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Vila Real de Santo António
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Tozé Seguro
Sempre que lhe apetece, Passos Coelho mete uma palhinha no rabo de António José Seguro e o líder do PS até voa, foi o que mais uma vez sucedeu com a escolha do comissário europeu português. O primeiro-ministro chamou Seguro a Belém para discutir o tema e ele, que defendia que o comissário deveria ser da área socialista, lá foi todo inchado e compenetrado da sua alta importância. Concluída a reunião de horas Passos deu o protagonismo a Seguro que explicou que a reunião tinha servido para discutir as pastas, ficando a escolha do nome para uma segunda fase.
Depois não ocorreu segunda frase, Passos Coelho geriu o dossier como bem entendeu, escolheu quem quis e logo se verá que pasta vai ser dada ao desempregado português que encontrou a sua zona de conforto em Bruxelas, um político sem dimensão, que não foi mais além do que uma derrota autárquica em Beja e que no governo fez de representante da Goldman Sachs e de moço de recado da troika.
Em bom português a conclusão é mais do que óbvia, mais uma vez Passos Coelho "comeu" o seu amigo António José Seguro, algo que tem feito sempre que lhe tem apetecido. Seguro vai ficar zangado? Não, o Tozé luta desesperadamente pela sobrevivência na liderança do PS e não pode dispensar a ajuda que lhe tem sido dada pela direita e por Passos Coelho. Sem esse apoio Seguro já estaria no balcão da farmácia.
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Passos Coelho mandou-lhe meio-bilhete de homem.
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«O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Edward Grey, teve um mês para persuadir os embaixadores dos países europeus a não começarem a Grande Guerra. Desde o assassínio do arquiduque Francisco Fernando, a 28 de junho de 1914, até ao primeiro ato de guerra, a 28 de julho, Grey tentou convencer o embaixador russo das virtudes da prudência, o alemão, de que o Reino Unido alinharia com a França e o francês, de que não contasse com solidariedade britânica. Para todos, pois, a mesma mensagem: é melhor evitar a guerra, para elas parte-se com fanfarra e regressa-se com um suspiro de alívio... Ao fim dessa maratona de um mês, sabe-se o que Edward Grey ganhou: uma frase. No entardecer do dia irremediável, olhando por uma janela do Foreign Office, ele disse: "Os candeeiros vão apagar-se por toda a Europa. Não os veremos acender outra vez nas nossas vidas." Grey tinha estudado latim e grego antigo em Oxford. O centenário da I Guerra Mundial calhou coincidir, em Portugal, com um outro cataclismo, atual, descomunal e apocalíptico. Do primeiro, as séries da BBC fazem-nos saber que, no meio do horror, brotaram pelo menos boas frases. Do segundo, se um dia merecer séries, docudramas ou filmes, receio que a única frase de jeito que encontrem para citar seja: "O que para aqui vai de prejuízos, de imparidades e de contingências." Se for uma telenovela mexicana, talvez se encontre um frase mais viva: "E tu, sacaste o teu?"» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
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«O presidente eleito da Comissão Europeia saudou hoje os governos de "inúmeros Estados-Membros" que responderam aos seus "apelos e insistências", para que fosse cumprido um critério de género, propondo-lhe mulheres "competentes" para o cargo de Comissárias Europeias.» [DN]
Parecer:
O critério da competência só foi sugerido no caso da escolha de mulheres?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
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«"Esta é uma fase em que o supervisor, o Banco de Portugal, precisará de monitorizar a situação e propor aquilo que achar que é adequado e recomendável. Aquilo que é importante, em qualquer caso, é que as pessoas saibam que o supervisor, o Banco de Portugal, tomará todas as medidas que são necessárias, de modo a garantir a estabilidade financeira", afirmou o chefe do Governo, em declarações no Algarve, onde está a gozar um período de férias, citadas pelas televisões.
"A estabilidade financeira é muito importante para a nossa economia e para o emprego, e não deixaremos de tomar todas as medidas que forem necessárias para garantir essa estabilidade", reforçou Passos Coelho.
O primeiro-ministro admitiu que se for necessário deslocar-se a Lisboa o fará, salientando, no entanto, que o vice-primeiro, Paulo Portas, e a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, estão a acompanhar a situação do banco, agora liderado pelo economista Vítor Bento.
"Se for preciso regressar a Lisboa, irei com certeza, mas está o senhor vice-primeiro-ministro à frente do Governo nesta altura, ele fará férias quando eu regressar, e a senhora ministra das Finanças também acabou as suas férias e está em posição de poder acompanhar toda esta situação. Se for necessário também não deixarei de me deslocar, mas espero que cada um no seu posto possa fazer aquilo que é preciso se for preciso fazer alguma coisa", concluiu.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Pela forma como Passos fala em ir a Lisboa até parece que está passando férias na Patagónia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se passos Coelho que com batedores e desrespeitando o código da Estrada está em Lisboa em pouco mais de duas horas.»
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