Foto Jumento
Mesquita de Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Igreja de Santo Isidro, Pegões [A. Cabral]
A mentira do dia d'O Jumento
Quando muitos portugueses já zurziam contra os nossos ricos eis que eles nos surpreenderam, Fernando Ulrich, Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo, interromperam as suas tranquilas férias para irem a São Bento apelar a Passos Coelho que num gesto de coesão social aumente os impostos sobre os mais ricos, se isso não permitir uma redução da carga fiscal sobre os mais pobres pelo menos assegura que no momento de lutar pelo país todos são iguais, ainda que alguns sejam mais iguais do que os outros. Até Nuno Vasconcelos e Pinto Balsemão enterraram temporariamente o machado de guerra e apareceram lado a lado a entrar na residência oficial do primeiro-ministro.
Questionado pela comunicação social Soares do Santos remeteu as justificações ideológicas para as intervenções de António Barreto agendadas para depois do seu regresso de férias, mas adiantou que não são só os jovens e os desempregados que estão à rasca, ele também faz parte de uma geração de empresários à rasca que aguarda pela redução da TSU. Mas tal como todos os que estão à rasca e vão pagar mais IRS e IVA também ele está disponível para pagar mais impostos, até porque já tem uns dinheiros devidamente acautelados lá fora.
Resta agora saber se Passos Coelho aceita o gesto dos nossos milionários ou se lhe pede para voltarem para casa de bolsos cheios por considerar que ao contrário do dinheiro do pobres o seu dinheiro é indispensável ao crescimento económico não podendo ser gasto em impostos, isso é coisa para os pobres que não sabem gastar o dinheiro.
Jumento do dia
Quando muitos portugueses já zurziam contra os nossos ricos eis que eles nos surpreenderam, Fernando Ulrich, Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo, interromperam as suas tranquilas férias para irem a São Bento apelar a Passos Coelho que num gesto de coesão social aumente os impostos sobre os mais ricos, se isso não permitir uma redução da carga fiscal sobre os mais pobres pelo menos assegura que no momento de lutar pelo país todos são iguais, ainda que alguns sejam mais iguais do que os outros. Até Nuno Vasconcelos e Pinto Balsemão enterraram temporariamente o machado de guerra e apareceram lado a lado a entrar na residência oficial do primeiro-ministro.
Questionado pela comunicação social Soares do Santos remeteu as justificações ideológicas para as intervenções de António Barreto agendadas para depois do seu regresso de férias, mas adiantou que não são só os jovens e os desempregados que estão à rasca, ele também faz parte de uma geração de empresários à rasca que aguarda pela redução da TSU. Mas tal como todos os que estão à rasca e vão pagar mais IRS e IVA também ele está disponível para pagar mais impostos, até porque já tem uns dinheiros devidamente acautelados lá fora.
Resta agora saber se Passos Coelho aceita o gesto dos nossos milionários ou se lhe pede para voltarem para casa de bolsos cheios por considerar que ao contrário do dinheiro do pobres o seu dinheiro é indispensável ao crescimento económico não podendo ser gasto em impostos, isso é coisa para os pobres que não sabem gastar o dinheiro.
Jumento do dia
Miguel Relvas
Depois de o ministro das Finanças ter descoberto um desvio colossal que não se consegue perceber nas suas execuções orçamentais, é a vez de Miguel Relvas descobrir facturas escondidas num quarto escuro de um instituto, prova de que o anterior governo actuava como se fosse uma célula secreta da Al Qaeda.
Resta-nos agora aguardar que o ministro envie as facturas descobertas para o Ministério Público. para que seja apurada toda a verdade sobre as actividades criminosas e clandestinas do seu antecessor.
«O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares denunciou esta tarde que à chegada ao governo, os serviços do ministério encontraram facturas "numa sala do Instituto do Desporto" no valor de seis milhões e 780 mil euros. Facturas que, de acordo com Miguel Relvas, não foram pagas pelo anterior governo nem chegaram a ser contabilizadas e que têm agora de ser pagas pelo actual executivo.
De acordo com Miguel Relvas trata-se de facturas que "não existem na transição de pastas nem na contabilidade". Relva acrescentou que existem 45 facturas referentes a 2010 e a maior parte, 625 facturas são já deste ano. Uma situação que o ministro considerou não ser "normal, nem aceitável".» [i]
Resta-nos agora aguardar que o ministro envie as facturas descobertas para o Ministério Público. para que seja apurada toda a verdade sobre as actividades criminosas e clandestinas do seu antecessor.
«O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares denunciou esta tarde que à chegada ao governo, os serviços do ministério encontraram facturas "numa sala do Instituto do Desporto" no valor de seis milhões e 780 mil euros. Facturas que, de acordo com Miguel Relvas, não foram pagas pelo anterior governo nem chegaram a ser contabilizadas e que têm agora de ser pagas pelo actual executivo.
De acordo com Miguel Relvas trata-se de facturas que "não existem na transição de pastas nem na contabilidade". Relva acrescentou que existem 45 facturas referentes a 2010 e a maior parte, 625 facturas são já deste ano. Uma situação que o ministro considerou não ser "normal, nem aceitável".» [i]
Mesquinhez
A lei que obriga os titulares de cargos políticos a entregarem uma declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional é uma daquelas idiotices que só servem para criar burocracia. Ninguém é parvo ao ponto de ser corrupto e duplicar o seu património declarado enquanto exerce um cargo público, com ou sem esta lei ninguém o faria. Não admira que desde que tal norma existe apenas tem servido para que os jornalistas alimentem o voyeurismo e se deliciem a vasculhar as contas de ministros e deputados.
Com a mudança de governo os jornais voltaram às comparações entre os rendimentos dos novos ministros e à exposição pública do seu património. Não existe qualquer suspeita de enriquecimento, há apenas curiosidade mórbida. Trata-se de um fenómeno nacional, na generalidade dos países existem leis idênticas mas não passa pela cabeça de um jornalista do Le Monde ou do El País vasculhar a declaração de rendimentos dos ministros apenas para os ordenar por rendimentos ou para saber se a ex-esposa de um banqueiro é mais rica do que os outros.
Não raras vezes esta comunicação social portuguesa mete nojo.
Com a mudança de governo os jornais voltaram às comparações entre os rendimentos dos novos ministros e à exposição pública do seu património. Não existe qualquer suspeita de enriquecimento, há apenas curiosidade mórbida. Trata-se de um fenómeno nacional, na generalidade dos países existem leis idênticas mas não passa pela cabeça de um jornalista do Le Monde ou do El País vasculhar a declaração de rendimentos dos ministros apenas para os ordenar por rendimentos ou para saber se a ex-esposa de um banqueiro é mais rica do que os outros.
Não raras vezes esta comunicação social portuguesa mete nojo.
Sururu na blogosfera
Ainda por aí alguma agitação na blogosfera porque o ministro Miguel Relvas está a contratar alguns dos seus assessores entre alguns bloggers, primeiro foi o do Portugal dos Pequeninos, o que não surpreendeu a não ser pelo facto de o seu autor não ter merecido melhor cargo, há quem tenha feito muito menos por Passos Coelho e em troca teenha ficado em lugares de administração da CGD. Agora foi António Figueira, ao que dizem militante do PCP, o mobilizado para a troco de três mil e tal euros ajudar o ministro.
O Câmara Corporativa diverte-se, o visado defende o direito ao trabalho e o Albergue Espanhol indigna-se com as críticas a Miguel Relvas. O CC tem o direito a divertir-se depois de ter sido o AE a fazer o mesmo quando os seus autores eram oposição.
O adjunto tem razão ao invocar o seu direito ao trabalho e se Miguel Relvas contratou um comunista só merece elogio, não só por um gesto que revela generosidade política, mas também porque não é sempre que um ministro da direita consegue tal feito. à generosidade do ministro responde o adjunto com mais generosidade ainda, não é todos os dias que um comunista larga um emprego para ir servir um ministro que nele deposita confiança política a troco de um ordenado mais baixo, melhor do que isto só mesmo dedicar as férias a montar a Festa do Avante.
O adjunto tem razão ao invocar o seu direito ao trabalho e se Miguel Relvas contratou um comunista só merece elogio, não só por um gesto que revela generosidade política, mas também porque não é sempre que um ministro da direita consegue tal feito. à generosidade do ministro responde o adjunto com mais generosidade ainda, não é todos os dias que um comunista larga um emprego para ir servir um ministro que nele deposita confiança política a troco de um ordenado mais baixo, melhor do que isto só mesmo dedicar as férias a montar a Festa do Avante.
Só resta a dúvida de saber se o Figueira vai à próxima Festa do Avante e se isso suceder se vai com uma EP e o estatuto de militante comunista apostado em combater o governo da direita, ou se opta pelo estatuto de adjunto e está lá para melhor aconselhar Relvas sobre a forma de reagir à estratégia política do seu próprio partido.
Justificar um lugar num gabinete como um mero emprego é gozar com os outros, tal cargo é de confiança política e aceitá-lo significa que ou se está a apoiar o adversário político ou se mudou de ideias de um dia para o outro. A direita portuguesa tem um longo historial de exibição de troféus do PCP, gosta de os exibir e alguns até subiram na hierarquia do PSD. É evidente que qualquer um pode mudar de ideias, uns mais depressa, outros mais devagar, mas na perspectiva do pensamento do Fiigueira do passado o Figueira do presente não fica bem na fotografia.
Justificar um lugar num gabinete como um mero emprego é gozar com os outros, tal cargo é de confiança política e aceitá-lo significa que ou se está a apoiar o adversário político ou se mudou de ideias de um dia para o outro. A direita portuguesa tem um longo historial de exibição de troféus do PCP, gosta de os exibir e alguns até subiram na hierarquia do PSD. É evidente que qualquer um pode mudar de ideias, uns mais depressa, outros mais devagar, mas na perspectiva do pensamento do Fiigueira do passado o Figueira do presente não fica bem na fotografia.
Este caso só prova que a blogosfera tem servido a muita gente para subir na vida.
Uma pergunta a Passos Coelho
Se ceder aos sindicatos dos professores e acabar com as quotas da avaliação vai adoptar o mesmo princípio para toda a Função Pública?
Crespo deixa-me triste mas Relvas assusta-me
«Mário Crespo é um jornalista prestigiado. O director do Expresso, Ricardo Costa, também. Nunca trabalhei com qualquer um deles. Pelo que leio e vejo, há anos, formei uma opinião. Sobre o primeiro, tenho respeito profissional. Sobre o segundo, tenho admiração.
Costa co-assina uma notícia polémica sobre Crespo. A história, que confronta os dois jornalistas empregados de Francisco Pinto Balsemão, começou no site do semanário, quarta-feira, com um título taxativo: "Mário Crespo convidado pelo Governo para correspondente da RTP em Washington."
Vieram os desmentidos. O próprio Crespo, admitindo o gosto em voltar a desempenhar tal tarefa, começa por dizer ao jornal onde é colunista que "nenhuma proposta formal" lhe fora apresentada. Mais tarde, no espaço da SIC Notícias que edita, intervém para garantir que tal informação é "integralmente falsa". A administração da RTP, por seu lado, emite um comunicado onde informa que "não houve nenhuma tentativa de impor qualquer nome".
Sábado, o Expresso, na versão impressa, volta à carga: "Relvas defendeu Crespo em reunião" com o Conselho de Opinião da RTP. No dia seguinte, o presidente do dito Conselho precisa ao JN que foi durante "uma conversa informal com o ministro Miguel Relvas, para apresentar cumprimentos" e que "o ministro assinalou que Mário Crespo foi o único jornalista português a ter tido acreditação do departamento de Estado norte-americano", o que é interpretado, pelos vistos, como um elogio.
Mário Crespo, nos últimos anos, notabilizou-se por ser crítico do Governo de José Sócrates. Estava no seu direito, só tinha de respeitar regras básicas de conduta profissional. Não pode é esperar que qualquer nomeação sua que envolva o actual poder - mesmo indirectamente - não seja interpretada como um prémio por serviços prestados. Será uma injustiça factual, mas tal como nós jornalistas exigimos aos políticos comportamentos exemplares sobre hipotéticos conflitos de interesses - sempre com o argumento de "à mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo" - não podemos exigir menos de nós próprios.
O que vai na consciência de Crespo será, no entanto, irrelevante para o País. Mas é relevante o que se passa na cabeça de Miguel Relvas, que sobre isto nada desmente ou confirma. Um ministro que, em encontro informal com pessoas que tutela, liberta elogios e críticas, com ar descontraído, sobre jornalistas que os seus interlocutores têm de avaliar, deixa-me muito assustado quanto ao que aí vem na comunicação social. Espero, sinceramente, não ter razão.» [DN]
Costa co-assina uma notícia polémica sobre Crespo. A história, que confronta os dois jornalistas empregados de Francisco Pinto Balsemão, começou no site do semanário, quarta-feira, com um título taxativo: "Mário Crespo convidado pelo Governo para correspondente da RTP em Washington."
Vieram os desmentidos. O próprio Crespo, admitindo o gosto em voltar a desempenhar tal tarefa, começa por dizer ao jornal onde é colunista que "nenhuma proposta formal" lhe fora apresentada. Mais tarde, no espaço da SIC Notícias que edita, intervém para garantir que tal informação é "integralmente falsa". A administração da RTP, por seu lado, emite um comunicado onde informa que "não houve nenhuma tentativa de impor qualquer nome".
Sábado, o Expresso, na versão impressa, volta à carga: "Relvas defendeu Crespo em reunião" com o Conselho de Opinião da RTP. No dia seguinte, o presidente do dito Conselho precisa ao JN que foi durante "uma conversa informal com o ministro Miguel Relvas, para apresentar cumprimentos" e que "o ministro assinalou que Mário Crespo foi o único jornalista português a ter tido acreditação do departamento de Estado norte-americano", o que é interpretado, pelos vistos, como um elogio.
Mário Crespo, nos últimos anos, notabilizou-se por ser crítico do Governo de José Sócrates. Estava no seu direito, só tinha de respeitar regras básicas de conduta profissional. Não pode é esperar que qualquer nomeação sua que envolva o actual poder - mesmo indirectamente - não seja interpretada como um prémio por serviços prestados. Será uma injustiça factual, mas tal como nós jornalistas exigimos aos políticos comportamentos exemplares sobre hipotéticos conflitos de interesses - sempre com o argumento de "à mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo" - não podemos exigir menos de nós próprios.
O que vai na consciência de Crespo será, no entanto, irrelevante para o País. Mas é relevante o que se passa na cabeça de Miguel Relvas, que sobre isto nada desmente ou confirma. Um ministro que, em encontro informal com pessoas que tutela, liberta elogios e críticas, com ar descontraído, sobre jornalistas que os seus interlocutores têm de avaliar, deixa-me muito assustado quanto ao que aí vem na comunicação social. Espero, sinceramente, não ter razão.» [DN]
Autor:
Pedro Tadeu.
Só não acerto no Euromilhões
«Há um ano e picos (27 de Dezembro de 2009), publiquei uma crónica a que dei o título "Pacheco Pereira e os bolcheviques à portuguesa, suaves". Nela, eu emendava-o. Dias antes, na revista Sábado, Pacheco Pereira (PP) dissera que o Bloco de Esquerda (BE) era de revolucionários da tanga, hesitantes entre a democracia burguesa, na qual já debicavam algumas benesses, e as saudades da via revolucionária. Para sublinhar a hesitação do BE, PP serviu-se, como contraponto, do blogue 5 Dias: aí, sim, havia revolucionários puros e duros, o último reduto da violência revolucionária! Estando substancialmente de acordo com PP sobre o BE, dediquei a minha crónica a emendá-lo sobre os do tal blogue - eram tão da tanga como os outros só que mais esganiçados, expliquei eu pacientemente. É certo que quem por lá passasse podia assustar-se com um que tecia loas ao norte-coreano Kim Jong-il, ou outro - na esteira do maluquinho que partira a cara de Berlusconi com uma estatueta - que proclamava a via revolucionária a golpes de estatuetas: "O que a democracia não resolve tem de ser o povo a resolver!..." Mas bolcheviques à portuguesa, bolcheviques suaves, insisti. Ontem, soube-se que António Figueira, do blogue 5 Dias, foi contratado para o gabinete do ministro Miguel Relvas. Há nesta história um tipo certo (Relvas, que escolheu alguém culto e que escreve muito bem) e um tipo errado (PP, que se enganou de revolucionário). É só.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
"The Show must go on"
«Jardim teve este fim-de-semana uma iluminação de que deu conta aos apaniguados reunidos em Porto Santo para a "rentrée" do PSD/Madeira: sente-se mais à "esquerda" do que há 30 anos. Poderia ter recuado um pouco mais, sei lá, para há 40 anos, e os seus ouvintes ficariam boquiabertos com quanto Jardim virou, desde então, à "esquerda".
E como se manifesta a "viragem à esquerda" de Jardim? Exactamente como há 30 anos, quando era de direita: a pedir dinheiro aos "cubanos" do Cont'nente, pois "precisamos, urgentemente, de liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso" (o português é seu, não é meu).
Justifica-se Jardim com um tal de "ataque financeiro" dos anteriores governos: "E eu só tinha duas hipóteses: ou fazia como no boxe, jogava a toalha ao chão ou então enfrentava-os como enfrentei (...) e aumentei a dívida da Madeira (...) para agora negociar com o Governo liderado pelo PSD".
A dívida da Madeira era, em finais de 2010, de 963,3 milhões de euros. Jardim conta agora com o amigo Passos Coelho para bater esse recorde e passar a dever, no mínimo, 1 000 milhões.
Ponhamos, portanto, reformas e salários de miséria de molho. Não tardará que o Governo "liderado pelo PSD" venha buscar o que resta do subsídio de Natal ou aumente outra vez os transportes ou o IVA da electricidade e do gás, pois o Carnaval orçamental madeirense precisa de "liquidez" e, com crise ou sem crise, "the show must go on".» [JN]
E como se manifesta a "viragem à esquerda" de Jardim? Exactamente como há 30 anos, quando era de direita: a pedir dinheiro aos "cubanos" do Cont'nente, pois "precisamos, urgentemente, de liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso" (o português é seu, não é meu).
Justifica-se Jardim com um tal de "ataque financeiro" dos anteriores governos: "E eu só tinha duas hipóteses: ou fazia como no boxe, jogava a toalha ao chão ou então enfrentava-os como enfrentei (...) e aumentei a dívida da Madeira (...) para agora negociar com o Governo liderado pelo PSD".
A dívida da Madeira era, em finais de 2010, de 963,3 milhões de euros. Jardim conta agora com o amigo Passos Coelho para bater esse recorde e passar a dever, no mínimo, 1 000 milhões.
Ponhamos, portanto, reformas e salários de miséria de molho. Não tardará que o Governo "liderado pelo PSD" venha buscar o que resta do subsídio de Natal ou aumente outra vez os transportes ou o IVA da electricidade e do gás, pois o Carnaval orçamental madeirense precisa de "liquidez" e, com crise ou sem crise, "the show must go on".» [JN]
Autor:
Manuel António Pina.
Milionários franceses pedem para pagar mais impostos
«Milionários franceses, representantes das dezasseis maiores fortunas do país, pediram ao Governo para lhes impor um imposto especial de modo a ajudarem a pôr fim à crise, de acordo com uma petição divulgado hoje pela imprensa francesa.» [DN]
Parecer:
Cá fazem precisamente o contrário.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a conhecer a Soares dos Santos.»
Acabam as licenças sem vencimento na Saúde
«As licenças sem vencimento para profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão proibidas desde o dia 9 de Agosto. Uma circular publicada ontem pela Administração Central do Sistema de Saúde, informa todos os estabelecimentos e serviços do SNS do fim das licenças sem vencimento, uma prática prevista no Estatuto Nacional de Saúde, aprovado em 1993.
De acordo com a circular, as licenças sem vencimento foram regulamentadas "com a preocupação de permitir uma maior flexibilidade na gestão de recursos humanos no âmbito do sistema de saúde, quando fundamentado em razões de interesse público", o que permitia aos profissionais de saúde com vínculo à administração pública serem contratados por privados, sem perda de vínculo à função pública. A lei previa ainda que os anos de trabalho nas instituições privadas contassem para o tempo de serviço na carreira pública e que, terminado o vínculo laboral com a instituição privada, estes profissionais fossem reintegrados nos quadros do Ministério da Saúde "de preferência da mesma região de saúde".» [DE]
De acordo com a circular, as licenças sem vencimento foram regulamentadas "com a preocupação de permitir uma maior flexibilidade na gestão de recursos humanos no âmbito do sistema de saúde, quando fundamentado em razões de interesse público", o que permitia aos profissionais de saúde com vínculo à administração pública serem contratados por privados, sem perda de vínculo à função pública. A lei previa ainda que os anos de trabalho nas instituições privadas contassem para o tempo de serviço na carreira pública e que, terminado o vínculo laboral com a instituição privada, estes profissionais fossem reintegrados nos quadros do Ministério da Saúde "de preferência da mesma região de saúde".» [DE]
Parecer:
Faz todo o sentido, é inaceitável que se trabalhe no sector privado em regime de licença sem vencimento e o tempo conte para antiguidade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
Como sair da crise?
«Não. Lamento, mas não vamos sair da crise, pelo menos tão cedo. Estamos a fazer tudo ao contrário: o Fundo Europeu devia ter sido criado logo no início da crise.
E quando apareceu já era pequeno para cobrir os novos carentes, Espanha e Itália. As ‘eurobonds' já deviam ter sido criadas há dez, há cinco, ou pelo menos há dois anos, quando os juros das obrigações das dívidas soberanas começaram a descolar da alemã. A taxa sobre as transacções financeiras, em vez de ser vista como uma relíquia esquerdista, deveria ter sido adoptada já há dois anos e meio, no início da crise. E ninguém ainda conseguiu esclarecer se as receitas da versão proposta revertem para a União, ou para os Estados Membros onde se realizam as operações. A governação económica, que Merkel e Sarkozy nos pretendem agora vender sob a batuta do inefável senhor Van Rampuy, afinal nasceu da Comissão, está a ser podada no Parlamento e nada nem ninguém autoriza a estes dois ínclitos governantes a apropriação do modelo. Quanto à constitucionalização dos tectos do défice e da dívida, nada pode ser mais redundante, pelo menos entre nós. A obrigação de cumprir os Tratados já está contida na Constituição. Repetir a aceitação de modo explícito nada acrescenta, nem garante o seu real cumprimento.
Cimeiras pré-estivais frouxas e sem garantia de cumprimento das deliberações; duetos de tenores gagos sem conhecimento da partitura; ambiente político interno, nos dois grandes, acidulado por fragilidades pré-eleitorais mais que visíveis, com um dos parceiros na grande nação líder a cantar em falsete, sem saber sequer se chega aos mínimos 5% de representação parlamentar, sem que o outro tenor garanta que volta aos camarins; finalmente, quando se esperava que o último grande país industrial da Europa prosseguisse a sua longa e triunfal marcha de crescimento, eis que este começa a revelar-se pífio, pois os automóveis não se vendem a quem não tenha meios para os comprar, asfixiado pelos credores ou seus informadores.
Como se vê, não se pode ser positivo, quanto mais optimista! Cada semana parece pior que as anteriores, cada cimeira mais frustrante que as outras, cada notação pior que as antecedentes. Apenas as reacções são previsivelmente repetidas: não, nós não somos como a Grécia, diz a Irlanda, temos competitividade e a nossa dívida vem de termos assumido o passivo da banca falida; não, nós não somos a Grécia, diz Portugal, nunca tivemos meio mês de subsídio pela Páscoa; não, nós não temos a baixa competitividade de Portugal, diz a Espanha; não, a nossa dívida está quase toda parqueada na nossa banca, diz a Itália; não, nós não somos a Grécia nem Portugal, dizem os EUA, seremos sempre "triplo A", diz Obama. As desculpas e frágeis arrogâncias tornaram-se completamente previsíveis.
Quanto às saídas, todos os dias aparecem conselheiros: que deveríamos iniciar uma purga de óleo de rícino e depois voltar a comer, mas só dieta, desmantelando o estado social que levou gerações a construir; que deveríamos deixar de investir em infra-estruturas, luxos a que não temos direito, mesmo que altamente subsidiados pela Europa; que deveríamos oferecer aos chineses a nossa dívida; que deveríamos adoptar uma diplomacia económica agressiva, vendendo mais para o Atlântico Sul, sem repararmos que, todo junto, ele não chega a 10% do que vendemos; há quem se lembre da China e Índia, sem sabermos como produzir sustentadamente para mercados que tudo absorvem, mas exigem continuidade e dimensão; e finalmente que deveríamos abandonar a zona euro, com ou sem negociação prévia, tornando as nossas exportações mais competitivas, sem fazer as contas ao custo da componente importada em tantos produtos de fraco valor acrescentado.
Pelo meio, a mudança de poder em pouco ajuda: os novos titulares ainda não têm políticas que se vejam, mas já vomitam peçonha sobre os antecessores, rasgando promessas e boas intenções. Anunciando entradas de leão nas parcerias ferroviárias internacionais e prenunciando saídas de sendeiro. Prometendo talhar a direito, logo depois recuando, para depois voltarem ao mesmo. Prometendo apertar o cinto do Estado, para logo depois estrangularem as famílias médias. Em cerimónias de bandeira e hino desancarem os antecessores, delapidando a cultura de Estado. E, finalmente, compungidos pela antevisão do mal que irão provocar, implorando paz e consensos aos parceiros sociais.
Como é possível ser optimista neste contexto internacional e nacional?
Valha-nos ser modestos e recolhidos. Assinámos o Memorando? Pois cumpramo-lo, sem posturas de menino bem comportado, nem poses de primeira comunhão. Se possível, chegando aos resultados pretendidos, com a menor dor possível e mantendo algumas jóias de família.
Quanto à ideologia, a tal neoliberal, bem entendido, se ainda alguma coisa resta, esqueçamo-la. O povo não come ideologia e a ‘troika' dispensa-a.
No meio de um mar revolto e instável, será possível aguentar o barco? Contemos apenas connosco, o salva-vidas não vem a caminho.» [DE]
E quando apareceu já era pequeno para cobrir os novos carentes, Espanha e Itália. As ‘eurobonds' já deviam ter sido criadas há dez, há cinco, ou pelo menos há dois anos, quando os juros das obrigações das dívidas soberanas começaram a descolar da alemã. A taxa sobre as transacções financeiras, em vez de ser vista como uma relíquia esquerdista, deveria ter sido adoptada já há dois anos e meio, no início da crise. E ninguém ainda conseguiu esclarecer se as receitas da versão proposta revertem para a União, ou para os Estados Membros onde se realizam as operações. A governação económica, que Merkel e Sarkozy nos pretendem agora vender sob a batuta do inefável senhor Van Rampuy, afinal nasceu da Comissão, está a ser podada no Parlamento e nada nem ninguém autoriza a estes dois ínclitos governantes a apropriação do modelo. Quanto à constitucionalização dos tectos do défice e da dívida, nada pode ser mais redundante, pelo menos entre nós. A obrigação de cumprir os Tratados já está contida na Constituição. Repetir a aceitação de modo explícito nada acrescenta, nem garante o seu real cumprimento.
Cimeiras pré-estivais frouxas e sem garantia de cumprimento das deliberações; duetos de tenores gagos sem conhecimento da partitura; ambiente político interno, nos dois grandes, acidulado por fragilidades pré-eleitorais mais que visíveis, com um dos parceiros na grande nação líder a cantar em falsete, sem saber sequer se chega aos mínimos 5% de representação parlamentar, sem que o outro tenor garanta que volta aos camarins; finalmente, quando se esperava que o último grande país industrial da Europa prosseguisse a sua longa e triunfal marcha de crescimento, eis que este começa a revelar-se pífio, pois os automóveis não se vendem a quem não tenha meios para os comprar, asfixiado pelos credores ou seus informadores.
Como se vê, não se pode ser positivo, quanto mais optimista! Cada semana parece pior que as anteriores, cada cimeira mais frustrante que as outras, cada notação pior que as antecedentes. Apenas as reacções são previsivelmente repetidas: não, nós não somos como a Grécia, diz a Irlanda, temos competitividade e a nossa dívida vem de termos assumido o passivo da banca falida; não, nós não somos a Grécia, diz Portugal, nunca tivemos meio mês de subsídio pela Páscoa; não, nós não temos a baixa competitividade de Portugal, diz a Espanha; não, a nossa dívida está quase toda parqueada na nossa banca, diz a Itália; não, nós não somos a Grécia nem Portugal, dizem os EUA, seremos sempre "triplo A", diz Obama. As desculpas e frágeis arrogâncias tornaram-se completamente previsíveis.
Quanto às saídas, todos os dias aparecem conselheiros: que deveríamos iniciar uma purga de óleo de rícino e depois voltar a comer, mas só dieta, desmantelando o estado social que levou gerações a construir; que deveríamos deixar de investir em infra-estruturas, luxos a que não temos direito, mesmo que altamente subsidiados pela Europa; que deveríamos oferecer aos chineses a nossa dívida; que deveríamos adoptar uma diplomacia económica agressiva, vendendo mais para o Atlântico Sul, sem repararmos que, todo junto, ele não chega a 10% do que vendemos; há quem se lembre da China e Índia, sem sabermos como produzir sustentadamente para mercados que tudo absorvem, mas exigem continuidade e dimensão; e finalmente que deveríamos abandonar a zona euro, com ou sem negociação prévia, tornando as nossas exportações mais competitivas, sem fazer as contas ao custo da componente importada em tantos produtos de fraco valor acrescentado.
Pelo meio, a mudança de poder em pouco ajuda: os novos titulares ainda não têm políticas que se vejam, mas já vomitam peçonha sobre os antecessores, rasgando promessas e boas intenções. Anunciando entradas de leão nas parcerias ferroviárias internacionais e prenunciando saídas de sendeiro. Prometendo talhar a direito, logo depois recuando, para depois voltarem ao mesmo. Prometendo apertar o cinto do Estado, para logo depois estrangularem as famílias médias. Em cerimónias de bandeira e hino desancarem os antecessores, delapidando a cultura de Estado. E, finalmente, compungidos pela antevisão do mal que irão provocar, implorando paz e consensos aos parceiros sociais.
Como é possível ser optimista neste contexto internacional e nacional?
Valha-nos ser modestos e recolhidos. Assinámos o Memorando? Pois cumpramo-lo, sem posturas de menino bem comportado, nem poses de primeira comunhão. Se possível, chegando aos resultados pretendidos, com a menor dor possível e mantendo algumas jóias de família.
Quanto à ideologia, a tal neoliberal, bem entendido, se ainda alguma coisa resta, esqueçamo-la. O povo não come ideologia e a ‘troika' dispensa-a.
No meio de um mar revolto e instável, será possível aguentar o barco? Contemos apenas connosco, o salva-vidas não vem a caminho.» [DE]
Parecer:
António Correia de Campos.
Portugal: o país dos filhos da mãe
«Sempre ouvi dizer que este país "é dos políticos", "dos banqueiros", "dos grandes grupos e famílias". Dos "poderosos". Uma espécie de grupelho nebuloso e indefinido que controla as traves mestras daquilo a que chamamos edifício societário.
Mas o que é comum a toda estas pessoas para além de serem seres humanos, qual é o traço que os distingue dos demais? Para mim o problema não está na profissão, no poder que um qualquer mortal detém ou na maior ou menor influência que alguém é capaz de exercer, na figura distinta ou estatuto, no título ou na conta bancária mais recheada, no apelido pomposo desenhado no cartão de cidadão ou no cargo desempenhado. Há gente boa e válida em todos os lugares. Para mim o verdadeiro problema deste burgo começa no carácter de quem manda, de quem tem acesso a, de quem mexe os cordelinhos, de quem decide o destino das coisas e das pessoas, de quem nos governa ou de quem governa os trilhos que precisamos de percorrer.
E a verdade é que grande parte dos motores da nossa sociedade estão entregues a fracos pilotos, alguns sem carta. A falta de carácter e de honestidade de quem tem as chaves da porta que precisamos de ver entreaberta é muitas vezes evidente. O senhor cínico do elevador dos sonhos é quase sempre um calhau com olhos. Os filhos da mãe estão em todo lado, e lado a lado com as pessoas mentalmente sãs. Misturados, escondidos nos cargos intermédios da podridão.
Amigos de amigos de amigos. Ratos nojentos. Incapazes intelectuais que se alimentam do lixo que os próprios produzem. Na política, nas empresas, na imprensa, na secretária mesmo ao lado (podem olhar) ou no café. E o mais chato é que neste país a meritocracia é pouco mais do que uma palavrinha que consta do dicionário. O mérito e a distinção são geralmente controlados por um qualquer infeliz que na 4ª classe passava a vida entre as barrelas no balneário e as idas ao poste intermináveis no campo de jogos e que, por esse facto, por ter as bolinhas amassadas e recalcamentos inultrapassáveis, vivem a vida numa verdadeira intifada contra quem luta por ser melhor, com medo permanente das sombras e da diferença.
Lambem o rabinho a quem lhes convém e lixam quem não lhes convém. E perdem-se assim pessoas, projectos e ideias válidas. Neste país para alguém conseguir ser o que ambiciona tem de ser cem vezes mais persistente, duzentas vezes mais forte e trezentas vezes mais honesto do que esta corja. E mesmo assim a maioria desiste e parte. Nota a quem se sentir visado por estas minhas palavras: sois uns bandalhos sem alma ou vergonha. E no dia em que este país mudar e deixar de premiar a mediocridade, o vosso reinado termina à mesma velocidade que começou.E nesse dia quero estar no camarote a assistir.» [Expresso]
Mas o que é comum a toda estas pessoas para além de serem seres humanos, qual é o traço que os distingue dos demais? Para mim o problema não está na profissão, no poder que um qualquer mortal detém ou na maior ou menor influência que alguém é capaz de exercer, na figura distinta ou estatuto, no título ou na conta bancária mais recheada, no apelido pomposo desenhado no cartão de cidadão ou no cargo desempenhado. Há gente boa e válida em todos os lugares. Para mim o verdadeiro problema deste burgo começa no carácter de quem manda, de quem tem acesso a, de quem mexe os cordelinhos, de quem decide o destino das coisas e das pessoas, de quem nos governa ou de quem governa os trilhos que precisamos de percorrer.
E a verdade é que grande parte dos motores da nossa sociedade estão entregues a fracos pilotos, alguns sem carta. A falta de carácter e de honestidade de quem tem as chaves da porta que precisamos de ver entreaberta é muitas vezes evidente. O senhor cínico do elevador dos sonhos é quase sempre um calhau com olhos. Os filhos da mãe estão em todo lado, e lado a lado com as pessoas mentalmente sãs. Misturados, escondidos nos cargos intermédios da podridão.
Amigos de amigos de amigos. Ratos nojentos. Incapazes intelectuais que se alimentam do lixo que os próprios produzem. Na política, nas empresas, na imprensa, na secretária mesmo ao lado (podem olhar) ou no café. E o mais chato é que neste país a meritocracia é pouco mais do que uma palavrinha que consta do dicionário. O mérito e a distinção são geralmente controlados por um qualquer infeliz que na 4ª classe passava a vida entre as barrelas no balneário e as idas ao poste intermináveis no campo de jogos e que, por esse facto, por ter as bolinhas amassadas e recalcamentos inultrapassáveis, vivem a vida numa verdadeira intifada contra quem luta por ser melhor, com medo permanente das sombras e da diferença.
Lambem o rabinho a quem lhes convém e lixam quem não lhes convém. E perdem-se assim pessoas, projectos e ideias válidas. Neste país para alguém conseguir ser o que ambiciona tem de ser cem vezes mais persistente, duzentas vezes mais forte e trezentas vezes mais honesto do que esta corja. E mesmo assim a maioria desiste e parte. Nota a quem se sentir visado por estas minhas palavras: sois uns bandalhos sem alma ou vergonha. E no dia em que este país mudar e deixar de premiar a mediocridade, o vosso reinado termina à mesma velocidade que começou.E nesse dia quero estar no camarote a assistir.» [Expresso]
Parecer:
Tiago Mesquita.
O Gaspar está a gripar?
«O governo não terá ficado satisfeito com os números publicados ontem pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) sobre o ritmo da execução orçamental portuguesa. Primeiro, porque as poupanças conseguidas são ainda conquistas de Sócrates. Segundo, porque o motor da consolidação, a receita fiscal, está a gripar e o que normalmente corre bem não está a correr. » [i]
Parecer:
O problema vai ser quando a recessão resultar numa redução da receita fiscal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
O "bom" exemplo que vem da Madeira
«Vinte e oito direcções regionais, cinco institutos, 33 empresas, algumas tecnicamente falidas, fazem o leque da estrutura governativa da Região Autónoma da Madeira. Uma máquina que o PSD-Madeira reconhece ser maior que a do continente, mas diz não ser um problema apenas da região.
Só as empresas públicas ou participadas da Região Autónoma da Madeira fecharam o ano passado com 33,6 milhões de prejuízo e resultados transitados negativos de 471,7 milhões de euros. As 33 e três empresas públicas ou participadas pela região devem 5242 milhões de euros, um valor superior a toda a riqueza gerada pela actividade económica. 44,7% da dívida das empresas regionais corresponde a endividamento directo junto da banca.» [i]
Só as empresas públicas ou participadas da Região Autónoma da Madeira fecharam o ano passado com 33,6 milhões de prejuízo e resultados transitados negativos de 471,7 milhões de euros. As 33 e três empresas públicas ou participadas pela região devem 5242 milhões de euros, um valor superior a toda a riqueza gerada pela actividade económica. 44,7% da dívida das empresas regionais corresponde a endividamento directo junto da banca.» [i]
Parecer:
Estamos perante um abuso colossal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a troika à Madeira.»
Os verdadeiros artistas! [Expresso]