segunda-feira, dezembro 23, 2013

Há qualquer coisa de errado


Todos prometiam que a liberalização da legislação laboral teria como consequência a criação de emprego. Há qualquer coisa de errado nesta tese pois desde que foram adoptadas as novas normas, a única coisa que este governo realmente fez, não foi criado nenhum emprego, antes pelo contrário, aumentou brutalmente o desemprego.

Garantiam que com as reformas promovidas pelo governo os investidores fariam fila na fronteiras e viriam carregados de sacos cheios de dinheiro para não serem os últimos a beneficia do internacionalmente famoso milagre económico português. Mas passado este tempo apenas se registou uma quebra do investimento, não há conhecimento de um único investimento digno desse nome decidido desde que este governo tomou posse, antes pelo contrário, sabe-se do abandono de alguns investidores, como foi o caso da fábrica de baterias.

Diziam que com o ajustamento o país entraria numa fase de progresso mas não se percebe muito bem a que progresso se referem, antes pelo contraio, destruíram muita coisa boa que havia sido feita e agora o país nem sabe para onde vai, apenas se percebe que a aposta é na redução dos salários e isso significa uma aposta em empresas que empregam mão-de-obra menos qualificada.

Diziam que a desvalorização fiscal era um passo necessário para o equilíbrio das contas com o exterior mas a verdade é que no sector exportador não se apostou na desvalorização dos trabalhadores e apesar das políticas do governo as exportações mantiveram a tendência que já vinha da legislatura anterior.
  
Há qualquer coisa de errado nas políticas deste governo, não atingiram nenhum dos objectivos que supostamente as justificavam. Destas políticas não resultou nada de bom e em vez de se terem adoptado soluções construtivas optou-se por destruir muita coisa boa.

As políticas deste governo não assentam em conclusões e ordem económica, são políticas movidas por odiozinhos, por raivas antigas, por complexos de inferioridade. Estamos perante uma situação anómala, um governo que detesta uma boa parte dos portugueses e conduz as políticas do Estado como se estivesse em guerra civil com mais de metade de Portugal. É por isso que neste governo nada dá certo, onde falta a grandeza há mesquinhez em excesso.