domingo, março 01, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Pelourinho de Lisboa, Praça do Município, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho, cidadão exemplar.

Enfim, Portugal tem no cargo de primeiro-ministro um cidadão exemplar, mal os jornalista o questionaram apressou-se a pagar o que devia. O problema agora é perceber porque razão alguns portugueses perdem a casa por meia dúzia de euros e o primeiro-ministro nem foi notificado do que devia.

Com gente incumpridora como Pedro Passos Coelho não há país que resista, as contribuições para a segurança social financiam os subsídios de desemprego que o agora primeiro-ministro cortou por falta de recursos.

«Mais de cem mil portugueses, sobretudo trabalhadores precários pagos a recibos verdes, andaram com o coração na boca em 2007 e 2008. A Segurança Social estava então a notificá-los de que deviam elevados montantes, relativos a contribuições não entregues — mesmo em anos em que não tinham ganho um cêntimo. Pedro Passos Coelho era um dos que devia alguns milhares de euros por contribuições não pagas entre 1999 e 2004.

Nessa altura, em 2007, ganhava mensalmente 7.975 euros de remuneração base como administrador das empresas Gestejo, Ribtejo e Tejo Ambiente, do grupo Fomentinvest, liderado por  Ângelo Correia. E, segundo disse esta semana ao PÚBLICO, nunca foi notificado pela Segurança Social de que se encontrava entre os devedores.

No entanto, entre o dia em que terminou o seu mandato de deputado, em Outubro de 1999, e Setembro de 2004, data em que recomeçou a descontar como trabalhador por contra de outrém, no grupo Fomentinvest, o então consultor da Tecnoforma não pagou quaisquer contribuições para a Segurança Social. Nesse período, além da Tecnoforma, onde era responsável pela área da formação profissional nas autarquias e auferia 2500 euros por mês mediante a emissão de recibos verdes, trabalhava também, sujeito ao mesmo regime, na empresa LDN e na associação URBE.

Nos dois primeiros anos em questão foi igualmente dirigente do Centro Português para a Cooperação, organização não-governamental financiada pela Tecnoforma. Foi esta organização que esteve, em Outubro passado, no centro de uma controvérsia sobre o carácter remunerado ou não das funções que Passos Coelho aí exerceu, e sobre uma fraude fiscal que então teria praticado no caso de ter sido remunerado, como alegavam as denúncias então surgidas e por si desmentidas.» [Público]

 Raciocínio óbvio

Se em ev de andar a dizer baboseiras aos investidores chineses o líder do PS se tivesse preocupado e dado a cara pelos investidores portugueses que confiaram no BES enganados por gente como Carlos Costa e Cavaco Silva, não estaria agora a praticar queda livre. Mas parece que Costa não quer deixar má imagem do país e opta por se encontrar com os investidores protegidos pelo regime.


 A resposta de Tsipras
   
«Num discurso para os membros do Syriza, Tsipras acusou Espanha e Portugal de liderar uma conspiração conservadora para derrubar o seu governo, dizendo que os executivos dos dois países temem as suas próprias forças radicais antes das eleições deste ano.

"Encontramos a oposição de um eixo de poder, liderado pelos governos de Espanha e Portugal, que por óbvias razões políticas tentaram levar as negociações para o abismo", afirmou Tsipras, citado pela Reuters.» [DN]
   
Parecer:

Uma boa resposta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Antóniol Costa se vai comentar ou se vai estar em Badajoz.»

 A anedota do dia
   
«O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social considerou hoje que o primeiro-ministro foi "vítima de erros da própria administração", à semelhança de milhares de portugueses, referindo-se à anterior dívida de Passos Coelho à Segurança Social.

"Percebemos que há muitos anos, há cerca de 10 anos, 107 mil portugueses foram nesse sentido vítimas de erros da própria administração. Eu sinto sinceramente que os cidadãos não podem ser penalizados por erros", afirmou Pedro Mota Soares aos jornalistas, à entrada para a sessão de encerramento das jornadas do PSD e CDS sobre investimento, no Porto.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Um erro que só foi corrigido pelo próprio com receio do impacto na comunicação social.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

   
   
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