Nalguns países é perigoso andar na rua, no Rio de Janeiro pode-se ser vítima de um assalto violento, em Bogotá pode-se ser raptado, na Cidade do México pode-se ser vítima do fogo cruzado de traficantes. Em Lisboa vivemos mais ou menos seguros mas não nos livramos do medo, nada nos garante que uma qualquer carta anónima transforme um político promissor num farrapo humano. E de nada nos serve ir apresentar queixa aos polícias e procuradores, ao contrário do que sucede no Rio de Janeiro, Bogotá ou Cidade do México, por cá são os procuradores e polícias que inspiram o medo.
De nada nos serve protestar, no dia seguinte aprece uma procissão de falsos sindicalistas, jornalistas sem escrúpulos e políticos oportunistas a defender a suposta independência dos magistrados insinuando que todos os que protestam estão a fazer pressões sobre a justiça. E como se isso não bastasse ainda gozam connosco dizendo com ar cinicamente cândido que devemos confiar na justiça, como se gente tão pouco confiável fosse fonte de justiça.
Como podemos confiar na justiça se os seus agentes tudo fazem para que as suas vítimas sejam condenadas em linchamentos públicos, sem advogados e com os juízes a serem substituídos por jornalista menos escrupulosos ávidos por primeiras páginas vendáveis ou por darem graxa ao patrão? EM todos os processos mais mediáticos o grande objectivo não foi produzir provas consistentes para formularem uma acusação, foi destruir os visados na praça pública, destruindo as suas carreiras políticas ou profissionais.
Em Portugal os políticos têm medo, de nada lhes serve sempre tão exemplares quanto o São Francisco de Assis ou fazerem os votos de pobreza dos Franciscanos, nenhum jornal o vai defender, nenhum político ousará ter a coragem de questionar os executores, quando tiver oportunidade de se defender estará destruído moral e profissionalmente. Os justiceiros da praça estão a usar a pouca confiança que a instituição justiça lhes merece para destruírem adversários políticos.
Vivemos numa democracia povoada pelo medo, a coragem deu lugar à cobardia, os princípios deram lugar ao oportunismo, é como se na natureza os predadores deixasse do ser para serem necrófagos porque a fartura de cadáveres políticos ser tanta que perderam as aptidões de caçadores. Na nossa democracia sucedeu isso com alguns líderes da oposição, em vez de se esforçarem por bater Sócrates pela luta de ideias esperam calmamente que a “justiça” lhes entregue o seu cadáver. Daí aos predadores perderem aptidões de caçador para desenvolverem as de necrófagos é um passo, a marca do PSD é cada vez mais evidente nalguns dos intervenientes dos promotores dos linchamentos a que temos assistido.
Não me esqueço de ouvir Manuela Ferreira Leite fazer promessas aos magistrados durante a campanha das legislativas ou de ler uma entrevista em que Ângelo Correia assegurava que um magistrado (que até teve direito a honras de recepção em Belém) é um latifundiário alentejano inscrito no PSD. Os caçadores preguiçosos estão a tornar-se necrófagos manhosos, já desenvolvem estratégias para que lhes sirvam o cadáver junto à sua toca.
Nas últimas duas semanas Pedro Passos Coelho desdobrou-se em entrevistas a quase todos os jornais e entrevistas, teve tempo para ir duas vezes a Espanha explicar as suas opiniões e vem agora dizer que a esquerda agitou fantasmas?
Bem há por aí uns fantasmas de esquerda com nomes curiosos como Bagão Félix e Pedro Santana Lopes. É evidente que o ego do líder do PSD é muito grande, o que o impede de aceitar que cometeu erros políticos. E o maior erro político foi pensar que as sondagens favoráveis lhe davam força para destruir o SNS e abrir a porta a investimentos generalizados.
«Questionado hoje durante uma conferência de imprensa sobre os resultados do Barómetro TSF/Diário Económico, onde os sociais democratas voltam a liderar as intenções de votos, mas perdem 10,4 por cento em relação a Junho, Pedro Passos começou por atribuir a descida a "alguma eficácia" do PS em agitar "fantasmas" sobre a "suposta vontade" dos sociais democratas em desmantelar o serviço público.
"Esses dados são consentâneos com alguma eficácia com que o PS e os partidos mais à sua esquerda agitaram os fantasmas relativos a uma suposta vontade do PSD desmantelar o serviço público, que não é verdadeira", sustentou.» [Jornal de Negócios]
PROCURA-SE
Procura-se Manuel Alegre, dão-se alvíssaras a quem o encontrar ou lhe ouvir uma opinião sobre os acontecimentos mais recentes.
VALE A PENA VER
PERGUNTAS QUE IMPORTAM
«As perguntas que os jornalistas colocam não são necessariamente as mesmas que interessam à justiça. A justiça investiga procedimentos considerados faltosos do ponto de vista da lei; os jornalistas podem fazer o mesmo e até pensar como investigadores judiciais - desde que tenham sempre presente que o não são - mas podem também explorar zonas de penumbra, ligações suspeitas/perigosas, fazer um levantamento de indícios e "estranhezas" e até retratos de carácter. O que não é suposto suceder, nunca, é os investigadores judiciais pensarem como jornalistas - ou seja, procurarem aquilo que julgam que poderá interessar ao (seu) público ao invés de se concentrarem em confirmar ou infirmar factos relacionados com matéria criminal.
Quando se lê, no despacho final do inquérito do processo Freeport, que os dois procuradores que há 17 meses têm o caso em mãos lamentam não ter podido ouvir o primeiro-ministro e uma outra pessoa (o seu secretário de Estado quando ministro do Ambiente), e que dizem não ter podido fazê-lo por lhes ter sido imposto um prazo para encerrarem a investigação e ser necessária autorização superior para ouvir o PM (já no caso do ex-secretário de Estado era só convocá-lo, mas pronto), fica-se de boca aberta. Então depois de durante ano e meio saírem repetidas notícias sobre o envolvimento do PM - quer como alvo da investigação quer como autor de "pressões", pressões essas denunciadas precisamente pelos dois procuradores que assinam o despacho - o caso chega à acusação com os investigadores a dizer que não lograram fazer-lhe as perguntas (27, nem mais nem menos) que "importavam"? Quem os impediu? Que força os bloqueou? Que pressões os travaram, suficientemente ponderosas para impossibilitar a demanda mas não para obstar à queixa?
O procurador-geral da República já determinou a abertura de um inquérito com o objectivo de responder a estas questões. Mas, enquanto esperamos, podemos satisfazer a curiosidade: as tão importantes perguntas estão no despacho e foram reproduzidas nos jornais. Por exemplo, os procuradores queriam saber se o PM recebeu uma carta de um dos acusados, Manuel Pedro, em que este lhe chamaria "Caro Amigo"; se consegue explicar afirmações de um primo sobre o facto de o pai desse primo se gabar da sua relevância no licenciamento do Freeport; se consegue explicar porque é que o PS mandou um e-mail de propaganda para outro dos arguidos, Charles Smith, "apesar de este ser estrangeiro". Sim, paremos de esfregar os olhos: é mesmo uma resenha das manchetes do caso Freeport. E é mesmo a entrevista ao PM que toda a gente queria ler. Dá-se o caso de ter sido alinhada por dois procuradores num processo-crime e de não haver nas perguntas qualquer relevância criminal. Mas é uma boa prova.» [DN]
Parecer:
Por Fernanda Câncio.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
«É inadmissível num Estado de Direito que o Ministério Público não possa cumprir a sua função cabalmente. É que as perguntas que ficaram sem resposta não são de somenos importância. Entre elas incluem-se: "Encontra alguma explicação" para o teor das declarações produzidas nos autos por Hugo Monteiro (seu primo), segundo o qual a reunião promovida pelo pai com o então ministro do Ambiente "foi realizada e contribuiu decisivamente para o licenciamento" do Freeport?; "Encontra alguma explicação" para as declarações de Hugo Monteiro "no sentido de que, ainda antes da apresentação do projecto, foi ter consigo, a sua casa, na Rua Braancamp, em Lisboa, perguntando-lhe se não se importava que ele invocasse o seu nome, para prestigiar o projecto, ao que terá respondido afirmativamente?"; "Como explica o envio, através da conta de correio electrónico josesocrates@ps.pt, de uma mensagem de propaganda eleitoral ao arguido Charles Smith (charlessmith@mail.telepac.pt), sendo certo que o mesmo é de nacionalidade estrangeira e não inscrito nos respectivos cadernos eleitorais?"; "Confirma que, em Outubro de 2000, enquanto ministro do Ambiente, deu alguma orientação no sentido do ICN apresentar proposta" de alteração dos limites da ZPE [Zona de Protecção Especial] do Estuário do Tejo?; "Teve conhecimento da colaboração do arguido Eduardo Capinha Lopes nas campanhas eleitorais do PS para as autárquicas de 2001, nomeadamente em Grândola, Santiago do Cacém, Moita, Barreiro e Alcochete, e, em caso afirmativo, se essa colaboração influenciou a sua escolha para o desenvolvimento dos projectos de arquitectura do complexo Freeport?".» [DN]
Parecer:
Paulo Pinto de Albuquerque achou que as perguntas manhosas dos investigadores do caso Freeport eram pertinentes e como alguns portugueses andam distraídos achou por bem divulgá-las. O que PPA se esqueceu foi de perguntar porque razão os investigadores não tiveram tempo, bem como explicar que é à investigação que cabe o ónus da prova e que esta tem por objectivo produzir provas e não lançar suspeitas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Arquive-se por incompetência na formulação de perguntas.»
A QUEDA DE UM ANJO
«Pela primeira vez desde que foi eleito líder do PSD, Pedro Passos Coelho vê hoje o seu partido descer em popularidade. Está à frente do PS mas, no Barómetro TSF/Diário Económico de Julho, os sociais-democratas obtiveram 37,3 por cento das intenções de voto ? uma descida de 10,4 pontos face ao mês anterior.
Segundo a sondagem, se as eleições legislativas fossem hoje, o PSD ganhava, mas sem maioria absoluta. O PS conseguiria 33,3 por cento dos votos, seguido do Bloco de Esquerda, com 8,5 por cento, do CDS-PP (7,5 por cento) e da CDU (com 6,8 por cento).» [DN]
Parecer:
Pedro Passos Coelho subiu demais e depressa demais, agora terá de enfrentar os calores do Verão, a melhoria dos indicadores económicos, a melhoria nos mercados financeiros, a redução do desemprego e, pior do que tudo isso, explicar melhor a saúde paga e o fim da cláusula da justa causa no despedimento. A dúvida que agora se coloca é qual o nível nas sondagens a partir do qual se desmoronará a falsa unidade no PSD.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelo tempo mais fresco.»
INSTAURADO INQUÉRITO
«O procurador-geral da República considera que não há motivo para que a investigação do caso Freeport seja reaberta, apesar de ter mandado instaurar um inquérito para esclarecer todas as questões processuais e deontológicas.
Numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa, Pinto Monteiro indica que 'neste momento não se vê interesse em reabrir a investigação' do processo, cuja investigação terminou com a acusação a dois dos sete arguidos.
O procurador-geral da República (PGR) explica que a data de conclusão do processo (25 de Julho) foi proposta pela directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida e 'aceite pelo vice-procurador-geral da República a 4 de Junho'.» [DN]
Parecer:
Há muitas dúvidas neste processo por esclarecer.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas conclusões.»
PASSOS COELHO REZA PARA O DESEMPREGO AUMENTE?
«O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que o recuo da taxa de desemprego era “perfeitamente antecipável” devido ao verão, considerando que não se deve desviar as atenções do previsível novo aumento do número de desempregados.
“A questão do desemprego não traz muita novidade, como sabe o desemprego tem efeitos sazonais que são perfeitamente antecipáveis. Nós sabemos que durante o verão o desemprego tende sempre a ser mais baixo e o emprego sazonal a ser um pouco mais elevado”, afirmou Pedro Passos Coelho, durante uma conferência de imprensa na sede do PSD, quando questionado sobre os últimos dados do Eurostat.» [i]
Parecer:
Não parece ter ficado contente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se esta triste postura.»
FREEPORT, O PROCESSO ETERNO
«"Foi levada a cabo uma cuidada e profunda análise da prova produzida e de diligências encetadas ainda sem resposta, por dependeram da cooperação internacional em matéria penal. Uma vez recebidas e caso determinem a alteração da decisão ora tomada, reabrir-se-ão os autos", escreve a procuradora geral adjunta Cândida Almeida no despacho final do processo Freeport, a que a Agência Lusa teve hoje acesso.
Por outro lado, embora reconhecendo o "interesse na inquirição" do primeiro ministro, José Sócrates, e do ministro de Estado e da Presidência, Pedro Silva Pereira, a directora do DCIAP considera que as respostas não alterariam o sentido do despacho dos procuradores titulares do processo, Vítor Magalhães e Paes Faria.» [DN]
Parecer:
Isto é uma palhaçada.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
ARMANDO VARA VAI PARA O BRASIL
«Armando Vara, que abandonou no início deste mês a administração do BCP, deverá assumir funções no grupo Camargo Corrêa.
O Negócios sabe que tem havido contactos entre o ex-vice-presidente do banco português e o grupo que passou este ano a ser o maior accionista da Cimpor, no sentido do gestor vir a assumir funções dentro do grupo relacionadas com os mercados angolano e moçambicano.
Até ao fecho desta edição, o Negócios não conseguiu entrar em contacto com Armando Vara. Já a Camargo Corrêa não confirmou nem desmentiu a contratação. » [Jornal de Negócios]
Parecer:
Enfim, mandou o Ministério Público e os seus ocultos membros à merda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
UMA MÁ NOTÍCIA
«O cereal ganha terreno há quatro dias consecutivos no mercado de futuros de Chicago, devido aos receios de que a seca na Rússia e nalgumas regiões da Europa afectem o fornecimento a nível mundial.
O trigo para entrega em Setembro segue a subir 1,7% para 6,38 dólares por alqueire em Chicago, o preço mais alto desde Junho de 2009. O contrato de Setembro deverá registar um ganho mensal de 33%, o maior desde Agosto de 1973.
Os inventários mundiais de trigo poderão descer 2,5%, para 192 milhões de toneladas, em Junho de 2011, com o prolongamento dos períodos de seca a penalizar as perspectivas para as colheitas na Rússia, Cazaquistão, Ucrânia e União Europeia, referiu o Conselho Internacional de Cereais, citado pela Bloomberg.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Esperemos que os preços do trigo não contagiem os preços de outras matérias-primas agrícolas dando lugar a uma nova crise nos preços agrícolas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
O HOMEM MAIS VELHO DO JAPÃO MORREU HÁ 30 ANOS
«O homem mais velho do Japão é, afinal, uma múmia. A fraude foi descoberta esta semana pela polícia de Tóquio e é contada esta sexta-feira pela imprensa internacional.
A família do homem que liderava até agora a lista dos japoneses mais velhos escondeu o cadáver, mumificado, alegadamente para continuar a receber a pensão do idoso. » [Portugal Diário]
Parece que anda por aí muita gente distraída com o Caso Freeport, são tantos que até os investigadores do caso ficaram com pena de não poderem continuar a entreter o país durante mais meia dúzia de anos e sorrateiramente deixaram umas dúvidas nas suas conclusões. Andam tão distraídos que não se lembram de perguntar quanto custou ao país.
Com o Caso Freeport a credibilidade da justiça bateu no fundo, aqueles que deveriam proteger o bom nome dos cidadãos optaram por os sujar na praça pública, os que devem assegurar que quem comete um crime deve ser julgado na sala de um tribunal optaram por promover um linchamento público, em que o visado não teve quaisquer direito à defesa.
A democracia foi gozada por aqueles a quem cabe defender a legalidade democrática, com a manipulação da informação do processo tudo fizeram para que os portugueses optassem manipulados em vez de escolherem os políticos em função das propostas e das competências. É evidente que os beneficiados por esta tentativa de golpe de estado ficaram agradados pela situação, esquecem que no futuro serão eles as vítimas.
Num país onde se contam assessores e onde todos se desdobram a propor cortes na despesa o Ministério Público gastou milhões de euros para agora acabar com duas acusações da treta, que não resistem a meia dúzia de horas de julgamento. Durante seis anos dois procuradores muito bem pagos ocuparam-se do caso e muitos agentes da PJ investigaram. Se aos custos resultantes da utilização da máquina judicial juntarmos os gastos na comunicação social teremos de concluir que este processo custou milhões ao país.
Quando se fala tanto em credibilidade do país é bom recordar que os que usaram este processo com fins políticos não tiveram qualquer pejo em sujar o nome de Portugal. Passou-se a imagem de um país onde o primeiro-ministro era suspeito de ser corrupto, até mandaram cartas rogatórias e investigadores a Londres na tentativa de provar esta tese, mesmo quando polícias bem mais competentes e honestos do que os nossos deram o caso por encerrado.
Até no plano das relações de amizade este processo teve um impacto negativo, o país ficou a perceber que é perigoso ir almoçar com aqueles que julgamos ser amigos e em quem podemos confiar. Pior ainda, os nossos líderes sindicais põem objectivos políticos à frente e participam nas ciladas.
Mas graça à sacrossanta independência do Ministério Público o país tem de comer e calar, tem mesmo de evitar comentários pois nada nos garante que não estejamos a ser escutados, que um qualquer comentário inadvertido se transforme num grave crime. Qualquer cidadão comum pode de um dia para o outro ser transformado num criminoso e julgado na praça pública muito antes de ser acusado e de se poder defender, pode mesmo ser destruído antes de ir a julgamento, isso no caso de ser deduzida uma acusação.
Os maiores crimes identificáveis no caso Freeport não foi a identificação de dois suspeitos de serem pilha-galinhas, foi o abuso do dinheiro dos contribuintes, a destruição da credibilidade da justiça, a tentativa de linchamento na praça pública, a corrupção da justiça. Mas para os criminosos responsáveis por estes crimes não será deduzida qualquer acusação, estão blindados contra qualquer acusação, podem cometer estes crimes impunemente.
Esses fascistas poderão continuar a beneficiar de ordenados elevados pagos pelos contribuintes, a esta hora deverão estar a fazer as malas para irem de férias descansados enquanto muitos do que pagam os impostos para os alimentar não o poderão fazer por falta de recursos.
Os investigadores portugueses têm o velho costume de deixar uma suspeição no ar quando não conseguem encontrar provas da culpa, em Portugal que cai nas malhas da justiça, ou é culpado ou fica eternamente a aguardar por melhor prova, raramente alguém é inocente.
No caso Freeport os investigadores andaram durante seis anos em busca de culpados, viajaram, pediram ajuda ao estrangeiro, investigaram tios e primos, passaram tudo a pente fino e nada. Ainda por cima como Sócrates não era arguido nada podiam concluir.
Mas eis que ficámos a saber que Sócrates será um eterno suspeito, os coitados dos investigadores foram surpreendidos pelos prazos e depois de seis anos de investigações não tiveram tempo de fazer umas perguntas ao primeiro-ministro, que grande azar!
Conhecidas as perguntas a conclusão a que se chega é que estamos perante uma provocação, os procuradores em seis anos não tiveram tempo de perguntar a Sócrates se conhecia ou era parente de algum dos arguidos?
É evidente que com procuradores destes a justiça portuguesa é a treta que é!
«Os procuradores do Ministério Público que investigaram o caso Freeport tinham 27 perguntas para fazer ao primeiro-ministro José Sócrates, mas a imposição de prazos para o fim do processo impossibilitaram a inquirição.
Esta é a justificação que consta no despacho final do processo, que o jornal Público hoje cita. Tendo em conta o prazo estipulado para o fim do inquérito e uma vez que o primeiro-ministro só pode ser ouvido com autorização do Conselho de Estado, os procuradores escrevem que a audição de José Sócrates fica 'por ora inviabilizada'.
Segundo a mesma fonte, os magistrados tinham também dez questões a colocar a Rui Nobre Gonçalves, antigo secretário de Estado que, tal como o então ministro do Ambiente, foi uma das principais figuras do processo de aprovação do outlet de Alcochete. » [DN]
EXTORSÃO?
Primeiro constituíram arguidos que teriam cometido um crime em relação ao qual não haviam provas, como não poderiam arquivar um processo que gastou milhões de euros aos portugueses encontraram dois potenciais culpados de ... extorsão, melhor, suspeitos de extorsão. Se ninguém se queixou da tentativa de extorsão como é que os investigadores vão provar que tal tentativa existiu?
Os contribuintes têm as costas largas e depois de pagarem os ordenados aos investigadores nestes seis anos mais as viagens a Londres, ainda vão ter de pagar mais uns largos milhares de euros em julgamentos.
ISTO SIM QUE É UM SINDICATO, DE MERDA, CLARO!
O obtuso sindicato dos magistrados do MP promete apoio judiciário aos investigadores do Caso Freeport, os tais senhores que durante anos viajaram por onde quiseram, investigaram tudo o que conduzisse a Sócrates e assistiram impávidos e serenos à fuga de peças processuais. É o mesmo sindicato que ajudou a tramar outro magistrado por supostamente ter feito pressões sobre estes investigadores, que depois de um almoço entre amigos foram fazer queixinhas que serviram para tramar o colega. Com amigos e sindicatos destes não precisamos nem de inimigos nem de patrões.
'GOLDEN SHARE', CERTA OU ERRADA
«A 2 de Julho, depois de a golden share impedir a venda da Vivo, escrevi uma crónica aqui. Golden share, certa ou errada? Disse: 1) os capitalistas votaram, uns "sim" e outros "não", segundo os seus interesses; 2) o Governo votou "não" porque sendo o seu interesse o do País, havia argumentos nacionais para a PT guardar a ligação ao Brasil. Disse isso, mas acrescentei a hipótese de o Governo - que estivera certo em marcar uma posição - poder ter cometido um disparate financeiro. É que havia gente sábia, como Belmiro de Azevedo (que construiu a Sonae), que garantira: "É muito difícil haver outra oportunidade como esta para vender." E Ricardo Salgado (dono do BES), que dissera que a Telefónica, irritada por não comprar a Vivo, podia comprar a PT toda... Então, golden share, certa ou errada? Escrevi a 2 de Julho: "(...) daqui a dias, se a Telefónica pagar os 7,15 mil milhões já prometidos, a PT não perdeu nada e o Governo marcou uma posição. Se forem menos de 7,15 mil milhões arrecadados, então, o Governo errou. Daqui a dias vamos tirar a limpo." Tiramos a limpo: foram 7,5 mil milhões. E não foi só uma posição afirmada, a portuguesa PT vai mesmo continuar no Brasil. Passei um mês com a dúvida dos ignorantes. Se calhar bom é ter certezas, como Belmiro de Azevedo. Quando fez a OPA à PT disse que ia vender a Vivo à Telefónica. Foi há três anos e era por 2 mil milhões de euros. » [DN]
Parecer:
Por Ferreira Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
REACÇÃO ESTRANHA
«Também Rui Paulo Figueiredo, adjunto de Sócrates, recupera um post do blogue Câmara Corporativa - conotado com o Governo socialista - com "algumas das capas da imprensa nestes últimos anos", com grandes destaques para o tema e o eventual envolvimento de José Sócrates no caso de corrupção - para "comparar com as capas de hoje [ontem]". A sentença do homem que no ano passado foi apontado como o "espião" de Sócrates é só uma: "Alguma imprensa sai muito mal de tudo isto. No fundo, os mesmos do costume! Que fazem política deste modo. E que, infelizmente, vão continuar a tentar fazer... Mas a verdade aparece sempre! Por muita manipulação que exista."» [DN]
Parecer:
O DN, um jornal que nas últimas semanas tentou ressuscitar as velhas suspeições sobre Sócrates, parece estar incomodado com quem reagiu em defesa do primeiro-ministro, até parece que foram estes os canalhas que ao longo de anos criaram notícias falsas. O mais lógico é que os jornalistas do DN fossem ouvir os que usaram o processo para tentar obter ganhos políticos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se esta viragem do DN.»
QUEIROZ: É UMA QUESTÃO DE PREÇO
«Uma rescisão amigável não está nos objectivos do seleccionador nacional. O DN sabe que Carlos Queiroz já fez passar a mensagem a Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que não tem intenções de deixar a selecção com base num acordo mútuo, tal como o dirigente pretende.
Apoiem-me ou despeçam-me, com a agravante que isso acarreta para a federação. Sem serem suas estas palavras, o DN sabe que este é para já o lema do seleccionador, com contrato até 2012. Para Carlos Queiroz mudar de ideias será, pois, necessário Gilberto Madaíl utilizar a sua melhor retórica. Os dois ainda não se encontraram pessoalmente, uma vez que o treinador está de férias em Moçambique. Mas o objectivo do líder federativo é falar com o seleccionador antes da reunião de amanhã da direcção.
Prometer que a FPF não irá agir disciplinarmente e acenar com uma verba abaixo dos 3,5 milhões que constam na cláusula de rescisão não será o suficiente para Gilberto Madaíl convencer Carlos Queiroz a afastar-se. É que o técnico, segundo apurou o DN, considera que está a ser injustiçado e alvo de um ataque pessoal, pelo que não é sua intenção ceder numa guerra que poderá arrastar-se para os tribunais. Situação, que, no entanto, não foi confirmada pelo advogado de Queiroz, Henrique Trocado, que, quando contactado pelo DN, mandou dizer que "não falava sobre assuntos processuais".» [DN]
Parecer:
Era de esperar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela conclusão do proceso disciplinar.»
FERNANDO NOBRE JÁ TEM MANDATÁRIO NACIONAL
«Com um longo percurso no mundo financeiro, com passagem por uma sociedade de corretagem, pelo Citibank Portugal (vice-presidente) e pelo Grupo Santander, João Ermida foi apresentado como mandatário do candidato à Presidência da República Fernando Nobre.
"João Ermida conhece profundamente o mundo financeiro, o mundo empresarial e o mundo da sociedade civil. No João Ermida fez-se a simbiose perfeita entre humanismo e economia, que o faz ser hoje escutado e consultado pela sua particular experiência e lucidez", afirmou Fernando Nobre, na apresentação do mandatário nacional, que decorreu no Palácio da Bolsa do Porto, quarta-feira.» [DN]
Parecer:
Parece que Fernando Nobre também quer ajudar Portugal mas como não é especialista em economia escolheu um financeiro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso condescendente.»
CHAPADA SEM MÃO
«Para a “The Economist”, a Portugal Telecom parece ser a “vencedora óbvia”. “Zeinal Bava, o seu CEO com visão para os mercados, será ainda mais aclamado pelos accionistas por extrair cada cêntimo e mais algum dos espanhóis. A Telefónica pagou 14% acima da capitalização de mercado da PT antes do lançamento da oferta de compra da posição da PT na Vivo”, refere a revista num artigo intitulado “Brazil calling”.
A “The Economist” relembra que a Telefónica começou por fazer uma oferta de 5,7 mil milhões de euros, que foi posteriormente elevada para 6,5 mil milhões e ainda, numa terceira proposta, para 7,15 mil milhões, “um preço que alguns analistas já consideraram doido e que foi aceite pelos accionistas da PT”.
Preço esse que foi 32% superior ao da primeira oferta lançada pelo CEO da operadora espanhola, César Alierta.
“Mas o governo português vetou inesperadamente a transacção a 30 de Junho, invocando o interesse nacional. Agora permitiu o acordo, mas só depois de ter feito a Telefónica acrescentar mais 350 milhões de euros à sua última oferta, que tinha sido já aceite por 74% dos accionistas da PT, exactamente pelo mesmo activo. Os detentores da Telefónica têm agora a certeza que estão a pagar de mais”, salienta a mesma revista.
A publicação sublinha ainda que, além dos 350 milhões extra, “Lisboa conseguiu ganhar mais um ponto importante” pelo facto de se manter no Brasil através da compra de uma posição na Oi.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Alguns daqueles que discordaram do veto do negócio da PT desvalorizaram o acordo insinuando que nada tinha sido alterado no negócio, foi o PSD que assim tentou recuperar da má imagem do seu líder, mas foi também o caso de alguns comentadores como Sarsfield Cabral ou João Duque. Agora levam uma chapada sem mão dada pela revista "The Economist".
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Bem dada.»
O CASTIGO DA EQUIPA DA COREIA DO NORTE
«Seis horas en posición de firmes delante del Palacio de la Cultura Popular de Pyongyang (Corea del Norte) ha sido el castigo impuesto a los jugadores de la selección de fútbol tras su eliminación en el Mundial. Peor destino ha sufrido su entrenador, que ha sido castigado a trabajos forzados. Así lo recoge el diario italiano La Repubblica, según una información de Radio Free Asia.
El delito: traicionar la confianza del Querido Líder - título propagandístico del jefe del estado coreano Kim Jong-il - tras una deshonrosa participación en Sudáfrica. Solo se han salvado del castigo Jong Tae-se, la estrella del equipo y que lloró en el primer encuentro mientras sonaba el himno nacional, y An Yong-hak, que viajó directamente a Japón. Los norcoreanos cayeron eliminados en la fase de grupos tras perder los tres partidos.[El Pais]
Parecer:
Só mesmo no paraíso norte-coreano...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a opinião a Bernardino Soares, um conhecido admirador da Coreia do Norte.»
Estava à espera que o senhor Palma, um conhecido político da praça, decidiu acusar outros políticos de não terem escrúpulos, na sua coluna no Correio da Manhã até alerta os portugueses dizendo-lhes "Portugueses, preparem-se. Em sede de revisão constitucional a grande questão para políticos sem escrúpulos será esta: como continuar a escapar a uma justiça que funcione de forma igual para todos."
Bem, o senhor Palma, apesar militar no PSD segundo informação de Ângelo Correia, não é um político, é um magistrado. Bem, não é bem assim, apesar de ser magistrado nunca fala nessa condição, fala enquanto sindicalista dos magistrados do Ministério Público. Temos portante um autêntico mutante da vida política, um político que não é político porque é um magistrado, um magistrado que não o é por ser sindicalista, um sindicalista de quem nunca ouvi uma intervenção sobre os problemas laborais dos magistrados, isto é um sindicalista que não é sindicalista.
Estava convencido de que este político-magistrado-sindicalista já não me surpreenderia, por exemplo, não esperava que viesse comentar o caso Freeport, não me passaria pela cabeça que enquanto político viesse questionar o comportamento de uma justiça que quer substituir as salas de audiências pela praça pública, como magistrado viesse assegurar que nem todos os magistrados são gente sem escrúpulos como os que se têm entretido a tentar substituir-se aos eleitores para substituir o governo, como sindicalista viesse questionar como é que um dos seus sindicalizados foi condenado por fazer pressões em nome de alguém que, afinal, era inocente.
Depois de tanto protagonismo político-sindical deste senhor esperava que optasse por ir apanhar ar fresco para debaixo de um chaparro. Mas acabou por me surpreender, o senhor Palma veio disparar sobre aqueles que ele designam por “políticos sem escrúpulos”, mas como político corajoso, magistrado de princípios e sindicalista escrupuloso que é o senhor Palma recusou-se a dizer a que políticos se referia.
Ao que parece o senhor Palma quer um MP totalmente independente, como se para fazerem escutas ilegais a um primeiro-ministro, mandarem cópias de escutas para jornais e como se isso fosse pouco, ainda têm um sindicato para fazer político não bastasse. Também não aceita que o juiz de instrução tenha alguma coisa a ver com as investigações, para além do estatuto de verbo de encher a que os juízes de instrução têm sido remetidos. Pela forma como o senhor Palma até parece que o MP conduz todos os milhares de investigações feitas em Portugal, isto é, se for a PSD a investigar sob a orientação de um magistrado do MP sem tempo para nada tudo bem, ,mas se for um juiz de instrução a meter o bedelho, cuidado que anda por aí políticos sem escrúpulos a atacar o sacrossanto Ministério Público.
Mas o senhor Palma tem razão, há mesmo políticos sem escrúpulos e já que ele não os nomeia para não os enfrentar eu também os indico porque são demasiado cobardes para darem a cara, são políticos demasiado cobardes que, ao contrário daqueles a que o senhor Palma se refere, se comportam como agentes da PIDE e fazem tudo pela calada. Mas esses são os políticos sem escrúpulos bons porque se comportam como sacanas em defesa de uma boa causa.
Manuel Alegre foi à tropa, esteve em Angola e cumpriu o serviço militar até à disponibilidade, mas para o Almirante Vieira Matias isso não basta, o agora candidato a Presidente da República cometeu o erro de ser contra o colonialismo colocando-se ao lado do "in". Isto é, enquanto houvesse uma guerra promovida por uma ditadura era obrigação de Manuel Alegre estar ao lado dos ditadores.
Alguém me faz o favor de informar o almirante de que Salazar era um ditador fascista e de que estamos no ano de 2010?
«Ao contrário de centenas e centenas de anónimos na blogosfera e nos programas de opinião pública, o almirante Vieira Matias não diz que Manuel Alegre é desertor. O ex-chefe do Estado-Maior da Armada sabe que o candidato à Presidência da República foi mobilizado para Angola e ali se manteve até ter passado à disponibilidade. Mas o facto de não ter sido desertor não diminui, aos olhos do almirante, a mancha no passado militar de Alegre. "Tecnicamente pode não ter sido desertor, mas isso é o que menos importa. Estar ao lado do inimigo é uma atitude que tem um nome. Para mim foi bastante pior que a deserção", afirma Vieira Matias ao i.» [i]
PS: Seria interessante saber se o exigente almirante chegou a estar alguma vez num teatro de guerra enquanto combatente e numa unidade onde corresse risco de vida.
A DÚVIDA DO DIA: SÓCRATES SABIA DO NEGÓCIO DA PT?
Ou será que só era criticável saber do negócio da TVI? Esperemos que Pedro Passos Coelho ou mesmo a dupla invencível formada por Ferreira Leite e Pacheco Pereira interpelem Sócrates perguntando-lhe se teve alguma coisa a ver com o negócio, até porque a comunicação social deu conta de negociações com o governo brasileiro para abrir as portas da Oi.
Pelos vistos os nossos amigos do PSD preocupam-se mais com os interesses da família Moniz do que com o interesse nacional!
Também se poderia perguntar a Cavaco porque é que em relação a este negócio não adopta uma posição idêntica à que adoptou no caso TVI? O que mudou, o interesse do negócio ou a oportunidade de lançar a suspeição sobre o primeiro-ministro?
COISAS DE BRUXAS
O famoso DVD usado até à exaustão pela comunicação social na tentativa de linchamento de Sócrates apareceu miraculosamente nas mãos de jornalistas do SOL, um jornal onde o maior accionista era (e julgo qu é) um destacado dirigente do PSD, um tal Joaquim Coimbra que, curiosamente, é patrão de Marques Mendes e que ficou conhecido quando foi denunciado por Luís Filipe Menezes como sendo um dos vice-presidentes do PSD que se opôs à denúncia do BPN junto do Banco de Portugal.
Sucede que pouco tempo antes do aparecimento do famoso DVD a Freeport foi comprado pela Carlyle, um fundo de investimentos presidido por Frankl Carlucci e que nos países europeus costuma ser representado por figuras destacadas da direita, como sucede no Reino Unido onde é presidido por John Major, um velho amigo do PSD. Em Portugal era (não sei se ainda é) representado por Martins da Cruz, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Durão Barros, que abandonou o cargo para se dedicar aos negócios depois de se saber do esquema para que a filha entrasse na Faculdade de Medicina.
Foi a mesma Carlyle que no tempo em que Durão Barroso era primeiro-ministro tentou comprar a Galp, segundo a denúncia de Francisco Louçã queria fazê-lo sem meter um tostão, usando dinheiro generosamente emprestado pela CGD.
Sucede que a Carlyle não dava a cara no negócio, o testa de ferro local é uma holding financeira que se dá pelo nome de Fomentivest. Coincidência das coincidência o principal accionista da Fomentivest é Ângelo Correia e foi aí que Pedro Passos Coelho trabalhou, inicialmente como director financeiro e mais tarde como vogal do conselho de administração.
Curiosamente foi Ângelo Correia que numa entrevista a um semanário nos informou que o senhor Palma do sindicato (da treta) dos magistrados públicos é um latifundiário ... incrito no PSD.
Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!!!...
AZAR DO JORNALISTA DA SIC
O jornalista da SIC Notícias entrevistava a advogada dos acusados no caso Freeport e esgotadas as perguntas lá atirou uma casca da banana, talvez na esperança de lançar suspeitas sobre Sócrates, perguntou à advogada como comentava a comunicação de José Sócrates. Teve azar, a advogada respondeu com elegância e o jornalista lá meteu o rabo entre as pernas.
SEGREDO MILITAR É GUERRA PERDIDA?
«O segredo é a alma do negócio e não há negócio mais secreto que a guerra. Ou, melhor, era assim, já não é. Calculem os estragos que o site Wikileaks fez ao tornar públicos 90 mil documentos secretos da guerra do Afeganistão… O site especializou-se em contar segredos, é a Garganta Funda (o informador do caso Watergate) da era da Internet. Até já propôs ao Governo islandês converter a ilha nórdica num santuário para as fontes sigilosas e para os jornalistas, com leis que protegeriam as fugas de informação como as ilhas Caimão protegem as fugas ao fisco. Esta semana, o Wikileaks e a sua face mais visível, o jornalista australiano Julian Assange, fizeram uma formidável provocação a Washington. Em todo o caso, a facilidade de se obter e pôr a circular informações mesmo em cenários que exigem sigilo - os soldados andam armados com telemóveis que filmam e partem para a frente viciados nas redes sociais - garante que sites tipo Wikileaks vieram para ficar. Pelo menos em países com democracia. Países que prescindem desta podem continuar a confiar no juramento de fidelidade e silêncio dos seus soldados. Sendo as fugas de informação inevitáveis, cabe às democracias ensinar duas coisas: às suas tropas, que não metam o pé na argola, e à sua opinião pública, que as guerras não são convites para tomar chá. Esta última batalha é quase impossível de vencer.» [DN]
Parecer:
Por Ferreira Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PADRE AFOGA BEBÉ DURANTE O BAPTISMO
«“Todos viram que o padre não tapou a boca e o nariz do bebé para impedir a água de entrar, devia tê-lo feito como se faz em todos os outros baptismos. Não conseguíamos acreditar que ele só tinha a mão na barriga e na cabeça do bebé quando o submergiu três vezes na água”, afirmou o pai da criança, Dumitru Gaidau.
Uma filmagem feita por familiares que assistiam ao baptismo mostra o bebé a mexer-se quando era retirado da fonte e que, quando estava a ser vestido, tinha dificuldades em respirar. Cerca de 20 minutos depois, o bebé começou a sangrar do nariz e da boca e morreu a caminho do hospital.» [Correio da Manhã]
VIANA CONCORRE À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
«Aos 64 anos, Defensor Moura é tudo menos consensual apesar de ter feito história no PS do Alto Minho que, com ele, ganhou em 1993, pela primeira vez, a Câmara de Viana do Castelo. Hoje apresenta a candidatura à Presidência.
"É uma candidatura individual, mas obviamente espero ter lá alguns vianenses", apontou ontem ao DN o candidato, cuja apresentação é feita na delegação do Inatel local. "É um local simbólico dos trabalhadores, mas também é a sala mais próxima da minha casa, das minhas raízes", acrescentou.
A primeira missão de Moura passa por recolher assinaturas para formalizar a candidatura, facto que até não lhe é novo. Em 2009, contra a vontade do partido a nível distrital, liderou, ainda como autarca o movimento cívico que defendeu, em referendo local, a exclusão de Viana da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM), onde curiosamente o PS tinha a maioria.» [DN]
Parecer:
Estes PRD sempre gostaram do protagonismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver os resultaods.»
PT CHEGA A ACORDO COM A TELEFÓNICA
«O acordo entre a PT e a Telefónica para a venda da Vivo à espanhola é visto como positivo pelos analistas contactados pela Lusa que, por outro lado, consideram exagerado o valor falado pela entrada da PT na Oi.
A Telefónica confirmou esta manhã a existência de um acordo de princípio para a compra da posição da PT na Vivo sem revelar os valores, embora a última oferta feita pelos espanhóis tenha sido de 7,15 mil milhões de euros.
Por outro lado, notícias dão conta de que a PT se prepara para chegar a acordo para a compra de uma posição minoritária na brasileira Oi, possivelmente de 23 por cento do capital. Para os analistas contactados pela Lusa, esta é uma saída satisfatória para vários dos intervenientes do processo.» [DN]
Parecer:
Agora estão todos de acordo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se tem intenção de ir a Espanha discordar do negócio.»
PRODUTORES DE ALFARROBA DO ALGARVE ORGANIZAM MILÍCIA ARMADA
«"Temos uma milícia organizada e armada e batedores por toda a região com licença para matar", pode ler-se num comunicado enviado para a GNR e para a Câmara Municipal de Loulé.
O documento foi enviado em nome de uma alegada associação de produtores, não identificada, e nele as ameaças vão mais longe, estendendo-se à comunidade cigana: "Tolerância zero para quem der trabalho ou permitir acampamento a ciganos. Tolerância zero aos compradores que negoceiam com ciganos e produto roubado", ameaçam os agricultores. "Se necessário for daremos fogo às viaturas e armazéns dos infractores", avisam no comunicado anónimo.» [Expresso]
Parecer:
Um dia destes serão muitos mais a adoptar esta solução.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento aos ministros da Justiça e da Administração Interna.»
MOSQUITOS ATACAM VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
«Há já quase uma semana que os mosquitos não largam os turistas (e não só) de Vila Real de Santo António e Monte Gordo, mas agora a vingança está a caminho. É, pelo menos, o que diz a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, que já começou a desinfestar todos os espaços públicos, no período da manhã, entre as 5h e as 9h. Por outro lado, a Câmara procedeu à aplicação de larvicida biológico (Bacillus thuriripiensis) em linhas de água de sapais e esteiros (existem muitas salinas, algumas desactivadas) e está a equacionar a criação de canais de drenagem da água estagnada.
"Apesar de se confirmar que estas espécies não constituem risco de veiculação de doenças, estes mosquitos são muito incomodativos, pelo que a autarquia estabeleceu contactos imediatos com a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA e com a Administração da Região Hidrográfica do Algarve de forma a que sejam tomadas medidas anti-vectoriais nas áreas do Domínio Público Hídrico que impeçam esta proliferação de mosquitos em novos episódios de marés-vivas", explica a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.» [Expresso]
Parecer:
Estou tramado...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esperemos que a praga se dissipe até à próxima semana.»
PASSOS COELHO AINDA FICA COM SOTAQUE ESPANHOL...
«A participação da Portugal Telecom na operadora brasileira Vivo está prestes a ser vendida à Telefónica. Pedro Passos Coelho diz manter posição á utilização da golden share para vetar o negócio e que é «prematura» comentá-lo.
«Parece-me importante que consiga haver uma saída para esta situação que foi gerada nas últimas semanas, mas ainda é prematuro fazer qualquer comentário sobre um desfecho de um negócio que ainda não é devidamente conhecido, não está bem firmado e sobre o qual o próprio Estado português não se pronunciou», afirmou, segundo a TSF.
«Não tenho uma posição sobre questões de princípio diferente quando estou em Lisboa, Madrid ou Santander. Manifestei-me no espaço europeu contra a utilização de poderes especiais pelos estados relativamente a empresas», acrescentou, em Santander, onde está para participar num curso de Verão da Universidade Internacional Menéndez Pelayo.» [A Bola]
Parecer:
Passos Coelho gosta muito de se ouvir em Espanha.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se fez algum contrato de promoção com o PP espanhol.»