terça-feira, março 10, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Bairro da Bica, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Vivek Prakash/Reuters]

« man carried an umbrella while riding a bicycle through the rain in Singapore Monday.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Cavaco SIlva, Presidente há três anos

A decisão do Bloco de Esquerda estra ausente quando Eduardo dos Santos for à Assembleia da República só pode merecer uma gargalhda, desde que Louçã anda armado em "esquerda moderna" e "esquerda grande" tudo faz para branquear os valores ideológicos dos que fundaram o BE, trotskystas e estalinistas. Deve ser mesmo para rir.

É que até hoje não vi Louçã renegar o trotskismo e muito menos o Fazenda condenar o estalinsimo.

TRÊS ANOS DE CAVAQUISMO PRESIDENCIAL

Com altos e baixos o cavaquismo presidência tem sido monótono, medianamente pobre e provinciano, marcado por intrigas protagonizadas por assessores anónimos. A relação com o Governo tem sido ambígua, evoluindo da estratégia dos pactos entre PS e PSD até às inconfidências cirúrgicas com Manuela Ferreira Leite.

Tal como quando foi primeiro-ministro Cavaco Silva tem-se revelado igual a si próprio, um Presidente da República mais preocupado com a sua imagem do que com o país. Vai ter mais dificuldades em manter o mandato presidencial do que teve para renovar a maioria absoluta quando foi governo, a não ser que uma candidatura de Manuela Alegre obrigue o PS a apresentar o candidato só para cumprir agenda.

A PRIMA DONA

A forma como os alegristas defendem Manuel Alegre das críticas de Lello são mais próprias de admiradores de uma prima dona do que apoiantes de um senhor político que há três anos que anda a tentar provocar uma cisão no PS, que faz chantagem com o seu partido, que vota no parlamento ao lado da direita e que prefere ir às reuniões da extrema-esquerda do que ao congresso do seu partido.

AVES DE LISBOA

Chapim-azul [Parus caeruleus]

UMA REGRA PARA CHÁVEZ OUTRA PARA OS LAGOSTINS

«Encontrar um critério para não chocar sensibilidades é difícil. Houve uma música de 1995 de Pedro Abrunhosa que nos jornais era referida como Talvez f..., apesar de passar na rádio e até ter sido cantada na televisão no programa Parabéns (sem piii). Mas o DN já não hesitou quando mais de uma década depois teve de contar o caso de uma agressão de um pai a uma professora à frente dos alunos. No artigo, pode ler-se que o agressor terá "mandado a professora à merda". É daqueles casos que mandam publicar as palavras todas para se perceber o contexto. Como no caso do resmungo de Jesse Jackson sobre o ainda candidato Barack Obama, dizendo que quando o ouvia a falar de cima com os negros tinha vontade de lhe "cortar os tomates". E se os jornais americanos escreveram sem pestanejar balls, em Portugal houve quem pudicamente traduzisse por "cortar os testículos". E logo depois, enquanto Obama não substituía George W. Bush, houve mais uma decisão difícil a tomar quando Hugo Chávez decidiu insultar os americanos. Optou-se no DN por publicar a frase completa, mas em castelhano: "váyanse al carajo, yanquis de mierda". Que jeito dá por vezes que as línguas se pareçam entre si.

Lições a tirar? Só uma e em poucas palavras. Como tudo no jornalismo, além do livro de estilo, convém bom senso. Há soluções e soluções. E em caso de dúvida...» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Leonídio Paulo Ferreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A (FON)ÉTICA

«Como meio-inglês, há coisas que me irritam. Sendo sempre adepto da Apple e dos Macs, agoniza-me quando os portugueses pronunciam "éple" ou (os que têm a mania) "eiple". Quando me dizem que desprezam os que dizem "éple" porque sabem que é "eiple", a minha única reacção é sugerir que se casem, porque foram feitos uns para os outros, comungando da mesma ignorância."Apple" diz-se como "sável" e "Mac" não se diz como o meu acrónimo, MEC, mas "maque". Quantas vezes, ao telefone, ao falar do meu maque da ápal, não fui entendido? Todas. Corrigiam-me logo: "Ah, tem um meque, da épal." Ou, tratando-se de pessoal erudito ou do Norte, "um meique da eiple".

Bem sei que estes embirranços são sinais do avanço de idade e que a intolerância fonética é um atentado à linguística. Mesmo assim, tenho pena que os portugueses - tão ansiosos de pronunciar bem - digam "épi" em vez de "happy" e "da" em vez de "the", só porque não se dão ao pequeno trabalho de aspirar o H e de sibilar à cobra, de língua colada aos dentes, o "thhhhuh". O meu teste, para as crianças que queiram aprender como se pronuncia o inglês de Inglaterra, começa com a distinção da tia, Aunt ("Aumhnt") e da formiga Ant ("Ánte") e da dança Dance ("Dáhne-se") do adjectivo para a densidade, dense ("Dên-se"). O á e o agá são abertos e aspirados, se fizerem favor. Os ás são ás e os és são és. Não é assim tão difícil, já que é igualzinho em português. Imagine-se dizer, em vez de "água", "égua" ou "eigua" e fica tudo explicado. » [Público assinantes]

Parecer:

Por Miguel Esteves Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ANEDOTA DO DIA

«O Bloco de Esquerda anunciou hoje que não vai estar presente na cerimónia de amanhã no Parlamento com o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, “face às divergências com o Governo angolano”.

Questionado pela Lusa, o gabinete de imprensa dos bloquistas afirmou que o partido não se vai fazer representar no encontro de Eduardo dos Santos com o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e os partidos com assento parlamentar, por estar em desacordo com o Governo angolano “no que diz respeito aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à própria concepção de democracia”.» [Público]

Parecer:

Os ideólogos do Bloco deveriam explicar-nos qual o conceito de democracia dos defensores da quarta internacional ou dos ex-estalinistas da UDP.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a competente gargalhada.»

ÁRBITO QUE SE ENGANOU SUPLICA A GUARDA-REDES QUE DEFENDA O PENALTI

«Un árbitro de la Liga belga, Peter Vervecken, fue el protagonista en el partido que jugaron el Gante y el Tubize. El colegido pidió un favor muy especial al portero del Tubize, Nicolás Ardouin: que parara el penalti que acababa de señalar a favor del Gante al darse cuenta de que se había equivocado. Incluso el delantero del Gante que forzó la pena máxima pidió disculpas a los jugadores del Tubize por su piscinazo en su mano a mano con el portero del Tubize.

"Después de haber señalado el penalti, el árbitro me dijo "sálvame, páralo", explicó el portero del Tubize tras acabar el partido. "Me imploró detener el penalti. Es la primera vez de mi carrera que me pasa algo así", dijo. Sin embargo, el portero del Tubize no pudo parar la pena máxima y el Gante sentenció su victoria ante el Tubize por 2-0.» [La Marca]

THORSTEN JANKOWSKI

CHAMBRE DES ...PUTES

SALDOS NA RUA DE SANTO ANTÓNIO (FARO)

KHAITAN