domingo, março 08, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   8 de Março, Dia Internacional da Mulher
 
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Estátua do Jardim Gulbenkian

   Foto Jumento


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Gaio [Garrulus glandarius] no Jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Cavaco Silva deve estar com algumas dificuldades intelectuais, provavelmente devido á sua idade. Alguém lhe disse que os jornais revelaram factos menos agradáveis sobre a vida pessoal do primeiro-ministro e percebeu que havia uma disputa partidária em torno das contas dos partidos.

É preferível ler as palavras de Cavaco Silva desta forma porque se as lermos como sendo de uma pessoa na posse das suas faculdades teríamos de tirar conclusões pouco dignas para um presidente, não porque Cavaco não o mereça, mais por respeita à instituição de não tem culpa das escolhas que os protugueses fazem em momentos de menos lucidez colectiva.

Quem poderia explicar a Cavaco Silva que o Público não é o jornal oficial do PS é o seu assessor Fernando Lima, o homem que em tempos encomendou ao este jornal uma notícia suja sobre escutas a Belém, conspirando contra o governo e contra a democracia. Aliás, o jornalista que denunciou os pecadilhos de Passos foi o que mais se destacou naquele jornal nos ataques ao governo do PS.

«O Presidente da República escusou-se este sábado a comentar a dívida do primeiro-ministro à Segurança Social, alegando que "um presidente de bom senso deve deixar aos partidos as suas controvérsias político-partidárias que já cheiram a campanha eleitoral".     

"Um Presidente da República de bom senso não deve entrar em lutas político-partidárias e o Presidente da República está acima dos partidos, das polémicas que eles desenvolvem, mas convida-os a resolverem os problemas do país", repetiu por diversas vezes aos jornalistas quando questionado sobre a polémica que envolve Passos Coelho.

Cavaco Silva assinalou que Passos Coelho "deu as explicações que entendia dever dar", escusando-se a comentar porque, disse: "nunca revelo em público as conversas que tenho com o primeiro-ministro".» [Expresso]
 Não será melhor pedir ao Relvas para voltar?

Ainda me recordo quando o Maduro chegou ao governo, eram só elogios, o homem era a última Coca-Cola do deserto, uma grande sumidade académica que vinha resolver os problemas de condução política do governo e até António Barreto elogiava a escolha. Chegou e trouxe o Lomba que arregaçou logo as mangas para promover os briefings que dava um ar de Casa Branca a São Bento.

De dizia-se que ia fazer esquecer o Relva e ninguém duvidava disso, Passos tinha escolhido um doutor de Yale para substituir um iletrado que se tinha formado à base de requerimentos. Passos o tempo percebeu-se que o Maduro não passava de um verde já a caminho do vinagre, foi um desastre e como se percebeu nesta questão das dívidas de Passos o ministro da condução política já não o é, anda por aí à espera das legislativas.

 Interrogações que me atormentam


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Se Passos Coelho conseguiu levar a sua dívida à Segurança Social até 2013 enquanto muitos outros portugueses viram os seus bens, os vencimentos e as suas habitações penhoradas isso significa que ou os serviços da Segurança Social se descuidaram por incompetência ou fizeram um favor a Passos Coelho, tendo em conta ou em resultado da sua influência. Se foi o primeiro caso os responsáveis dos serviços intervenientes no processo deviam ser alvo de processos disciplinares, se foi o segundo caso estamos perante um caso de tráfico de influência. Será que os serviços do ministério do Lam,bretas já abriram algum processo disciplinar ou o MP deu início a alguma investigação?

Nesta semana o MP ainda deu uma pequena ajuda lançando uma operação que atingiu aSegurança Social, detendo vários responsáveis acusados de corrupção. Estes responsáveis emitiam declarações falsas de que algumas empresas não deviam nada à Segurança Social, declarações necessárias para participarem em concursos públicos. Acontece que o editor do Expresso declarou na SIC Notícias que em 2012 o jornal não divulgou as dívidas de Passos Coelho porque o ainda primeiro-minsitro lhes apresentou uma declaração da Segurança Social de que nada devia ao fisco. Essa declaração não correspondia à verdade. Será que alguém vai investigar as circunstâncias em que esta declaração foi emitida?

Nada acontece a um ministro que no uso das suas competências mentiu aos portugueses tentando iludi-los numa situação destas e ainda por cima à custa da honorabilidade da Segurança Social? Foi isso que Mota Soares fez ao dizer que a situação resultava de um erro da Segurança Social, o que veio a provar-se ser falso. Este senhor não cometeu nenhum crime nem deu a Cavaco Silva motivos mais do que suficientes para o demitir? Ou será que para Cavaco um ministro ofender a dignidade do Estado mentindo aos portugueses também é cheiro a eleições?

Passos Coelho foi recordado das suas dívidas à Segurança Social em 2012 e escolheu pagar quando deixasse de ser primeiro-ministro, isto é, pelo menos quatro anos depois. Esta não é um,a opção para o português comum.

 Dão-se alvíssaras a quem o encontrar

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Senhor idoso, com mais de Setenta anos, aparentando bom aspecto e com alguns tremeliques na mão deixou de ser visto na comunicação social vai para algum tempo, nem sequer se tem dado pela sua sombra.

Era este o texto pronto quando Cavaco nos surpreendeu com declarações inesperadas, ao que aprece foi encontrado mas ainda tem dificuldades em entender a realidade e confunde contas partidárias com as contas de passos Coelho, além disso acha que o Público, que revelou os segredos de Passos, é o órgão oficial do PS. Não seria melhor levar o velho senhor a uma consulta do mandatário nacional da sua candidatura presidencial?

 Dúvida

O que terá pensado a senhora Merkel quando sou que o seu pupilo Passos Coelho tem um longo historial de baldas ao pagamento de impostos e contribuições sociais?


 Passos Pagou o que quis e quando quis pagar
   
«O primeiro-ministro não pagou o valor total em dívida relativo às contribuições para a Segurança Social durante o período em que esteve como trabalhador independente e, segundo o Expresso, Passos Coelho sabia que havia mais a pagar. A declaração dos valores em falta emitida pela Segurança Social em 2012, quando o primeiro-ministro colocou a questão, reporta uma dívida de 58 meses, entre novembro de 1999 e agosto de 2004, que ascenderia a 7534,8 euros. Este valor poderia ser regularizado por multibanco, segundo uma simulação citada pelo jornal na edição de sábado.

No entanto, quando já este ano acertou as contas com a Segurança Social, entregando as contribuições em falta, Pedro Passos Coelho pagou apenas 3900 euros, incluindo juros. Porquê? Porque o documento emitido pelos serviços para pagamento em janeiro de 2013 indicava 3914,7 euros. Este foi o valor novamente comunicado em fevereiro deste ano. Quando confrontado com notícias sobre as suas dívidas à Segurança Social, Passos Coelho finalmente pagou. Nas contas do Expresso, o montante entregue cobre apenas 32 meses do período em que esteve sem descontar a Segurança Social, faltando os valores relativos a 26 meses.» [Observador]
   
Parecer:

Há portugueses de primeira e portugueses de segunda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Procuradora como caracteriza juridicamente esta situação.»

 Os fretes pagam-se
   
«O primeiro-ministro sugeriu o nome do socialista Luís Amado para ocupar o cargo de representante da União Europeia para o Processo de Paz do Médio Oriente, confirmou o Observador junto de fonte do Governo. O nome do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates surgiu na sequência de um pedido de sugestões feito pela Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini, a Passos Coelho.

Federica Mogherini esteve pela primeira vez em Portugal a 17 de fevereiro, tendo-se reunido nessa altura com Pedro Passos Coelho e com os ministros da Defesa, Aguiar Branco, e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, bem como com o Presidente da República. Depois de receber as sugestões dos vários governos da UE, a decisão sobre quem ocupará o cargo fica nas mãos de Mogherini.» [Observador]
   
Parecer:

Desde que Luís Amado foi promovido a banqueiro que fala como se fosse o delegado do PSD no sector financeiro pelo que se compreende a sua nomeação.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  

   
   
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