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Paulo Macedo, Opus ministro da Saúde
O Opus ministro Macedo descobriu que há excesso de oferta de serviços de saúde contando com os privados, problemas que pelos vistos os privados não avaliaram quando lançaram as suas unidades de saúde. Perante esta situação o ministro encontrou uma solução brilhante, em vez de serem os privados a adaptarem-se ao mercado é o Macedo que vai ajustar o mercado aos privados, regulando a lei da oferta e da procura eliminando serviços públicos.
Isto significa que o mercado está aberto para os privados, sempre que pretendam abrem novos serviços pois quando a oferta exceder a procura o irmão Macedo encerra uma unidade pública. Encerrados os serviços públicos as unidades privadas passarão a contar com o financiamento indirecto do Estado, garantindo a viabilidade e os lucros.
Grande Macedo, com tanto milagre já pode ir agendando a missa de acção de graças na Sé de Lisboa.
«Restruturação das urgências. A medida anunciada ontem pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, retoma a iniciativa levada a cabo por Correia de Campos em 2006. O ministro socialista previu o fecho de 15 urgências hospitalares e a criação de novas unidades. A maioria fechou mas o trabalho ficou incompleto e houve cedências em casos como o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Agora a rede vai passar por uma nova avaliação. Alguns serviços, onde houver "excesso de oferta", vão encerrar.
A medida foi anunciada ontem por Paulo Macedo depois de uma reunião com os dirigentes das unidades do Serviço Nacional de Saúde. O objectivo é que até ao final do ano sejam avaliadas as necessidades a nível nacional, com o apoio de administradores e técnicos. Nesta avaliação estarão incluídos também os serviços prestados por privado e sector social, adiantou o ministro. "Não há o objectivo de fechar por fechar, agora claramente há uma sobreposição de urgências, e quem o vai dizer são os clínicos e não os economistas e administrativos. Vão dizer se há valências repetidas, que podem ser concentradas e melhorar a qualidade. Foi por haver concentração em algumas áreas que se melhorou drasticamente os resultados em saúde", afirmou, citado pela Lusa.» [i]
Isto significa que o mercado está aberto para os privados, sempre que pretendam abrem novos serviços pois quando a oferta exceder a procura o irmão Macedo encerra uma unidade pública. Encerrados os serviços públicos as unidades privadas passarão a contar com o financiamento indirecto do Estado, garantindo a viabilidade e os lucros.
Grande Macedo, com tanto milagre já pode ir agendando a missa de acção de graças na Sé de Lisboa.
«Restruturação das urgências. A medida anunciada ontem pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, retoma a iniciativa levada a cabo por Correia de Campos em 2006. O ministro socialista previu o fecho de 15 urgências hospitalares e a criação de novas unidades. A maioria fechou mas o trabalho ficou incompleto e houve cedências em casos como o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Agora a rede vai passar por uma nova avaliação. Alguns serviços, onde houver "excesso de oferta", vão encerrar.
A medida foi anunciada ontem por Paulo Macedo depois de uma reunião com os dirigentes das unidades do Serviço Nacional de Saúde. O objectivo é que até ao final do ano sejam avaliadas as necessidades a nível nacional, com o apoio de administradores e técnicos. Nesta avaliação estarão incluídos também os serviços prestados por privado e sector social, adiantou o ministro. "Não há o objectivo de fechar por fechar, agora claramente há uma sobreposição de urgências, e quem o vai dizer são os clínicos e não os economistas e administrativos. Vão dizer se há valências repetidas, que podem ser concentradas e melhorar a qualidade. Foi por haver concentração em algumas áreas que se melhorou drasticamente os resultados em saúde", afirmou, citado pela Lusa.» [i]
Os múltiplos interesses do ser humano
«Na sua Sociologia do Saber, Max Scheler mostra como na base do esforço pelo conhecimento está um tríplice interesse e três impulsos: o interesse e impulso em ordem à salvação, que se expressa no saber teológico; o impulso metafísico, que se concretiza na filosofia enquanto dirigida para o conhecimento da essência das coisas; o impulso de domínio, que põe em marcha o saber científico-técnico, sobretudo a partir da modernidade e, mais concretamente, do positivismo.
Na mesma linha - sirvo-me da síntese de Adela Cortina -, também Karl-Otto Apel e sobretudo Jürgen Habermas sublinharam os três interesses do conhecimento, que são constitutivos da espécie humana. Concebemos a realidade a partir de três perspectivas, que têm na base três orientações fundamentais: o interesse técnico, que corresponde ao interesse scheleriano de domínio e se traduz nas ciências empírico-analíticas; o interesse prático, que procede do impulso para o saber de formação e se refere ao sentido no âmbito das ciências histórico-hermenêuticas; o interesse emancipatório, que, num mundo secularizado, é a tradução do impulso scheleriano para a salvação.
Ao contrário do que pensou Augusto Comte nomeadamente, estas três formas, impulsos e interesses de saber não se encontram numa ordem de sucessão, de tal modo que acabariam por convergir e reduzir-se ao interesse científico-técnico. Pelo contrário, sendo constitutivos e vitais para o Homem, têm de conviver.
Que é que isto quer dizer? Para que o ser humano se mantenha autêntico e íntegro, nenhum destes impulsos pode ser anulado. Não é possível reduzir o interesse humano ao domínio científico-técnico: é preciso ter em conta e englobar todos os saberes de forma integrada e orientar-se para a formação do ser humano segundo um paradigma ecuménico e holístico.
Afinal, a realidade é infinitamente complexa, e a ciência no sentido das chamadas ciências exactas ou naturais não tem meio de captá-la na sua ultimidade e totalidade. Precisamos de múltiplos meios para melhor nos aproximarmos dela, sem nunca a esgotarmos. Aproximamo-nos dela pelas ciências, pelas artes, pelas literaturas, pelas filosofias, pelas religiões.
O ser humano leva consigo, constitutiva e decisivamente, a questão do sentido e do sentido último, e a ciência e a técnica não têm competência nem possibilidade de dar resposta. E as técnicas são para quem? Com que finalidade? E como deve o ser humano comportar-se e agir para ser real e autenticamente humano? E como há-de viver em comum numa sociedade pacífica e promotora da dignidade humana na polis global? Lá está Terêncio: "Homo sum, nihil humanum a me alienum puto" (sou Homem, nada do que é humano o considero estranho a mim).
Foi, pois, gratificante para mim, na apresentação do livro Ciência e Mito, do químico António Amorim da Costa, poder sublinhar o apelo do autor para que, sem afectar a especialização, se não cave o fosso entre as "duas culturas": Ciências e Humanidades. "A História, a Filosofia e Sociologia das Ciências são hoje componentes fortes da formação académica, consagradas nos respectivos currículos disciplinares, oferecidas pelas mais prestigiadas Instituições de Ensino Superior. O seu enraizamento em algumas delas conta já com várias décadas de existência e está bem patente na própria estrutura em que a Instituição se organiza."
E apresenta o caso da formação académica oferecida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) ou pelo California Institute of Technology (CALTECH), nos Estados Unidos, duas das mais prestigiadas instituições científicas em todo o mundo. "Tratando-se de duas Instituições criadas de raiz para a formação académica de cariz tecnológico, como o próprio nome indica, ambas tomaram para base da sua organização duas unidades básicas: por um lado, as Escolas ou Divisões de formação no domínio dos estudos dos fenómenos naturais e, por outro, a Escola ou Divisão das Ciências Sociais e Humanas."» [DN]
Na mesma linha - sirvo-me da síntese de Adela Cortina -, também Karl-Otto Apel e sobretudo Jürgen Habermas sublinharam os três interesses do conhecimento, que são constitutivos da espécie humana. Concebemos a realidade a partir de três perspectivas, que têm na base três orientações fundamentais: o interesse técnico, que corresponde ao interesse scheleriano de domínio e se traduz nas ciências empírico-analíticas; o interesse prático, que procede do impulso para o saber de formação e se refere ao sentido no âmbito das ciências histórico-hermenêuticas; o interesse emancipatório, que, num mundo secularizado, é a tradução do impulso scheleriano para a salvação.
Ao contrário do que pensou Augusto Comte nomeadamente, estas três formas, impulsos e interesses de saber não se encontram numa ordem de sucessão, de tal modo que acabariam por convergir e reduzir-se ao interesse científico-técnico. Pelo contrário, sendo constitutivos e vitais para o Homem, têm de conviver.
Que é que isto quer dizer? Para que o ser humano se mantenha autêntico e íntegro, nenhum destes impulsos pode ser anulado. Não é possível reduzir o interesse humano ao domínio científico-técnico: é preciso ter em conta e englobar todos os saberes de forma integrada e orientar-se para a formação do ser humano segundo um paradigma ecuménico e holístico.
Afinal, a realidade é infinitamente complexa, e a ciência no sentido das chamadas ciências exactas ou naturais não tem meio de captá-la na sua ultimidade e totalidade. Precisamos de múltiplos meios para melhor nos aproximarmos dela, sem nunca a esgotarmos. Aproximamo-nos dela pelas ciências, pelas artes, pelas literaturas, pelas filosofias, pelas religiões.
O ser humano leva consigo, constitutiva e decisivamente, a questão do sentido e do sentido último, e a ciência e a técnica não têm competência nem possibilidade de dar resposta. E as técnicas são para quem? Com que finalidade? E como deve o ser humano comportar-se e agir para ser real e autenticamente humano? E como há-de viver em comum numa sociedade pacífica e promotora da dignidade humana na polis global? Lá está Terêncio: "Homo sum, nihil humanum a me alienum puto" (sou Homem, nada do que é humano o considero estranho a mim).
Foi, pois, gratificante para mim, na apresentação do livro Ciência e Mito, do químico António Amorim da Costa, poder sublinhar o apelo do autor para que, sem afectar a especialização, se não cave o fosso entre as "duas culturas": Ciências e Humanidades. "A História, a Filosofia e Sociologia das Ciências são hoje componentes fortes da formação académica, consagradas nos respectivos currículos disciplinares, oferecidas pelas mais prestigiadas Instituições de Ensino Superior. O seu enraizamento em algumas delas conta já com várias décadas de existência e está bem patente na própria estrutura em que a Instituição se organiza."
E apresenta o caso da formação académica oferecida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) ou pelo California Institute of Technology (CALTECH), nos Estados Unidos, duas das mais prestigiadas instituições científicas em todo o mundo. "Tratando-se de duas Instituições criadas de raiz para a formação académica de cariz tecnológico, como o próprio nome indica, ambas tomaram para base da sua organização duas unidades básicas: por um lado, as Escolas ou Divisões de formação no domínio dos estudos dos fenómenos naturais e, por outro, a Escola ou Divisão das Ciências Sociais e Humanas."» [DN]
Autor:
Anselmo Borges.
Subsídio de reintegração
«Após as eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, 19 ex-parlamentares pediram a atribuição do subsídio de reintegração e oito solicitaram pensão vitalícia.» [CM]
Parecer:
Enquanto o país aceitou uma redução das indemnizações por despedimentos e o governo teoriza sobre a possibilidade de as limitar a dois meses por cada ano de trabalho revolta qualquer português que os deputados continuem a beneficiar de pensões abusivas e de subsídios de reintegração.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se para os deputados regras equivalente à da legislação laboral.»
Alberto João no seu melhor
«"São tão falsos, tão fariseus, que em Lisboa fazem-se de direita e aqui jogam com o Partido Socialista. São um bando de vigaristas que se abstêm para votar a favor da construção do Hospital da Madeira", acusou o presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, ao discursar na festa anual dos sociais-democratas da região, que decorre no Chão da Lagoa, concelho do Funchal.
"Que o povo esqueça os fariseus do CDS e que o povo não vá em conversas de falsos cristãozinhos", pediu. Jardim falava depois de o líder do CDS, Paulo Portas, ter afirmado ontem não ser possível à Região Autónoma da Madeira endividar-se mais, garantindo que a alternativa política no arquipélago, que vai a eleições a 9 de Outubro, é o seu partido.» [DE]
"Que o povo esqueça os fariseus do CDS e que o povo não vá em conversas de falsos cristãozinhos", pediu. Jardim falava depois de o líder do CDS, Paulo Portas, ter afirmado ontem não ser possível à Região Autónoma da Madeira endividar-se mais, garantindo que a alternativa política no arquipélago, que vai a eleições a 9 de Outubro, é o seu partido.» [DE]
Parecer:
Mas o CDS e o PSD não estão coligados?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Passos Coelho e a Paulo Portas quando um dia passar por Portugal.»
Mafiosos presos deixam de vestir Armani
«É mais um ataque aos Direitos Humanos em território europeu. Na prisão de Ucciardone, em Palermo, vai deixar de ser permitido usar roupas Armani, Gucci, Versace, etc. A decisão é da recém-nomeada governadora da prisão, Rita Barbera.
"Esta prisão tem andado associada a imagens de padrinhos vestidos com roupas de seda, e isto é algo que precisamos de apagar", diz a governadora. "Temos de eliminar disparidades entre prisioneiros que têm sido expressas por meio de exibições de estatuto, poder e supremacia económica".
A decisão está longe de ser pacífica. Qualquer chefe mafioso que se preze tem de parecer o que é. Na prisão de Ucciardone, a maior da capital siciliana, há muito que a tradição é liberal, nesta matéria como noutras. Não por acaso, chamam-lhe Grande Hotel. Festas espampanantes com iguarias à discrição fazem parte da sua lenda.
Para algumas pessoas, em especial mulheres de mafiosos, o problema é mais simples. "O meu marido vai ter de andar nu, pois só tem roupas de marca", explica uma delas. "Não para se exibir, mas porque são de melhor qualidade e duram mais. Será preciso humilhá-lo assim e obrigar-me a ir comprar roupa em mercados de rua?". » [Expresso]
"Esta prisão tem andado associada a imagens de padrinhos vestidos com roupas de seda, e isto é algo que precisamos de apagar", diz a governadora. "Temos de eliminar disparidades entre prisioneiros que têm sido expressas por meio de exibições de estatuto, poder e supremacia económica".
A decisão está longe de ser pacífica. Qualquer chefe mafioso que se preze tem de parecer o que é. Na prisão de Ucciardone, a maior da capital siciliana, há muito que a tradição é liberal, nesta matéria como noutras. Não por acaso, chamam-lhe Grande Hotel. Festas espampanantes com iguarias à discrição fazem parte da sua lenda.
Para algumas pessoas, em especial mulheres de mafiosos, o problema é mais simples. "O meu marido vai ter de andar nu, pois só tem roupas de marca", explica uma delas. "Não para se exibir, mas porque são de melhor qualidade e duram mais. Será preciso humilhá-lo assim e obrigar-me a ir comprar roupa em mercados de rua?". » [Expresso]
Agência de rating chinesa defende o investimento em Portugal
«A atual situação de crise em Portugal é uma oportunidade para os investidores chineses, que poderão ajudar à resolução dos problemas financeiros de muitas empresas nacionais, afirmou o presidente da agência de ''rating'' chinesa Dagong.
Em entrevista à Agência Lusa por telefone a partir de Macau - e que contou com a tradução da Dagong para inglês -, Guan Jianzhong observou que o "problema de Portugal é ter acumulado muita dívida ao longo dos anos, mas em termos do ambiente e do crescimento económicos, a situação não é assim tão má".
Por outro lado, o dirigente de uma das quatro principais agências de notação da China e da única que não tem a Moody´s, Fitch ou Standard & Poor´s como parceira de negócio, também atribui a responsabilidade pela atual situação portuguesa às "inapropriadas notas dadas pelas agências de avaliação de crédito internacionais".» [i]
Em entrevista à Agência Lusa por telefone a partir de Macau - e que contou com a tradução da Dagong para inglês -, Guan Jianzhong observou que o "problema de Portugal é ter acumulado muita dívida ao longo dos anos, mas em termos do ambiente e do crescimento económicos, a situação não é assim tão má".
Por outro lado, o dirigente de uma das quatro principais agências de notação da China e da única que não tem a Moody´s, Fitch ou Standard & Poor´s como parceira de negócio, também atribui a responsabilidade pela atual situação portuguesa às "inapropriadas notas dadas pelas agências de avaliação de crédito internacionais".» [i]
Parecer:
Haja alguém que desmonte as mentiras que êm sido ditas sobre Portugal, principalmente por alguns portugueses.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Passos Coelho.»