quinta-feira, junho 26, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Roselha pequena (cistus- crispus), Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Carlos Costa, ex-responsável do BCP pelas operações no estrangeiro

É preciso ter muita lata para que o senhor Costa venha com postas de pescada, dizendo que conhecemos menos o país do que pensamos. É bom lembrar que este artista era o responsáveis pelos negócios do BCP no estrangeiro e foi para o tribunal dizer que não sabia de nada do que se passava nas off shore do banco, só lhe faltou dizer que nem sequer sabia que existia estrangeiro ou off shores no estrangeiro.

«"Conhecemos menos o país do que aquilo que pensamos. Não podemos intervir de forma consistente sobre a economia se não a conhecermos. É como a acupunctura: se não conhecermos os centros nervosos e espetamos a agulha, isso até pode prejudicar", disse

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, disse hoje que se conhece menos o país do que aquilo que se pensa e comparou a realidade ao especialista de acupunctura que espeta a agulha sem conhecer os centros nervosos.» [i]
 
 O BPN e o BES

Há semelhanças e diferenças entre o BPN e o BES. A principal semelhança entre o BES e o BPN é o facto de os dois bancos serem propriedade de famílias, o primeiro pertence à família Espírito Santo, o BPN à família cavaquista. A segunda semelhança está no facto de quer os donos do BES, quer os donos do BPN terem começado como tesos, os primeiros nascera na roda, os segundos eram tesos até terem apostado na roda da vida e acertaram em Cavaco. A diferença reside no facto de no caso do BPN se ter afundado o banco e salvo a SLN, enquanto no BES parece que vão salvar o banco e afundar o GES.

A unir as duas famílias e a provar que há uma relação entre os dois fenómenos está o facto de terem ido buscar o Paulo Mota Pinto para chairman do BES. Com este casamento surge um novo ramo da família, os Espírito Santo apadrinhados em Boliqueime.
 
 #HelpGhana*

 
 Comentador imbecil

Comentário feito pelo comentador da Sport TV durante o jogo entre a Bósnia e o Irão "Como são bonitas as mulheres do Irão sem as burkas!". Enfim, o homem sabe tanto de geografia que confunde o Irão com o Afeganistão, compreende-se, acabam em ão e portanto, as mulheres usam os mesmos trajes.
 
      
 Todos no mesmo barco
   
«A narrativa da austeridade como desígnio nacional assenta na ideia que todos temos sofrido em resultado da crise e do processo de ajustamento. Será que é realmente assim?

Responder a esta questão implica analisar como é que a repartição do rendimento tem evoluído ao longo do actual período de crise e austeridade. Felizmente, a questão das desigualdades tem vindo a ser cada vez mais reconhecida como um problema social fundamental - por motivos tanto intrínsecos (o carácter inerentemente injustificado e injustificável da maior parte das desigualdades contemporâneas, que resultam muito mais da lotaria do berço e da acção de mecanismos de poder do que do mérito ou esforço individuais) como instrumentais ( as sociedades mais desiguais são também sociedades com mais violência, mais criminalidade e mais morbilidade física e mental ). Por sua vez, este reconhecimento crescente tem permitido a produção de um conjunto crescente de estudos e dados sobre a questão das desigualdades. Em Portugal, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos pelo  Observatório das Desigualdades  é especialmente digno de nota a este nível.

Que dizem então os dados? Para começar, vale a pena assinalar que a análise da repartição pessoal do rendimento pode ser feita utilizando para o efeito diferentes indicadores: para referir apenas os mais comuns, um deles compara o rendimento dos 20% de agregados familiares mais ricos com os 20% mais pobres; outro compara os 10% mais ricos com os 10% mais pobres; e outro ainda (o coeficiente de Gini) exprime quantitativamente o carácter mais ou menos igualitário da distribuição do rendimento como um todo (entre dois extremos teóricos: 0, ou completa igualdade de rendimento, e 1, correspondente ao caso em que um único agregado familiar detém todo o rendimento).

Começando pelo coeficiente de Gini, a análise do caso português permite retirar  algumas conclusões interessantes . A primeira é que Portugal é um dos países mais desiguais da Europa (mais exactamente, o terceiro mais desigual atrás da Letónia e de Espanha). A segunda é que, ainda assim, foram feitos progressos notáveis a esse nível entre 2004 e 2009. A terceira é que a crise interrompeu e inverteu esses progressos, tendo o coeficiente de Gini registado aumentos em 2010 e 2011 (de 33,7 para 34,2 e 34,5). E a quarta, mais intrigante, é que em 2012 (último ano para que existem dados disponíveis) a desigualdade medida pelo coeficiente de Gini, na verdade,... diminuiu ligeiramente: de 34,5 para 34,2.

Igualmente interessante é verificar que se utilizarmos os outros indicadores que referi em cima para medir a desigualdade, chegamos  exactamente às mesmas conclusões... com excepção da última : de 2011 para 2012, o rácio do rendimento dos 20% mais ricos para os 20% mais pobres aumentou de 5,8 para 6,0, não diminuiu; e o rácio do rendimento dos 10% mais ricos para os 10% mais pobres aumentou de 10 para 10,7, não diminuiu. Como devemos então interpretar esta aparente inconsistência - uma redução da desigualdade segundo o coeficiente de Gini a par de um aumento da desigualdade segundo os indicadores que olham para os extremos da distribuição?

A forma de a explicar tem a ver com a forma como os sacrifícios decorrentes da crise e da austeridade ao nível da distribuição do rendimento têm sido distribuído pela população. Desproporcionalmente, esses sacrifícios têm incidido sobre os segmentos médios, médios-baixos e médios-altos da distribuição do rendimento, de tal forma que todos eles têm visto a sua situação em termos de rendimento aproximar-se dos segmentos de rendimento mais baixo. Em termos agregados, chega até a registar-se uma redução da desigualdade global (como sucedeu em 2012) porque existe um nivelamento por baixo de uma parte substancial da distribuição. Ao mesmo tempo, porém, o extremo superior continua a distanciar-se do resto da distribuição, tal como resulta evidente dos indicadores que olham para os extremos... ou das notícias sobre o número de milionários. Os 99% contra o 1% não é um mero slogan: é uma descrição particularmente acertada das desigualdades contemporâneas, incluindo em Portugal, e da forma como a crise e a austeridade as acentuam.

Estamos todos no mesmo barco? Talvez: uns no porão, outros em festa no convés superior.» [Expresso]
   
Autor:
 
Alexandre Abreu.
   
   
 Até tu Bento?
   
«O economista, e presidente da SIBS, Vítor Bento, disse hoje que o ajustamento externo de Portugal nos últimos anos foi "considerável", mas não partilha da visão oficial de "sucesso", pois uma economia com 15% de desemprego não é equilibrada.

"Acho que conseguimos um ajustamento externo considerável e notável, mas não partilho da visão oficial do sucesso do ajustamento externo, porque com 15% de desemprego não podemos considerar que a economia esteja equilibrada", afirmou Vítor Bento.» [i]
   
Parecer:

Começam a multiplicar-se o sinais de que o navio se está a afundar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Assista-se ao espectáculo degradante do abandono do navio.»
  
 E começam as conversas de fim de ciclo
   
«O líder do CDS, Paulo Portas, pode não renovar a coligação com o PSD para as legislativas e deixar o partido antes das próximas eleições previstas para Outubro de 2015. Esta é a convicção que existe entre muitos altos dirigentes centristas, que já falam na sucessão de Portas no partido.

O vice-primeiro-ministro não tem falado abertamente na hipótese de abandonar o partido antes das próximas legislativas nem revelou aos seus próximos qualquer decisão nesse sentido. Na última comissão política do CDS, no final de Maio, marcada a propósito dos resultados das europeias, muitos centristas defenderam a coligação pré-eleitoral com o PSD. Portas foi evasivo e nada disse. Remeteu essa discussão para um momento próprio.» [Público]
   
Parecer:

Ao mesmo tempo que se começa a ver as primeiras ratazanas a fugir do navio, na coligação discute-se já o dia seguinte.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Perde tudo menos a indemnização
   
«O treinador da seleção nacional, Paulo Bento, afirmou que "aconteça o que acontecer" não se demite do cargo de selecionador nacional, independentemente do que suceder no decisivo encontro de quinta-feira frente contra o Gana.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

O presidentre da Federação deveria ser obrigado a pagar a indemnização do seu bolso.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
     

   
   
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