Esta semana o governo viu três medidas serem consideradas inconstitucionais, uma por estupidez que nem chegou a ser analisada, outra por incompetência pois o TC concluiu que estava mal concebida e uma terceira por abuso pois o TC considerou excessiva. Por sua vez, os funcionários públicos ficaram a saber que para eles o princípio da igualdade só os protege abaixo dos 1000 euros, acima desse montante é possível o governo cortar os seus vencimentos, apenas tem a obrigação de ser preciso quanto à percentagem do corte. O princípio da igualdade deve ser lido pelo governo como um “usa ma na abuses”.
Depois de várias tentativas falhadas de cortar as pensões Passos Coelho quer agora que o corte se designe reforma da segurança social e tenha a concordância do PS. Seguro apressou-se a dizer que não e Costa criticou uma reforma assente em cortes, desta forma Passos escapou-se a uma crítica por incompetência e ainda pode acusar o PS pro este partido não colaborar na salvação do país.
O competentíssimo governador do BdP deve estar divertido assistindo às dúvidas que se colocam sobre a estabilidade do sistema financeiro, como o Montepio na primeira linha das suspeitas. Perante o receio de vir a ser acusado de nada ter feito desencadeou várias auditorias judiciais que apregoou no parlamento. Não seria melhor extinguir o BdP e dar ao Banco de Espanha jurisdição sobre Portugal?
Quem ficaria tramado com esta solução era o rebento do Durão Barroso, um rapaz tão bom, tão bom que o senhor Costa decidiu convidá-lo para os quadros do banco sem qualquer concurso. Se o rapaz era tão bom porque razão teve medo de ir a um concurso? Começa a ser evidente que na família a coragem não abunda e se o pai fugiu do país para um tacho em Bruxelas, agora é o filho que agarra um tacho ante que o pai volte, não se importando de ficar com um carimbo na testa, o carimbo de afilhado.