre, entre compras de votos e influências de Belém os militantes escolheram Ferreira leite, uma candidata que nunca ganharia as eleições legislativas. Agora querem o regresso aos congressos, às escolhas nos bastidores que, apesar de tudo, tem a vantagem de eliminar o peso dos assessores intriguistas de Belém. De caminho derrota-se uma candidatura de Passos Coelho.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
ORDEM DOS MÉDICOS ACHA QUE PODE TRATAR A HOMOSSEXUALIDADE
«Há casos em que a homossexualidade pode ser reversível e noutros não. É esta a conclusão de um parecer do Colégio de Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos que realça que ser homossexual não é uma doença, mas que se alguém pedir ajuda ao médico este não deve negar um possível tratamento.
O parecer deverá ser aprovado já na próxima semana, dia 29, pelo Conselho Nacional Executivo, adiantou ao DN o bastonário da Ordem dos Médicos, não querendo, no entanto, até à aprovação, comentar o conteúdo do documento. » [Diário de Notícias]
Parecer:
O general Franco pensava o mesmo e prendia os homossexuais forçando-os a tratamentos em regime prisional. Parece que os resultados não foram grande coisa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à OM quantos casos já foram "curados".»
JÁ FORAM EXPORTADOS 400 MIL MAGALHÕES
«Este ano já se venderam quase tantos Magalhães no estrangeiro quanto os que já foram vendidos em Portugal para o programa e-escolas e e-escolinhas. Os negócios correm bem para a J.P. Sá Couto, que em Portugal está envolvida em várias polémicas.
Por um lado, a Comissão Europeia pediu esclarecimentos ao Governo sobre a adjudicação directa a esta empresa para a distribuição dos Magalhães, estando a decorrer uma auditoria do Tribunal de Contas. Por outro, o PSD solicitou a criação de uma comissão de inquérito parlamentar para investigar a fundação das comunicações moveis, que geriu o projecto (ver outro texto).» [Diário de Notícias]
Parecer:
E no estrangeiro ninguém ouve Pacheco Pereira ...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa se a destruição da empresa que produz o Magalhães continua a ser uma das suas prioridades políticas.»
RICARDO RODRIGUES NÃO RECORRE DA DECISÃO DA RELAÇÃO
«O vice-presidente da bancada do PS no Parlamento nacional, Ricardo Rodrigues, garantiu que não vai apresentar recurso da decisão - proferida primeiro pelo Tribunal de Ponta Delgada e ratificada recentemente pelo Tribunal da Relação de Lisboa - de não pronunciar o jornalista Estêvão Gago da Câmara pelos crimes de difamação e injúria contra a sua pessoa.
Em causa está um artigo de opinião publicado pelo jornal Açoriano Oriental, a 5 de Janeiro de 2005, a dar conta de que Rodrigues estaria associado a um 'gang internacional', na sequência de um processo, que remonta a 1997, de burla qualificada e falsificação de documentos em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
O vice-presidente da bancada parlamentar do PS em São Bento assegurou que "nunca quis recorrer" do caso, até porque o que "os tribunais decidem, está decidido e a matéria acabou".
Há doze anos, o tribunal ilibou Ricardo Rodrigues por não ter dado como provado o seu envolvimento em actividades ilícitas li- deradas por Débora Raposo, uma professora aposentada qu acabou condenada a seis anos de cadeia. Em face dessa situação, o jornalista, no seu artigo de opinião, questionava o facto do ex-titular das pastas da Agricultura e do Ambiente de governos de Carlos César encabeçar a lista do PS pe- lo círculo dos Açores às Eleições Legislativas Nacionais, realiza- das em Fevereiro de 2005. Numa coluna chamada "Crónicas de Aquém", Gago da Câmara escre- via que Rodrigues "não deveria nunca ter enveredado pela actividade política". Isto porque "esteve envolvido com um gangue internacional na qualidade de advogado, sócio e procurador de uma sociedade offshore registada algures num paraíso fiscal", e por ser "advogado/sócio de uma mulher acusada de ter "dado o golpe" de centenas de milhares de contos à agência da Caixa Geral de Depó- sitos de Vila Franca do Campo".» [Diário de Notícias]
Parecer:
Anda por aí muito boa gente a insinuar que o facto de o jornalista ter sido ilibado o deputado virou criminoso, isto é, se o jornalista não foi condenado isso significa que as suas declarações são verdadeiras.
Isto anda muito mal quando quem não tem alternativa para o poder tenta conquistá-lo à custa dos jornalistas e magistrados, esquecendo que sobre as acusações dirigidas ao deputado já houve uma decisão judicial.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se o espectáculo.»
LOUÇÃ QUER SUSPENDER A CO-INCINERAÇÃO
«O Bloco de Esquerda apresentou esta semana um projecto de lei na Assembleia da República que visa suspender a co-incineração de resíduos industriais perigosos nas cimenteiras de Souselas e do Outão, foi ontem revelado.
O projecto do partido liderado por Francisco Louçã "visa cessar os processos de co-incineração de resíduos perigosos em curso e define condições para o licenciamento das unidades de incineração e co-incineração de resíduos perigosos".» [Diário de Notícias]
Parecer:
O que o PSD quer suspender é o próprio país numa lógica de quanto pior melhor.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver a posição do PSD.»
A PRENDA DE NATAL DO FISCO
«A Direcção-geral dos Impostos anunciou hoje que enviou cerca de 40.000 comunicações a contribuintes com dívidas fiscais, recomendando a sua regularização até 31 de Dezembro, para não perderem os benefícios fiscais a que têm direito.
“Os contribuintes com dívidas fiscais à data de 31 de Dezembro [artigo 12.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais] perdem os benefícios fiscais que podem usufruir em IRS - Imposto sobre os rendimentos dos trabalhadores por conta de outrem, IRC - Imposto sobre o rendimento das empresas e IMI - Imposto sobre o rendimento de Imóveis, relativamente ao ano seguinte, salvo se pagarem as suas dívidas anteriormente a esta data”, refere num comunicado a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI).» [Público]
Parecer:
Começa a ser ridículo o fisco lançar operações de chantagem nos últimos dias do ano, para cobrar a tempo de as receitas ajudarem as contas do ano.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a má gestão do fisco.»