Foto Jumento
Lagos
Jumento do dia
Macário Correia
Pela forma como se queixa até parece que deveria ter sido convidado com as mesmas mordomias com que foram convidados os que participaram no casamento do herdeiro da coroa britânica.
«O presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, lamentou esta quarta-feira não ter sido informado ou convidado a participar numa visita que o ministro da Saúde realizou ao hospital local, o que atribuiu ao "lapso ou inexperiência de alguém.» [Correio da Manhã]
«O presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, lamentou esta quarta-feira não ter sido informado ou convidado a participar numa visita que o ministro da Saúde realizou ao hospital local, o que atribuiu ao "lapso ou inexperiência de alguém.» [Correio da Manhã]
Os novos Boys
Corre por aí a ideia de que quando um ministro convida para adjunto alguém que até à véspera do convite apoiava ou militava noutro partido está a dar um sinal de pluralismo. Seria assim que esses colaboradores mantivessem intactas as suas opiniões políticas e no caso, por exemplo, dos comunistas permanecessem fiéis à sua ideologia e ao seu partido no que respeita à sua postura. Assim, seria de esperar que quando fossem solicitados a opinar manifestassem a sua oposição ao seu ministro já que enquanto adjuntos políticos estão no gabinete para emitirem opiniões políticas.
Ninguém está a ver um simpatizante ou militante do PCP ir para o gabinete do Miguel Relvas para ser fiel à sua ideologia e muito menos à disciplina partidária. Se nos partidos de direita não se exige muito dos seus militantes, naqueles que seguem o ideal comunista a disciplina vai muito além da participação cívica dos cidadãos, inclui também a sua postura profissional e mesmo familiar. É por isso que não passa pela cabeça de um militante comunista furar uma greve convocada pela CGTP, ou dar informações ao patrão que sirvam para tramar um sindicalista do seu partido.
Não partilho da opinião que se vai lendo sobe os adjuntos, mal estaria um governo se os seus membros não os tivessem ou que os seus adjuntos tivessem de ganhar o ordenado mínimo, um governo competente tem de ter ministros competentes e a competência destes depende em larga medida da equipa que o apoia. Ora, se um país quer ter um governo competente deve assumir-se que isso tem custos.
Sendo lugares de confiança política é natural que os ministros confiem esses cargos a pessoas que lhes merecem confiança política e é natural que os encontrem nos seus partidos. Não me parece legítimo criticar Miguel Relvas por convidar um comunista para adjunto, todos sabemos que teriam muitos voluntários pra o cargo em qualquer partido da oposição. Mas se um comunista aceita colaborar com Miguel Relva das duas uma: u traiu a sua ideologia ou aceitou apoiar a direita porque considera isso estrategicamente importante para o seu partido, ou seja, considera que a sua luta contra um determinado partido, que neste caso é o PS, tem a ganhar com a colaboração dada à direita. Isto é, ou temos um traidor ou alguém para quem não há limites e está disposto a fazer o trabalho sujo que muitos outras recusariam.
Em todas as sociedades há gente disposta a desempenhar um papel idêntico ao que desempenham os peixes limpa-fundos nos aquários, comem a caca dos outros para manter o espaço limpo. Invocar o direito ao trabalho ou o pluralismo partidário para justificar tal postura só merece uma gargalhada de desprezo.
Ninguém está a ver um simpatizante ou militante do PCP ir para o gabinete do Miguel Relvas para ser fiel à sua ideologia e muito menos à disciplina partidária. Se nos partidos de direita não se exige muito dos seus militantes, naqueles que seguem o ideal comunista a disciplina vai muito além da participação cívica dos cidadãos, inclui também a sua postura profissional e mesmo familiar. É por isso que não passa pela cabeça de um militante comunista furar uma greve convocada pela CGTP, ou dar informações ao patrão que sirvam para tramar um sindicalista do seu partido.
Não partilho da opinião que se vai lendo sobe os adjuntos, mal estaria um governo se os seus membros não os tivessem ou que os seus adjuntos tivessem de ganhar o ordenado mínimo, um governo competente tem de ter ministros competentes e a competência destes depende em larga medida da equipa que o apoia. Ora, se um país quer ter um governo competente deve assumir-se que isso tem custos.
Sendo lugares de confiança política é natural que os ministros confiem esses cargos a pessoas que lhes merecem confiança política e é natural que os encontrem nos seus partidos. Não me parece legítimo criticar Miguel Relvas por convidar um comunista para adjunto, todos sabemos que teriam muitos voluntários pra o cargo em qualquer partido da oposição. Mas se um comunista aceita colaborar com Miguel Relva das duas uma: u traiu a sua ideologia ou aceitou apoiar a direita porque considera isso estrategicamente importante para o seu partido, ou seja, considera que a sua luta contra um determinado partido, que neste caso é o PS, tem a ganhar com a colaboração dada à direita. Isto é, ou temos um traidor ou alguém para quem não há limites e está disposto a fazer o trabalho sujo que muitos outras recusariam.
Em todas as sociedades há gente disposta a desempenhar um papel idêntico ao que desempenham os peixes limpa-fundos nos aquários, comem a caca dos outros para manter o espaço limpo. Invocar o direito ao trabalho ou o pluralismo partidário para justificar tal postura só merece uma gargalhada de desprezo.
O PS na clandestinidade
«Onde se encontra António José Seguro? Que estará a fazer António José Seguro? Porque não aparece António José Seguro? O PS sumiu-se? As perguntas, aflitas e arquejantes, cruzam-se nas Redacções dos jornais, das televisões, das rádios. Os políticos interrogam-se, por telefone, por mail, por facebook. Até o dr. Sarmento, de hábito muito bem informado, anda tão perplexo e agitado, talvez mais agitado e perplexo do que é costume, vive mergulhado nas trevas da ignorância, acerca de tão augusto problema. Falou com Lobo Xavier, também este gravemente atingido pela inquietação, que não conseguiu esclarecer a funesta dúvida, a qual apoquentava o seu patrão, o eng.º Belmiro, atacado de persistentes insónias.
Começou a dizer-se, à boca pequena, que o circunspecto Seguro se encafuara num gabinete do Largo do Rato, folheando dossiês sobre dossiês, a fim de se preparar para a abertura das hostilidades com Passos, e aceitando o martírio para conquistar a glória. Outros sussurravam que se encontrava, em sigilo, com Mário Soares, para receber lições de como ser astuto sem o demonstrar, e justiceiro com a displicência de um felino.
A mortificação de Seguro tinha razão de ser. E a procura de ajuda espiritual era um forte esteio. Os embates que tivera com Passos haviam-se saldado por melancólicos desaires. E os avanços, os projectos, as decisões, as propostas, os decretos, as leis em catadupa, insinuosamente expostos ou claramente apresentados pelo presidente do PSD desorientavam o adversário.
Que fazer? A leninista interrogação obtinha respostas dúbias. Pouco mais do que ter birras restava a António José Seguro. O seu partido assinara um memorando draconiano e mandam as regras do bom nome que os compromissos se respeitem. Não será bem assim, tanto mais que Passos tem-se adiantado ao que foi estipulado, excedendo a combinação. O Governo comete injustiças das mais bravas e dolorosas e o PS de Seguro está desaparecido sem combate. Como se diz num velho samba: "ninguém sabe / ninguém viu" o que é feito desta gente. Ao menos um arrobo de protesto, um gesticular de indignação, por modesto que fosse. Nada. E o PSD aproveita todas as oportunidades para aparecer, seja nas praias algarvias, seja em declarações absurdas mas úteis para a "visibilidade." O dr. Relvas até foi à Colômbia, apoiar moralmente a selecção de subvinte, enquanto o PS nem um ramo de rosas pálidas enviou como congratulação de "sermos" vicecampeões.
Onde estará Seguro? Onde se esconde o PS? Paralelamente tristes, votam-nos a uma melancolia atroz, que nem a satisfação provocatória do Governo consegue amenizar. Claro que nada disto é eterno ou estável. Porém, a cada dia que passa perdemos um sonho, uma réstia de esperança, um pequeno gomo de fé, uma fatia de confiança.» [DN]
Começou a dizer-se, à boca pequena, que o circunspecto Seguro se encafuara num gabinete do Largo do Rato, folheando dossiês sobre dossiês, a fim de se preparar para a abertura das hostilidades com Passos, e aceitando o martírio para conquistar a glória. Outros sussurravam que se encontrava, em sigilo, com Mário Soares, para receber lições de como ser astuto sem o demonstrar, e justiceiro com a displicência de um felino.
A mortificação de Seguro tinha razão de ser. E a procura de ajuda espiritual era um forte esteio. Os embates que tivera com Passos haviam-se saldado por melancólicos desaires. E os avanços, os projectos, as decisões, as propostas, os decretos, as leis em catadupa, insinuosamente expostos ou claramente apresentados pelo presidente do PSD desorientavam o adversário.
Que fazer? A leninista interrogação obtinha respostas dúbias. Pouco mais do que ter birras restava a António José Seguro. O seu partido assinara um memorando draconiano e mandam as regras do bom nome que os compromissos se respeitem. Não será bem assim, tanto mais que Passos tem-se adiantado ao que foi estipulado, excedendo a combinação. O Governo comete injustiças das mais bravas e dolorosas e o PS de Seguro está desaparecido sem combate. Como se diz num velho samba: "ninguém sabe / ninguém viu" o que é feito desta gente. Ao menos um arrobo de protesto, um gesticular de indignação, por modesto que fosse. Nada. E o PSD aproveita todas as oportunidades para aparecer, seja nas praias algarvias, seja em declarações absurdas mas úteis para a "visibilidade." O dr. Relvas até foi à Colômbia, apoiar moralmente a selecção de subvinte, enquanto o PS nem um ramo de rosas pálidas enviou como congratulação de "sermos" vicecampeões.
Onde estará Seguro? Onde se esconde o PS? Paralelamente tristes, votam-nos a uma melancolia atroz, que nem a satisfação provocatória do Governo consegue amenizar. Claro que nada disto é eterno ou estável. Porém, a cada dia que passa perdemos um sonho, uma réstia de esperança, um pequeno gomo de fé, uma fatia de confiança.» [DN]
Autor:
Por Baptista-Bastos.
PS ao ralenti
«O PS requereu hoje a ida do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ao Parlamento para explicar o "rumo" do Governo relativamente à ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, argumentando que tem havido "ziguezagues" e "demonstrações de ignorância". » [DN]
Parecer:
Este PS parece ter três velocidades a fazer oposição, devagar, devagarinho e parado. oi necessário que o assunto estivesse quase esquecido para reagir.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Que meigo que o Mário Nogueira anda
«A Fenprof vai hoje ao Ministério da Educação analisar a situação dos docentes que vão ficar desempregados devido à aplicação de novas regras dos horários e alertar para o que pode representar "o maior despedimento de sempre" de professores.
O secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira transmitiu preocupação em relação a profissionais contratados há muitos anos e mesmo dos quadros que podem ficar fora do serviço no próximo ano lectivo.
"Milhares de professores contratados estão em vias de ficar desempregados, o que pode significar o maior despedimento de sempre de professores, contratados mas com 18 ou 20 anos de serviço que, devido a alterações às normas de elaboração de horários, vão ficar fora do serviço", mas também de profissionais que estão nos quadros, referiu Mário Nogueira.» [DN]
O secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira transmitiu preocupação em relação a profissionais contratados há muitos anos e mesmo dos quadros que podem ficar fora do serviço no próximo ano lectivo.
"Milhares de professores contratados estão em vias de ficar desempregados, o que pode significar o maior despedimento de sempre de professores, contratados mas com 18 ou 20 anos de serviço que, devido a alterações às normas de elaboração de horários, vão ficar fora do serviço", mas também de profissionais que estão nos quadros, referiu Mário Nogueira.» [DN]
Parecer:
Até mete dó, o senhor que organizava manifestações diárias contra Sócrates parece agora um leãozinho amestrado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Pobre classe operária
«E por cá, o que pensa o homem mais rico? Américo Amorim, o maior bilionário português segundo o estudo anual da Exame, disse apenas que não se considera rico, quando questionado se aceitaria um imposto sobre os maiores patrimónios.
"Não me considero rico. Sou trabalhador", declarou o líder da Corticeira Amorim ao "Jornal de Negócios".» [Expresso]
"Não me considero rico. Sou trabalhador", declarou o líder da Corticeira Amorim ao "Jornal de Negócios".» [Expresso]
Parecer:
O Amorim tem razão, é um operário que tem por funções a armazenagem de "papel".
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o operário Amorim à bardamerda.»
A lição que veio da direita francesa
«As medidas de austeridade anunciadas esta tarde pelo primeiro-ministro francês, François Fillon, totalizam 11 mil milhões de euros, e visam alcançar um défice de 4,5% em 2012 e de 3% no ano seguinte.
O governo mantém, assim, as anteriores metas para o défice orçamental, apesar de ter revisto em baixa as estimativas de crescimento da economia para 2011 e 2012. O PIB francês deverá crescer 1,75% este ano e no próximo. » [Jornal de Negócios]
O governo mantém, assim, as anteriores metas para o défice orçamental, apesar de ter revisto em baixa as estimativas de crescimento da economia para 2011 e 2012. O PIB francês deverá crescer 1,75% este ano e no próximo. » [Jornal de Negócios]
Parecer:
Temos mesmo a direita mais burra, oportunista e cobarde da Europa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao brutamontes Gaspar.»