terça-feira, setembro 22, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Gaivotas no Tejo, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Pedro Passos Coelho

De um político honesto espera-se seriedade e frontalidade, qualidades que não parecem ser a praia do ainda e infelizmente primeiro-ministro.

«Passos Coelho esclareceu nesta segunda-feira que se referia à Segurança Social e não ao BES — como entendeu quase toda a comunicação social — quando ontem lançou a frase enigmática dos “silêncios ensurdecedores”. O líder da coligação PSD/CDS falou aos jornalistas, esta manhã, depois de uma visita a uma herdade de produção de azeite, em Beja.

Nas declarações, começou por dizer que foi com essa frase que “rematou” uma intervenção sobre “independência do Estado”, em particular dos grupos económicos, e sobre a importância das grandes reformas, sobretudo na Segurança Social. Pelo quarto dia consecutivo, voltou a questionar em que prestações o PS se propõe cortar.

Um contexto bem diferente tinha sido dado no jantar-comício de ontem à noite, em que começou por assumir que não se arrepende de não ter dito à Caixa Geral de Depósitos para salvar o Grupo Espírito Santo. O exemplo de ter recusado ajuda do Estado para financiar o antigo BES foi usado para dizer que a coligação PSD/CDS combateu, na economia, o domínio de alguns.

“Se queremos um Estado ao serviço de todos, então queremos um Governo que queira lutar contra os privilégios e só pode lutar quem tenha provas dadas de que não quer estar ao serviço de alguns, mas sim ao serviço de todos”, sustentou. E acrescentou: “Deixem-me dizer-vos. Há silêncios nesta campanha eleitoral muito ensurdecedores. Queremos ter também um país que seja mais justo.”» [Público]

 O futuro já é notícia

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À nossa comunicação social já não basta o presente para ser notícia, o futuro também já o é, como se pode ver por esta notícia do CM. O título diz-nos que o "Fisco investiga casa de Sofia Fava", mas quando começamos a ler a notícia ficamos a saber que ainda não investiga, que vai investigar, isto é, o futuro já é notícia. Enfim, parece que alguém anda a usar o CM como porta-voz.

Curiosamente, a mesma edição do CM dá um pequeno prémio a um político que, vá-se lá saber porquê, perdeu muito protagonismo, Paulo Núncio merece na mesma edição uma seta para cima:

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 Vamos todos de azul, diz o Passos

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E a senhora da Justiça até vai de mini-saia, devia estar a pensar que era um baile de debutantes de adolescentes da JC. Mais ridículo é impossível. Mais uma que parece ter aderido ao Desp!r da Joana Amaral Dias. Anda anda e ainda aparece na capa da "Cristina Ferreira". Ou será que a mihra ainda acredita e fez uma tentativa de convencer Portas a pecar?

«Candidatos por Lisboa do Portugal à Frente na turística Sintra. Passos Coelho e Paulo Portas chegaram ao Palácio da Vila, onde tiraram uma fotografia de grupo nas escadas e depois percorreram os cerca de 100 metros até à pastelaria Piriquita. “Hoje estamos todos de azul, estamos todos muito CDS”, disse Passos na altura da fotografia de família, ao constatar que a sua camisa coincida na cor com a de Portas e também com o vestido de Paula Teixeira da Cruz» [Expresso]

 O debate em torno da Segurança Social

No debate sobre os problemas da Segurança Social o governo tem omitido as suas responsabilidades criminosas na evasão às contribuição, prática que tem vindo a crescer e de que o próprio Passos Coelho é um exemplo muito pouco digno.

Este governo recooreu a todos os estratagemas, incluindo a facilitação da evasão contibutiva, para transferir riqueza dos trabalhadores para as empresas. F^-lo de forma clara ao aumentar o IRS e diminuir o IRC, fê-lo de forma manhosa ao fechar os olhos à evasão generalizada na Segurança Social.

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A poupança que programa do PS prevê, de cerca de 250 milhões não implica nenhum corte a quem tiver direito às prestações sociais.

O que o PS se propõe fazer é apenas combater, de forma dtereminada e efetiva, o abuso daqueles que acedem aos apoios sociais de forma fraudulenta.

O volume da fraude à Segurança Social temn dimensão colossal e mais do que duplicou com este governo. O valor das dívidas das empresas à Segurança Social é atualmente de mais de 11,5 mil milhões de euros.No início de 2011 era de 6,6 mil milhões.

Muitas dessas dívidas estão declaradas incobráveis, porque nada foi feito para as cobrar. Essa inércia do governo aumentou de forma escandalosa a quantidade de empresas que não pagam.

Na maioria dos casos trata-se dos descontos dos seus empregados, que as empresas deveriam entregar ao Estado e se apropriam deles.

Muitas dessas dívidas prescrevem sem que o governo nada faça para as cobrar.

O que o PS se propõe fazer é implementar um sistema que acabe com estes abusos.

Que não permita que haja pessoas que durante anos sucessivos não pagam o que devem à Segurança Social.

Que acabe com o abuso das prescrições de dívidas.

Qua acabe com o abuso daqueles que tendo rendimentos elevados conseguer de forma fraudulenta enganar o sistema e receber apoios sociais que se destinam àqueles que deles efetivamente necessitam.

É assim que se constrói e defende o Estado Social. Acabando com os abusos. A solidez do sistema de Segurança Social exige isso de um governo de esquerda.

      
 Reforma do Estado
   
«Tem andado esquecida pela coligação, ainda não refeita do falhanço do documento Portas, um conjunto de banalidades em caixa alta. O Estado "está", não se deixa reformar com facilidade. Normalmente, todos desejam manter a situação em que se encontram, sentem-se confortáveis, funcionários, dirigentes políticos, empresas, famílias. Isto era verdade até há quatro anos, depois tudo mudou.

Os funcionários levaram cortes, horas extra espremidas, perderam parte da pensão, viram congeladas promoções, anulada a possibilidade de ascender a uma chefia, suspensos os prémios de desempenho, esgotado o dinheiro para formação, instalada uma ameaçadora possibilidade de despedimento. Adjuntos e assessores ocupam sem competência as funções dos serviços, concorrem a concursos de faz-de-conta que seleccionam os três melhores, para afinal o ministro escolher sempre o do PSD-CDS. Sentem a arrogância escalar os muros da ignorância, o arbítrio substituir a legitimidade e a pressão política alastrar sobre os serviços.

Os políticos do Governo estão felizes: pessoal mais submisso, amigos na corte, dinheiro escasso mas que sempre chega para pagar a assessores de fraldas como se fossem veteranos, automóveis pretos a correr, iphones a zunir. Se alguns, mais sóbrios, perguntavam para quê tantos assessores, as respostas chegam agora: servem de varejeiras a zumbir nas redes sociais, tentando destruir o adversário com anónimos impropérios e insultos.

As empresas, como sempre, querem que as deixem em paz e que parem de mudar leis e subir impostos. Justamente o que não aconteceu em quatro anos: mais de sessenta alterações fiscais, uma dezena de orçamentos retificativos, leis inconstitucionais que depois regressam à base com enorme atrito, tribunais que não saíram do parque jurássico em rapidez e economia, atolando-se em alterações de locais e sistemas, gerando caos de que ainda se não recompuseram.

As famílias assistiram a tudo com o fatalismo estupefacto de a cada semana registarem contradições de promessas que tinham por sérias, a cada mês receberem menos, a cada ano verem anulados e depois reintegrados os subsídios, eriçados de sobretaxas e novos escalões do IRS, pauperizando uma classe média esticada entre filhos adultos desempregados ou mal pagos e filhos jovens sem conseguirem mais que um estágio do IEPF, com sorte um emprego rotativo de salário mínimo. Vendo partir braços e cérebros, numa dor mitigada apenas pelo Skype. De não saberem onde colocar as crianças quando as escolas ainda não abriram, onde colocar pais e avós por escassez de cuidados continuados, ou de terem que ir agora à urgência do privado, onde são despachados se custarem mais do que valem, vendo ao lado uma unidade de saúde familiar a acolher com decência e no mesmo edifício uma outra, do passado, onde madrugam desde as 6 da manhã. De não saberem quem os pode ajudar a encontrar emprego numa idade desesperada para ser útil. De não descortinarem a razão por que fecharam o restaurante, o lugar de hortaliça, a loja de retrós, a pequena papelaria, quando todos os vizinhos que encontram tanto o lamentam. Envergonham-se de dizer que eram só marido, mulher e empregada, mas que a subida do IVA, a fuga de clientes por falta de recursos, a impossibilidade de trespasse, a subida da renda, a dificuldade de pagar a previdência, tudo isso projetou seis braços no desemprego, secou impostos e contribuições, anulou consumos, gerou depressões.

Para o ilusionista Portas tudo melhorou agora e estamos perto de ser um dos dez países líderes em competitividade. Com os dedos da mão conta os sucessos da esplendorosa política: sobe o emprego, sobe a confiança empresarial, sobe o produto, sobe o investimento, sobem as exportações. Seria bom se a dívida não aumentasse, a balança comercial resistisse a cada tremor da economia, o défice fosse controlado, o PIB saltasse acima dos valores de 2002. Esfusiante de verve, elétrico, corre feiras, televisões, palcos, jantares, garboso dos seus êxitos. Cuida que os aplausos da corte reboam pelas abóbadas onde vagueiam abandonados, irritados, revoltados, os eleitores que vitimou. Capaz de tocar qualquer instrumento, da harmónica ao serrote, colocando a voz de palhaço-rico, e zurzindo o povo com o pingalim de circo. Julga que convence. Passos, alheado da verdade, enreda-se em explicações inverosímeis sobre o BES, discute na rua com senhoras de cor-de-rosa sem papas na língua, que lhe apontam outra verdade, afirma conhecer famílias que pagam menos impostos que há quatro anos, proclama que o Estado Social está melhor que nunca. Avançou na rádio com o brio de um acossado por indignados do BES. Os seus fans imoderados gritam que venceu, as varejeiras dos tweets proclamam-no César entrando em Roma. Que importa a sua dificuldade em falar com o Povo, se dermos ao Povo o pão das promessas e o circo do futebol!» [Público]
   
Autor:

Correia de Campos.

      
 Um caso de assédio laboral à luz do dia
   
«Jorge Jesus tinha dito que seria preciso esperar pela lista de jogadores convocados para o jogo entre o Sporting e o Nacional, nesta segunda-feira, para se saber se Carrillo iria ou não jogar na partida que encerra a quinta jornada da I Liga. E a resposta aí está: o treinador "leonino" não vai poder utilizar o peruano.

Mantém-se assim o braço de ferro entre a administração da SAD "leonina" presidida por Bruno de Carvalho, e o futebolista, ficando claro que Carrillo não voltará a jogar pelo Sporting se mantiver a sua decisão de não assinar com os "leões" um prolongamento do seu contrato.

O internacional peruano, que está no último ano de contrato e ainda não chegou a acordo com o clube para renovar, ficou volta a ficar fora de um jogo dos "leões", pela segunda vez consecutiva, após ter falhado também a partida com o Lokomotiv de Moscovo, da jornada inaugural da Liga Europa.» [Público]
   
Parecer:

É tempo de considerar o assedio laboral como um crime.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se.»

   
   
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