A estratégia de utilizar a ameaça da independência como forma de os governantes da Madeira conseguir mais dinheiro dos contribuintes do resto do país é tão velhinha quanto a autonomia regional, mas desta vez o Alberto João não acenou com o perigo do independentismo, ele próprio fez a ameaça, ou permitimos que a Madeira ganhe dinheiro com os esquemas de evasão fiscal do Continente ou coloca-se a questão da independência.
Em qualquer país civilizado este político seria banido, mas como Portugal é o país que é o senhor continua a exibir a sua bazófia e ainda se permite usar os dinheiros públicos para perseguir judicialmente jornalistas e quaisquer políticos adversários ou cidadãos comuns que o critiquem. Como para este senhor os dinheiros públicos abundam ainda os usa para ter um jornal privativo onde pode perseguir todos os que se lhe atravessem no caminho, sejam os “ingleses” ou os “colonialistas do contenente”.
Isto é possível devido a duas razões, a cobardia do PSD nacional que não só lhes permite os desvarios como ainda o exibe como modelo de virtudes nacionais e o oportunismo social de uma classe média madeirense enriquecida pelo poder graças aos dinheiros que os esquemas do Alberto conseguem.
Não admira que sejam poucos os madeirenses que ousem vir a público questionar o seu discurso, uns por cobardia e outros por conivência preferem o silêncio. Quanto à cobardia pouco há a dizer, o fenómeno não é novo no país, foi essa cobardia que levou a que a ditadura se prolongasse por quase cinquenta anos. Já quanto aos que são conivente com o Alberto João a questão roça o indigno.
Quando Alberto João acena com a independência caso não sejam mantidos os privilégios da zona franca está a dizer que para os madeirenses que o seguem a independência não é uma questão de princípios, é uma questão de preços. Enfim, talvez um dia tenhamos o mais original dos países independentes, a República Prostituta da Madeira.