Quando o país gozava de uns dias tranquilos e livres de ratings foi sobressaltado, a coitada da Manuela Moura Guedes continua de baixa, ao que parece o médico ter-lhe-á dito que não poderia trabalhar enquanto sofresse de alergia ao trabalho. Ao que parece e depois de feito o diagnóstico a coisa é curável, basta que a TVI lhe receite um milhão de euros e ela já pode ir de convalescença para uma qualquer jornal, ou, de preferência, numa televisão pois aí aparece todo o esplendor da sua beleza.
O embrulho em Duarte Lima está metido tem tido efeitos pedagógicos inesperados, todos os que nos últimos anos apoiaram violações sistemáticas do segredo de justiça e participaram em julgamentos na praça pública, são agora defensores incondicionais dos direitos dos cidadãos, opõem-se aos métodos dos jornalistas e afirmam o primado do direito. É uma pena que o caso BPN esteja a parir um rato, se assim não fosse ainda ia ver o Pacheco Pereira a questionar a existência de um sindicato no Ministério Público.
É uma pena que uma boa parte do PSD esteja de férias, o mesmo sucedendo com distintos economistas e comentadores, senão muita gente teria que explicar muito melhor porque razão há uns meses atrás usavam o exemplo da Irlanda para dizerem que aquele país, ao contrário de Portugal, tinha feito o trabalho de casa. Agora que se soube que o risco de falência da Irlanda é bem maior do o de Portugal fez-se silêncio. Afinal a insustentabilidade não é um exclusivo português, o que é um exclusivo luso é a cobardia e a desonestidade intelectual.
Manuel Alegre faz-me lembrar aquele fulano que caiu num barril de cerveja e de vez em quando vinha cá acima para pedir tremoços, quase desapareceu e quando menos se esperava deu entrevistas telefónicas para comentar em tom paternalista a designação do candidato presidencial do PCP. Enfim, temos se não existissem telemóveis nem o Xico Lopes teria incomodado a pesca do poeta.