Com o tempo desvaneceu-se o brilho de Pedro Passos Coelho e Mendes Bota já apresenta o novo líder com um modesto cidadão de Massamá que prefere atum com feijão fradinho às iguarias do Tavares Rico. Passos Coelho animou-se com as sondagens e achou que podia impor o seu país liberal propondo uma nova constituição, pior ainda, foi para Espanha defender os interesses de um tubarão espanhol, o resultado foi a queda das sondagens e, muito provavelmente, a perda de credibilidade.
Toda a gente sabe que encomendou a revisão da constituição, que antes de ir a Espanha foi Aznar que o visitou na semana que antecedeu a assembleia de accionistas da PT e que há uma estranha coincidência entre as propostas do líder do PSD e os interesses de grupos empresariais que estão bem representado no seu grupos de apoiantes mais próximos.
De repente começam-se a ouvir vozes críticas e alguns dos nomes mais sonantes que o apoiaram começam a deixar de se ver, um conhecido economista deixou de intervir e Ângelo Correia parece ter perdido a excitação inicial. O próprio PSD deve andar desorientado, leram nos jornais que Passos Coelho iria ao Pontal mobilizar as bases para o apoio ao seu projecto de revisão constitucional e regressaram de lá com um par de botas de borracha para poderem caminhar no lodaçal político prometido pelo líder.
Como é tempo de férias ainda não percebi se já há gente a abandonar o navio ou se as ratazanas, essa espécie tão bem sucedida na política portuguesa, foram de férias.