segunda-feira, julho 29, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Aldrabas da porta da antiga Alfândega de Vila Real de Santo António
    
 Dúvida

Têm a certeza de a modesta gestora de empresas com uns conhecimentos de swaps tem capacidade técnica par orientar a preparação de um Orçamento de Estado?

 Este senhor irrita-me

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Cada vez que aparece a falar fico com uma vontade danada de mandar o PS à bardamerda. Quando li o título no email do Notícias ao Minuto pensei que a declaração fosse de umas dessas personagens obscuras do PSD que costumam ser chamadas quando é preciso dar golpes sujos.
  
      
 Agora é que vai ser
   
«1. O governo pequeno e enxuto, aquele que ia provar que todos os governos anteriores eram grandes e despesistas, não correu bem.

Foi assim: uns rapazes leram umas coisas numas contracapas duns livros sobre Estados pequenos e fortes, confundiram aquilo tudo e pensaram que se criassem uns superministérios e fizessem muita força ia tudo funcionar às mil maravilhas. O próprio Estado, por artes mágicas, ficava mais maneirinho. Entretanto parou-se o funcionamento dos ministérios durante meses. Perdeu-se muito tempo e muito dinheiro. Agora voltamos aos anteriormente chamados governos grandes e despesistas e vai ter de se começar tudo de novo. Estamos perante uma situação que merece um estudo académico aprofundado: o caso de meia dúzia de deslumbrados que andaram a brincar aos governos durante a mais grave crise dos últimos anos. Mas agora é que vai ser.

2. Durante dois anos não se conseguiu atingir uma meta, nem acertar uma previsão. Nem consolidação orçamental, nem reforma do Estado, nem reformas estruturais, nem austeridade nos sítios certos. Mas tivemos desemprego, recessão, emigração e impostos com fartura.

O principal executor da política prosseguida, o que aplicou a receita além da troika, o que pôs no terreno aquele que seria o programa do Governo mesmo que não houvesse memorando, foi-se embora dizendo que o plano estava errado e que Passos Coelho tinha problemas de liderança. O primeiro-ministro e a ministra das Finanças - a senhora com problemas de memória que é uma espécie de Gaspar de antes da carta de demissão - passaram as duas últimas semanas a dizer que a estratégia que tudo tem destruído é para manter e é-nos afiançado que uns pozinhos de perlimpimpim transformaram Passos Coelho num líder.

Ao mesmo tempo, os membros do Governo patrocinados pelo outro primeiro-ministro lançam foguetes anunciando que agora vai ser crescimento económico até fartar e investimento a rodos. De que forma é que se esqueceram de dizer.

Digamos que é capaz de não estarem reunidas as condições para entendimentos e talvez se torne difícil fazer o Orçamento para 2014.

Quem vai renegociar o memorando? Os que acham que se tem de mudar de rumo ou os que pensam que ainda se não foi suficientemente longe na loucura?

Mas agora dizem-nos que tudo isto pouco importa. Temos de esquecer as profundas diferenças programáticas e até ideológicas entre os membros do novo Governo, esquecer que foi este o primeiro-ministro dos dois anos anteriores, ignorar a catástrofe em curso e fingir que há alguma hipótese de crescimento e investimento com os cortes programados e a manutenção das políticas troikianas. E porquê? Porque agora é que vai ser.

3. Coesão, Credibilidade, Confiança. Os tais atributos que o Presidente da República não reconhecia a esta nova solução governativa há quinze dias, mas que agora por qualquer razão que nos esqueceu de explicar existem com fartura.

Um vice-primeiro-ministro que troca o valor da sua palavra e a sua honra por uns cargos para si e para o seu partido não inspira grande confiança.

Um Governo que insiste em ter ministros que mentem com os dentes todos que têm na boca no Parlamento não será propriamente de fiar.

Um Governo que continua a ter um primeiro-ministro que acha os portugueses preguiçosos e cometeu todos os erros possíveis e imaginários durante dois anos não se torna credível apenas por agora ter gente com a qualidade e a experiência política e profissional de Pires de Lima ou Moreira da Silva - já tinha e continua a ter excelentes elementos como Paulo Macedo ou Miguel Macedo. Sim, as pessoas são importantes, mas se os líderes são maus e, sobretudo, as políticas estão erradas nada pode mudar.

Um Governo em que o ministro dos Negócios Estrangeiros acha o vice-primeiro-ministro politicamente hipersensível e de comportamento errático e que pensa que será muito difícil aos ministros aceitar o primeiro-ministro ao lado de Paulo Portas, que acha que Maria Luís não é a pessoa indicada para o novo rumo que será preciso tomar, não indicia grande coesão.

Mas, claro está, isto são suspeitas infundadas. Está tudo coeso, sólido, unido. O que lá vai, lá vai. Agora é que vai ser.

4. Para nós portugueses, os que sofremos com todos os desvarios presentes e passados, seria bom que o Governo mudasse de política e de atitude perante os nossos credores. Que este novo Governo abandonasse os delírios revolucionários Que a incompetência desse lugar ao mínimo bom senso. Que subitamente Passos e Portas se transformassem em estadistas. E isso será talvez tão fácil como pôr galinhas a voar. Impossível, mesmo que se diga muitas vezes, batendo com a mão no peito, que agora é que vai ser.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
   
   
 Está à rasca
   
«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, deixou hoje um aviso aos que pensam que as autárquicas são "favas contadas" e que podem abrir uma crise política dentro de uns meses com o resultado das eleições de setembro.

Passos Coelho, na Festa de Verão do PSD de Vila Real, em Pedras Salgadas, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e debaixo de chuva intensa, justificou aos militantes e simpatizantes sociais-democratas a prioridade que deu, nestes dois anos, à execução do programa de assistência económica e financeira.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Sempre que está a passar por um mau bocado Passos Coelho foge par Vila Real onde se monta um encenação para se filmarem uns quantos indígenas  aplaudirem-no, algo que hoje só é possível por aquelas bandas ou em dia de missa no Mosteriro dos Jerónimos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
  Subsidiodependentes
   
«Governo de Passos Coelho e Jardim garantiram que a fundação, com património superior a 10 milhões de euros, "não recebe um tostão do Estado". Mas as verbas para a reflorestação vieram da UE e do OE

A Fundação Social-Democrata da Madeira (FSDM) recebeu apoios no montante de 1,1 milhões de euros, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (Proderam 2007/13), destinados à reflorestação da herdade do Chão da Lagoa, onde terá lugar este domingo a festa anual do PSD regional.

Os dois primeiros financiamentos concedidos pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), em 2010 e 2011, no âmbito do Proder madeirense, destinaram-se a projectos de reflorestação da herdade da fundação. O Ministério Público interpôs uma acção contra esta entidade junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, por denúncia particular feita em 2007 contra o depósito de terras e alteração morfológica do terreno, para apurar se houve violações ao licenciamento nas terraplenagens executadas para acolher as amplas zonas de comício e estacionamento na festa do PSD.

A fundação - que tem como finalidade "contribuir para o desenvolvimento do regime democrático e da autonomia política da Madeira (...) através principalmente da realização de estudos e de acções de investigação, divulgação e formação" - também recebeu em 2012 mais 503 mil euros. Neste caso, segundo a própria beneficiária, para financiar um novo projecto de reflorestação "motivada pelos incêndios de 2010 e consequente devastação da floresta integrante da Herdade do Chão da Lagoa", que levaram ao adiamento da festa de Julho para Setembro desse ano.» [Público]
   
Parecer:
 
Ainda vamos descobrir que fomos nós a pagar a poncha das bebedeiras da festa e ainda vão fazer como a Luisinha Tóxica e dizer que foi coisa do governo anterior.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»