sábado, agosto 27, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Bairro da Bica, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Nisa [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Álvaro

O Álvaro é cada vez mais a anedota do governo de Passos Coelho, até agoira só disse parvoíces e da primeira vez que teve de falar a sério foi o que se viu quando foi a Madrid negociar o TGV. Agora achou que deveria ser ele a fazer-nos esquecer o contínuo descontrolo da despesa e promete o corte "histórico" na despesa. Se é o Álvaro que o diz...

«O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, prometeu nesta sexta-feira um "corte histórico" no Estado da parte da despesa, assegurando que é intenção do Governo "dar o exemplo" aos portugueses.» [CM]
 

 
  

 Era tão bom aprender a lição

«Houve em tempos uma campanha, "Ler jornais é saber mais", que dizia o essencial: jornais. No plural. Com jornais é como com médicos. Ouvir uma segunda e terceira opinião cura-nos da estupidez, com jornais, tal como com médicos pode salvar-nos a vida. Na semana passada, a revista francesa L'Express revelava que o relatório médico de Nafissatou Diallo, a mulher que acusava Strauss-Kahn, dizia: "Causa dos ferimentos: violação". Ora, esta semana, o procurador de Nova Iorque que investigava o caso nem o levou a tribunal, por total falta de provas. Então não havia pelo menos a "prova" do relatório médico para se discutir em tribunal? Quem só leu L'Express deve ter ficado estupefacto. Mas a resposta deu-a a agência Reuters, que foi buscar um procurador americano para explicar o que são os relatórios médicos preliminares. E ele disse: "Se eu for de bicicleta, caio, e digo ao médico que fui agredido, ele escreve no relatório 'Causa: agressão'". Cabe, depois, à polícia e aos procuradores investigarem (nomeadamente confirmando com médicos se aquele tipo de ferimento pode ser de agressão ou de outra causa). Foi o que fez o procurador de Nova Iorque. Investigou e fez um relatório de quase 60 mil caracteres dos quais mais de 6 mil (tamanho de cinco crónicas minhas) foram dedicados às "provas médicas". Conclusão do procurador: nada de provas. A certeza do L'Express vinha-lhe de não saber do que estava a falar. Acontece tanto. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
 A partidarite aguda dos boys do governo... e a tragédia do Estado!

«1.Conforme prometido, regressamos hoje a um assunto que considero central para a melhoria da qualidade da nossa democracia e para a moralidade da nossa conta pública: a colonização do Estado pelos partidos políticos, nomeando companheiros e camaradas políticos sem apelo nem agravo. Sem um critério compreensível e (muitas vezes) justificável. E a consagração das diretas para a eleição dos líderes dos dois principais partidos veio agravar o problema: quem ganha tende a recompensar os militantes que trabalharam a máquina partidário, aliciando concelhias, secções ou distritais (depende da nomemclatura particular de cada partido) para arregimentar a sua falange de apoio. Infelizmente, Passos Coelho não teve coragem (nem vontade?) para resolver esta tragédia nacional.

2. Inicialmente, a criação de um site em que o governo divulgaria as nomeações para os vários gabinetes ministeriais , bem como as respetivas remunerações, pareceu-me uma ideia louvável. Muito meritório. Porém, foi uma mera ilusão: o site é, apenas e só, uma operação de marketing bem pensada. Desde logo, revela descoordenação: há ministérios que estabelecem a comparação com o governo anterior, enquanto que outros omitem essa informação. Ou se fazia a comparação global, ou não se fazia - assim cheira que o governo esconde alguma coisa. Parece que a transparência é encarada apenas como um slogan bonito, que o executivo de Passos Coelho usa quando lhe é conveniente. Depois, há dados que indignam, sobretudo em tempos de austeridade, em que os portugueses, trabalhadores e honestos, são pilhados fiscalmente: há secretarias de Estado e ministérios em que, mesmo sendo duvidosa a própria utilidade de ter um ministro ou secretário de Estado para aquele setor, são nomeados assessores, colaboradores e - imagine-se! - inventaram a figura dos especialistas para darem emprego a mais gente. Veja-se o caso do Desporto: eu tenho dúvidas sobre a utilidade de ter um secretário de Estado dedicado a essa área, tal como no caso da Cultura. Que diabo!: então, o secretário de estado adjunto do Adjunto faz o quê? Lê os jornais e os blogues? Mas, imagine só o leitor, que o nosso excelso secretário de Estado do desporto nomeou - nada mais, nada menos - que três adjuntos e 5 especialistas! E sei que muito dos chamados especialistas, nunca trabalharam na área...mas,para o governo, são especialistas. Porventura, o significado da palavra "especialista" foi alterado com o acordo ortográfico.

Assim, um governo com sentido de Estado, corajoso e - mais importante - solidário com os sacrifícios dos portugueses, deveria fazer o seguinte:

a) Repensar o que é público e o que é privado, para não existirem promiscuidades indesejáveis, focando a atuação do Estadono essencial, nomeadamente na promoção da justiça social;

b) Definir, de uma vez por todas, quais são os cargos de confiança política, que devem mudar com a alteração de governo. Só - mesmo só! - estes deveriam estar abrangidos pela discricionaridade política na sua nomeação, enquanto os restantes deveriam encontrar-se submetidos às regras da contratação pública, observando-se os princípios da transparência, da imparcialidade e da igualdade na selecção dos candidatos.

c) Deveria prever-se um limite legal para as nomeações de assessores por atividade, permitindo-se mais para o Primeiro-ministro e menos para o Desporto ou a Cultura e outras áreas. Sempre que excedesse tal limite, o ministro ou o secretário de Estado teria de justificar, explicitando as razões concretas que levam à nomeção do assessor em causa. Gostaria, ainda, que o Parlamento, no exercício das suas funções de fiscalização do executivo, interrogasse a utilidade de tantos assessores. O problema é que os senhores deputados também têm o fetiche de ter assessores para tudo e para nada... Tenho noção de que este meu desejo é, nos dias que correm, uma utopia. Podem apelidar-me de sonhador. Mas, graças a Deus, que tendo em conta os mails de leitores que recebo, não sou o único.... » [Expresso]

Autor:

João Lemos Esteves.
     

 A Ongoing contrata ex-secretário de Estado do Tesouro de Sócrates

«A Ongoing contratou Costa Pina, que desempenhou as funções de secretário de Estado do Tesouro, no Governo de José Sócrates, fazendo parte da equipa de Teixeira dos Santos.» [DE]

Parecer:

Esta Ongoing é muito pluralista, dantes sabia dos segredos da secreta e agora fica a conhecer os segredos financeiros do Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Kadafi

«Kadafi já tinha manifestado em público a sua admiração por Condoleezza Rice. Mas uma descoberta recente revela que o líder líbio teria muito mais do que uma simples admiração pela ex-secretária de Estado norte-americana, a quem chegou a chamar a sua "querida mulher negra de origem africana".

Na tomada de posse do palácio presidencial de Kadafi, em Trípoli, os rebeldes líbios descobriram um álbum de fotografias inteiramente dedicado a Condoleezza Rice e que alguns média norte-americanos classificaram como uma "paixão adolescente".» [JN]

Parecer:

Não lhe gabo o gosto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 "Irene" ameaça Nova Iorque, Obama fala em temporal histórico

«Barack Obama alertou esta sexta-feira para a probabilidade de o furacão Irene, que se aproxima da costa Leste dos Estados Unidos, causar uma tempestade “histórica”. O mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, já deu ordens para que sejam evacuadas partes da cidade.» [Público]
    
 Já estão à venda cigarros anti-incêndio
 
«Os cigarros mal apagados são uma das causas de incêndios e uma simples distracção pode causar danos irreparáveis em habitações ou em espaços exteriores. Para atenuar os riscos, a Comissão Europeia elaborou em 2010 uma norma de segurança europeia que introduz alterações no papel para garantir que os cigarros se auto-extingam quando não estão a ser activamente fumados. Em Portugal já estão no mercado cigarros com requisito LIP (menor propensão para ignição) e a partir de 17 de Novembro todos os cigarros comercializados na União Europeia terão que cumprir esta exigência.» [Público]