A honestidade da senhora ministra das Finanças fez mais uma vítima, depois do ex-ministro Teixeira dos Santos em representação do governo, de Vítor Gaspar e da Direcção-Geral do Tesouro foi a vez de Costa Pina ser um malandro em nome da honestidade da senhora.
Em sua defesa veio Cavaco Silva que parece ter menos competências presidenciais do que os jardineiros do Palácio de Belém, para ele a ministra depende da confiança política do primeiro-ministro e este garantiu-lhe que nada manchava o nome da senhora. Isto é, não se percebe bem a existência de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o conceito de verdade da senhor que deverá ser o seguido e aprovado pela maioria de direita nessa comissão, sendo de supor que a verdade da senhora esteja mais ou menos ao mesmo nível da honestidade dos perdões fiscais de Oliveira e Costa.
Se para Cavaco os ministros dependem da confiança política do primeiro-ministro deveria explicar aos portugueses o porquê de quinze dias de crise, enquanto a remodelação ficou a marinar.
À falta de melhor começa a ser óbvio que o país só teria a ganhar se o presidente da junta de freguesia de Belém escolhido nas próximas autárquicas acumulasse com as competências de Presidente da República. Aposto que não havia negócios de acções, processos disciplinares por baldas a aulas, amigos como Oliveira e Costa e muitas outras coisas do senhor da Coelha.