Foto Jumento
Grafite, Lisboa
Mudança de cadeira
Fez bom tempo em Maio
A taxa de desemprego desceu 0,2%, só não se sabe se devido à fuga do país, à desistência de procurar emprego ou, tudo isto mais um efeito de sazonalidade devido aos empregos de Verão nos sectores da construção, da agricultura e do turismo.
Como se diz "vai «bugiar" em gasparês
Paulo Portas passou de 2,5º a 2º
Agora só lhe falta acumular a pasta do sôr Álvaro.
Quem se ri no fim ri melhor
Consenso?
Consenso com uma ministra que para se ilibar de responsabilidades nos swaps não hesitou em mandar abaixo o seu próprio ministro?
A Luisinha tóxica
Já envenenou dois secretários de Estado e um ministro. Um dias destes os ministros vão apresentar-se nas reuniões do Conselho de Ministros devidamente equipados com fatos para a guerra biológica. Na imagem pode ver-se uma antevisão da próxima reunião do governo.~
Coitado do Lomba
Marcou o briefing para a manhã e tudo aconteceu à tarde, da próxima o melhor é servir bifing do lombo.
O spin doctor não baixa impostos
«Em nenhuma outra ocasião houve um consenso tão alargado, envolvendo todos os parceiros sociais, das centrais sindicais ao patronato, contra as medidas de um governo
Menos de uma semana depois de ter ensaiado, no Conselho de Ministros realizado em Alcobaça, uma "mudança" na estratégia de comunicação que lhe permitisse sacudir um pouco a pressão e o isolamento em que se encontra, o governo ficou mais isolado do que nunca, o que demonstra que não é possível melhorar a imagem de uma má política, por muito que o ministro Poiares Maduro se esforce. À greve geral realizada na quinta-feira passada - a quarta nos últimos dois anos -, que envolveu, desta vez, as duas centrais sindicais, a CGTP e a UGT, contra as políticas de austeridade e as suas consequências, juntaram-se as associações patronais. Estas, propositadamente na mesma semana, vieram a público alertar para o falhanço da política de austeridade, pedindo ao governo que tenha a humildade de reconhecer que errou, e dizendo-lhe que ainda está a tempo de evitar " a recessão e o abismo" para onde está a conduzir a nossa economia. Em nenhuma outra ocasião, na nossa democracia, houve um consenso tão alargado, envolvendo todos os parceiros sociais, das centrais sindicais ao patronato, contra as medidas de um governo. Até Carlos Costa, o solícito governador do Banco de Portugal, explicou num tom de mestre-escola, referindo-se aos efeitos da recessão europeia, mas com evidente analogia interna, como se estivesse a explicar as razões do défice superior a 10% no primeiro trimestre deste ano: a recessão tem impacto "sobre os impostos, porque menos actividade económica significa menos impostos, e tem impacto sobre a despesa, porque menos actividade significa mais desemprego, e mais desemprego significa mais encargos sociais a cargo do Orçamento do Estado". Já ninguém acompanha o delírio de Vítor Gaspar, a não ser o primeiro-ministro e o inquilino de Belém.
Mas agora, com o impulso "renovador" do ministro Poiares Maduro, nesta nova fase "comunicacional" do governo, com briefings diários, a cargo de um secretário de Estado, instalou-se a mais completa desorientação nas hostes, o que faz arrastar ainda mais pelas ruas da amargura o respeito democrático devido ao governo e aos membros de um parlamento. Os deputados da maioria que sustenta o governo, fazendo uso de um extravagante contorcionismo circense, aprovaram (ou abstiveram--se) na votação de um conjunto de medidas apresentadas pelo PS para "ajudar o crescimento económico e a criação de emprego", solicitando em troca, pela voz dos deputados João Almeida, do CDS-PP e de Paulo Baptista Santos, do PSD, a disponibilidade do PS para a aprovação de medidas draconianas de corte da despesa pública, a que chamam pomposamente "reforma do Estado". As propostas do PS, aprovadas no parlamento, não sendo completamente inócuas (mereceram o voto favorável do PCP e do BE), não beliscam minimamente a política de austeridade do governo. Curioso é que, segundo revelou a TSF, o ministério das Finanças fez chegar aos deputados da maioria um relatório em que classifica as propostas do PS como "inúteis", umas, e "redundantes", outras. Deve ter sido aqui que a nova "política de comunicação" do ministro Poiares Maduro entrou em acção: se as propostas do PS não aquecem, nem arrefecem porque não aprová-las? Assim, mostramos a nossa "boa vontade" para o alcançar de consensos e ainda lhes podemos pedir que participem na discussão da "reforma do Estado". Esta é a política do faz de conta inaugurada hoje, se não falhar, por Pedro Lomba.
Quanto ao essencial, o que poderia de facto começar a reanimar a economia e travar o crescimento do desemprego, como diminuir a carga fiscal, pedido por todos, centrais sindicais e patronato, os deputados da maioria fizeram um manguito, ou seja, votaram contra a proposta do PS de redução do IVA na restauração. Com a insólita agravante de ver os deputados do CDS--PP inscreverem essa redução fiscal na moção que apresentam ao congresso do seu partido e votarem contra, usando o ridículo argumento de que o "assunto está a ser estudado". Não bate a bota com a perdigota, nem a política parlamentar tem de ser este faz de conta que desprestigia os seus protagonistas e empobrece e põe em perigo a nossa frágil democracia.» [i]
Autor:
Tomás Vasques.
«As ambíguas decisões do Ecofin (Conselho que reúne os ministros das Finanças dos países da UE) sobre as novas formas de "resolução bancária", deixaram de fora o escândalo político e moral revelado pela imprensa irlandesa, quando esta divulgou gravações de conversas datadas de final de 2008, envolvendo o ex-presidente do Anglo Irish Bank e o seu gerente principal, respetivamente, David Drumm e John Bowe. A vulgaridade da linguagem, onde se incluem insultos aos investidores alemães que confiavam na seriedade da banca irlandesa, não permite a sua transcrição. Mas ficámos a saber que o presidente do banco falido, que custou até agora 30 mil milhões de euros ao povo irlandês, incitou, num tom alarve, os seus subordinados a abusarem das garantias dadas pelo Tesouro irlandês, com um dolo que transforma o conceito de "capitalismo de casino" numa expressão quase bondosa. Aqui ao lado, em Espanha, a figura mais notável do festival de ofensa ao bem público por parte de uma pequeníssima facção de gestores de topo chama-se Rodrigo Rato. Um verdadeiro super-homem, que passou por todos os anéis do poder contemporâneo: foi ministro da Economia de Madrid; alto dirigente do FMI, terminando a sua carreira em maio de 2012 como presidente de um banco que conduziu à falência, o Bankia, que custou aos contribuintes espanhóis 20 mil milhões de euros. Em Portugal também tivemos os nossos Costas e Rendeiros, lesando em milhares de milhões o Estado português com as suas malfeitorias no BPN e BPP. Dados da Comissão Europeia, indicam que os europeus já gastaram 4,5 biliões de euros para salvar o sistema financeiro do Velho Continente. Isso significa mais de dez vezes todos os planos de resgate dirigidos a países (incluindo o de Chipre)! Em nenhum momento da história um grupo tão pequeno e medíocre de delinquentes causou tanto dano a centenas de milhões de pessoas. Chamar a isto a "crise das dívidas soberanas" é um insulto à inteligência, pois confundem-se os efeitos com as causas. Em nenhum momento, o Ecofin alude a estes crimes que ficaram sem castigo. Pior, as regras para salvar os bancos no futuro continuarão a ser aplicadas por autoridades nacionais, deixando intactos os mecanismos de cumplicidade entre o sector financeiro e os dirigentes governamentais, que estiveram na origem do "fartar vilanagem" em que se transformou a "supervisão prudencial" por parte dos bancos centrais nacionais. Mas há uma coisa que o Ecofin nos ensinou em relação ao futuro do sistema financeiro na Europa: os ratos continuam, acima da lei, a fazer a sua vida no navio que se afunda. Estamos avisados para mantermos as mãos nos bolsos, se quisermos minimizar os danos.» [DN]
Viriato Soromenho-Marques.
Primeiros socorros nas praias com taxas
«Os turistas em férias no Algarve vão contar, a partir de hoje e até 15 de Setembro, com cuidados de enfermagem em 32 postos de praia distribuídos pela costa sul de Portugal, anunciou a Administração Regional de Saúde (ARS).
Com o Plano de verão, a ARS do Algarve pretende, no âmbito de um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa, "assegurar cuidados de saúde de enfermagem e dar resposta a situações clínicas que possam ser tratadas no local", explicou a autoridade de saúde regional em comunicado.
Os cuidados prestados nos postos de praia vão este ano ser taxados, "na sequência da implementação do novo regime de taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde", advertiu a ARS.» [Sol]
Parecer:
Faz sentido.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»