Em vez de ser comemorado como Dia da Raça, perdão, fui atrás de Cavaco Silva e enganei-me, como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, este 10 de Junho devia ser comemorado como o Dia Nacional dos Zombies, uma homenagem aos que nos dirigem e a um país que com uma vice-presidente de Passos Coelho, uma velha amiga e companheira de luta de Vale e Azevedo, acha que os juízes do Tribunal Constitucional também são merecedores de uma multa de trânsito quando estacionam a Constituição onde Passos Coelho não quer.
A própria Teresa Leal Coelho considera zombies os juízes do Tribunal Constitucional escolhidos pelo PSD, porque o mesmo governo que inventou um sistema de concursos para designar os directores-gerais acha que os juízes devem comportar-se como funcionários do partido. Mas isto não é um qualquer país de zombies, é um país que tem à frente do governo um primeiro-ministro africanista, uma espécie de cruzamento entre Bokassa e o Vitor Gaspar, enquanto no Constitucional deviam aplicar-se as regras da Alemanha.
A própria Teresa Leal Coelho considera zombies os juízes do Tribunal Constitucional escolhidos pelo PSD, porque o mesmo governo que inventou um sistema de concursos para designar os directores-gerais acha que os juízes devem comportar-se como funcionários do partido. Mas isto não é um qualquer país de zombies, é um país que tem à frente do governo um primeiro-ministro africanista, uma espécie de cruzamento entre Bokassa e o Vitor Gaspar, enquanto no Constitucional deviam aplicar-se as regras da Alemanha.
O país dos zombies tem um primeiro-ministro que já só tem legitimidade formal, não representa nada nem ninguém, apenas conta com o apoio resignado do seu partido porque é o homem do pote, é ele que distribui o mel pago pelos contribuintes, mas é detestado pela maioria dos portugueses e por uma boa parte dos militantes do seu próprio partido. Passos Coelho político, que despreza as regras e apenas as invoca para justificar a sua legitimidade, não passa de um zombie que apenas espera pelas próximas eleições legislativas para voltar para o inferno de onde veio.
Seguro é o segundo zombie, é líder do PS mas sabe que sem alguns militantes do PSD emprestados por Passos Coelho para votarem nele na qualidade de mercenários- simpatizantes dificilmente se manterá à frente do PS. Em poucos dias perdeu o eleitorado do PS, o aparelho do seu partido e a pouca credibilidade que tinha. Desesperado, quebrou o verniz e mostrou-se um político sem escrúpulos, que recorre a truques sujos para denegrir os adversários e que é incapaz de largar o poder pelo seu pé. Seguro só se mantém na liderança do PS apoiado nos estatutos, é um zombie à espera do 298 de Setembro, a data que agendou para o seu enterro.
O terceiro zombie é Cavaco Silva, o político que há muito deu o nome de Acabado Silva a um boneco de televisão. Lá se vai arrastando no seu mandato mas a verdade é que temos um presidente a quem já poucos reconhecem credibilidade. Neste momento muito dificilmente conseguiria fazer-se eleger para presidente da Junta de Freguesia de Belém, até mesmo duvidoso que os seus vizinhos o escolhessem para cuidar do condomínio da Quinta da Coelha.