domingo, agosto 03, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Cegonha, Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
  
 Jumento do dia
    
Tozé, o melhor surfista de Penamacor

Quando o caso BES começou a dar nas vistas Seguro aproveitou a ocasião para ter o seu momento televisivo, pediu um reunião inédita com o governador do BdP e saiu com o ar mais tranquilo deste mundo e a vender tranquilidade aos portugueses. Agora que sabe que uma intervenção é inevitável Seguro defende que o Estado não deve intervir para desta forma aproveitar a incoerência em que Passos vai cair quando decidir a intervenção que já tem vindo a ser preparada na comunicação social.

O problema é que qualquer português sabe que uma falência do BES seria um desastre e se Seguro fosse primeiro-ministro acabaria por intervir. Digamos quee estamos perante mais uma surfada do surfista de Penamacor.

«O secretário-geral do PS, António José Seguro, rejeitou que o Estado venha a intervir no Banco Espírito Santo (BES), a exemplo do que sucedeu com o Banco Português de Negócios (BPN).  

"[O BES] não pode transformar-se num novo BPN. Isso tem de ficar muito claro porque é altura dos privados, em particular dos acionistas, assumirem as responsabilidades da sua decisão. Não se pode pedir aos contribuintes portugueses que assumam responsabilidades de más decisões ou alegadas irregularidades, segundo aquilo que tem vindo a público", disse António José Seguro à Lusa, em Cantanhede, na sexta-feira, à margem de uma visita à feira comercial, industrial e agrícola (Expofacic).

Pedro Passos Coelho confirmou na sexta-feira que o Banco de Portugal irá fazer o que for necessário para garantir a estabilidade.

"Esta é uma fase em que o supervisor, o Banco de Portugal, precisará de monitorizar a situação e propor aquilo que achar que é adequado e recomendável. Aquilo que é importante, em qualquer caso, é que as pessoas saibam que o supervisor, o Banco de Portugal, tomará todas as medidas que são necessárias, de modo a garantir a estabilidade financeira", disse o primeiro-ministro, em declarações citadas pelas televisões, no Algarve, onde está de férias.» [Expresso]

 É pena que só possamos nomear um comissário

Se fosse possível nomear uns mil poderíamos livrar o paíos de imbecis, aldrabões e oportunistas. Assim, não é mandando só o Moedas que o país ganha grande coisa.
  
 Dúvida

Quantos dias faltam para que Passos Coelho vá acudir os accionistas do BES com dinheiro dos contribuintes?

 Coincidências

O BES esperou pela saída limpa da troika para estourar, agora esperemos que a saída do Moedinhas não represente mais um degrau no estoiro do banco.
  
 Portugal é um clube de futebol?

Por aquilo que vai saindo na comunicação social Passos Coelho não permitiu a Maria Luíz para a Comissão FC porque o Juncker não bateu a cláusula de rescisão. Pobre Maria Luís, vai ter de continuar a ter o ordenado pago pelo governo e arrisca-se a não ter clube na próxima época que o PPD perder a liga.
  
 Dúvida

Quem me garante que os mesmos jornalistas que beneficiavam de férias na neve ou no mar pagas por Ricardo Salgado não terão inventado acusações ou promovido a publicação de peças em judiciais em segredo de justiça contra determinados políticos a pedido do mesmo Ricardo Salgado.
  
Não foi só a divina família a ir á falência, foi toda uma comunicação social corrupta que nos úoltimos anos tem vindo a destruir a democracia em colaboração com o poder económico e com paus mandados do meio judicial.


      
 “Criança que fui e homem que sou e nada mudou”
   
«Foram convocadas eleições primárias para abrir o PS à sociedade, mas a avaliar pela entrevista que deu à Visão, para já o que temos é uma abertura do próprio António José Seguro à sociedade. «Seguro nunca falou assim em público. Duro e direto. Solto. Numa tarde em Penamacor, Seguro abriu o livro», nota Miguel Carvalho da Visão. E a abertura do livro começa justamente na Penamacor que o viu nascer e nos ensinamentos que recebeu de António Ribeiro Sanches, médico e velho sábio: «Todo o poder assenta no saber, dizia ele. Hoje parece o contrário». Ah pois parece, sem dúvida. «Seguro fala das pedras graníticas e de memórias, com um olhar quase infantil». Qualquer semelhança entre isto e a poética de Tony Carreira não será pura coincidência nem marketing eleitoral, já que o cantor é também ele natural da beira baixa. (“Em cada canção trago esse lugar no meu coração/Criança que fui e homem que sou e nada mudou/ E hoje a cantar não posso esquecer aquele lugar que me viu nascer”.)

Seguro recorda que na juventude «via a televisão espanhola, mais do que a RTP. Vi a chegada ao poder de Felipe Gonzalez e Alfonso Guerra, no PSOE, trinta e poucos anos cheios de garra. Em Espanha, a política era feita com muita alegria». Alfonso Guerra, grande exemplo de separação entre política e negócios, deu realmente muitas alegrias a Gonzalez. Mas pronto, antes assim: se tivesse visto mais a RTP, ainda podia ter ido para o PSD de Sá Carneiro, que «simbolizava a coragem para afrontar o sistema e o politicamente correto». Convites para isso não faltaram. A outra referência política é Mitterrand: «Tenho talvez aquela força tranquila de Mitterrand». Talvez.

Aos 19 anos, António José foi forçado a ir para junto da «corte de iluminados de Lisboa», de onde, apesar destas tentativas recentes, ainda não conseguiu sair. Naquele tempo, os anos 80, Penamacor ainda não tinha a Universidade que ali vai nascer quando Seguro for primeiro-ministro. O «dinheiro era contadinho», embora nem sempre tenha conseguido resistir aos vícios da capital: «pertencia ao grupo que terminava as noites no Cacau da Ribeira, ia ao Jamaica e também ao Plateau». «Gozei bem esses tempos e não precisei de muito dinheiro. E a intervenção na associação de estudantes foi a melhor formação para gerir orçamentos». Seriam assim basicamente estes os modelos de política orçamental em confronto no próximo ano eleitoral, não fora esse imitador do António Costa: de um lado Passos que, inspirado em Merkel, segue o modelo da dona de casa; do outro, Seguro que, inspirado na sua própria experiência, segue o modelo da associação de estudantes. Mas se contra tudo e contra todos, Seguro vencer Costa e depois Passos, ainda vamos assistir a mais inovações: «não irei tolerar que qualquer membro do meu governo tenha a mínima suspeita. Na dúvida deve demitir-se». Teríamos remodelações numa base quinzenal e assim nenhum quadro do Laboratório de Ideias ficaria triste por não chegar a ministro.
  
Dos Bourbons diz-se que não esqueceram nada nem aprenderam nada. De Seguro também se pode dizer que não esquece nada, mas aprendeu agora, ao fim de 30 anos de JS e PS, que na política «para algumas pessoas, o que interessa é aquele que dá poder e o distribuiu». Seguro não esquece, por exemplo, o comportamento de António Costa: «foi o pior que se podia imaginar. E foi feito na frente de todos os portugueses»... Se ainda tivesse sido feito numa comissão política, em que acabassem os dois aos abraços, tudo bem. Agora, em frente de todos os portugueses? Chocante. Outro erro de Costa é não compreender que «a esquerda precisa de mostrar que é rigorosa com a despesa e as finanças públicas». A direita, que tem gerido isto tão bem, não precisa de mostrar nada. A esquerda é que precisa. Além disso, Costa e os seus apoiantes também não perceberam que, em 2011, «o PS teve 28%, o segundo pior resultado em legislativas. Não aprendemos nada?». Nem perceberam que, agora, em 2014, os portugueses deram ao PS «uma grande vitória», meta atingida quando se supera em três pontos percentuais uma derrota histórica.
  
A causa dos problemas políticos de Seguro está, segundo o próprio, no facto de «haver, em Portugal, um partido invisível». Ao falar em partido invisível pode parecer que se está a referir àquele partido da «abstenção violenta», mas não: estamos a falar de «um partido que tem secções sobretudo nos partidos de governo, que capturou partes do Estado, que tem um aparelho legislativo paralelo através dos grandes escritórios de advogados e influencia ou comanda os destinos do país. O PS associado aos negócios e interesses apoia António Costa». Em princípio, isto deve ser gente que entrou há pouco tempo para o PS, uma vez que Seguro foi eleito com o apoio da quase totalidade dos militantes e nunca se tinha queixado. De resto, em toda a entrevista, Seguro só aceita uma crítica, e nisto não podemos deixar de o acompanhar: «não sou um bom vendedor de mim próprio».» [Jugular]
   
Autor:

Filipe Nunes
       
 Suspiro de alívio por Maria Luís ficar
   
«Fiquei contentíssimo por Carlos Moedas ir para comissário europeu. A sério. Mas eu ficaria igualmente contentíssimo se fosse João Pinho de Almeida. Ou Berta Cabral. A sério, contentíssimo. Vão ao Portal do Governo e vejam que há um fio condutor nas minhas escolhas: são secretários de Estado. Todos magníficos políticos e com visão de estadistas europeus. Não tenho dúvidas. Mas, sobretudo, eles têm isto: são secretários de Estado. Isto é, são segunda linha. Não são Passos Coelho, Paulo Portas ou Maria Luís Albuquerque. Não são daqueles em quem os portugueses veem os patrões do Governo. Os portugueses não aguentavam mais uma sorte grande internacional para um político nacional de topo. Os portugueses não podiam suportar a sensação, mais uma vez (e já foram suficientes para parecer rotina), de que são trampolim. Sentir-se-iam, mais uma vez, trocados coletivamente pelo sucesso individual de quem se serviu deles e deitou fora. Reparem, não digo que assim é, nem que Maria Luís Albuquerque, já que foi dela que mais se falou, não tem qualidades para comissária ou não deve ter essa ambição. A questão não é ela, é mais do que ela. São os portugueses, hoje. Isto é, a questão é política, domínio em que o parecer conta. Mais um fugitivo premiado, mesmo que não o seja, só pareça, não podia ser. Porque sim. Quem não entender este argumento que vá para banqueiro, onde o desdém não é vício. Num político, é. Tremendo.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
      
 O CDS queria Jaime Gama
   
«O primeiro-ministro anunciou, na sexta-feira, que será Carlos Moedas o comissário europeu. Esta escolha, como se viu ontem pelas reações, não agradou à oposição e, segundo o Expresso, Paulo Portas também não ficou contente. Para o vice-primeiro-ministro a escolha ideal seria o socialista Jaime Gama, até porque seria um “gesto de compromisso nacional”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este Portas ainda não percebeu que o seu governo vai cair e o Passos já está a tratar o futuro da sua pandilha mais íntima.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 EUA torturaram
   
«As afirmações de Barack Obama foram feitas quando se espera que o seu Governo desclassifique, nos próximos dias, um relatório do Senado que detalha os abusos cometidos pelos agentes dos serviços de informações envolvidos na perseguição à Al-Qaeda.

"Mesmo antes de chegar à Presidência, fui muito claro quanto ao facto de, no período imediato ao 11 de setembro, termos feito algumas coisas erradas", disse Obama à comunicação social.

"Fizemos muitas coisas certas, mas torturámos algumas pessoas. Fizemos coisas contrárias aos nossos valores. Quando usámos algumas técnicas de interrogatório reforçadas, técnicas que acredito e penso que qualquer pessoa honesta acredita que é tortura, atravessámos uma linha", adiantou.

No que aparentou ser uma preparação do terreno para a divulgação do relatório, que os senadores devem publicar em breve, Obama considerou que aqueles operacionais estiveram sob uma grande pressão em 2001 e nos anos seguintes.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Grande novidade. Fizeram-no a coberto de ordens de Bush que saiu imopune tal como todos os torturadores que estiveram ao seu serviço.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
     
 Este Seguro fala como o Passos Coelho
   
«"[O BES] não pode transformar-se num novo BPN. Isso tem de ficar muito claro porque é altura dos privados, em particular dos acionistas, assumirem as responsabilidades da sua decisão. Não se pode pedir aos contribuintes portugueses que assumam responsabilidades de más decisões ou alegadas irregularidades, segundo aquilo que tem vindo a público", disse António José Seguro aos jornalistas, em Cantanhede.

À margem de uma visita à feira comercial, industrial e agrícola (Expofacic), o líder socialista adiantou: "era o que mais faltava que se viesse pedir sempre aos mesmos, isto é ao povo português, que viesse cobrir os prejuízos de opções erradas do ponto de vista privado".

António José Seguro insistiu ainda na "necessidade" das instituições responsáveis pela regulação bancária em Portugal "virem a público rapidamente, esclarecer a situação e informar os portugueses".

"Isto não pode continuar como está", alertou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Isto foi o que Passos dise ou vai dizer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
   
 Mas que grande milagre
   
«Vai ser uma retoma fraca e sem emprego, dizem os mais recentes inquéritos aos empresários portugueses. É assim no sentimento económico, mas problemas concretos na produção interna propriamente dita (na indústria, no comércio)também já estão a aparecer. Em cima disto, as exportações (mesmo expurgando a componente da energia e o efeito Galp), referidas como o motor da economia, começaram a travar de forma clara.» [DN]
   
Parecer:

É este o milagre que nos foi anunciado pela Santinha da Rua da Horta Seca?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à santinha se nos abandonou.»
  
   
 Isto é só boas notícias
   
«No entanto, além dos prejuízos reportados, há mais notícias negativas a sair da apresentação de contas semestrais dos maiores bancos em Portugal. Os números permitem retirar outra conclusão com implicações sérias para a economia portuguesa: o crédito aos clientes na atividade doméstica, tanto particulares, como empresas, continuou a cair em relação aos primeiros seis meses do ano passado.» [Expresso]
   
Parecer:

O que seria de nós sem o brilhantismo económico dos Moedinhas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorrie-se.»
  
   
 Miguel Relvas baptiza filha
   
«A cerimónia religiosa teve lugar no passado dia 19 de julho em Lisboa e, para ilustrar o momento familiar marcante, o especialista em cabelos publicou no seu blogue (duartemenezes.com) uma imagem de Maria Leonor Relvas - que nasceu a 19 de maio último - ao colo dos pais sorridentes na igreja.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Em vez do devido registo o padre emitiu um diploma de mestrado já que o da licenciatura foi emitido no momento do registo da criança.

PS: O ridículo desta notícia é a própria notícia, o facto de ser notícia até parece que o filho do relvas é neto da uma qualquer rainha de Inglaterra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Quem disse que não ajudava o BES?
   
«A TVI lembra, também que "a solução vai passar por dois tipos de intervenção do Estado". Uma com a "nacionalização parcial do banco, como aconteceu no Banif" e outra através de um empréstimo. Esta segunda fase foi usada para Banif e foi também o modelo utilizado para reforçar os capitais do BCP e BPI.

"Este empréstimo será feito através da emissão de títulos de capital contigente. Contam para o cálculo os apitais próprios, que no caso do BES se encontram muito degradados depois dos prejuízos históricos apresentados esta semana", afirma da estação de Queluz, adiantando ainda que "este tipo de obrigações vai obrigar o banco a pagar uma taxa de juro ao Estado que se pode aproximar dos 10% ao ano".
  
As notícias chegam no seguimento do bloqueio da negociação das ações do banco, ontem, pela CMVM até à publicação "facto relevante", que deverá ter a ver com o plano de ajuda do Estado.» [DN]
   
Parecer:

Veremos como Passos se vai desculpar ainda que o mais certo seja continaur caladimnho na Manta Rota.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
  

   
   
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