FOTO JUMENTO
Janela na Graça, Lisboa
JUMENTO DO DIA
Fernando Nobre, candidato presidencial
De um candidato presidencial espera-se que discuta questões de regime ou matérias que sejam da competência do Presidente da República. Fernando Nobre parece querer decidir a política fiscal pelo que deve estar enganado, quer se ministro das Finanças e candidatou-se a presidente.
«Em entrevista ao semanário SOL, Fernando Nobre garante que "faria um agravamento de 10%" no escalão máximo de IRS, que foi recentemente aumentado para 45%.
A esse escalão de 55%, explica, estaria sujeito quem ganhasse mais de 40 mil euros por mês.» [DE]
HOJE
A DÚVIDA
Será que o grande repórter Paulo Pinto Mascarenhas denunciar numa manchete do Correio da Manhã a identidade da(o) blogger que no muito respeitável "Albergue Espanhol" tem feito insinuações em relação a Rerro Rodrigues e José Sócrates. Seria uma oportunidade de corrigir a figura triste que fez ao supostamente denunciar a identidade deste modesto blogue, figura triste porque foi o último a saber.
Ficamso todos à espera da grande manchete do Correio da Manhã com o título "elisabethbutterfly é..."
EM QUE PAÍS TEM ANDADO DUARTE LIMA
É o que me apetece perguntar depois de o ouvir dizer na RTP que "não me lembro na minha vida de assistir a uma montagem tão vil e tenebrosa".
Pois, pimenta no cu dos outros para mim é refresco.
PS: As entrevistas de Judite Sousa são como um SNS das personalidades do PSD, sempre que algum está enrascado lá vai ao serviço de urgência da jornalista da RPT.
A CULPA É DO GOVERNO
Não há dia que o jornalista Camilo Lourenço se deite a pensar noutra coisa que não seja em mais um argumento para desancar no governo, desta vez peqgou numa sondagem que conclui que "22% dos portugueses não concorda com as medidas tomadas (nem com a urgência das mesmas) para sanear as contas públicas, refere o Eurobarómetro da Primavera". Como não podia deixar de ser, a culpa é do governo porque não explicou as medidas:
«O que explica esta "ligeireza" dos portugueses, sabendo-se que a austeridade tem sido analisada até à exaustão pelos partidos políticos? Simples: a mensagem que o Governo vem passando ao País é de que está tudo sob controlo. O investimento público mantém-se prioridade (veja-se o TGV), não há necessidade de cortes salariais na Administração Pública, os sucessivos défices da conta corrente não assustam o Governo (e também o anterior governador do Banco de Portugal...). Tudo somado, o que o Governo está a dizer ao País é que os problemas existem... mas de Badajoz para lá. Logo, não há necessidade de grandes sacrifícios!» [Jornal de Negócios]
Pois, Camilo Lourenço só sabe fazer as contas que lhe convêm, senão somaria os eleitores do PCP aos do BE e até concluiria que a percentagem nem é assim tão grande. Mas o Camilo está muito pouco preocupado com a verdade ou a inteligência.
UMA DE CADA VEZ
«Há uma mulher no Irão condenada à morte por lapidação. Tem 43 anos, dois filhos (um de 22 e uma de 17), e, dizem- -nos, é culpada de "adultério "e de "envolvimento na morte do marido". Está presa há quatro anos. Este mês, o seu advogado fugiu do país e pediu asilo político. A seguir, a televisão iraniana difundiu aquilo que apresentou como a confissão desta mulher, uma voz sumida sob um véu, irreconhecível.
Não, não é a primeira mulher a ser condenada à lapidação por adultério, no Irão (onde há mais 11 a aguardar a mesma execução) e fora do Irão. Não, não é novidade haver mulheres lapidadas por "relações sexuais ilícitas", algumas delas crianças, algumas delas vítimas de violação. Há imagens dessas execuções na Net, descrições atrozes que nos parecem mentira. Aliás tudo isto parece impossível de tão bárbaro, tão de outro mundo - um mundo onde se mata com pedras nem muito grandes nem muito pequenas para que a agonia dure, onde uma mulher pode ser o alvo de um jogo de acerta e mata por causa desta palavra, adultério, desta noção de que as mulheres são o mal e o corpo do diabo, feitas para castigo e submissão.» [DN]
Parecer:
Por Fernanda Câncio.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
JORNALISMO E REMODELAÇÕES
«Foi com grande espanto que li na edição de hoje, 27 de Agosto de 2010, do jornal SOL, na página 6, uma notícia (assinada pela jornalista Helena Pereira) segundo a qual eu consideraria o ministro Vieira da Silva um dos remodeláveis deste governo, com direito a citação e tudo.
Felizmente tenho muito boa memória e particular cuidado quando falo com jornalistas – o que faço sempre em on, pois considero que, em notícias sobre política, o off é não só um perfeito absurdo como um mecanismo que empobrece muito o debate político em Portugal -, pelo que me recordo, naturalmente, do que disse e sobre o que falei com Helena Pereira, a jornalista do SOL que me contactou e de quem, aliás, tenho boa opinião. Nessa conversa não abordámos o tema remodelações; no essencial falámos sobre deduções fiscais e a tensão pré-discussão do Orçamento de Estado. Se a jornalista queria saber a minha opinião sobre remodelações no Governo, poderia ter-me questionado, o que efectivamente não fez.
Estranhamente, na notícia do SOL surjo a falar sobre remodelações, tendo reconhecido, de facto, naquelas palavras um texto da minha autoria. Trata-se, contudo, de um artigo que escrevi para o jornal i, aquando do debate do Estado da Nação, de avaliação de vários ministros, já lá vai um mês e meio. O que disse sobre Vieira da Silva e sobre outros ministros tinha a ver com o contexto específico daquele exercício e em nada se relacionava com hipotéticas remodelações. Na notícia, não só pura e simplesmente não é citada a origem e a data da minha citação (dando a entender que foi uma declaração feita ao SOL esta semana), como se tenta integrá-la num contexto que manifestamente não era aquele em que o texto foi originalmente escrito. Ou seja, ao mesmo tempo que se omite a referência a uma peça de um outro jornal (o que não me parece, desde logo, curial), faz-se uma apropriação abusiva - e que induz em erro - de uma frase descontextualizada. Infelizmente, há muito mais jornalismo feito assim do que se imagina ao ler jornais.» [Léxico Familiar]
Parecer:
Carta enviada por Pedro Adão e Silva ao director do SOL.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PRESIDENTE ROBÔ
«Sem candidato presidencial que entusiasme cheguei a pensar promover a candidatura de um dos meus robôs humanoides.
A experiência tem demonstrado que este particular robô gera uma enorme empatia nas pessoas, sabe falar, pode dar conferências e até participar em debates. É verdade que não responde diretamente às perguntas, mas qual é o candidato que o faz?
Um robô seria aliás o Presidente ideal. Rigorosamente apartidário e independente, não teria estados de alma, não se deixaria envolver em intrigas, não cederia a agendas partidárias ou de interesses privados. O seu comportamento seria irrepreensível. Bastaria introduzir no algoritmo a Constituição para que ele nunca tivesse hesitações sobre o seu cumprimento. Bastaria ainda acrescentar o essencial das regras de conduta e poderes do Presidente para que ele nunca se envolvesse em polémicas e conflitos estéreis. Seria mesmo possível meter-lhe no cérebro artificial os discursos de todos os presidentes anteriores para que ele pudesse gerar os grandes princípios de ação consensual em defesa do desenvolvimento do país, como convém à natureza do cargo.
Um robô Presidente teria ainda a vantagem de colocar Portugal na vanguarda da inovação. Nas reuniões, conferências e visitas internacionais o presidente português seria o foco de todas as atenções mediáticas. No dia em que proferisse um discurso na sede da ONU faria história.
Infelizmente o robô em questão tem já muitos compromissos para os próximos meses e o projeto não é viável. Assim, sem esta participação original, espera-nos mais uma campanha bastante insonsa. Tanto mais que a fragmentação da esquerda, que já vai em quatro candidatos, garante a re-eleição de Cavaco Silva e muito provavelmente logo à primeira volta.
Esta fragmentação é aliás sintomática da dificuldade da esquerda em se constituir como efetiva alternativa social. Sem entendimento possível em vários domínios fundamentais, como sejam as questões europeias e as que se prendem com a liberdade dos cidadãos e redução do peso do estado, a esquerda depende hoje exclusivamente da capacidade do partido socialista em combinar uma agenda social com a outra, decisiva, de desenvolvimento tecnológico. Coisa que o atual governo tem feito, não sem grandes dificuldades e oposições, mas que o futuro não garante. As aves agoirentas já são muitas.
No seu conjunto a esquerda transformou-se num projeto inviável e a melhor garantia de que uma direita minimamente civilizada tem o caminho livre. A estratégia fundamentalista e muito conservadora do Partido Comunista e do Bloco tem vindo a criar as condições para a entrega do poder à direita que, a menos que surja um qualquer Santana Lopes ou se desfaça em intrigas internas, poderá capturar os destinos do país por muito tempo.
As presidenciais são disso mesmo um bom exemplo. O PC, que não acredita no mérito individual, candidata um funcionário simplesmente para garantir tempo de antena para a promoção da sua visão anacrónica do mundo. O PC é cada vez mais uma igreja que anuncia o apocalipse a todo o momento e promete um paraíso lá muito para o fim dos tempos. Convence crentes, mas não cidadãos livres. O Bloco apoia Manuel Alegre com o único objetivo de sabotar o PS, de o fracionar e assim poder crescer mais um pouco à custa dos escombros. O próprio Alegre é um oximoro, fala muito de grandes princípios mas não tem nenhum. Quanto aos outros dois candidatos são episódicos e algo caricatos. Falta-lhes destino.
O comportamento da esquerda, bem expresso nestas presidenciais, poderia dar origem a um livro cujo título seria "como entregar o poder à direita, sem esforço". Resta-nos a sorte de que hoje o essencial da política já não se decide em Lisboa, mas em Bruxelas. E a esperança, para quem a tem, de que a travessia do deserto sirva ao menos para uma renovação do pessoal e das ideias políticas da esquerda. Que bem precisa. » [Jornal de Negócios]
Parecer:
Por Leonel Moura.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
CONTINUA O ATAQUE A DUARTE LIMA
«A polícia brasileira vai enviar para Portugal uma carta rogatória em que, entre outras diligências, inclui um conjunto de perguntas a fazer ao advogado e ex-deputado Duarte Lima a propósito do homicídio da sua cliente, Rosalina Ribeiro, no Rio de Janeiro. Em Portugal, a PJ ainda não encontrou qualquer indício que justifique a abertura de um inquérito e uma investigação em território nacional.
Segundo fonte da polícia brasileira contactada pelo DN, "as perguntas já estão prontas e serão enviadas para Portugal nos próximos dias", dependendo apenas de "questões burocráticas". À semelhança do sistema português, todos os pedidos de colaboração e diligências de investigação solicitadas através de cartas rogatórias têm de ser submetidas a apreciação judicial. » [DN]
Parecer:
Será que as supostas transferências de milhões de euros para contas de Duarte Lima não são motivo de investigação?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se o MP.»
GOVERNO ALEMÃO QUER IMPEDIR PATRÕES DE VIGIAREM EMPREGADOS
«O Governo alemão está preocupado com a privacidade dos trabalhadores e apresentou ontem um decreto-lei que regulamenta a colocação de câmaras de videovigilância no local de trabalho e proíbe que o patrão espie o que os funcionários (ou candidatos a um posto de trabalho) fazem no Facebook.
A medida ganha relevância numa altura em que é prática cada vez mais frequente, um pouco por todo o mundo, os empregadores consultarem a página do Facebook dos candidatos a um lugar na sua empresa para tentar assim descobrir os hábitos privados do futuro empregado.» [DN]
SE CONDUZIR NÃO FUME
«"Fumar enquanto conduz pode matar em dois segundos". É este o mote da campanha de prevenção rodoviária que as autoridades espanholas lançaram este Verão, visando reduzir a sinistralidade rodoviária numa altura de regresso de férias.
A ideia surge suportada na estatística deste Verão: segundo os dados da Direcção Geral de Tráfego (DGT) espanhola, 40 por centos dos acidentes mortais nas estradas foram provocados por distracções. Faltas de atenção que, diz a DGT não se resumem a actos como falar ao telemóvel.» [DN]
HELICÓPTRO USOU A AUTO-ESTRADA
«O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) abriu um inquérito para conhecer as circunstâncias que levaram um helicóptero de combate a fogos florestais, ao serviço da Protecção Civil, a aterrar e a descolar em plena A24, junto a Castro Daire, com trânsito nos dois sentidos. A manobra causou perplexidade a vários condutores, e um dos automobilistas apresentou uma queixa sobre a manobra, que especialistas consideram ter sido feita sem segurança.
O helicóptero, com o indicativo H22, "aterrou em plena A24, no sentido Viseu, na descida de Mamouros, em plena curva e sem que o trânsito estivesse cortado", contou um dos condutores que conseguiu "evitar a colisão com o heli a muito custo". A aterragem ocorreu a 30 de Julho, quando o heli largava uma brigada de combate a fogos constituída por militares do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro da GNR. O incêndio recebeu o registo 31511 da Protecção Civil e obrigou à repetição da aterragem "desta vez para levantar a brigada", contou outro condutor que terá apresentado queixa junto do INAC. » [DN]
Parecer:
É brincar à segurança.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Construam-se locais de aterragem de helicópteros nas em locais estratégicos das florestas.»
EMEL QUER COBRAR MAIS NO CENTRO DE LISBOA
«A proposta de modelo tarifário apresentada pela Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa (Emel), que se encontra em fase de discussão pública até 15 de Setembro, defende a criação de três zonas distintas de estacionamento - actualmente o tarifário é igual em toda a cidade - com preços diferenciados, em que o valor a pagar por uma hora no centro da cidade aumenta para o dobro, saltando dos actuais 80 cêntimos para 1,60 euros.
Embora ainda se desconheça quando esta proposta passará a ser aplicada na prática, pois ainda está dependente de votações na Câmara de Lisboa e na Assembleia Municipal de Lisboa, sabe-se que a área mais cara (zona vermelha) incluirá o Chiado e o Bairro Alto, a Avenida da Liberdade e o Campo Pequeno (ver mapa), limitando ali a apenas duas horas o período de estacionamento.» [DN]
Parecer:
Por este andar pagamos mais à EMEL do que à GALP.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à EMEL qual vai ser o aumento dos ordenados dos seus administradores.»
ALEGRE UNE CRÍTICOS DE LOUÇÃ NO BE
«O empenho de Francisco Louçã em unir a esquerda nas presidenciais está a ter o efeito perverso de dividir o Bloco. Críticos internos, que contestam o apoio do partido a Manuel Alegre, prometem agora aliar-se numa lista alternativa a apresentar na Convenção Nacional, no início de 2011.
A tensão interna estava em crescendo desde que, em Janeiro, a Mesa Nacional aprovou, com dois votos contra, o apoio ao histórico socialista na corrida a Belém. O movimento Ruptura/FER, uma tendência interna, patrocinou um abaixo-assinado a pedir uma convenção extraordinária para reconsiderar a estratégia. Só que a petição não passou na Comissão Política. E o verniz do Bloco estalou.» [DN]
Parecer:
Finalmente Manuel Alegre dá um contributo palpável para unir a esquerda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
CUBANOS DEIXAM DE TER TABACO SUBSIDIADO
«Depois das ervilhas e das batatas, chegou a vez do tabaco. O Governo cubano anunciou, nas páginas do principal jornal ao serviço do regime, que o tabaco deixará de constar das cadernetas de abastecimento como artigos subsidiados pelo Estado. Ao contrário do que sucedia há décadas, os cubanos com mais de 55 anos terão de pagar preços de mercado por cigarros e charutos a que até agora tinham acesso por apenas 25% do seu custo real. A medida insere-se nas "etapas graduais com vista à eliminação de subsídios", como se lia no Granma, jornal que funciona como porta-voz do regime comunista cubano. Os cigarros "não são uma necessidade primária", acentua o jornal, sem fazer referência a questões de saúde.» [DN]
Parecer:
Lá se vai mais uma grande "conquista de Abril" dos cubanos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Chico Lopes.»
'PUTA DEPUTADA'
«Gabriela Leite venceu todos os preconceitos e decidiu contar como abandonou o curso de Sociologia da Universidade de São Paulo e uma vida de classe média para se tornar prostituta. Agora, é candidata ao Congresso nacional, com o slogan ‘Puta Deputada’, refere a agência Lusa.
No início da década de 90, Gabriela Leite fundou a Rede Brasileira de Prostitutas, que já conta com 32 associações pelo Brasil, e no Rio de Janeiro, criou a organização não governamental Davida para lutar pelos direitos das prostitutas.» [CM]
DESCOBERTA RÃ MINI
«Dois investigadores da Universidade da Malásia descobriram esta nova espécie de minirrãs em 2004, mas só agora ela foi divulgada.
Indraneil Das, um dos investigadores afirmou que no início pensaram tratar-se de um exemplar jovem que ainda viesse a crescer, mas que acabaram por perceber que se tratava de uma nova microespécie.
Este anfíbio, com cores entre o laranja e o vermelho, pode medir, em idade adulta, entre 9 e 11 milímetros e foi descoberta no Parque Nacional de Kubah, no estado malaico de Sarawak, na ilha de Bornéu.» [Expresso]
"DUARTE LIMA TEM DE DEVOLVER O DINHEIRO"
«Se continuar em silêncio sobre o paradeiro do dinheiro que Duarte Lima terá recebido de Rosalina Ribeiro, o ex-deputado do PSD estará a prejudicar-se, acredita José Miguel Júdice. "Ele devia explicar as coisas, é do interesse dele", defende o advogado da filha de Lúcio Tomé Feteira, Olímpia de Menezes, em declarações ao i. "Já se confirmou que recebeu dinheiro da cliente [Rosalina Ribeiro] e se não o declarou é porque não é dele. Não sendo dele, ou é da Rosalina Ribeiro ou é da herança", argumenta Júdice, acrescentando que, ao manter o dinheiro, Duarte Lima estará a "levantar suspeitas" em relação ao seu envolvimento no caso do homicídio da portuguesa, em Dezembro do ano passado no Brasil. » [i]
Parecer:
Fala-se muito da morte e pouco do dinheiro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Duarte Lima se recebeu os milhões a título de honorários.»
O ZÉ VAI REDIMIR-SE
«José Sá Fernandes quer impedir a abertura dos hipermercados em Lisboa aos domingos e feriados à tarde. "Ainda não há decisão mas vou-me bater na câmara para que continue tudo como está: hipermercados fechados aos domingos e tardes de feriado", afirmou ao i o vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Sá Fernandes - responsável pelo Ambiente Urbano, Espaço Público, Espaços Verdes e Abastecimentos - defende que o alargamento do horário dos hipermercados pode pôr em causa a sobrevivência do pequeno comércio e sustenta que "são dias para olhar para o céu e não para dentro de grandes superfícies". » [i]
Parecer:
Depois de ter prejudicado muitos pequenos comerciantes, quase levando-os à falência com as providências cautelares que o tornaram em personalidade pública, o Zé parece querer redimir-se.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
A borboleta do Albergue Espanhol ficou muito ofendida e desapontada porque terá sido mal interpretada sobre o que escreveu relativamente a Ferro Rodrigues. Vejamos o que escreveu:
«Depois do post anterior pus-me a pensar... Então, se António Guterres ficou conhecido por ser católico e mesmo nada eficaz quando foi preciso meter os boys na ordem e Eduardo Ferro Rodrigues teve fama de... well, you know... até que o caso ficou arrumado, Sócrates tem fama de quê, sabem?»
Pois é, a borboleta (que daqui a uns tempos voltará inevitavelmente à condição de verme) nada insinuou em relação a Ferro Rodrigues oú mesmo em relação a Sócrates:
«Escrevi que Eduardo Ferro Rodrigues acabou mais notado aos olhos dos portugueses pelo escândalo que o envolveu em tempos do que por causa da sua liderança no PS e aqui cairam logo o Carmo e a Trindade, como se tivesse sugerido sequer o seu mais ínfimo envolvimento no caso, coisa que não fiz em momento algum!»
Esta borboleta além de muto mazinha ainda nos quer fazer passar por estúpidos.
NO "IT's PR STUPID"
Gostei da defesa que Rui Calafate fez de Duarte Lima, quer pelos princípios que defende, quer pela frontalidade de defender um amigo que neste momento vêm muitos outros amigos a acobardar-se.
Tem razão quando escreve:
«Duarte Lima, ontem, explicou muito bem que há um tempo mediático e um tempo da justiça e que por vezes são conflituosos. Os especialistas em Direito têm uma visão que se baseia no processo que conduzem. Os especilistas em comunicação baseiam-se na reputação e no universo mediático.»
O problema é que Rui Calafate parece ter dois critérios quando analisa o momento da justiça, em relação aos amigos parte do pressuposto de que provarão a inocência, quando estão em causa aqueles de que não gosta de nada serve ter havido uma investigação exaustiva, para esses o momento da justiça não conta:
«O Freeport que passou mais a ser conhecido como código de pseudo-corrupção na política do que pelas suas lojas vazias e pelo escândalo de ali se ter construído aquele mono nas barbas do Tejo.O que fica das notícias de acusação a Manuel Pedro e Charles Smith é simples: Portugal é um país onde só existem corruptores... »
Para os amigos conta a presunção e a convicção da inocência, para os outros serão sempre culpados mesmo que a justiça nem sequer os acuse. Conclusão, Rui Calafate reduz o momento da justiça às suas opiniões e estas são determinadas pela amizade e simpatia.