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Cogumelos numa calçada de Lisboa
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Jerónimo de Sousa, alérgico a sexo oral
Dias depois de denúncias de violência cometida por seguranças do PCP durante a Festa do Avante e perante a pressão para que tome uma posição sobre o assunto, este partido veio, finalmente, esclarecer-se. Podemos ficar descansados, a violência foi exercida por várias pessoas porque um dela estava fazendo sexo oral.
Em público o PCP tem vindo a assumir-se como defensor da liberdade de escolha, mas isso é fora da sua "casa" e em privado, porque se for na festa do Avante os "serviços de apoio", vulgo brutamontes, têm de intervir em nome dos bons costumes.
«O PCP volta a escrever um comunicado sobre as notícias do Expresso deste fim de semana que relatam as queixas-crime de seis pessoas às autoridades sobre alegadas agressões, sequestros e roubos feitos por seguranças da Festa do “Avante!”, na Quinta da Atalaia, Seixal.
Segundo os comunistas, “a afirmação e sustentação da intervenção dos serviços de apoio da Festa do ‘Avante!’ porque duas pessoas do mesmo sexo se teriam beijado é, tão falsa, quanto ridícula. A verdadeira razão do incidente que conduziu à saída das pessoas do recinto da Festa teve origem num acto de sexo oral em pleno espaço”, refere o comunicado.
Trata-se de um dos seis casos de alegada agressão denunciados às autoridades na última semana. Na queixa-crime que fez à PSP, o espanhol Manuel S., de 34 anos, alega que estava a beijar outro rapaz quando foi “abordado e agredido pelos homens de farda escura” da Festa.
Manuel S., a alegada vítima, nega as acusações do PCP e pergunta: “Se tivesse sido sexo oral justificaria a violência?”, acrescentando: “É nojento o que está a acontecer. Evidentemente mentem no que estão a dizer. Suponho que a versão de todo um partido tem mais peso do que a minha. Estou em contacto já com as associações LGBT portuguesas.”» [Expresso]
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«Em 2013, convidado a falar numa associação de Gaia, o ministro Miguel Relvas foi calado por um grupo que entrou na sala cantando "Grândola." Não gostei, até porque a canção era a menos adequada para mandar calar alguém. Em democracia, o nosso adversário deve poder falar. Até porque, cremos, quanto mais mexe os lábios mais parece um peixe fora do aquário... Mas quem faz arruadas democráticas, agitando bandeiras e gritando slogans, deve saber que corre o risco de resposta, também legítima, por gritos e assobios. Mal seria que os políticos não pudessem ser incomodados nas suas passeatas aos mercados quando os automobilistas da Avenida da Liberdade o são, pelos mesmos lesados do BES, todas as semanas. A vida é feita de compromissos. No sábado, Passos, o imprevidente que não viu o desastre do BES chegar, meteu-se num mercado de Braga cheio de indignados do BES! Andou a fugir aos debates e, ali, quis debater com gente vociferante... Em um para um, Passos perde sempre. Que queria que acontecesse contra uma multidão? O pior é que ele próprio de se deu logo conta no que se metia e pôs-se a mexer os lábios de forma estranha: 1) pediu, por favor, para não andarem mais atrás dele (pediu o primeiro-ministro a gente com a vida destroçada); e 2) propôs ser o primeiro a dar para um peditório para irem a tribunal (ofereceu esmola a quem clama por justiça). Um peixe-papagaio, a dizer não importa o quê. Fora do aquário ainda é mais aflitivo.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
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