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Bairro da Bica, Lisboa
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Nisa [A. Cabral]
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Álvaro
O Álvaro é cada vez mais a anedota do governo de Passos Coelho, até agoira só disse parvoíces e da primeira vez que teve de falar a sério foi o que se viu quando foi a Madrid negociar o TGV. Agora achou que deveria ser ele a fazer-nos esquecer o contínuo descontrolo da despesa e promete o corte "histórico" na despesa. Se é o Álvaro que o diz...
«O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, prometeu nesta sexta-feira um "corte histórico" no Estado da parte da despesa, assegurando que é intenção do Governo "dar o exemplo" aos portugueses.» [CM]
«O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, prometeu nesta sexta-feira um "corte histórico" no Estado da parte da despesa, assegurando que é intenção do Governo "dar o exemplo" aos portugueses.» [CM]
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«Houve em tempos uma campanha, "Ler jornais é saber mais", que dizia o essencial: jornais. No plural. Com jornais é como com médicos. Ouvir uma segunda e terceira opinião cura-nos da estupidez, com jornais, tal como com médicos pode salvar-nos a vida. Na semana passada, a revista francesa L'Express revelava que o relatório médico de Nafissatou Diallo, a mulher que acusava Strauss-Kahn, dizia: "Causa dos ferimentos: violação". Ora, esta semana, o procurador de Nova Iorque que investigava o caso nem o levou a tribunal, por total falta de provas. Então não havia pelo menos a "prova" do relatório médico para se discutir em tribunal? Quem só leu L'Express deve ter ficado estupefacto. Mas a resposta deu-a a agência Reuters, que foi buscar um procurador americano para explicar o que são os relatórios médicos preliminares. E ele disse: "Se eu for de bicicleta, caio, e digo ao médico que fui agredido, ele escreve no relatório 'Causa: agressão'". Cabe, depois, à polícia e aos procuradores investigarem (nomeadamente confirmando com médicos se aquele tipo de ferimento pode ser de agressão ou de outra causa). Foi o que fez o procurador de Nova Iorque. Investigou e fez um relatório de quase 60 mil caracteres dos quais mais de 6 mil (tamanho de cinco crónicas minhas) foram dedicados às "provas médicas". Conclusão do procurador: nada de provas. A certeza do L'Express vinha-lhe de não saber do que estava a falar. Acontece tanto. » [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
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«1.Conforme prometido, regressamos hoje a um assunto que considero central para a melhoria da qualidade da nossa democracia e para a moralidade da nossa conta pública: a colonização do Estado pelos partidos políticos, nomeando companheiros e camaradas políticos sem apelo nem agravo. Sem um critério compreensível e (muitas vezes) justificável. E a consagração das diretas para a eleição dos líderes dos dois principais partidos veio agravar o problema: quem ganha tende a recompensar os militantes que trabalharam a máquina partidário, aliciando concelhias, secções ou distritais (depende da nomemclatura particular de cada partido) para arregimentar a sua falange de apoio. Infelizmente, Passos Coelho não teve coragem (nem vontade?) para resolver esta tragédia nacional.
2. Inicialmente, a criação de um site em que o governo divulgaria as nomeações para os vários gabinetes ministeriais , bem como as respetivas remunerações, pareceu-me uma ideia louvável. Muito meritório. Porém, foi uma mera ilusão: o site é, apenas e só, uma operação de marketing bem pensada. Desde logo, revela descoordenação: há ministérios que estabelecem a comparação com o governo anterior, enquanto que outros omitem essa informação. Ou se fazia a comparação global, ou não se fazia - assim cheira que o governo esconde alguma coisa. Parece que a transparência é encarada apenas como um slogan bonito, que o executivo de Passos Coelho usa quando lhe é conveniente. Depois, há dados que indignam, sobretudo em tempos de austeridade, em que os portugueses, trabalhadores e honestos, são pilhados fiscalmente: há secretarias de Estado e ministérios em que, mesmo sendo duvidosa a própria utilidade de ter um ministro ou secretário de Estado para aquele setor, são nomeados assessores, colaboradores e - imagine-se! - inventaram a figura dos especialistas para darem emprego a mais gente. Veja-se o caso do Desporto: eu tenho dúvidas sobre a utilidade de ter um secretário de Estado dedicado a essa área, tal como no caso da Cultura. Que diabo!: então, o secretário de estado adjunto do Adjunto faz o quê? Lê os jornais e os blogues? Mas, imagine só o leitor, que o nosso excelso secretário de Estado do desporto nomeou - nada mais, nada menos - que três adjuntos e 5 especialistas! E sei que muito dos chamados especialistas, nunca trabalharam na área...mas,para o governo, são especialistas. Porventura, o significado da palavra "especialista" foi alterado com o acordo ortográfico.
Assim, um governo com sentido de Estado, corajoso e - mais importante - solidário com os sacrifícios dos portugueses, deveria fazer o seguinte:
a) Repensar o que é público e o que é privado, para não existirem promiscuidades indesejáveis, focando a atuação do Estadono essencial, nomeadamente na promoção da justiça social;
b) Definir, de uma vez por todas, quais são os cargos de confiança política, que devem mudar com a alteração de governo. Só - mesmo só! - estes deveriam estar abrangidos pela discricionaridade política na sua nomeação, enquanto os restantes deveriam encontrar-se submetidos às regras da contratação pública, observando-se os princípios da transparência, da imparcialidade e da igualdade na selecção dos candidatos.
c) Deveria prever-se um limite legal para as nomeações de assessores por atividade, permitindo-se mais para o Primeiro-ministro e menos para o Desporto ou a Cultura e outras áreas. Sempre que excedesse tal limite, o ministro ou o secretário de Estado teria de justificar, explicitando as razões concretas que levam à nomeção do assessor em causa. Gostaria, ainda, que o Parlamento, no exercício das suas funções de fiscalização do executivo, interrogasse a utilidade de tantos assessores. O problema é que os senhores deputados também têm o fetiche de ter assessores para tudo e para nada... Tenho noção de que este meu desejo é, nos dias que correm, uma utopia. Podem apelidar-me de sonhador. Mas, graças a Deus, que tendo em conta os mails de leitores que recebo, não sou o único.... » [Expresso]
2. Inicialmente, a criação de um site em que o governo divulgaria as nomeações para os vários gabinetes ministeriais , bem como as respetivas remunerações, pareceu-me uma ideia louvável. Muito meritório. Porém, foi uma mera ilusão: o site é, apenas e só, uma operação de marketing bem pensada. Desde logo, revela descoordenação: há ministérios que estabelecem a comparação com o governo anterior, enquanto que outros omitem essa informação. Ou se fazia a comparação global, ou não se fazia - assim cheira que o governo esconde alguma coisa. Parece que a transparência é encarada apenas como um slogan bonito, que o executivo de Passos Coelho usa quando lhe é conveniente. Depois, há dados que indignam, sobretudo em tempos de austeridade, em que os portugueses, trabalhadores e honestos, são pilhados fiscalmente: há secretarias de Estado e ministérios em que, mesmo sendo duvidosa a própria utilidade de ter um ministro ou secretário de Estado para aquele setor, são nomeados assessores, colaboradores e - imagine-se! - inventaram a figura dos especialistas para darem emprego a mais gente. Veja-se o caso do Desporto: eu tenho dúvidas sobre a utilidade de ter um secretário de Estado dedicado a essa área, tal como no caso da Cultura. Que diabo!: então, o secretário de estado adjunto do Adjunto faz o quê? Lê os jornais e os blogues? Mas, imagine só o leitor, que o nosso excelso secretário de Estado do desporto nomeou - nada mais, nada menos - que três adjuntos e 5 especialistas! E sei que muito dos chamados especialistas, nunca trabalharam na área...mas,para o governo, são especialistas. Porventura, o significado da palavra "especialista" foi alterado com o acordo ortográfico.
Assim, um governo com sentido de Estado, corajoso e - mais importante - solidário com os sacrifícios dos portugueses, deveria fazer o seguinte:
a) Repensar o que é público e o que é privado, para não existirem promiscuidades indesejáveis, focando a atuação do Estadono essencial, nomeadamente na promoção da justiça social;
b) Definir, de uma vez por todas, quais são os cargos de confiança política, que devem mudar com a alteração de governo. Só - mesmo só! - estes deveriam estar abrangidos pela discricionaridade política na sua nomeação, enquanto os restantes deveriam encontrar-se submetidos às regras da contratação pública, observando-se os princípios da transparência, da imparcialidade e da igualdade na selecção dos candidatos.
c) Deveria prever-se um limite legal para as nomeações de assessores por atividade, permitindo-se mais para o Primeiro-ministro e menos para o Desporto ou a Cultura e outras áreas. Sempre que excedesse tal limite, o ministro ou o secretário de Estado teria de justificar, explicitando as razões concretas que levam à nomeção do assessor em causa. Gostaria, ainda, que o Parlamento, no exercício das suas funções de fiscalização do executivo, interrogasse a utilidade de tantos assessores. O problema é que os senhores deputados também têm o fetiche de ter assessores para tudo e para nada... Tenho noção de que este meu desejo é, nos dias que correm, uma utopia. Podem apelidar-me de sonhador. Mas, graças a Deus, que tendo em conta os mails de leitores que recebo, não sou o único.... » [Expresso]
Autor:
João Lemos Esteves.
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«A Ongoing contratou Costa Pina, que desempenhou as funções de secretário de Estado do Tesouro, no Governo de José Sócrates, fazendo parte da equipa de Teixeira dos Santos.» [DE]
Parecer:
Esta Ongoing é muito pluralista, dantes sabia dos segredos da secreta e agora fica a conhecer os segredos financeiros do Estado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
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«Kadafi já tinha manifestado em público a sua admiração por Condoleezza Rice. Mas uma descoberta recente revela que o líder líbio teria muito mais do que uma simples admiração pela ex-secretária de Estado norte-americana, a quem chegou a chamar a sua "querida mulher negra de origem africana".
Na tomada de posse do palácio presidencial de Kadafi, em Trípoli, os rebeldes líbios descobriram um álbum de fotografias inteiramente dedicado a Condoleezza Rice e que alguns média norte-americanos classificaram como uma "paixão adolescente".» [JN]
Na tomada de posse do palácio presidencial de Kadafi, em Trípoli, os rebeldes líbios descobriram um álbum de fotografias inteiramente dedicado a Condoleezza Rice e que alguns média norte-americanos classificaram como uma "paixão adolescente".» [JN]
Parecer:
Não lhe gabo o gosto.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
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«Barack Obama alertou esta sexta-feira para a probabilidade de o furacão Irene, que se aproxima da costa Leste dos Estados Unidos, causar uma tempestade “histórica”. O mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, já deu ordens para que sejam evacuadas partes da cidade.» [Público]
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«Os cigarros mal apagados são uma das causas de incêndios e uma simples distracção pode causar danos irreparáveis em habitações ou em espaços exteriores. Para atenuar os riscos, a Comissão Europeia elaborou em 2010 uma norma de segurança europeia que introduz alterações no papel para garantir que os cigarros se auto-extingam quando não estão a ser activamente fumados. Em Portugal já estão no mercado cigarros com requisito LIP (menor propensão para ignição) e a partir de 17 de Novembro todos os cigarros comercializados na União Europeia terão que cumprir esta exigência.» [Público]
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