O Vítor
Gaspar faz lembrar um soldado que depois de ter estado nas piores batalhas de
uma guerra regressa a casa onde acaba por morrer porque comeu um ovo estragado.
Depois de tanta luta, de tanta ida a Berlim, de tanta gente a dizer que o homem
ficava enquanto quisesse, acabou por se demitir em circunstâncias pouco claras
A
agora ministra tem um currículo que nem lhe dava para poder passear o cão nos
jardins de Harvard, uma licenciatura que foi tirada numa universidade que está
a meio caminho entre um liceu e uma C+S enriquecida com um mestrado no ISEG,
curiosamente em produtos derivados. Neste ponto sofre do mesmo problema do
Gaspar, também o Gaspar sentiu a necessidade de transformar o seu vinho em
Porto com a aguardente vínica da Universidade Nova.
A
agora ministra não tem qualquer formação ou experiência no domínio da política
económica, saberá algumas coisas de gestão financeira e de derivados, o
suficiente para ter feitos uns negócios com swaps que ficaram de fora, ao que
parece alguém concluiu que os swap eram como as drogas e os da senhora estavam
para a cocaína como os outros estão para a heroína, são menos prejudiciais.
Se
os swaps da senhora eram tão benignos como a cocaína, já o mesmo não se pode
dizer das suas declarações. A sua brilhante ideia de passar a responsabilidade
política para o PS dizendo que o dossier não lhe tinha sido entregue acabou por
estragar o fim-de-se-semana ao ministro, o Gaspar teve que encontrar uma fórmula
que encobrisse a ministra e respeitasse a dignidade do seu antecessor. O
problema é que a sua própria dignidade ficou em causa e a secretária de Estado
deu-lhe a machadada hoje de manhã, ao insistir que nada lhe tinha sido dito.
Passos
Coelho que quando o TC declarou inconstitucionais algumas medidas do OE foi a
Belém mais o ministro, para pedir ajuda a Cavaco, desta vez deixou o Gaspar em
casa e em vez de o levar a Belém para o convencer a ficar, despachou-o e no seu
lugar meteu a secretária de Estado tóxica.
O
problema é que a partir de agora quando Passos Coelho quiser saber alguma coisa
de economia terá de perguntar ao motorista. O primeiro-ministro será a próxima
vítima desta ministra altamente tóxica.