quinta-feira, março 26, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Juvenil de andorinha-das-chaminés, Jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Henrique Neto

Este senhor devia ter sido levado pelo furacão das suas dívidas fiscais mas ainda tem lata de se candidatar a presidente, deve achar que este país é um caixote do lixo.

«O primeiro candidato “oficial” à corrida a Belém, o socialista Henrique Neto, rompeu o silêncio quase total a que se tinha votado depois do anúncio da candidatura e, em entrevista ao Diário de Notícias, falou sobre o futuro, sobre as presidenciais, sobre o “erro de casting” Cavaco Silva e, claro, sobre o novo PS de António Costa. O ex-deputado garantiu que continua a “rever-se no partido”, como “sempre” o fez, mas admitiu que tinha “a perfeita consciência de que António Costa não iria apoiar a [sua] candidatura, em nenhuma circunstância, por diversas razões”. Quais? Desde logo, os muitos “interesses” que existem no partido, também ele refém de um “mundo viciado com regras pouco claras e de problemas táticos partidários”.

Desafiado a comentar o atual rumo do PS, Henrique Neto, conhecido por ter sido uma das vozes mais críticas das últimas lideranças do partido, começou por dizer que preferia não comentar, até porque este é o momento de “unir os portugueses” e deixar de lado o papel de “comentador”. Mais à frente, no entanto, acabou por comentar os últimos secretários-gerais socialistas. António Costa? “Uma interrogação”. O seu antecessor e derrotado nas primárias do PS, António José Seguro? “Um homem bom”. Já José “vendedor de automóveis” Sócrates? Um “desastre”.» [Observador]

 PSD diz que além dos cofres tem as sondagens cheias

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A pior coisa que pode suceder a um partido é partir derrotado para eleições, é contra isso que Passos Coelho luta desesperadamente. Este caloteiro está mesmo a precisar de uma boa lata de espinafres:



 Dúvida

A estratégia política de Passos Coelho é vencer as legislativas ou preparar a esposa do jornalista ameaçador para o suceder numa mais provável derrota, assegurando mais uns tempos de passismo, desta vez com saias?

      
 Outra vez a mania de julgar os roubados do BES
   
«Eu sei, para os espoliados no caso BES o vocabulário não é o principal. A questão substantiva de terem ficado sem as poupanças duma vida dói mais do que uma escorregadela léxica, mais até do que um insulto. Mas era bom que qualquer banqueiro ou aparentado, já não tendo zelado pelo dinheiro que foi posto à sua guarda e era de outros, passasse a ter com estes a atenção (gratuita, lembro) de uma linguagem cuidada. Ontem, Carlos Tavares, o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), defendeu os interesses dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo. Ele está contra a prevista solução de as pessoas perderem mais de metade do capital investido. Fica-lhe bem a preocupação. Embora seja pena não se ter também preocupado com o criminoso aumento de capital do BES a semanas da falência. Tavares, que já era presidente da CMVM, devia ter denunciado a burla. Adiante. Ao menos com os enganados do papel comercial ele preocupa-se - ainda bem, repito. Mas oiçam-no a definir esses que ele defende: "(...) pessoas que aplicaram de boa-fé as suas poupanças..." De "boa-fé"! Já Marques Mendes, sobre os compradores de ações, classificou-os de "culpados." Agora, Carlos Tavares passa certificados de "boa-fé." Mas quando é que esta gente se convence de que não está em condições de julgar os roubados? Insulto ou medalha, ambas ofendem. Não souberam defender-lhes as poupanças, pelo menos poupem-nos ao vosso papel de juízes da treta.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.


 Incompetente e mentirosa
   
«"Reincidência louca." Foi assim que, numa entrevista à RTP a 3 de setembro, a ministra da Justiça qualificou a taxa de recidiva nos abusadores sexuais de menores. Em diversas ocasiões, Paula Teixeira da Cruz tem falado de 80% e mesmo 90%: "Todos os estudos que existem dão conta de altíssimas taxas de reincidência. Entre nós há um estudo muito completo, aponta para uma taxa de reincidência de 80%", disse, no dia 17 deste mês, num debate sobre "A Reforma da Justiça".

O DN solicitou à ministra que esclarecesse a fonte desse número que a própria procuradora-geral da República assumiu já publicamente não subscrever, referindo antes uma percentagem de 20%. A resposta do ministério, enviada por escrito, é de que "há numerosos estudos internacionais que apontam para o elevado nível de reincidência. Não é o facto de o abusador ser de outra nacionalidade que muda esta realidade. E prossegue: "Em Portugal o psicólogo clínico Mauro Paulino, autor da obra Abusos Sexuais de Crianças: A Verdade Escondida, aponta para uma percentagem de reincidência de 80% ou 90%."

Contactado pelo DN, o autor do livro manifesta-se surpreso: "Fico admirado porque no meu livro não há nada disso e desconheço estudos que tenham esse tipo de percentagens." Paulino, que frisa ser a obra, publicada em 2009, "um estudo qualitativo e não quantitativo", tem a certeza de que ninguém do gabinete da ministra conhece o trabalho.» [DN]
   
Parecer:

É muito feio que esta senhora recorra a dados falsos para fundamentar as suas decisões.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se a incompetente.»
  

   
   
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